Apenas mais uma de amor escrita por PostModernGirl


Capítulo 26
Fragmentos


Notas iniciais do capítulo

Eu tô meio triste em dizer que este é, nas minhas contas, o antepenúltimo capítulo. Não queria que acabasse logo!
Esse capítulo ficou um pouco fragmentado (daí o nome “Fragmentos” rsrsr), mas é que são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo (armações de Light, cativeiro, Misa Amane...)
Mas enfim, divirtam-se!



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A primeira coisa que Light fez ao chegar em seu quarto foi desabotoar a blusa, deixando-a mais confortável. O dia havia sido cansativo, com horas a fio de buscas pelo cativeiro de Chiara e Aizawa, que ele sabia que seriam em vão. Ainda assim, havia muito tempo que não sentia a empolgação que lhe preenchia agora. Finalmente, ele e Ryuzaki haviam entrado em um embate de verdade, frente a frente, sem máscaras. Apesar da força de seu oponente, Light estava confiante, pois tinha certeza que conseguiria prever os passos do seu adversário. Só de pensar que dali a alguns dias estaria livre de qualquer perseguição para construir o seu “novo mundo”, Light sentia uma excitação que lhe fazia ter vontade de gritar para todos que ele era Kira. Mas obviamente, não faria isso.

Tudo o que aconteceu até agora ocorreu exatamente como ele havia planejado. No momento, L já havia demonstrado que entraria no jogo, então já era o momento de Light dar o seu segundo passo. Ele previra os passos de L e baseado nisso, preparou sua estratégia.

Após deitar na sua cama para respirar um pouco, Light se levanta e coloca em seu celular um chip que havia acabado de comprar. Em seguida, discou um número que tinha decorado.

— Alô... Sim, sou eu. Preciso que você entregue a encomenda no endereço que eu vou lhe enviar. Por favor, coloque-a em uma caixa de presentes discreta, para não despertar suspeitas.

Pronto. Agora só faltava acionar Misa Amane. Light já havia ensinado à loira uma forma de eles trocarem mensagens, através de emails criptografados. Era imprescindível que ela cumprisse exatamente o que ele lhe ordenasse, mas Light acreditava que ela seria capaz de fazer isso por ele. Com esse pensamento, o adolescente sentou-se em frente ao seu computador e pôs-se a escrever.

“Querida Misa...”

—___________________

Em seu apartamento, Misa sorria enquanto lia a mensagem de Light. Em cima de sua cama, havia uma caixa de presentes aberta, e jogado mais ao lado, o Death Note.

“Então é isso que você quer que eu faça, Light... Eu não gosto desse plano, mas se tudo isso é necessário para que nós possamos viver juntos em nosso mundo perfeito, eu farei!”

—___________________

— Chiara – disse a voz rouca e cansada de Aizawa – Qual exatamente é o plano deles?

— Os sequestradores simularam uma mensagem de Kira dizendo que nos libertaria quando recebesse o Death Note. Ele impôs como condição que toda a equipe compareça a um local que só será informado 30 minutos antes da hora marcada. Vai ser daqui a cinco dias, às treze horas. Eles disseram que quem receberá o caderno será um criminoso controlado por Kira – respondeu a ruiva, esforçando-se para falar por causa da dor que sentia em suas costelas quebradas.

Os prisioneiros já haviam se acostumado ao escuro e ao odor do cativeiro. O incômodo das correntes roçando-lhes a pele só não era mais doloroso que a falta de perspectiva de sair dali. Apesar disso, Chiara e Aizawa buscavam dar força um ao outro. Se antes eles não se davam bem, a convivência forçada do cativeiro tratou de fazê-los vencer as resistências um em relação ao outro. Conversavam de vez em quando, para ter certeza de que ainda estavam bem.

— Então quer dizer que será daqui a cinco dias... Ou nós seremos mesmo libertados, ou morreremos de vez...- comentou o policial descrente.

— Eu estive pensando... Os sequestradores estão sendo controlados por Kira, então não podem nos matar, nem a ninguém da força tarefa. Se nós partirmos do pressuposto de que Kira é mesmo Light, o plano dele deve ser matar todos nós de alguma forma. E tem que ser todos de uma vez, porque senão a pessoa que sobreviveu saberia que ele é Kira.

— Então você acha que essa é a finalidade de tudo isso?

— Já que eu e L estamos imunes, ele teria que arranjar uma forma de matar todos de uma vez. Na verdade, eu e você nem precisamos estar vivos no momento do encontro.

— Eu e os outros membros da equipe podemos ser mortos pelo Death Note. Você acha que o Light seria capaz de matar você e Ryuzaki com as próprias mãos? Isso não faz o estilo de Kira.

— Não, não faz... – Chiara falava pausadamente, como se estivesse elaborando o raciocínio enquanto falava. – A não ser que ele tenha conseguido que outra pessoa faça isso!

— Então, o que você quer dizer é que, no dia do encontro, alguém vai matar todos nós com o Death Note e você e Ryuzaki a sangue frio... – disse Aizawa, completando o raciocínio da ruiva.

— Deve ser algo nesse sentido. Não há como termos certeza. Mas provavelmente nós seremos mortos primeiro, e assim que a equipe chegar no local de encontro, será morta também, incluindo L.

— Mas Ryuzaki já deve ter chegado a essa conclusão. Ele já suspeita de Light há muito tempo, não é difícil supor que ele já deve ter um plano em mente – retrucou Aizawa esperançoso.

— L deve ter decidido utilizar a própria estratégia de Light contra ele, ou seja, utilizar essa situação para desmascará-lo. O problema é que Light também deve ter previsto isso. A grande questão é: quem vai conseguir prever os passos do outro primeiro?

Chiara deu um suspiro profundo.

— Como você está Chiara? – perguntou Aizawa, preocupado.

— Nada bem. Não sei mais quanto tempo vou aguentar isso... Eu só espero que tudo acabe logo.

— Pro bem ou pro mal, só serão mais cinco dias... – sussurrou Azawa pra si mesmo.

— Eu ainda não me rendi – disse ela com um pouco mais de firmeza na voz. – Aizawa, as chaves das correntes ficam em algum tipo de suporte, no pé da escada. Eu ouvi quando um dos sequestradores as colocou lá. No momento certo, você pode tentar rastejar até lá?

— E porque você não avisou antes? Já podíamos estar tentando a fuga! – indagou Aizawa sem entender os objetivos dela.

— Porque ainda não é a hora certa. Confie em mim.

—___________________

Três dias depois, na sala de comando, a mesma cena de sempre. O policiais trabalhando, cada um em uma atividade diferente, e L sentado em sua forma habitual. Light não estranhou a normalidade aparente do recinto. Ele sabia que L agiria secretamente.

O detetive, por outro lado, estava concentrado em seus pensamentos. A reunião com os policiais havia sido como ele esperava, ou seja, ele podia contar com a ajuda da sua equipe para concretizar seu plano. O segundo passo estava sendo executado nesse exato momento: Roger estava em uma busca na casa de Misa Amane.

De repente, seu celular vibra.

“Está feito” diz a mensagem de texto.

—___________________

Apenas um dia antes do encontro marcado, Misa chegou em casa e, como de costume, retirou seu Death Note do cofre em seu quarto para escrever nomes de criminosos. Para sua surpresa, sentiu a falta de algo. Imediatamente, mandou uma mensagem para Light.

“Está feito”


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Notas finais do capítulo

E esse bendito dia do encontro que não chega?
Cenas para os próximos capítulos....



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