O amor é cego escrita por British
— Oi Shizune. Bom dia, o Sai já está acordado? – pergunta Sakura ao bater na porta da médica às 7 da manhã
— Sakura, eu sinto lhe informar, mas o Sai foi embora. – disse Shizune com a cara amassada.
— Hã? Ele não pode ter ido embora. Pra onde ele foi? Ele voltou a Yale? Ele foi pra onde? – disse Sakura visivelmente alterada
— Calma, ele foi para um lugar que você não conhece, mas eu não posso dizer onde.
— O que? Por que você está escondendo ele de mim? Eu preciso conversar com ele! – disse Sakura
— Foi um pedido dele Sakura. Se ele quisesse que você soubesse onde ele está, teria me dito. Mas pelo contrário, ele disse que não quer te ver mais.
— MENTIRA! – gritou Sakura – impossível ele querer tanta distância de mim assim, você está mentindo. Por que isso Shizune? Eu gosto dele, preciso vê-lo, conversar, saber se está tudo bem ou se pelo menos pode ficar. Eu devo isso a ele.
— Eu adoraria te contar, mas, infelizmente, não posso. Eu prometi e eu cumpro minhas promessas. Por favor, não insista. – pediu se sentindo desconfortável com a situação
— Você sabe onde ele está e não me conta por que não quer. A verdade Shizune é que você deve estar sentindo ciúmes do Sai e quer que ele fique só do seu lado. Por isso o esconde de mim! – acusou impiedosamente Shizune e começou a chorar
— Sakura, eu sei que você está preocupada com ele, mas não me acuse. Foi uma decisão dele e eu não tenho razões pra sentir ciúmes do Sai.
— Eu vou embora! Se você não quer me contar, eu dou dar meu jeito. Mas não pense que vai escondê-lo pra sempre de mim – declarou Sakura e foi embora.
Shizune se sentiu terrível, mas não podia dizer, ela prometera a Sai e sabia que o amigo sofreria se visse Sakura de novo. Além disso, Sai temia que Sakura largasse Sasuke para voltar com ele apenas por pena.
[...]
— E aí Deidara, o que aconteceu pra você estar tão sorridente? – perguntou Sasori ao notar o amigo tão feliz
— Eu recebi um cartão postal da Temari. – disse o loiro
— E onde ela está?
— Ela está no Marrocos. No cartão ela dizia que sentia minha falta e que quando nos reencontrássemos ela dançaria pra mim. – Deidara sorriu
— Isso quer dizer que ela está arrependida de te deixar aqui solitário ao invés de se entregar a paixão que obviamente os dois sentiam?
— A gente não sabia o que sentia direito, só estávamos juntos pra esquecer. E acabou dando certo. – disse num suspiro
— Bom te ver apaixonado. Espero que ela volte pra te fazer feliz.
— Assim como você está feliz com a doutora?
— Sim. Deidara, ela faz a minha vida ser completa. Eu tenho o trabalho dos sonhos, meu irmão nunca mais se rendeu as drogas e eu tenho uma namorada que é uma baita companheira.
— Parece que tudo está encaminhado. E a Konan? Faz dias que eu não a vejo.
— Ah, a Konan anda ocupada com a produção de umas peças encomendadas e o tempo livre ela gasta namorando o Itachi – disse Sasori
— Então eles voltaram?
— Mais ou menos. Ela diz que não é namoro, que não é sério e que se ela quiser pode ficar com alguém, assim como ele.
— Konan em algo sem compromisso com Itachi? Isso não existe.
— Pois é. Falta ela perceber.
— Acho que eu sei como fazê-la perceber que ela está enganada – disse Deidara pensativo
— O que você vai fazer? – perguntou Sasori curioso, mas foi interrompido por Sakura adentrando a sua sala aos prantos e muito nervosa.
— Preciso falar com você, Sasori! – pediu e então Deidara se retirou
— Nos falamos depois, ok? – pediu Sasori a Deidara
— Tudo bem – disse e saiu deixando os dois sozinhos.
— O que aconteceu Sakura?
— Sua namorada. Ela está escondendo o Sai de mim! – se queixou a rosada
Sakura passou horas conversando com Sasori e explicando suas razões para ter ido atrás de Sai. Sasori ouviu pacientemente e prometeu que iria conversar com Shizune e ia pedir para revelar o paradeiro de Sai. Afinal, se ela sabia, era direito de Sakura saber também. Era assim que Sasori pensava. Sakura de cabeça quente, chateada por Shizune não tê-la contado sobre Sai acabou dizendo a Sasori que achava que a médica ainda sentia algo por Sai e que por ciúmes não tinha dito absolutamente nada a ela. O que deixou Sasori tenso e desconfiado. Será que isso poderia ser verdade?
[...]
— Por que você não disse a Sakura onde Sai está? – perguntou Sasori após almoçar com a namorada
— Ele pediu para que eu não contasse. Não ia deixar meu amigo triste só pra satisfazer a Sakura.
— Ela merece saber. Ela se importa com ele.
— Eu sei que ela se importa, mas ele não quer vê-la. É um direito dele.
— É um direito dele se esconder? E ainda por cima você ajudar? A Sakura me procurou chorando e me pediu para que intercedesse para você contar.
— Eu não vou falar nada, Sasori. Foi só pra isso que você veio almoçar comigo?
— Não foi só por isso. Vim porque estava com saudade.
— Eu também estava. Então por que não deixamos esse assunto de lado e namoramos um pouquinho hein? – sorriu, mas Sasori continuou fechado
— Desculpe, mas não posso deixar esse assunto de lado. Você não quer contar a Sakura por que você ainda sente algo pelo Sai?
— Você está dizendo que eu sinto ciúmes do Sai?
— É. É isso aí.
— Sasori, se foi a Sakura que disse isso desconsidere, porque ela estava nervosa. Ela só queria me atingir e como não conseguiu atingiu você para que assim eu contasse.
— Pode ser que ela tenha me atingido, mas o que custa você contar? – insistiu
— Eu vou embora, você está do lado dela e nada do que eu diga em minha defesa vai surtir efeito. O Sai é meu amigo, ele está doente e tudo que eu quero é que ele viva em paz o tempo que lhe resta. A Sakura não é capaz de fazê-lo feliz, pelo simples fato que ela ama o Sasuke. Só me procure quando você se lembrar que eu amo você. – disse se levantando da mesa
— Espera Shizune. Eu fui injusto – disse segurando o braço dela e a puxando para um abraço
— Foi mesmo – disse chateada
— Eu me deixei levar. Fiquei inseguro. Eu sei que ele é só seu amigo e a única coisa que você quer é ajudar.
— Que bom que caiu a ficha – disse e depois beijou rapidamente Sasori – Eu sei que a Sakura não disse isso por mal, mas ela disse tudo que estava passando pela cabeça dela na hora a fim de
saber do paradeiro dele.
— Eu entendi. E também entendi que você não vai falar.
— É pelo Sai que eu não conto. Ele ama a Sakura e vê-la sentindo pena só o tiraria a vontade de viver.
— O que o Sai quer?
— Ele só deseja que ela seja feliz. Eu estou ajudando ele a manter a distância necessária para que ela siga em frente ao lado do Sasuke.
[...]
— Você não para de chorar desde que chegou. Tudo isso é porque não sabe onde ele está? – diz Sasuke se sentando ao lado da namorada
— Ele está doente e magoado comigo. Eu queria poder dizer algo a ele. Poder me mostrar solidária e amiga, assim como ele sempre foi comigo.
— Ele deve ter motivos pra ter tomado essa decisão. – disse colocando sua mão sobre a da amada
— E se eu nunca mais o ver?
— Bem, você só pode rezar pra que vocês se encontrem pelo menos uma vez mais antes dele partir.
— Eu tenho medo.
— Eu sei meu amor, mas foi escolha dele. Talvez você devesse respeitar.
— Eu nunca abandonaria o Sai. Eu quero ir atrás dele. – disse secando as lágrimas
— Sakura, acho que isso já é demais. Se ele quiser, um dia você vai saber onde ele está.
— Você não pode me impedir de ver o Sai! – grita Sakura, aparentando estar nervosa de novo
— Não vamos brigar ta? Se para você é tão mais importante ficar ao lado do Sai vai em frente, mas não tem meu apoio. – disse se recolhendo ao quarto onde ficará repousando
— Você não me apoia? Quer dizer que se eu for atrás do Sai a gente acaba de novo?
— Não. A gente não vai terminar, só se você quiser. – Sasuke então se vira e olha pra amada – Mas caso você realmente vá atrás do Sai não conte com a minha ajuda. Eu fico aqui te esperando, mas não te apoio. Eu respeito a decisão dele e você deveria fazer o mesmo. – disse se direcionando ao quarto e deixando Sakura pensativa. E agora? Ir ou não atrás de Sai?
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