Confissões escrita por Gabriela


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

E ai, espero que gostem e deixem os seus comentários ♥♥♥ Boa leitura pra esse casal meloso hahahah



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Já fazia alguns dias em que Jane estava morando com Maura, via sua mãe no café da manhã, às vezes jantavam juntas na casa da loira… Jane estava se habituando a nova rotina de sua vida. Analisando friamente sua situação, precisou um hacker incendiar sua casa, mexer em sua conta bancária, sequestrar Maura, não sendo o bastante, ainda lhe atormenta os pensamentos em noites de insônia como aquela e, ainda, ela não sabia. Seu inimigo era invisível. Aquela noite ela estava deitada em sua cama macia, no quarto de hóspedes que passou a ser dela, olhou para o relógio ao lado e viu que ainda era 01h15 da manhã. “droga” resmungou para si mesma. Sua vida deu uma guinada de 360º tudo por causa de uma pessoa, sua vida mudou por causa de alguém que não havia ideia de quem pudesse ser, alguém que mexeu com sua Maura, e que podia muito bem mexer com outras pessoas de sua família. A morena ficava com raiva e ao mesmo tempo com medo, se pudesse colocaria todos que ama embaixo de suas asas.

 

 

Jane fechou os olhos e pensou em tudo o que queria fazer, na sua vida pessoal, nos seus relacionamentos frustrados, das vezes em que sua vida esteve por um fio, do medo de perder os companheiros de trabalho em uma operação de trabalho, do medo de seus familiares serem perseguidos ou sequestrados para afetá-la, pensou em Maura e como a loira nunca havia sido do seu lado desde que se conheceram. E se Maura um dia resolvesse partir? E se Maura quisesse ir embora de Boston para o interior do Estado, ou para outro continente? O que seria a morena se ela resolvesse seguir em frente? Achar um novo amor? Jane sorriu triste. Como viveria sem Maura? E desde quando ela sentia aquelas coisas pela loira? Resolveu que iria até a cozinha tomar um copo d'água e comer algumas bolachas, estava se preparando para sair quando ouviu o barulho de alguma coisa caindo no chão. “Maura” disse a si mesma, pegado sua arma e saindo do quarto indo em direção ao quarto da loira, dando leves batidas na porta, não ouviu respostas, abriu a porta checou o quarto da loira e ela não estava la dentro, andou às pressas até a escada, descendo com cuidado e com a arma apontada para baixo “por favor, que nada tenha acontecido” dizia para si mesma em seu interior. Finalizou os degraus e tudo estava desligado, mas ela ouvia resmungos de alguém, se aproximou do interruptor de luz e acendeu, fazendo a parte da cozinha de Maura ficar totalmente claro, e conseguiu ouvir o grito de susto da loira que levantou os olhos e viu a morena com a arma apontada para ela “Céus, Maura” abaixou a arma colocando a mesma no balcão “O que você está fazendo ai no chão?” aproximou-se da loira, vendo que ela pegava cacos de vidro que viera ao chão “Quer me matar do coração, Jane? Eu estava sem sono e vim até a cozinha” disse se levantando e colocando os cacos de vidro em uma caixa vazia de suco “Mas eu levei um susto quando Bass encostou no meu pé, enquanto eu pegava o copo para tomar água” a loira contou e apoiou-se na pia, para encarar a morena “E o que você está fazendo aqui?” A legista olhou para a morena, e viu que ela usava apenas uma camisa folgada e grande do Sox “Eu também estava sem sono, e estava saindo da cama para vir aqui embaixo, quando ouvi o barulho do copo caindo...” Deu de ombros. “Tem certeza que está tudo bem?” Aproximou de Maura, colocando as mãos nos ombros da loira e massageando-os. Maura respirou fundo, olhou para baixo e depois encarou a morena, sentiu os dedos dela lhe acariciando os ombros e automaticamente levou às mãos para a barra da camiseta da morena, brincando com o pano “Às vezes, não sei, parece que isso vai demorar a passar, e eu realmente odeio me sentir assim, vulnerável” Jane sabia o que ela queria dizer. Viveu aquilo quando Hoyt ainda era vivo, sabia que ele nunca iria cansar até por as mãos na morena, e ela sabia que os meses de paz que ela tinha era limitado. Quando Hoyt resolvesse aparecer com um novo aprendiz, ela sabia que os seus pesadelos retornariam, e ela sabia que além de correr perigo, Hoyt iria jogar sujo usando alguém de sua família. Uma vez com seu irmão, para poder pegá-la, e outra com Maura, quando ele estava prestes a morrer, mas ninguém tocava em Maura “Ninguém irá te machucar enquanto eu estiver aqui, Maur. Eu prometo. Não importa aonde você estiver, se você precisar de mim… Maur, olhe para mim” Jane levantou o queixo da loira, e não sabia quanto tempo ficaram se encarando, quem visse a cena de fora, diria que elas eram um casal totalmente apaixonados, a loira encarou os olhos expressivos de Jane, sem nada dizer esperou que a morena tomasse a fala novamente “Ninguém vai te machucar. Você não é mais indefesa, você se tornou tão forte que eu tenho orgulho de quem você é, de quem você sempre foi” Maura sentia o coração descompassado, Jane estava quase sussurrando, e seus corpos estavam quase colados “Todos os bandidos, assassinos, seriais killers e não sei mais quem, sabem que você é o meu ponto fraco, Maur” As testas de ambas se uniram, Jane sentiu uma vontade absurda de beijar os lábios da loira a sua frente, mas controlou-se, e deslizou as mãos nas laterais do corpo de Maura, segurando em sua cintura, falou o que estava sentindo e o que era verdade, Maura era o seu ponto fraco, e todos sabiam disso, a loira sorriu ao ouvir o que a morena lhe dissera “Quem diria que a mulher mais durona da tropa de detetives tinha um ponto fraco?” sussurrou a loira, dando uma risada leve, Jane sorriu, e naquele momento sentiu uma paz que não lembrava sentir desde que sua vida virou de ponta cabeça. Sorrindo e de olhos fechados, roçou levemente o nariz no rosto da loira, e depositou um beijo demorado em sua bochecha, afastando-se em seguida apenas para reclamar de fome.

 

 

Enquanto elas preparavam um lance em um silêncio aconchegante, ambas pensavam no futuro, uma coisa que elas não faziam com frequência, pensar no que aconteceria amanhã era como se preparar para ir a um lugar que nunca fora na vida, ir para um lugar que não se localizava no mapa, que a rota era incerta. E na verdade, o futuro era incerto, em instantes tudo muda, fazendo os planos mudarem também, adiando vontades, não realizando desejos. Maura não sabia o que faria no futuro, Jane tampouco. Comeram o lanche entre algumas palavras e outras, colocaram as louças na pia e começaram a subir juntas, Jane começou a subir os degraus da escada, Maura logo atrás e não tardou em segurar a mão da morena e entrelaçar os dedos “Sempre” foi o que Maura sussurrou para a morena que concordou com a cabeça “Sempre!”

 

 

Quando chegaram no topo da escada, Maura hesitou por alguns segundos, puxou Jane para seu lado “dorme comigo hoje?” Jane não queria ir para o seu quarto, a noite estava um pouco fria, e dormir com Maura não seria ruim, não seria a primeira vez que dormiria na mesma cama que a loira, concordou com a cabeça e entrou no quarto da loira, colocando a arma e o celular no criado-mudo, foi até o banheiro da loira lavar a boca, Maura já havia ido, e estava apenas esperando a morena deitar também. Jane foi para o outro da cama, cobrindo e virou-se para deitar com o lado direito do corpo no colchão. Maura procurou pelos braço esquerdo da morena, abraçando-a pela cintura, colando as costas no corpo da morena “Se eu sou o seu ponto fraco, Jay, você é o meu porto seguro… Boa noite”


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