Coisas Que Só O Amor Pode Fazer escrita por Nameless
Notas iniciais do capítulo
Os amigos também são importantes na vida de Eliza, vamos conhecer um pouco mais deles?
Claro, não é só isso que se resume o capítulo, sei que ficou um pouco grande, (mas me empolguei), espero que gostem.
Me digam o que estão achando nos comentários.
Desculpem os erros desde já ;)
Boa leitura Maggots :)
Quando cheguei em casa fechei a porta e sentei no chão, só para refletir se isso tudo que acabou de acontecer era verdade. "Puta merda! Caralho!". Acho que permaneci pensando por alguns minutos, rindo e com cara de babaca sozinha olhando para a parede. Precisava contar à Catarina tudo isso, ela não ia acreditar, ia falar que estou bêbada, mas eu precisava falar.
Subi correndo para o nosso quarto (que eu dividia com ela) e à acordei.
– Vai Cat acorda!
– Puta que te pariu Eliza me deixa dormir!
– É muito sério Cat preciso falar com você. Meu, você não vai acreditar!
Bufando a minha Cat emburrada sentou e esperou com os braços cruzados.
– É melhor que seja bom o que você vai me dizer, porque me acordar para falar coisa ruim já é demais!
– Você não ta vendo meu sorriso?!
Levantei saltitante, girei e gesticulei o meu lindo sorriso para ela.
– Se você não contar logo eu vou te trancar para fora do quarto.
– Ok feiosa, se prepara - Sim, Eu, Eliza sou muito dramática - Eu conheci o James Root! E mais, comemos juntos, tivemos uma conversa maravilhosa, ele me levou até aqui! Sério Cat, ele é foda!
Ela me olhou espantada e me analisando.
– Espera ai, você está dizendo o James Donald Root, o mesmo James que toca no Slipknot? Que toca no Stone Sour?
– SIM!
Ela se sentou de 'perninhas de índio' se virando de frente para mim.
– Tá achando que sou idiota Eliza? Você deve estar bêbada.
"Eu disse."
– Cat, eu nem bebi direito, aliás bebi um copo só, com ele do meu lado para sua informação.
Fez cara de curiosa e, finalmente, sorriu louca para mim continuar.
– Eliza me conta isso direito, como quando e porque.
Contei tudinho, e ela, como uma boa amiga, queria saber detalhe por detalhe.
– Amiga... Sério, você já chegou em Iowa arrasando. Aqui promete ser um ano bem doido para gente!
– Bem isso Cat, nossa eu estou sem acreditar. Isso é muito louco.
– Pelo o que me contou ele te adorou. Será que vão se ver de novo?
– Não sei Cat, para ser sincera não sei o que ele quer exatamente comigo, tenho medo de ser mais uma sabe.
– Realmente, ele deixou claro que você é uma boa companhia para ele, agora para quê ainda não sabemos.
Catarina sempre torcia para minha felicidade amorosa, nos conhecemos desde o primeiro ano do ensino médio, e ela, mais do que ninguém, sabia o quanto sofri. Foi ela que me ajudou a superar a última decepção com o homem/otário que mais gostei. Fazem seis meses que estou solteira e também sem vontade de estar com alguém e ela foi meu alicerce neste tempo. Eu sempre quebro a cara por agir demais com o coração, mas com tantos tombos, aprendi a ser fria e menos esperançosa nos relacionamentos e não era agora que iria amolecer só porque era um homem que, à primeiro momento, se mostrou ser diferente.
– Cat, não sei se vou vê-lo novamente, estou muito feliz por conhece-lo você sabe... Estou cansada de...
Ela me interrompeu e pegou minhas mãos.
– Eliza, me escuta, deixa rolar sabe, se ele te convidar para sair amanhã, vai, se diverte como hoje, não se fecha por causa de uma relação que não deu certo, com o tempo que passar enquanto vocês estiverem juntos, você vai notar se vale à pena ou não.
Olhei nos olhos verdes clarinhos como água de minha amiga e lhe abracei.
– Obrigada meu amor, você, como sempre, sendo mais do que uma irmã para mim.
– Para de ser idiota Eliza, eu te amo!
– Também amo você babaca.
Em meio à bocejos ela disse:
– Tá, chega de tanto 'mimimi'. Vamos dormir.
– Ok chata, boa noite Cat.
– Boa noite Liza.
Precisei tomar um remédio para dormir, estava elétrica demais. Mal podia esperar para a manhã de sábado chegar logo, não apenas pelo Jim, mas porque iria almoçar e conhecer Des Moines com meus amigos.
x~~~~~~x
Dez da manhã e um 'toc toc' chatíssimo na porta do quarto.
– Acordem meninas! Já fiz até café!
– Cala a boca Brian está cedo! - Gritei só para irritá-lo.
– Eliza foi o combinado! Vai logo! Se não jogo água em vocês!
– Ai que medo! Socorro Cat!
Sacudi minha amiga e ela foi levantando devagar. Óbvio que já tinha acordado com a gritaria. Gritei para ele:
– Já estamos descendo Brian.
A mesa estava cheia, parecia alimento para um batalhão. Brian era todo fofo, tem pele branca mas com aquele moreno natural de tanto sol, cabelos lisos e negros, olhos castanhos escuros e, atualmente, barba rala. Um amigo sincero, que leva tudo na esportiva, mas também sabe zoar. O conheci assim que entrei na faculdade. Ele e Cat sempre cultivavam uma quedinha um pelo outro, mas por serem de turmas diferentes e levarem os estudos à sério nunca tiveram intimidade suficiente. E, olha só... Estamos morando juntos! Claro, eu torcia para esse casal, mas também não forçava ninguém. Cat é segura de si, na dela, parecia que nunca dava trela para Brian convidá-la para qualquer coisa, isso o deixava na dúvida. Eu sempre falei para ele fazer alguma coisa que não ia se arrepender, mas o garoto só dizia 'Mas você sabe como a Cat é' e blábláblá. Acabaram se tornando aqueles tipos de amizades onde um ama o outro secretamente. Mas eu sabia que isso não ia durar muito tempo. Isso me deixava mais feliz.
– Quanta comida Brian!
– A eu não sei o que vocês comem, para de reclamar.
Catarina toda bestona sorriu e disse:
– Vendo por esse lado você está certo Brian.
Fiz uma careta animada.
– Brian! Deixa eu te contar quem eu conheci ontem.
Contei toda a história novamente Ele não acreditou no começo, me zoou, mas no fim também ficou feliz por mim.
– Já te aviso Eliza, você sabe, nós também gostamos para caralho de Slipknot, então, se ele vir aqui hoje pode nos chamar. - Ele me alertou, quase como uma ameaça.
– Sim Senhor!
Depois do café nos arrumamos para conhecer a cidade, aliás, segunda-feira iriamos começar à trabalhar. Todos com roupas de meia estação, não estava nem frio nem quente, e isso era ótimo para mim.
Fomos conhecendo pontos famosos da capital. Estávamos encantados. Des Moines é linda! Almoçamos em um restaurante maravilhoso de comida italiana.
No final da tarde, já indo para casa de táxi, senti meu celular vibrar. " Hum... Número desconhecido"
– Imagina quem é?
Mostrei para Cat e Brian, os dois sorriram e fizeram silêncio para escutar a conversa.
– Alô, quem fala?
– Oi Eliza, é o Jim, como você está?
– Estou ótima! E você?
– Bem também... E ai, você ta ocupada?
– Estava passeando com meus amigos, mas já estou à caminho de casa. Por quê?
– Está cansada para dar uma volta comigo?
Meu coração palpitando e eu morrendo de vergonha com aqueles dois me olhando.
– Claro que não Jim, aonde quer ir?
– Quando for te buscar te conto ok?
– Tudo bem. Que horas?
– Às oito está bom para você?
– Está ótimo! Combinado então.
– Até logo.
– Até.
A duplinha bateram as mãos em comemoração. Olhei torto dando risadas. Estava nervosa demais para falar alguma coisa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Que lugar será? Será que já rola surpresa? Hum... Só no próximo capítulo para saber! Até mais.