Our Gray World escrita por Kayme phb


Capítulo 4
Olhos Púrpuros


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores! Como vão?
Sim, sim. Atrasada novamente e blá blá blá...
Digamos que eu já o capítulo quase pronto, mas eu parei de escrever no meio de um diálogo e ai... Nunca mais toquei nele e.e
Eu realmente tinha esquecido por que diabos eu tinha começado ele e depois eu arranjei um outro jeito de terminar o capítulo, mas com a mesma intenção que eu iria usar antes.
Então, agora ele está pronto! Sem mais delongas, boa leitura!



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Alguns raios de sol começavam a adentrar aquele quarto totalmente espaçoso e quase completamente branco. Entre algumas coisas que podíamos encontrar nele, a deusa de cabelos negros dormia profundamente agarrada em um de seus travesseiros.

— Hum... Kcaaalb... Um beijiiinhooo... – Murmurava Etihw beijando seu travesseiro.

Etihw se remexia bastante. Enquanto declarava seu amor por seu travesseiro, acabou caindo da cama, batendo a cabeça no chão. Acabou acordando assim, encarou o quarto, seu travesseiro e depois ela mesma.

— Ai. – Disse enquanto se sentava no chão do quarto e acariciava sua cabeça. – Que pena, foi só um sonho. – Disse desanimada largando o travesseiro.

Se levantou e colocou o travesseiro na cama. Foi até um armário de cor branca com alguns detalhes em cinza. Mudou suas vestimentas para o que usava sempre, olhou-se em um espelho que havia no quarto. Penteou o cabelo desarrumado com uma escova que estava dentro de uma gaveta, guardando-a em seguida.

Saiu de seu quarto, caminhou até as grandes portas cinza abrindo-as. Deparou-se com o diabo de seu mundo tomando seu café da manhã normalmente. O mesmo olhou para quem entrava, logo voltando ao que estava fazendo.

— Bom dia, Kcalb. – Pronunciou Etihw caminhando até a mesa que ambos ficavam.

— Bom dia. – Disse mais concentrado em terminar o conteúdo de xícara que usava.

Sentou-se em sua cadeira e deu um leve bocejo. Logo começou a encarar o ser de cabelos brancos. O mesmo, claramente incomodado com a situação, se pronunciou:

—... Algo de errado?

— Pensei que tivesse acordado tarde, mais ainda é bem de manhã. – Declarou a deusa olhando através da janela que havia ali.

— E que eu tenho haver com isso? – Perguntou Kcalb.

— Está acordado há essa hora. Eu sou sempre a primeira a acordar. – Disse Etihw.

— Não é como se eu nunca levantasse antes que você. – Falou o Diabo bebendo mais um gole do que deveria ser café.

— É verdade. Mesmo sendo uma cena rara. – Disse começando a comer um bolinho.

—... – Kcalb queria retrucar, mas sabia que era verdade.

— Além do mais – A Deusa continuou. – Você está com cara de que não dormiu bem. As olheiras estão péssimas, Kcalb.

Desviou o rosto. Olhou para qualquer lugar que não fosse Etihw, ela sorriu com a reação.

— O que houve? Teve um pesadelo? – Perguntou.

—... – Não se pronunciou. Assim Etihw continuou:

— Sabe, eu tive ótimos sonhos. – Comentou olhando para cima. - E nele, você fazia aqui – colocou o indicador nos lábios. – em vez de aqui. – Terminou apontando para testa.

— Se você estava acordada, poderia ter andado de volta sozinha. – Falou com um tom de raiva e vergonha.

— Eu não tenho culpa se você não observou bem. – Olhou para Kcalb sorrindo. – Você deveria fazer isso mais vezes.

—... Nunca mais saio com você.

— Vamos, eu já pedi desculpas! – Declarou. – Mesmo que eu ainda não tenha culpa. – Sussurrou essa parte para si mesma.

Apesar disso, Kcalb a ouviu claramente. Suspirou irritado. Terminou de tomar seu café e se levantou. Etihw o seguia com os olhos não entendendo muito essa reação, logo o Diabo explicou:

— Vou andar um pouco.

— E para onde vai? – Perguntou.

—... Eu volto logo. – Disse e saiu, deixando Etihw com um semblante de dúvida.

— O que aconteceu com ele? – Perguntava-se a Deusa, tentando achar uma resposta.

Enquanto isso, Kcalb andava pela entrada do castelo indo em direção as portas que levavam para fora. Assim que saiu do castelo, deparou-se com Wodahs que parecia cuidar das plantas. Ao reparar sua presença, o anjo olhou para ele.

— Bom dia, irmão. – Falou virando em sua direção.

— Bom... Bom dia. – Respondeu, olhando para as flores.

Ambos ficaram ali por um tempo, sem trocar qualquer tipo de palavra. Wodahs percebendo a feição pensativa do irmão, logo se pronunciou:

— Algum problema?

— Ah, - Kcalb levantou o olhar quando foi tirado de seus pensamentos. – não é nada.

— Creio que não é bem assim. – Disse Wodahs. – Suspeita de algo? Uma nova invasão?

— Não diria invasão. – Começou Kcalb.

— Então o que seria? – Perguntou Wodahs começando a pensar sobre isso.

—... De qualquer forma, não é nada. Apenas volte para suas tarefas. – Kcalb disse em ultimato. Logo começou a andar na direção oposta do castelo.

Ou tentar, pelo menos.

Não deu direito nem cinco passos e conseguiu ouvir ao longe:

— Ater! É hoje que eu te pego! – Um anjo se aproximava correndo enquanto perseguia uma gata-demônio de cabelos brancos.

— Apenas esqueça isso! – Implorou Ater.

— Esqueça já disso. – Comentou Arbus enquanto acompanhava a perseguição.

— Nunca! – Gritou Alela Grora em determinação.

Quando as duas gatas-demônios viram Kcalb, sem pensar duas vezes, pularam em cima dele em forma de proteção. O mesmo acabou caindo com as duas agarradas em seu tórax. Antes que Grora pusesse suas mãos em Ater, foi segurada por Wodahs. Com os olhos completamente negros, Kcalb se pronunciou.

— O que diabos vocês estavam fazendo, suas idiotas? – Kcalb perguntou claramente irritado.

— Nós estávamos passeando pela floresta... – Começou Ater ignorando a raiva do diabo.

— Quando encontramos Grora. – Terminou Arbus.

— Então começamos a correr. – Falou Ater.

— Começamos a correr então. – Falou Arbus.

— Quando você vai esquecer esse rancor? – Perguntou Wodahs enquanto Grora se debatia.

— Não se meta nisso, cabeça de anjo! – Grora se debatia, tentando se soltar.

— Que cena divertida aqui fora. – Uma nova voz se aproximou, parecendo se divertir com a situação.

— É a senhorita Etihw. – Arbus comentou.

— A senhorita Etihw está aqui. – Ater comentou acompanhando Arbus.

— Eu estava lá dentro até ouvir uns sons estranhos... Realmente não esperava por isso. – Falou Etihw rindo um pouco.

— Se está vendo, quer parar de rir e ajudar? – A voz irritada de Kcalb se pronunciou.

— Qual é a palavra mágica? – A Deusa se aproximou e se agachou perto do outro.

—... Você não vai me obrigar a dizer isso. – Os orbes do diabo ficaram escuros.

— É mesmo? – Etihw ria desafiadoramente.

Kcalb queria acreditar que ela não era capaz de fazer algo como isso. Mas ele a conhecia bem. E se realmente fosse a Etihw que ele tanto conhecia, a mesma que gostava tanto de coloca-lo em situações constrangedoras...

Ah, ela não deixaria essa chance passar.

—... – O Diabo começou a murmurar coisas inaudíveis.

— Estou esperando. – Etihw comentou.

—... Por favor... – Mesmo baixo, todos os presentes conseguiram ouvir.

— “Por favor” o que? – A outra movia sua mão em um estimulo para que continuasse.

— Por favor, me ajude com isso. – Kcalb falou forçadamente enquanto suas bochechas ficavam vermelhas.

— Oh, se você insiste. – Etihw riu se levantando. – Ater, Arbus. Poderiam fazer o favor de saírem de cima de Kcalb? Vocês sabem que como velho, ele já não é tão disposto fisicamente.

Kcalb não conseguia acreditar que Etihw tinha dito aquilo.

Grora abafava os risos que queriam sair, quase que com lágrimas. Mesmo que Wodahs não fosse muito de rir, não poderia deixar de admitir que a cena que via o divertia, mesmo que só um pouco.

— Oh, é verdade! – Ater disse.

— Uma verdade é. – Arbus acompanhou.

Logo ambas saíram de cima do Diabo. Ele ainda estava um tanto incrédulo pelo que tinha acabado de ouvir, mesmo assim se levantou. O cabelo escondia parte de seu rosto, mas todos conseguiam sentir a alma negra que Kcalb exalava.

— Etihw. – Kcalb se pronunciou.

— Não precisa dizer nada. – A Deusa se aproximou do Diabo. – De nada.

Logo uma pequena confusão havia sido formada ali. Arbus e Ater tomaram essa deixa para correram de volta para a floresta, antes que Grora notasse que elas ainda estavam ali. Voltaram ao seu passeio na floresta como se nada tivesse acontecido.

— Nossa, em pensar que poderíamos ter o machucado. – Ater começou se lembrando do ocorrido.

— Ainda bem que a senhorita Etihw nos lembrou. – Arbus comentou vagamente.

Ambas continuaram andando e conversando coisas triviais. Até que ouviram um ruído bastante incomum. Olharam-se e logo viraram a cabeça para o local do suposto barulho.

— Ouviu esse som? – Ater perguntou.

— Esse som foi ouvido. – Arbus respondeu.

— Poderia ser Grora? – Ater perguntou novamente um tanto descontente.

— Eu não diria isso. – Arbus respondeu parecendo ter notado algo importante. – Esse poder não é o dela.

— É verdade. – Ater pareceu ter notado algo. – E também não me lembro dela ter olhos púrpuros.

Ambas invocaram suas lanças e avançaram até o invasor.

— Achamos você. – Ater a Arbus disseram em uníssono para o ser de capuz marrom.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Deixem comentários, ok? Isso me ajuda muito e me deixa ainda mais pra cima para continuar escrevendo. Até o próximo capítulo!