Chrno Crusade & Vampire Knight - Vampires&Demons escrita por Mirytie


Capítulo 4
Capítulo 4 - The Story


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Depois do incidente com a arma, Kaein esperou um dia para chamar Rosette ao seu escritório e pedir algumas explicações. Stressou que ela tinha de ir sozinha, já que achava que Chrno iria protege-la se fossem juntos.

No entanto, Rosette limitou-se a desculpar-se intensamente e a dizer que devia ser stress por causa da transferência súbita.

Com pena dela, Kaein liberou-a e mandou chamar Chrno para ver se conseguia alguma coisa dele. Explicou detalhadamente o que tinha acontecido mas claro que ele já sabia. Eles eram parceiros. Era natural que compartilhassem tudo.

Já este, não parecia tão relutante em falar, querendo proteger Rosette de futuros rumores. No entanto, recusou-se a falar a não ser que Kaein os tornasse em guardiões da classe noturna, como a Yuki e o Zero. Depois de alguns segundos em silêncio, Kaein concordou e Chrno começou a falar.

— Na verdade, como já sabe, a Rosette é órfã. No entanto, ela tinha um irmão. – disse Chrno, obtendo a atenção do diretor – Ela era muito protetora dele mas ele foi raptado por um demónio quando eles ainda eram muito pequenos. A Rosette tornou-se numa exorcista para tentar salvar o irmão mas, passados alguns anos, o mesmo demónio que o raptou…matou-o.

Chrno mentiu sobre a última parte e pediu para que ele não notasse.

— E no entanto, ela confia num demónio como parceiro? – perguntou Kaein.

— O Joshua e a Rosette já me conheciam antes de o demónio raptar o irmão dela. – disse Chrno, deixando escapar o nome de Joshua – Eu prometi-lhe, depois de ele ser raptado, que ia fazer tudo em meu poder para o trazer de volta. – Chrno levou uma mão à cara – Mas já era tarde demais.

— Mas ela continuou a confiar em demónios. – continuou Kaein – Em si. Mesmo depois de o irmão ter sido raptado e morto por um.

— Ela era pequena, não sabia o que podia fazer. – explicou Chrno – E a Rosette sempre teve uma mente muito aberta.

E nós fizemos um contrato, pensou Chrno.

— Estou a ver. – disse Kaein – Mas isso não explica porque é que ela me apontou uma arma quando eu me aproximei da fotografia…e a importância daquele tipo de relógio.

— Conforme o tempo foi passando, a Rosette conseguiu fazer amizades, no entanto…elas também morreram na mão do mesmo demónio. – disse Chrno, começando a deixar Kaein deprimido – O relógio foi uma coisa que lhe dei. É…uma coisa que nos liga um ao outro. Mesmo que já não funcione.

— A fotografia parecia antiga. – quando viu Chrno simplesmente a encolher os ombros, Kaein pegou numa fotografia que tinha guardada na gaveta e pousou-a na mesa, em frente a Chrno – Esta mulher parece-se com a Rosette.

Chrno olhou com espanto para a fotografia de Rosette vestida com o vestido negro que Aion lhe tinha dado e as chagas nos pulsos à vista.

— Nunca…eu não…quer dizer… - Chrno pegou na fotografia que não sabia que tinha sido tirada, muito menos que ele a tivesse – Eu nunca vi…

— Esta fotografia foi tirada há mais de cem anos em São Francisco. – informou Kaein, vendo Chrno pousar a fotografia como se estivesse a arder – Segundo alguns contactos, a rapariga na fotografia era a reencarnação de Maria Madelena. Uma vez que é um demónio, deve ter ouvido a história. Afinal, todos os demónios e vampiros foram avisados para se manterem afastados da rapariga.

— Eu não sei de nada. – mentiu Chrno, levantando-se – Tenho de ir ter com a Rosette para nos prepararmos para escoltar a classe noturna. E peço mais uma vez desculpa pelas ações de Rosette.

Com as sobrancelhas franzidas, Kaein ficou a vê-lo sair e perguntou-se se tinha cometido um erro em aceitar que eles se juntassem a Yuki e a Zero.

Enquanto colocava a fita de guardião no braço de Chrno, Rosette sorria.

— Tens a certeza de que queres fazer isto? – perguntou Chrno pela terceira vez – Vais ter de ficar acordada toda a noite.

— Eu consigo ficar acordada toda a noite. – garantiu Rosette, olhando para a faixa no seu braço – Agora vamos. A classe noturna deve estar a sair.

Chrno seguiu Rosette que ia com um sorriso na cara. No entanto, ele estava extremamente preocupado, tal como Zero quando os viu a furar a multidão de estudantes e a juntarem-se a eles.

Zero tinha quase a certeza de que aquele demónio o tinha salvado, mas não se sentia confortável à beira deles. Já Yuki conversava alegremente com Rosette, que avaliava a rapariga.

— Rosette. – murmurou Chrno – De certeza que não vais adormecer? Eu não posso lutar com os vampiros se eles me pressionarem.

— Não te preocupes. – disse Rosette, um pouco irritada com Chrno – Olha, as portas já estão a abrir-se.

Chrno suspirou, mas começou a escoltar os vampiros, enquanto as raparigas gritavam para tentarem obterem a atenção de algum deles. Alguns acenavam, tornando o seu trabalho mais difícil, mas Chrno limitou-se a esticar os braços para separar os alunos dos vampiros, em vez de se queixar aos últimos.

No entanto, parou quando viu o sol a pôr-se e olhou para Rosette que tinha parado uns passos atrás e estava agora a olhar para o horizonte com uma mão por cima do colar. Chrno apressou-se a ir ter com ela e a dar-lhe a mão que ela apertou com força.

— Está tudo bem. Eu estou aqui. Estamos os dois aqui. – murmurou Chrno, puxando-a com cuidado – Vamos andar devagar.

Rosette pareceu relutante a fazer o que ele disse, mas entrelaçou os seus dedos nos dele e começou a andar devagar, a olhar para o sol.

O comportamento deles atraiu alguns olhos e criou vários rumores, mas as raparigas daquela academia pareciam superficiais e focaram-se na maneira amorosa em como Chrno tratava Rosette. No entanto, os vampiros que tinham notado estavam mais interessados no comportamento da rapariga quando viu o pôr-do-sol.

Chrno suspirou quando viu Rosette a dormir encostada a uma árvore, poucas horas depois de anoitecer. Perguntava-se se eles podiam continuar a ser guardiões se os ataques de Rosette continuassem. O psicólogo não a devia ter liberado, mas ele tinha um pressentimento que tinha sido ela a pressionar o doutor para a deixar ir.

Mesmo na Ordem, Rosette não saía do lado dele antes de anoitecer e só depois ia dormir. Também não sabia como é que a Ordem tinham-na deixado ir tão facilmente. Sabia que eles estavam de olho nela para o caso de as sagas aparecerem outra vez e, já que o sangue dela ainda era “venenoso” para os demónios, Chrno também achava que eles tinham razão para se preocuparem.

Por outro lado, também tinha outra teoria…

Quando ouviu alguém a aproximar-se, os seus pensamentos foram cortados e ele levantou-se imediatamente, pondo-se em frente a Rosette, que ainda estava a dormir.

Ao ver Yuki, suspirou e relaxou. No entanto, Rosette, que estava atrás dele, inclinou a cabeça e apontou a pistola a Yuki.

— Rosette! – exclamou Chrno, depois de ver a cara chocada de Yuki e olhar para trás – O que é que estás a fazer? É só a Yuki.

— Porque é que o teu companheiro está escondido, Yuki-chan? – perguntou Rosette, vendo Zero sair de trás de uma árvore.

Então era ele que Chrno tinha sentido, pensou Chrno.

— Só queríamos testar-vos. – disse Yuki, levantando as mãos, enquanto Zero se aproximava de Yuki – Parecem ter nascido para este tipo de trabalhos.

— Nem por isso. – disse Rosette, apontando a arma para trás, sem olhar e disparar, assustando-os – Muitos anos de treino. Foi por isso que ficamos tão bons.

Chrno virou-se para trás com as sobrancelhas franzidas, enquanto Rosette se levantava e Kaname saía de entre os arbustos com uma bala na mão e sangue a escorrer pelo raspão na sua cara.

— Acho que isto te pertence. – disse Kaname, entregando a bala a Rosette, que olhou para ele com um olhar frio e aceitou a bala.

Yuki estava um bocado em pânico por Rosette ter feito aquilo ao Kaname-sempai.

— Vocês têm que afastar as fãs. – disse Yuki, aproximando-se de Kaname rapidamente – Não a classe noturna.

Rosette rodou a pistola no dedo, guardou-a e sorriu na direção de Yuki.

— Acho que foi por instinto. – disse Rosette, fazendo Kaname olhar para ela – Mas não te preocupes. Eu não costumo apontar a minha arma a humanos.

— Nós vamos dar uma volta por aí. – disse Chrno, pondo uma mão nas costas de Rosette.

— Os teus amigos são interessantes. – comentou Kaname – Porque é que não os convidas para virem à Academia, agora?

— O quê? – disseram Yuki e Zero ao mesmo tempo – Porquê?

— Assim conhecem os outros. – respondeu Kaname – E já não há risco de a rapariga nos confundir com…o que quer que ela me tenha confundido.

Kaname aproximou-se mais de Yuki, inclinou-se e pôs um dedo por baixo do queixo dela.

— Fazes isso por mim, Yuki? – pediu Kaname, sorrindo quando a viu anuir com a cabeça sem dizer nada – Linda menina.

— Eu disse que os levava à turma noturna ao Kaname-senpai. – disse Yuki, enquanto os procurava com Zero – Mas não sei se eles vão querer ir.

No fundo, ela queria que eles recusassem.

— Tens noção que vais estar a levar um demónio e uma exorcista a uma sala cheia de vampiros, não tens? – perguntou Zero.

— O Kaname-senpai pediu. – disse Yuki, irritando Zero – E o meu pai confiou neles o suficiente para os tornar guardiões da turma noturna.

Yuki sorriu quando os viu, mas parou instintivamente ao ouvir Chrno a falar com Rosette.

— Não podes perturbar os vampiros. – avisou Chrno, ouvindo Rosette suspirar – A freira superior tinha razão. Se te acontecer alguma coisa, tenho quase a certeza que eu vou descontrolar-me.

Rosette olhou para ele, imediatamente.

— Não precisas de te preocupar com isso. – disse Rosette, apesar de se ouvir alguma preocupação na sua voz – Não me vai acontecer nada.

Yuki cerrou a mão quando esta começou a tremer.

— Estás com medo dele? – perguntou Zero – Queres reconsiderar a ideia de…

Yuki avançou antes de Zero ter tempo de acabar a frase e dirigiu-se a Rosette com um grande sorriso. Chrno sabia que eles tinham estado a ouvir, mas era melhor eles saberem que não se deviam aproximar de Rosette.

Zero apareceu imediatamente atrás de Yuki.

— O Kaname-senpai convidou-vos para conhecerem os alunos da classe noturna, agora. – informou Yuki – Gostava que fossem.

— Mas não temos de patrulhar…

— Nós fazemos isso. – interrompeu Yuki – Podem ir sem se preocuparem.

— Porque é que ele nos convidaria? – perguntou Chrno, fazendo Yuki estremecer quando olhou para ele.

— Eu acho que ele só quer conhecer os novos guardiões. – disse Yuki – Deve ser uma visita rápida e o Kaname-senpai é uma pessoa muito simpática.

— Porque não? – respondeu Rosette, sorrindo.

— Tens a certeza? – perguntou Chrno.

— Eles só devem querer ver se somos qualificados para os proteger. – disse Rosette, encolhendo os ombros – Já lidamos com pior, certo?

Chrno ficou em silêncio, enquanto se lembrava dos seus falhanços e como isso tinha levado ao trauma de Rosette. Ela viu que ele estava a pensar nisso e deu-lhe um pequeno empurrão.

— A culpa não foi tua. – disse Rosette, deixando Yuki e Zero confusos – Eu já sabia o que ia acontecer.

Chrno olhou para Rosette, mas não estava a sorrir.

— Então…vão? – perguntou Yuki.

— Sim. – disse Rosette, praticamente arrastando Chrno – Nós já voltamos.

— Eles estavam a ter um momento romântico? – perguntou Yuki, olhando para Zero.

Este abanou a cabeça.

Eles pareciam partilhar uma história muito sinistra que afetava a relação entre eles. A reação da rapariga ao pôr-do-sol e os remorsos do demónio, juntamente com o desejo intenso de a proteger.

Era estranho, mesmo para uma relação entre um demónio e uma exorcista.


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Notas finais do capítulo

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