Paraíso de verão escrita por Tefy


Capítulo 8
Sábado, 19 de Dezembro, 02h00min. da madrugada.


Notas iniciais do capítulo

Oiii meus amores e amoras
Tudo bem com vcs?
Espero que sim.
Entao pessoal aqui esta mais um capitulo e espero que gostem. Aproveitem enquanto eu ainda tenho mais um capitulo pronto por que ai eu não demoro muito para postar.
Muito obrigado e boa leitura :)



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Sábado, 19 de Dezembro, 02h00min. da madrugada.

Continuei a procura de um refúgio, mas, nada de encontrar um apropriado, pois parecia não haver lugar nesta casa sem pessoas. Até mesmo no banheiro eu encontrei mais de uma pessoa e lamentei o momento em que abri aquela porta.

Resolvi então subir para o andar superior onde eu tinha evitado ate esse momento, mas agora eu esperava pelo menos ter algum quarto ou banheiro vazio. Bati na primeira porta, mas ela não foi aberta. A segunda porta não foi necessário nem bater por que os gemidos que eu ouvi vindos do lado de dentro me indicaram que ele já estava BEM ocupado. Por fim, bati numa porta que estava completamente silenciosa e... Aberta. Entrei rapidamente e me escorei nela deslizando de costas até sentar no chão.

Precisava esfriar a cabeça.

Tudo aquilo que Cassie disse não era novidade pra mim. Eu sempre soube, mas quando você escuta a realidade de sua patética vida em voz alta torna tudo mais triste e... Real. Isso faz sentido?

Eu não sei aproveitar minha vida?

É claro que sei. Depende do ponto de vista.

Eu leio livros... Eu, E-eu...

Eu suspiro.

Não sei aproveitar minha vida.

Eu sou... Chata.

Começo a rir sozinha dentro do quarto ao chegar à conclusão mais fácil e lógica da minha vida.

Eu. Sou. Um. Tédio.

Levanto do chão e caminho até o banheiro existente dentro do quarto, para lavar um pouco meu rosto após essa maravilhosa revelação que eu demorei 17 anos da minha vida para descobrir. Apos lava-lo e enxugá-lo com uma toalha próxima, eu apoio as duas mãos na pia e examino meu reflexo no espelho. O meu cabelo castanho preso em um alto rabo de cavalo, lábios finos e olhos inchados por ser interrompida do meu sonho. Não sou nenhuma modelo britânica com o rosto perfeito e menos ainda com longas curvas, mas quer saber?

Foda-se.

Foda-se a Cassie. Foda-se essa festa. Foda-se todos.

— Ela acha que não sei aproveitar, né?  - Eu digo para mim mesma no espelho enquanto bruscamente solto meu cabelo preso que cai em ondas sobre as minhas costas - Pois bem, vou mostrar pra ela quem não sabe aproveitar.

Então, irritada, violentamente abro a porta do banheiro determinada a mostrar a quem quiser ver que Catherine Miller sabe, sim, aproveitar. No entanto, ao abrir a porta com muita força ela bate duramente em algo do outro lado.

Ela deveria fazer esse barulho todo?

— Au! - Escuto uma voz exclamar e automaticamente coloco a mão na boca.

Eu dei uma portada em alguém.

Uma bela de uma portada pelo baque alto que fez.

Saio do banheiro e vejo um cara com capuz preto, curvado e com a mão no rosto, enquanto murmura alguns xingamentos.

— Meu Deus! – Eu exclamo e me aproximo do homem - Me desculpa. Eu não vi você.

O homem dá uma risadinha um tanto familiar, porém, não consigo decifrar quem seja, pois o quarto estava escuro e a cabeça do homem coberta por um capuz.

— Eu acho que percebi mesmo. - Ele diz sarcasticamente. - Essa foi uma baita de uma pancada. Eu acho que você quebrou meu nariz.

— Foi sem querer. Também eu acho que não foi pra tanto assim, né - Eu digo enquanto vasculho o quarto com o olhar a procura de um interruptor de luz. Assim que eu o encontro ligo e o quarto se ilumina revelando um bonito cômodo masculino cheio de pôsteres, livros e Dvd's espalhados. - Me deixa ver. - Eu peço e ele abaixa o capuz. No entanto, eu fico surpresa ao reconhecer aquele cabelo, olhos e rosto.

Era só o que me faltava.

É claro que seria essa festa que ele estaria, Caty.

— A-Alec?

— Caty? – Ele exclama com o mesmo tom de surpresa na voz.

— Oi, er... Eu... Bom... Me desculpe pela porta, mas eu acho que seu nariz não quebrou. – Eu olho para seu nariz vermelho, mas logo foco em seus olhos azuis que me examinam cuidadosamente - Ainda bem, né? Bom, eu tenho que ir. Tchau. - Minha voz soa um tanto apressada e, sem esperar uma despedida de sua parte, saio rapidamente do quarto. 

— Ei, Caty, espere! - Alec me alcança antes mesmo de eu descer as escadas e segura meu braço - O que faz aqui? Pensei que você não era "o tipo de garota que curtia festas."— Há um tom acusador em sua voz.

— Nada demais. Não é isso que jovens da nossa idade fazem? Vem a festas para aproveitar a vida? Estou aproveitando a minha já que pareço não saber fazer isso muito bem. - Um tom de amargura está presente em minha voz e tenho certeza que ele percebeu, pois franziu as sobrancelhas, mas eu não me importo e me retiro da frente de Alec que só fez me encarar por longos minutos após minha resposta.

Desço as escadas e vou até onde eu recordo estar à cozinha. Lá há vários copinhos descartáveis, alguns cheios do que parece ser cerveja, outros de um líquido transparente e ainda outro de um líquido azul. Me aproximo da bancada e sem pensar muito e num gole só bebo o liquido transparente que parece rasgar minha garganta e faz minha cabeça rodar.

 - Meu Deus! - Eu exclamo e coloco a mão na cabeça.

— Uou, Caty, vai com calma. - Alec surge de repente ao meu lado colocando a mão e minhas costas.

— Isso é forte. - Eu aponto para os copinhos repletos do líquido transparente em cima do balcão.

— É sim, por que é Vodca pura. - Ele diz e depois faz uma pausa antes de continuar - Espera você nunca bebeu antes?

— Acabei de beber, não foi? - Eu falo sarcástica não querendo admitir o meu completo fiasco social - E agora vou beber de novo.

E mais uma vez viro outro copinho de Vodca fazendo uma careta quando o líquido rasga minha garganta novamente.

— Cara, isso não fica melhor pela segunda vez. - Comento e Alec, que me encarava sério, da uma risadinha.

— Não, não fica. - Ele diz - Mas acho bom você ir com calma. Pra quem nunca bebeu não é bom exagerar.

Eu pego mais um copinho da bebida e paro de frente a ele, a poucos centímetros do seu rosto. Posso sentir sua respiração acelerada em minha pele e tento não me afetar por isso.

— Você não manda em mim. - Digo e viro o líquido de uma vez pela garganta, sorrindo falsamente em seguida - Eu estou aproveitando.

Eu faço meu caminho pela cozinha em direção a sala e Alec me segue.

O que está acontecendo com ele? Não pensei que fosse do tipo cuidadoso.

— Caty, é sério. - Ele segura o meu braço novamente com seus olhos azuis fixos no meu - Acho bom você não ir com tudo assim por que...

— Eii, Alec! - Um homem da pele bronzeada o interrompe ao colocar os braços em cima de seus ombros – Nós vamos jogar. Chama sua garota também - Ele sorri malicioso para mim e eu sorrio de volta.

Acho que o álcool está fazendo efeito. Eu não costumo sorrir para as pessoas.

— Não, eu não vou jogar. Vou levar Caty até sua casa por que acho que ela não está em seu ambiente. - Ele diz encarando-me e eu reviro os olhos.

— Na verdade... - Eu olho para o moreno ao seu lado - Eu vou jogar com você por que o Alec NÃO vai me levar a lugar algum.  - Eu sorrio cinicamente e vejo Alec soltar um suspiro, cansado.

Qual é o problema dele? Ele não comentou que eu "Não estava em meu ambiente" quando me convidou para essa festa, por mais que eu tenha recusado. Por que agora esse desejo de me levar embora?

Vou mostrar pra ele que eu estou completamente em meu ambiente.

Caty festeira vai entrar em cena!

— Vamos lá, então.

Eu sigo o moreno pela sala que nos leva ate uma rodinha de garotos e garotas e uma garrafa de algum tipo de bebida alcoólica bem no meio deles.

Onde eu fui me meter?


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Notas finais do capítulo

Olá de novo :)
Então, gente, parece que a Caty resolveu curtir, em! No que será que vai dar isso?
E o nosso totoso Alec apareceu. Gloria a Deus! Eu já estava com saudade.
Comente ai gente :) Quero saber se gostaram.
Até o próximo.
bjs da Tefy ^^