Isso é amor? escrita por DragonsDaughter


Capítulo 1
Capítulo 1: Unlock my heart.




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Central Park, um dos meus lugares favoritos. Sem trânsito, sem correria, sem passageiros desorientados... Eu gosto de vir caminhar por aqui, e também amo esportes. Meu corpo pede por isso. É o meu lugar favorito para espairecer. Tenho que dizer que é de grande ajuda, depois de um dia de trabalho na corporação. Eu tenho trabalhado lá há 3 meses como gerente-júnior de comunicações. O misterioso e poderoso Senhor Carter criou a corporação há poucos anos atrás e já é uma das mais poderosas e influentes do país. Eu suspiro, e encaro o patinho na lagoa que está comendo seu último pedaço de pão, flutuando na água. Eu decidi controlar a minha vida com as minhas próprias mãos desde o dia em que cheguei aqui. Eu sei o que eu quero, e eu estou aqui para vencer. Isso é tudo um novo começo para mim.

Pego um pedaço de madeira e jogo, brincando com o meu cachorro, Kyu.

Nessa nova cidade, conheço à todos, mas uma pessoa em particular chama a minha atenção. Seu nome é Matt. A boa notícia, é que nós nos damos muito bem. Talvez bem até demais. A má notícia, é que ele é um colega de trabalho. E nós dividimos a mesma ala.

Eu me lembro do meu primeiro dia no trabalho. Tudo havia começado mal, alguém tinha roubado minha bolsa. Ele rodopiou na nossa ala, com um grande sorriso em seus lábios... Ele me fez sentir confortável, de uma maneira estranha. De primeira, eu meio que gostei dele. Nós rapidamente nos demos bem. Eu o achei muito doce, mas mais como um amigo. O tipo de amigo que faz de tudo pra te animar, quando você está se sentindo pra baixo. Mas não do tipo que você passaria uma noite. E então, um dia quando eu estava em casa no meu limite, ele apareceu. Nós conversamos por HORAS. Eu adormeci em seus braços. Eu nunca me senti tão bem nos braços de outro homem antes. Naquela noite, ele não tentou nada. Ele estava apenas ali para mim. Foi aí que eu percebi o quão extraordinário ele era. O tipo de cara que você não encontra em qualquer esquina. Mas, a competição é grande. Matt é aquele homem que ganha vários números de telefone de garotas sem nem mesmo pedir a elas. Ele tem essa inocência que o deixa com esse certo charme.

Kyu chegou com o seu graveto, todo sorridente. Eu me pergunto se ele nunca se cansa de ir e voltar correndo com isso na boca.

— Algumas pessoas se apaixonam pelos seus chefes, ou seus empregados. Por que não eu com um colega? — Penso alto.

— Eu duvido que seu cachorro seja capaz de responder a essa pergunta. — Uma voz diz.

“Porra, eu estava pensando alto.” — Pensei.

Eu me viro em direção à voz masculina que acabara de dizer aquilo. Um homem jovem está olhando para mim. Seus olhos brilhando, pensando: Acabei de lhe flagrar falando com seu cachorro.

— Eu duvido que você também seja capaz de responder. — Retruquei.

— Eu não sei. Se você gosta mesmo desse colega, por que você está aqui conversando com o seu cachorro?

— Sabe por que isso é engraçado? Você me faz lembrar o porquê de eu gostar mais da companhia do meu cachorro do que a de alguns humanos.

Ele começa a rir, acariciando os pelos de Kyu que acidentalmente parece estar gostando. Lancei um olhar ameaçador para aquele traidor.

— Seu cachorro parece gostar de mim. —Ele disse.

— Eu não tenho tanta certeza.

Esse garoto me lembrava um pouco Matt. Algo em seu olhar.

Logo pensei que deveria parar de pensar nele, ou ficaria logo. Vendo-o em todos os lugares.

Ele recebeu um telefonema, e logo se saiu, falando algo que eu não consegui entender muito bem. Peguei Kyu e fomos para casa. No caminho de volta, meu celular toca. Era Lisa.

— Oi, Lisa. —Atendo.

— Oi, docinho. —Ela tem sido uma ótima amiga. Ela também trabalha na Corporação Carter, como uma secretária. Eu ainda me lembro de quão desconfortável eu estava no dia em que nos conhecemos. Ela é o tipo de garota que sempre está perfeita. Suas roupas nunca estão amassadas, seu cabelo nunca assanhado, suas unhas nunca mal feitas. Aparentemente, tudo ao contrário de mim. — Que barulho, onde que você tá, querida?

— No caminho pra casa. Eu estava no parque e algo estranho aconteceu, vou te contar tudo. Onde você está?

— Eu estou largando do trabalho agora. Felizmente ontem eu me diverti.

— Com quem? Me conta. — Pergunto, curiosa.

— Hummm. Não pelo telefone.

— Tá de brincadeira? Qual é, Lisa?! —Ela sempre gosta de me deixar curiosa.

— Eu tenho que ir, eu te ligo mais tarde quando acabar a sua aula com o Matt. Beijão. Me conta tudo depois.

MINHA AULA!

Eu havia totalmente me esquecido. Sim, queridos. As últimas notícias é que eu me inscrevi para as aulas na academia. Eu luto Karatê. Comecei quando tinha 8 anos. Eu havia praticado anos com o meu mestre, mas não havia treinado nunca mais desde que cheguei aqui. Mas, Matt mudou as coisas. Aparentemente, ele dá aulas na academia. Bem quanto as outras coisas, as aulas de artes marciais deram a ele um corpo dos sonhos. Então eu pensei: Que tal eu fazer aulas com ele também? Dessa forma eu poderia vê-lo fora do trabalho. Lisa nem sabe que eu tenho uma queda por ele. Sempre que falamos sobre, ela acha que eu penso nele como um amigo. Ela nem sabe das minhas táticas de se aproximar dele.

A academia onde Matt dá as suas aulas fica localizado no Brooklyn. Aparentemente, é onde ele mora também. A atmosfera do lugar é bem convidativa e esportiva. Da mesma forma que ele. A academia é bem equipada. Eu fico um pouco nervosa pensando no fato de que o verei. Ultimamente, eu tenho ficado nervosa sempre que eu fosse o ver. Eu resolvi usar apenas uma camiseta e um shorts.

— Oi! — Ele fala para mim. Estendendo o braço. Isso me fez sorrir. — Bem vinda ao meu covil, donzela. Eu dou uma balanceada com o beijo que ele dá na minha mão, formalmente. — Então, você está preparada?

— Sim. Eu vou acabar com você! —

Matt sorri, como se eu houvesse dito a coisa mais engraçada do planeta.

— Eu vou pegar leve com você, amor. 

Ele se inclina sobre mim, como se fosse dizer algo.

— Eu vou ir devagar, para não quebrar uma de suas unhas.

Eu olho para ele com um ar desafiador. Ele não sabe dos meus anos de prática e me trata como uma garotinha. Se ele ao menos soubesse... Eu estou em um nível muito acima. E eu ficaria muito arrependida de machucar esse seu rostinho angelical.

Um garotinho nos interrompe para mostrar a Matt o movimento que ele acabara de aprender. Ele logo volta para seu lugar, e Matt se desculpa sorrindo, me convidando para entrar no tatame.

— Você ensina crianças? — Perguntei.

— Sim, eu tenho tomado conta dele e do seu irmão por uns anos.

— Ele parecia muito orgulhoso te mostrando esses movimentos.

— Sim. E eu também me orgulho. Ver essas crianças aqui, aprendendo ao invés de estarem na rua mexendo nos lugares errados... Mesmo que eu não possa mudar o modo como as coisas são, eu posso ao menos tentar.

— Eu tenho que dar crédito, quando o crédito é válido. — Elogiei.

— E é ótimo pra conquistar garotas.

Eu rolei os olhos e dei um tapa em seu braço. Eu já até me acostumei a fazer isso quando ele banca o garoto romântico. Ele não percebe que as suas piadas me deixam mais e mais desconfortável. Mesmo sendo legal, bonito, sexy, ele ainda ajuda as crianças do seu bairro a fazer algo de suas vidas.

No ringue, ele me dá um par de luvas. E explica umas coisinhas básicas.

Ele está pronto pra me acertar, percebo.

Desvio do seu golpe com uma esquiva por baixo, e acerto-o abaixo do seu braço que o surpreende.

— Ei! — Ele para tudo. — Essa não é a primeira vez você luta.

— Não. Eu tenho alguns anos de prática comigo.

— Você não me disse isso. Então quer dizer que eu tenho uma pequena guerreira na minha frente.

‘’Pequena guerreira’’ Esse apelido me fez rir. Era assim que meu pai costumava me chamar.

Quando eu era menor, eu fui molestada durante anos. E me senti envergonhada por isso. Foi quando meu pai me incentivou a fazer esportes. Hoje eu posso derrubar qualquer pessoa que eu quiser. Quando minha mãe morreu, eu coloquei toda a minha fúria dentro do tatame. Eu superei uma grande depressão. E sempre que eu penso nela, bem, algumas feridas nunca se curam.

— Você está bem? Quer fazer uma pausa? — Ele me pergunta.

— Não. Eu estou bem. Vamos continuar. — Digo.

— Eu estou vendo. — Ele brinca.

É muito difícil para mim falar sobre coisas do passado. Na maioria do tempo, eu tranco esses pensamentos ruins; Eu penso, que com o tempo, a cada golpe que eu der irá ejetar cada dor que eu sinto.

— Okay, amor. Você tem algum conhecimento sobre autodefesa? — Ele me pergunta.

“Pode apostar’’ — Penso.

— Eu sei um pouco, mas você pode me mostrar, mestre. — Eu usei a última palavra de forma bem respeitosa. Com rapazes, se há algo que funciona, é fazer com que eles sintam que têm muitas coisas para te ensinar.

— Não me chame disso, isso me excita. — Ele diz.

De repente, Matt se joga por trás de mim. Ele pega os meus braços, me gira para que assim, minhas costas estejam contra seu peito e tenta me imobilizar. Eu amo sentir os seus músculos na minha pele. Eu agradeço a mim mesma por ter tido essa ideia genial de ter aulas com ele. É incrível como todo suado, ele ainda cheira bem.

— Então? Isso é tudo que você tem pra dar, criança? —Me provoca.

Eu faço força, jogo os meus pés para o alto, enroscando em seu pescoço. Dessa forma, consigo soltar meus braços. Quando consigo subir, o derrubo no chão.

— Então? Derrubado no chão por uma criança.

Matt se levanta rindo. Eu acho difícil continuar focada, porque seu sorriso sempre me derrete. Fico um pouco chateada com isso. No tatame ele é meu oponente, e eu não deveria tentar ser legal.

Depois de uma hora de treino, nós deixamos o tatame. Matt lutava bem, eu me pergunto onde ele aprendeu tudo isso.

— Você não luta tão mal, amor. — Ele diz.

— Isso é porque eu não quis lhe machucar. —Respondo.

Matt ri para mim, e troca um aperto de mão com um rapaz que acabara de chegar.

— Eu tenho planos para hoje à noite, preciso ir ao chuveiro. — Ele fala.

— Eu também, onde fica o banheiro? — Pergunto.

— No final do corredor, a direita. Na verdade, é onde tem escrito a palavra ‘’banheiro’’ lá em cima.

Ele vai, sorrindo. Eu suspiro. Sempre fazendo graça de mim. Mas isso meio que virou um jogo entre nós, desde o meu primeiro dia no trabalho. Eu fico para assistir algumas lutas, antes cair no chuveiro. Enquanto eu andava pelo corredor, meu telefone toca. Era lisa me mandando uma mensagem.

‘’Te encontro hoje, né? Beijaaao.”

“Está marcado.”

Com a minha cabeça nas nuvens, eu entro no banheiro. O lugar parecia pra baixo, mas o chão estava limpo. Sem pensar, eu abro a primeira porta.

— Oh! — Exclamei. Meu coração acelera e eu prendo a minha respiração.

— Humm, bem, você está no banheiro masculino.

Matt estava apenas vestido com uma toalha pequena e fina sobre seus ombros. Eu estou com o nariz em seu peito.

— Ahh, hummm, eeerhg... — Tento formar palavras, mas nada sai.

Eu acho totalmente impossível tirar o olhar do seu corpo perfeito. Quase sem pensar eu deixo meus olhos descerem um pouco, mas...

— Se você queria ter tomado seu banho comigo, você deveria ter falado. Nós poderíamos ter resolvido isso.

Eu desperto do meu sonho e dou um tapa no seu abdome. Meu Deus, aquilo era duro.

— Matt, honestamente.

Sim, eu sei. Mas aquilo foi o que conseguiu sair da minha boca.

Eu estava prestes a sair quando ele me pegou gentilmente para me virar, e ficou de frente comigo. Sua boca é do nível da minha testa. Meu coração acelera.

— Olhe, o banheiro das mulheres é logo ali.

Ele aponta o dedo para o outro lado.

— Sim, sim. —Respondo.

— Tem certeza de que não vai se perder? Posso ir segurar sua mão, se quiser.

Ele não devia oferecer essas coisas para mim.

Eu faço uma cara frustrada, e saio em direção ao banheiro certo.

Encontrei Lisa no ‘’O chinês’’. Sim, o nome do restaurante era esse. E nós gostávamos de nos encontrar lá parar conversarmos sobre o trabalho. Tenho que dizer que ela realmente é linda, cabelo longo e louro, olhos claros. Um sonho para qualquer um.

— Olááá; Então, como foi a sua lição de esportes com o Matt?

— Foi divertido. Eu o vi, nu.

— O que? — A cara de espanto dela foi impagável.

— Eu confundi os banheiros.

— Sem chance. HAHAHA.

— Sim, é verdade. E eu não me arrependo do que vi.

Lisa me olha com um olhar muito engraçado.

— Ei, não. Eu não vi o... Nossa, não.

— Pare com isso, Ashley, qualquer pessoa iria pensar que você nunca fez sexo antes. HAHAH.

— Eu já, mas não com ele. É que... Eu o vi apenas com uma toalha nos ombros. Foi só isso.

— AHHH. — Lisa parecia um pouco desapontada. — Qualquer um ia pensar que é nisso que você está interessada.

— Sim, e você não tinha algo pra me contar? — Pergunto desviando o assunto.

— Você se lembra do vizinho que me ajudou, né?

— Qual dos? Aquele que pintou uma foto sua? Aquele que trocou o seu pneu? Ou aquele que consertou seu celular?

— Ok, ok. Eu sei que eu sou muito talentosa na arte de ser ajudada. Mas eu estou te dizendo Ash, quando chega a hora, os homens gostam disso. De querer ajudar.

Nós duas rimos, e continuamos a conversa.

Depois de ela ter me contado tudo sobre a noite dela com o novo vizinho, eu decidi ir para casa. Levei Kyu para um passeio antes de me deitar para dormir. Matt me veio à cabeça, e meu coração logo acelerou. “Ele apenas é um rosto bonito’’ convenci a mim mesma. Mas quem não pensaria nele após ver aquele corpo?

Eu tinha medo de estragar o meu relacionamento com Matt, nós dois trabalhamos no mesmo setor, e eu gosto da nossa amizade. Se não desse certo, como iríamos nos encarar?

No dia seguinte, tinha que ficar pronta 2 vezes mais rápido. Porque como esperado, eu não acordei quando o meu alarme despertou. Eu apenas tinha alguns minutos para me arrumar. Eu preferi tomar um banho e não passar nada no rosto. O resultado não foi perfeito, mas tinha que dar. Passei no meu escritório, peguei uma caneta e um bloco de notas e corri rapidamente pra sala do diretor. Completamente sem folego, eu bato na porta antes de entrar.

— Olá, Ashley. Entre.

No começo, quando cheguei aqui. Eu me espantei com a sutileza e ar amigável de Gabriel. Sendo um diretor, eu esperava que ele fosse mais firme. Não tendo nada disso, pelo contrário, ele sempre está nessa vibe de nada arruinar seu dia.

— Problema com o alarme, senhorita Kai? —Ele chamou minha atenção.

— Eu dormi tarde ontem e acordei às pressas hoje, eu espero não estar atrasada, estou? — Sai bem dessa. —O senhor pediu pra me ver?

— Um dos nossos mais fieis clientes precisa de um contrato para hoje à noite. Todos os detalhes estão nesse documento. Bem vinda à Corporação Carter, onde você deve trabalhar muito com um sorriso no rosto, ou seja demitida e tenha sua vaga preenchida pelas milhares de pessoas esperando do lado de fora.

Às vezes eu sentia que o Senhor Carter tinha algo contra mim.

Quando eu estendi a mão para pegar os documentos, ele pousou a sua sobre a minha. Seus olhos azuis fixando nos meus.

— Você não estava atrasada. E... você fica linda sem maquiagem.

Eu deixo o escritório, um pouco confusa.


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Notas finais do capítulo

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