Alguém Disse Poesia? escrita por Perugia
Feliz pelas folhas amareladas do outono
Triste pelas maçãs podres em seu pomar
Me dê um motivo para lutar nessa guerra
Meu espírito tombou, sucumbiu ao inferno
Ninguém imaginou que iria terminar assim
Mas é como dizem os profetas de arminho
Não há honra pelas ruas, apenas sangue
Meu sangue, seu sangue, fará diferença?
Ganhará a batalha quem se sujar mais
Mas guerras não são vencidas pelos sujos
Mas por aqueles que ainda podem sangrar
Então deixe que sangrem, que jorre vermelho
Que escorra por esse frio campo de batalha
Manchando estas murchas flores brancas
Deixadas para trás por uma garotinha qualquer
O último resquício de vida desse verão mortiço
Cansado demais para destruir essas correntes
Atadas ao meu corpo desde o nascimento
Repetindo palavras como um passarinho falante
Cantando canções escritas por algum idiota
Ensinadas pelo feitor em um quarto aos fundos
Dê-me as sobras senhoria e eu ficarei satisfeito
Vivendo por nada, morrendo por menos ainda.
Morando em um mundo limão
Quem irá conseguir espreme-lo?
Quem irá tornar doce o que é azedo?
Quem irá, me diga quem irá?
Você tem as perguntas, todas elas
Mas nunca procurou as respostas
Como pode se considerar tão esperto?
Você é burro, burro, e nada mais que isso
Vou te fazer um curral com madeira boa
Uma prisão a qual não irá escapar, jamais.
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