O amor é cego escrita por British


Capítulo 39
Tempo




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Dia 7 de Julho, cemitério da cidade, 5:00 PM.

— Por que você quis me encontrar justamente aqui? – Perguntei vendo Sakura agachada em frente ao túmulo de Kiba no cemitério. Não vi seu rosto, ela estava de costas para mim e a mão dela acariciava a foto de Kiba. Em cima do tumulo tinham algumas flores do campo que provavelmente era teria jogado lá antes deu chegar. Akamaru estava ao lado dela e fazia um barulho baixo como se lamentasse a morte de Kiba tanto quanto Sakura. Eu só não entendi o porquê dela querer que o nosso encontro fosse justamente ali.

— Hoje é o aniversário do Kiba. Ele faria 26 anos hoje – ela se levantou

— Eu sei que hoje é um dia triste pra você, mas por que marcar aqui e nesse dia para resolver a nossa situação?

— Eu pensei muito nesse último mês que se passou em nós e também pensei muito no Kiba.

— Eu sei que não chego aos pés dele pra você Sakura, se é por isso que você me trouxe aqui, se é pra me lembrar o quanto o Kiba é melhor que eu e que não mereço seu amor não precisa nem dizer nada. Eu já entendi. – minha voz já estava falhando. Em pouco tempo o forte Sasuke Uchiha estaria transformado em um menino chorão intimidado pelo fora que a mulher amada lhe daria.

— Não é por isso que pedi que você viesse aqui. – ela se virou pra mim

— Então foi por quê?

— Aos poucos eu vou explicar, primeiro me diga, o que aconteceu com a Temari? Vocês estão juntos?

— Bem, eu fui conversar com ela e coloquei um ponto final nessa história que já estava acabada faz muito tempo. Eu quero você. – ela sorriu e aquilo me intrigou

— Bom saber que você se decidiu.

— E você? – perguntei me referindo a Sasori

— Eu nunca estive dividida – falou séria

— Não? Mas você me falou que estava confusa.

— Confusa sim. Dividida nunca. Eu fiquei confusa com o que aconteceu, com a Temari do seu lado, você ter ido viajar com ela. Mas meus sentimentos por você sempre foram muito claros. Sasori nunca foi uma ameaça.

— Mas ele te cerca.

— Ele é meu amigo e tem me ajudado bastante.

— Mais do que eu. – falei num sussurro

— Sim, mais que você.

— Me diga, qual a sua decisão Sakura? – implorei

— Você ainda usa o colar de esmeralda que eu te dei? – perguntou e então procurei pelo colar no pescoço

— Nunca tirei ele, assim como você pediu – ela então sorriu

— ótimo. Ele faz parte da minha decisão.

— Você o quer de volta? – me antecipei e ela balançou a cabeça em sinal negativo

— Não. Eu te dei, foi um presente. É seu.

— Então o que ele tem a ver com a sua decisão?

— Vou explicar. – ela então segurou minhas duas mãos e estava a poucos centímetros de mim, se eu não tivesse que prestar atenção no que ela ia falar com certeza já teria a beijado sem hesitar.

— Explique. – pedi e então ela começou.

— Eu não te disse, mas eu ganhei esse colar da minha avó quando eu tinha quinze anos. Ela disse que era uma prova de amor dela pra mim e esse se tornou minha jóia preferida, porque minha avó foi uma pessoa muito boa pra mim. No ano seguinte ela morreu, já estava velhinha e doente, mas eu sofri com a perda dela, mas não me abati porque ela queria que eu fosse feliz.

— esse colar é muito importante pra você então.

— É. E ele se tornou ainda mais importando quando eu dei esse colar ao Kiba – ela me disse  e fiquei em choque, então aquele colar que estava no meu pescoço anteriormente tinha pertencido ao Kiba?

— Era do Kiba?

— Sim. Eu dei esse colar no dia da formatura pra ele, foi a minha prova de amor pra ele. Ele sabia tanto que me pediu em namoro naquele momento. Foi um dia muito feliz. Ninguém previa que no mês seguinte todo mundo ia morrer.

— Se era dele o colar então como você ficou com ele depois do acidente? Ele não estava usando o colar no dia?

— Não. O Kiba não tirava esse colar do pescoço, ele me disse que era o amuleto da sorte. – ela sorriu com a lembrança – Antes do carro explodir ele ficou me convencendo a sair dali e eu me recusei, eu não queria deixá-lo sozinho, se fosse pra morrer, morreríamos os dois. Era assim que eu pensava, mas ele não me deixou fazer isso. Quando ele percebeu que não tínhamos mais quase tempo e que ele não se salvaria porque a pena estava presa nas ferragens Kiba tirou o colar do pescoço, colocou em mim e me disse que aquele colar seria como se fosse ele. Depois ele me empurrou do carro e eu assisti de perto a explosão.

— Eu não imaginava que essa era a história desse colar. – falei notando que os olhos de Sakura estavam prestes a transbordar de lágrimas

— Esse colar representa pra mim o amor. Eu o ganhei da minha avó amada, dei ele ao Kiba porque eu o amava e recebi de volta esse colar porque ele me amava. Quando eu me dei conta que eu te amava eu tive certeza absoluta que esse colar deveria pertencer a você e te dei de presente pedindo para que não tirasse nunca. Quando você me traiu e viajou e logo depois eu vi que você estava coma Temari eu me questionei se você merecia ter esse colar.

— Eu não mereço. – falei

— A questão não é você merecer, o motivo pelo qual você tem esse colar é que eu te amo e isso não muda caso a gente termine ou você me traia. Eu ainda te amo e esse colar só vai sair do seu pescoço quando o meu amor por você acabar.

— E acabou?

— Não. Eu ainda quero que você fique com o colar e te peço que cuide bem dele.

— Bem, se você me ama e quer que eu fique com esse colar eu posso concluir que você vai me perdoar?

— Eu já te perdoei faz tempo. – ela sorriu

— Eu vou fazer por onde merecer carregar esse colar – sorri

— Eu te amo, Sasuke – ela sussurrou e eu não agüentei mais, apenas a beijei com todo sentimento. Meu coração estava aos pulos e senti o dela bater acelerado contra o meu peito. Nosso amor havia perdoado qualquer erro, superado qualquer problema e se tornado indescritível. Nada me faria mais feliz do que tê-la em minha vida a cada dia e de agora em diante vou fazer por merecer tanto amor e confiança. O Kiba foi um verdadeiro herói e sei que nunca poderei substituí-lo, mas sempre estarei aqui para amar Sakura e impedi-la de sofrer de novo. Ela nunca vai me perder.

— Voltar a namorar num cemitério. É um lugar inusitado – sorri após dar um fim ao longo beijo

— Eu queria que fosse aqui pra gente ter benção do Kiba. – ela acariciou meu rosto

— Tenho certeza que onde quer que ele esteja está feliz por você.

— Ele só queria meu bem, assim como você.

— Você é a melhor namorada do mundo sabia?

— E você é muito esforçado – sorriu e me abraçou. Akamaru começou a latir assustando nós dois.

— Por que ele está latindo?

— Ele está me avisando que está na hora de ir, está quase anoitecendo. – ela sorriu e então começamos a andar de mãos dadas

— Bem, Akamaru não precisa se preocupar mais, porque eu já vou te levar pra casa.

— isso, me leve.  – sorriu – Vamos Akamaru? – ele latiu em concordância e nos seguiu

— Vamos pra sua ou pra minha casa? – perguntei

— Pra minha, Hinata está me esperando...

— mas a gente podia ir pra minha. Eu queria muito que você dormisse comigo – falei casualmente e quando olhei pro lado notei Sakura corar

— Melhor não – ela estava realmente constrangida


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