Darcy bateu levemente a porta anunciando sua entrada, A moça rapidamente se colocou na defensiva diante da entrada de Darcy.

— a senhora Robson disse que quer ir embora? Perguntou Darcy parando a alguma distancia da estranha que o olhava de forma que ele poderia jurar que havia desafio ali, mas porque ela o desafiava? Perguntava-se. – diga- me para onde vai que posso levá-la com segurança ate La! Sugeriu.

Elizabeth permaneceu em silencio e não podendo mais sustentar o olhar diante da lembrança de que não estava indo para lugar algum olhou para suas mãos que me moviam agitadas... Darcy permaneceu em silencio esperando que a moça lhe dissesse para onde desejava ir.

— apenas me deixe onde me encontraram! Pediu o olhando rapidamente nos olhos.

Darcy se surpreendeu com o poder que aqueles olhos castanhos tiveram nele e por um momento pensou ter pedido o poder de falar. A cada instante o olhar daquela moça parecia querer dizer-lhe uma coisa diferente ou ele estava ficando maluco. Como poderia interpretar aquela moça se nem ao menos a conhecia? Se questionava suspirando cançado.

— sinto muito, mas não posso deixá-la sozinha naquela estrada! Explicou. – como se chama? Perguntou ao ver a agitação da jovem.

— O senhor não pode me manter aqui! Argumentou Elizabeth.

— tem razão, não posso, e não irei mantê-la aqui! Disse seriamente. – Apenas quero que fique segura! Pronto, Darcy havia falado. E ao ver a cor sumir do rosto da moça se arrependeu de tal atitude.  – como se chama? Perguntou Darcy novamente de forma mais fria tentando mudar o foco da conversa.

— E-elizabeth! 

— Elizabeth de que? Perguntou tentando descobrir algo mais sobre a moça.

— apenas Elizabeth! Ela disse engolindo em seco.

Darcy a analisou por apenas alguns segundos...

— do que esta se escondendo, miss Elizabeth? Perguntou. – porque não me diz, talvez eu possa ajudá-la! Sugeriu.

— nem lhe conheço! Rebateu o olhando seriamente.

— me chamo Fitzwilliam Darcy! Apresentou-se.  – veja bem... Porque não me conta o que esta acontecendo para você se colocar em tal perigo? Pediu novamente.

Elizabeth permaneceu em silencio por alguns instantes... Deveria confiar nesse estranho... Bom, ele parecia ser alguém de bem, afinal, havia a salvado.

— eu... Elizabeth começou a dizer, mas calou-se com a chagada de um ruivo que sorriu realmente feliz em vê-la, como se a conhecesse.

— finalmente acordou! Disse o ruivo sorrindo.

— Miss Elizabeth esse é meu amigo Charles Bingley! Darcy os Apresentou

Elizabeth sentiu-se mais à-vontade com a presença do ruivo com suas maneiras calmas e alegres de agir... Achou Mr. Darcy um homem muito serio e sisudo... nem ao menos uma sobra se um sorriso passou pelo belo rosto daquele homem.

— eu fugi! Disse Elizabeth olhando ambos e viu em bingley um olhar simpático enquanto que Mr. Darcy a olhava com reprovação evidente.

— por quê? Perguntou de forma seca.

Elizabeth o olhou com a testa franzida... ele havia se transformado com a chegada do amigo e Elizabeth sendo tão observadora como era não deixou isso passar desapercebido.

— porque seria obrigada a me casar! Disse devolvendo o olhar de Mr. Darcy que se surpreendeu com a petulância da jovem de olhá-lo daquela forma. Como se ele tivesse alguma culpa de sua desgraça.

— porque não tentou argumentar com seu pai antes de tomar atitude tão drástica? Darcy questionou dando de ombros para tal motivo tão torpe.

— porque há dois dias atrás meu pai morreu e hoje minha mãe quer que me case! Explicou em tom irritado,

— isso não faz sentido! Bingley disse pela primeira vez entrando na conversa.

— faz quando se tem apenas filhas mulheres e o único herdeiro de tudo é um primo asqueroso! Elizabeth se justificou. – preciso ficar o mais longe possível da minha casa! Completou.

— fugir não resolve! Darcy rebateu. – você poderia esta morta! Completou.

— talvez fosse o melhor! Disse Elizabeth dando de ombros. – não tenho mais motivos para querer viver... Sem contar que se eu voltar mamãe vai me matar se a vida entediante que terei do lado daquele homem não o fizer! Disse Elizabeth.

— porque você fica com a gente por alguns dias e depois nos mesmo vamos a sua casa e conversamos com sua mãe? Sugeriu bingley.

— e o que diremos a mãe dela, bingley? Perguntou Darcy exasperado.

— não poderia aceitar... Já fizeram muito por mim e estou agradecida... Agora eu apenas peço que me deixe ir! Pediu.

— esta fora de questão você sair assim! Darcy disse colocando por encerrado o assunto.

— porque não descansamos? Bingley perguntou vendo o clima entre os dois pesar. – estamos cansados para pensar com calma no assunto, amanha conversamos e vemos uma saída para o problema! Justificou.

— boa idéia, bingley! Disse Darcy resignado.

— descanse miss Elizabeth! Darcy disse a olhando nos olhos por um instante.

— Lizzie! Disse ela devolvendo o olhar. – me chame de lizzie, apenas meu pai me chamava de Elizabeth! Completou em tom saudoso.

—certo... Desculpe! Pediu saindo do quarto.

Bingley quase engasgou, ouvira bem? Seu amigo havia pedido desculpas um desejo, Darcy que nunca se desculpava com ninguém, havia mesmo se desculpado com uma completa estranha? Céus isso é mais serio do que imaginava. Pensava enquanto seguia o amigo pelos corredores de pemberley.

— senhora Robson! Darcy chamou à senhora. – leve alguma coisa para a senhorita comer... Ela não deve comer nada há algum tempo e não quero que desmaie de fome! Pediu dando de ombros para sua repentina preocupação com sua hospede.

A senhora Robson saiu em direção a cozinha deixando Darcy e bingley sozinhos para conversarem.

— o que acha disso tudo? Bingley perguntou ao amigo enquanto se servia de um pouco de rum.

— que essa garota é maluca e muito corajosa em sair sozinha por essas estradas! Dizia enquanto se aproximava da mesa de bilhar afim de convidar seu amigo pra começarem uma partida.

— sim... Ela é muito corajosa mesmo! Disse bingley concordando com Darcy, - e impressão minha ou vocês dois meio que se estranharam? Perguntou bingley sorrindo divertido,

— impressão sua! Disse Darcy dando de ombros.

— hum! Resmungou pensativo. - o que faremos, então? Perguntou bingley pensativo.

— a levaremos para casa antes de partimos  de volta a Londres! Disse Darcy calmamente.

— mas se a levarmos de volta vão obrigá-la a se casar com esse homem asqueroso!  Bingley disse com indignação evidente.

— case-se com ela então! Darcy sugeriu se em tom seco.

— a achei uma mulher muito interessante e bonita! Bingley disse sorrindo,

— bondade sua chamá-la de mulher bonita! Disse com desdém.

— você a achou bonita e nem adianta negar... vi muito bem como passou o dia a olhando! Alfinetou bingley diante da teimosia do amigo em se mostrar afetado pela estranha.

— você deveria descansar... Já esta delirando! Disse se aproximando dos enormes sofás e sentando-se por um instante, pensativo. – acho melhor ir dormir, boa noite, bingley! Disse levantando-se e saindo,

Darcy seguiu ate seu quarto estava exausto da viagem, mas nem mesmo esse fato foi o suficiente para fazê-lo relaxar... Aquela garota não saia de sua cabeça, aqueles olhos não saiam de sua cabeça para ser mais exato,

Com algum custo Darcy conseguiu dormir... E na manha seguinte acordou mais tarde que o normal e se surpreendeu ao escutar risadas ao descer as escadas.

— bom dia! Disse Darcy ao entrar na sala de jantar e encontrar bingley e a senhorita rindo de alguma coisa... não pode deixar de notar que com sua chegada o riso cessou e a moça mal o olhou. Bingley não pareceu perceber nada.

Será Ela se sentia incomodada com sua presença? Mas Por quê? Perguntou-se. O que ele havia feito para que ela se sentisse dessa forma em sua presença?

— como se sente? Perguntou Darcy a olhando.

— bem melhor, obrigada senhor! Disse se voltando para seu café da manhã.

— Lizzie me contou que tem quatro irmãs e que moram em meryton! Disse bingley divertido. – e você não vai acreditar na coincidência.

— qual coincidência, Charles? Perguntou Darcy enquanto se perguntava como Charles conseguira fazer a moça falar tão facilmente?

— o homem com quem a mãe quer obrigá-la a se casar é o protegido da sua tia! Disse divertido.

Darcy ficou pensativo por apenas alguns segundos tentando se lembrar de quem bingley poderia estar falando.

— Mr. Willian Collins! Disse bingley o ajudando a lembrar.

— fez bem em ter fugido então miss Elizabeth... Disse a olhando rapidamente. – aquele homem é tenebroso! Completou.

Elizabeth não pode deixar de rir diante das palavras daquele homem sempre serio.  E Darcy sentiu seu coração acelerar.

“ o que é isso coração?” Pensou desviando seu olhar para seu prato e olhando para o amigo que o olhava com curiosidade. “ droga!” pensou.

— sugeri a senhorita Lizzie que a acompanhássemos ate em casa e você conversasse com o Mr. Collins! Sugeriu bingley.

— podemos tentar, mas duvido muito que aquele homem desista! Disse Darcy.

— o que quer dizer? Perguntou bingley.

—A senhorita Elizabeth é o melhor que o senhor Collins com aquele jeito afetado pode arrumar! Disse dando de ombros.