Os Viajantes do Tempo de Vila Azul escrita por Morgana


Capítulo 2
Capítulo 2




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—Não! 

Lila chorava na cama desesperadamente e por conseqüência acabou por acordar Tomás. Ele acendeu a luz e veio até ela.

—Não me toca Tomás! Eu sou desprezível... 

Dizia ela aos prantos e claramente assustada. Ele por potro lado a abraçou tentando a acalmar devido ao pesadelo que ela teve.

—Eu matei o tio Vasco e o meu irmão! *chora a soluçar*

—O quê? Não matastes ninguém... Foi apenas um sonho Alai, meu amor...

—Mas... Foi muito real... Tenho medo de ser algo do  futuro... *chorosa e soluçando* Nossos irmãos menores eram adolescentes e o Gabi tentava me matar por ter matado o tio Vas... Não quero ser uma assassina!

—Calma... Calma... Amanhã chamo o meu pai e ele verifica isso, ok? Mas de certo não é nada... Apenas um sonho... Você não faria nada ao meu pai e nem a ninguém da família.

—Eu senti. Juro que senti... Tinha sangue do Júnior nas minhas mãos... *incrédula a olhar as próprias mãos que estão limpas*

—Foi apenas um sonho... *a aperta contra si* Nada mais que isso querida... *fala tentando acalmar ela*

—A sua barba... *o olha* Não deixa ela crescer... No sonho tinhas ela. Me promete que não vais deixar a barba crescer, me promete? *nervosa com a cabeça no peito dele*

—Prometo! Nada de barba. 

—*beija-o* Trevas nunca mais... Não quero errar de novo. Já paguei um preço caro por meus erros... Tomás... Acha que foi uma visão do futuro? Minha mãe é clarividente, talvez eu tenha herdado isso dela.

—Não sei amor. Falaremos com meu pai para ver o que ele pensa, ok?

—Hunhum...

Alai se deixa estar nos braços dele com medo e adormece assim. Algumas noites se passaram e os "pesadelos" continuavam a atormentar como se fossem um tipo de alerta. Além disso, surgira um novo elemento que a fez ficar mais apavorada ainda a ponto de não conseguir falar ao namorado o que tinha se passado. Ela podia pensar que Tomás fosse tonto  ou até mesmo estúpido pra não perceber, mas ele sabia perfeitamente que os pesadelos continuavam a atormentar ela. 

—Meu pai tem que falar com você esta tarde.

Já era manhã, mas alai sequer havia saído da cama para ir trabalhar. Ela estava lá. Encolhida em silêncio na cama. Tomás lhe deu um beijo a ver se ela reagia.

—Hei...

Alai continuava calada e depressiva. Aqueles pesadelos eram tão reais que fizeram ela ficar neste estado. Um portal do tempo se abre no quarto, porém ninguém aparece vindo dele. Parece um portal diferente como se fosse aberto por alguém que começou a apresentar os poderes, como uma criança, por exemplo. Ele dura poucos segundos e logo se fecha. Tomás ficou surpreso com aquilo e olhou para sua mulher a espera de que ao menos isso tivesse feito ela reagir. O Portal ficou aberto por apenas alguns segundos e logo desapareceu.

—Me mata... Por favor...

Foram as únicas palavras a saírem de sua boca. Ela se esqueceu que a filha está a passar uns dias na casa de sua mãe e como o último pesadelo foi muito realista, acredita que deu sua única filha em sacrifício para que lhe roubassem os poderes e a matassem. 

—O quê? Não... Que se passa Alai?

A jovem mulher chorava como se sentisse culpa por algo grave.

—Fala comigo por favor...

Ela permanecia em silêncio.

—Alai... Por favor... Odeio te ver assim, fala comigo...

Alai apenas se encolheu mais na cama.

—Arre...

Tomás saio do quarto meio chateado e um tanto quanto preocupado. Minutos depois ele retorna com seu pai Vasco. Vasco se aproxima da sobrinha para conversar com ela.

—Fadinha...?

Fadinha era o apelido que Vasco deu a Alai quando era pequenina. Ela adova se vestir de fada e fingir que era uma. Certa vez ficou toda coberta por polem de fadas (verdadeiras) enquanto brincava no jardim.

—Ela tem estado assim pai... Não diz nada... Sequer vai ao trabalho.

—Okay, okay... Faça um pouco de chá...

—Mas...

—Chá, por favor...

—Okay...

Tomás saiu do quarto para deixar os dois à sós. Na cozinha ele preparava chá de camomila que era um dos favoritos de sua esposa. Enquanto isso, no quarto... 

—Fadinha? É o seu tio Vasco... Que se passa linda?

—Está vivo?

Ela o olhava parecendo perturbada. Para ela era como se os seus últimos sonhos se confundissem com a realidade.

—A última vez que verifiquei, sim estava... Quer me contar agora o que está te deixando assim?

—Sonhei que te matava... Mas o senhor sequer se defendia. *o olha, mas ele mantém expressão calma* Também matava meu irmão Júnior e agora... *as palavras quase nem saíam de sua boca* Minha filha...

Alai chorava no colo do tio enquanto ele mexia em seus cabelos loiros. Em relação a outra linha temporal da qual ela teve a visão tudo se cumpriu, excerto a última parte. Isto é algo que está prestes a acontecer.

—Nada disso realmente aconteceu linda... Eu estou vivo... E o Júnior está de saúde perfeita. A Jaz por outro lado está em casa de sua mãe... Viu? Estamos todos bem...

—E se for o futuro? Não quero ser uma assassina... *o portal se abre outra vez* Que é isto?

Intrigada, ela se levanta da cama e caminha na direção do portal. Contudo é impedida de chegar mais perto por seu tio. Quando ela ia esticando a mão para o tocar, a mão de seu tio foi mais rápida e a afastou, logo em seguida ele mesmo fechou aquele portal no tempo.

—Eu vou tratar de tudo fadinha...

 -Desculpa... *o abraça forte* A culpa é minha que minha mãe tenha se divorciado de ti...

—Parvoíces... *a fazer carinhos nos cabelos dela* A culpa não é de ninguém...

—É minha sim tio... Me perdoa, por favor... 

—Pare de se culpar por tudo... Você não fez nada... Apenas a distância quebrou o que tínhamos. Nosso amor não era tão forte como o seu e o do Tomás... Mas a gente vive e somos amigos. Não há nada e ninguém a ser culpado...

—Preciso de banho... Suei muito por causa do pesadelo...

Ele deu um beijo no alto da cabeça da sobrinha e foi para a cozinha. Conversou com seu filho sobre o que se passava e saiu dali por um portal a dizer que iria resolver pendências.

 


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