The Teacher escrita por Szin


Capítulo 42
Theres is no tea here!


Notas iniciais do capítulo

Ent vamos lá nvdds
tou tirando habilitação. Fiz minha primeira aula de condução e deixe o carro morrer uahsauhasuhasuas ah indo bem.

A faculdade tah indo bem, cansativa mas bem, não tenho tempo para nada mas finalmente um fim de semana livre para escrever.
Mais um cap ♥



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— Um whisky por favor – o moreno fez sinal ao barman que assentiu no mesmo segundo. Percy se sentou sobre o banco alto enquanto respirava profundamente, passando as mãos em seu rosto.

Não podia ter corrido pior .

Ele queria beber, precisava beber. Pelo menos, era tudo o que conseguia pensar no momento. Posou os cotovelos sobre o balcão de madeira e fechou os olhos, resmungando mentalmente.

Talvez se tivessem esperado seria melhor. Aguardado mais uns meses até ela se formar.

Seria tudo mais fácil.

Ouviu o som do copo de vidro embatendo contra a madeira lisa na sua frente.

— Aqui tem – o garçon assentiu olhando para ele – Está tudo bem senhor?

— Já esteve melhor – Percy respondeu num tom arrastado.

— Se precisar é só chamar – o moço na sua frente sorriu preocupado se afastando. Percy olhou em redor. Havia sofás, mesas e cadeiras, tudo perfeitamente alinhado e limpo. Por um segundo pensou porque raio nunca tinha vindo ali. Ficava a ruas duas da casa de Annabeth, nem era tão afastado assim. Ele quase elogiou um ambiente se não tivesse tão frustrado assim.

Ele queria culpar Athena, mas a verdade é que, ele não podia. Não podia e não queria. E

Ele não podia julga-la pela sua reação. Ele era mais velho, 10 anos mais velho, e saber que a sua filha o namorava não era fácil.

Ele suspirou, dando um gole generoso na bebida gélida. O teor de álcool percorreu a sua garganta o fazendo cerrar os olhos. Se Annabeth o visse…

— Aceita companhia? – uma voz se postou do seu lado sorridente. Percy encarou George. Ele aguardava paciente há sua direita o olhando gentilmente. O moreno o fitou confuso, ele não queria confusões apesar que, de algum modo, achou que esse não seria a intenção de George.

— Está à vontade – Percy sussurrou cordialmente, dando mais um gole encarando a prateleira espelhada onde várias e várias garrafas se estendiam de uma ponta à outra. Umas douradas, outras incolores. Tudo o que ele queria era afogar-se ali mesmo.

— Calculo que não esteja no seu melhor dia – a voz do loiro ecoou do seu lado. Era suave e calma, Percy notou um leve humor no seu tom, o olhando confuso. George deu um sorriso de lado fazendo sinal para o empregado que se encontrava limpando a ponta esquerda do balcão – Por favor? É um chá.

Percy não conteve o sorriso.

— Mas… senhor acho que não temos chá – o rapaz o olhou duvidoso.

— Não? – os olhos de de George faíscaram por um segundo – que tipo de estabelecimento não vende chá?

— Esse daqui. – o moço respondeu se apoiando no balcão.

Percy tentou conter o sorriso.

— Ah que se dane, mande um Martini então – ele bateu suavemente sobre a madeira derrotado – e por favor adicionem chá ao cardápio.

— Sim, sim como queira. – o garçon pegou num copo de uma das prateleiras o enchendo pela metade.

— Eu realmente lamento muito por você Percy – o loiro o olhou relutante pegando no pequeno copo – Acho que Athena acab-

— Ela tem razão para estar assim George – ele interrompeu bebendo mais um pouco – Por muito que eu tente todos me vão ver como algo negativo na vida da Annabeth. Por muito que eu tente mostrar o contrário, por muito que eu tente explicar… as pessoas pensam desse jeito. – ele pousou o copo vazio sobre a mesa – eu só queria falar tudo o que eu quero falar sem que ninguém me julgue – os olhos verdes se fecharam por um segundo, e uma respiração profunda partiu dos seus pulmões – eu só queria uma chance.

— Então porque você não tenta explicar agora? – os olhos azuis o fitaram e um sorriso de lado surgiu sobre os lábios finos. Percy o encarou estranhamente confuso. – Por que não? Você quer uma chance eu estou dando para você… e você ainda quiser explicar eu posso ouvir.

— Você é contra eu estar com ela?

— Não sou contra nem a favor meu amigo, eu não posso julgar uma coisa que não conheço. Não posso julgar você sem saber o que você sente. É muito fácil presumir que você é um doente que só quer se aproveitar de alguém mais novo – As palavras de George pausaram, e o mais velho o analisou procurando alguma reação em Percy. O Jackson continuava a olhá-lo atento enquanto aguardava que o mesmo retomasse a sua fala. Ele coçou a garganta e continuou – Talvez esse não seja o caso e eu estou presumindo completamente o contrário, então me explique Percy.

Percy repensou. Ele estava igualmente confuso e espantado. Ele nunca havia conhecido ninguém como George, e ele não sabia dizer se isso era algo bom ou ruim.

Ele fez sinal ao garçon para que enchesse novamente o copo. Quando o cheiro a álcool tocou as suas narinas olhou para George e cedeu.

— Eu a conheci uma semana antes de a escola começar. Foi num pub há saída da cidade… eu me lembro daquele dia como se fosse ontem. – um sorrio fraco tornou a aparecer – ela estava tão linda naquele dia. Eu não sei porquê mas… eu a achei tão interessante que, quando ela saiu porta fora no meio da chuva eu apenas fui ter com ela. Lhe dei carona até a casa e, foi nessa altura que soube que ela não só uma garota comum… ela mexia comigo. De um jeito bom.

— Vocês se encontraram depois?

— Não… ela me falou que iria estudar em outra escola e eu nunca mais fiz conta de a encontrar de novo. Imagina minha surpresa quando a encontrei bem ali na minha sala, na fila da frente sorrindo. – outro sorriso, dessa vez, mais aberto e vivo que o anterior – Eu tentei. Tentei com todas as minhas forças me afastar dela. Ela vinha, falava comigo eu só recuava com medo de estar alimentando algo que depois só ia terminar mal. Mas… a gente acabou junto. Começámos algo escondido, sem ninguém saber, só eu e ela. Ela me contava do seu dia, a gente se encontrava pelas tardes no meu apartamento e ficavamo… bem… sozinhos.

George deu uma risada na qual Percy o acompanhou.

— As coisas foram mudando, eu mudei. Tudo o que eu sentia foi se intensificando, a dimensão do que eu sentia estava crescendo e crescendo que… eu não conseguia mais evitar Annabeth no meu mundo, pelo contrária, eu queria… e quero, todos os dias que ela faça parte dela.

— Você está apaixonado então.

— Estou – Percy admitiu sem incertezas. – Mais do que alguma vez pensei estar… eu viajei para Nova York na passagem de ano… ela ficou por aqui.

— Eu lembro disso – George cortou olhando para ele convicto. Percy notou uma ponta de curiosidade e afeto em sua voz – ela estava sempre colada no celular. Ela estava presente mas, Athena notou que ela não estava 100% ali.

— Eu senti falta dela – justificou o Jackson sorrindo – eu senti falta de estar com ela… todos os meus dias, toda a minha rotina tinha sido mudada com ela no meio que, quando eu estava longe, eu não consegui me acostumar. Eu amo ela George, eu amo ela mais que tudo…

— Então se ama meu caro amigo – os dedos de George alcançaram a o copo transparente sobre as mãos de Percy o afastando do mais novo – você está fazendo a coisa errada no local errado.

— Como assim?

— Em vez de estar aqui bebendo porque não vem comigo e tenta de novo?

— George não acho que-

— Percy, eu conheço a mãe da Annabeth, acho que, se você contar tudo o que me contou aqui e agora… talvez você terá a chance que procura. Mas isso se você tentar.

— Mas eu tentei.

— Não tentou o suficiente. Uma vez a Annabeth me falou que as melhores pessoas são aquelas que foram marcadas por alguém. Você falou que Annabeth marcou você não é mesmo? Talvez você precise fazer algo para merecer essa marca.

— Ela falou isso?

— Acho que ela se inspirou em alguém – um olhar sugestivo correu o rosto de George que deu um ultimo gole no Martini em sua mão – na altura tive minha desconfiança. A maneira como ela falava era tão… apaixonada. Eu deduzi que havia uma pessoa na vida dela. Uma pessoa que estava fazendo ela crescer…. Hoje vi que essa pessoa também cresceu com ela.

— Você acha que eu devia tentar de novo? – Percy arqueou a sobrancelha o olhando. George deu um sorriso retirando uma nota do bolso a largando sobre o balcão.

— Por agora aconselho que beba um copo comigo e espere. A mãe de Annabeth é… impulsiva demais, acho que por agora o melhor é aguardar.

— Você é uma boa pessoa George – Percy sorriu o encarando – Annabeth tem razão em te considerar tanto.

— Todos nós temos nossos demónios Percy – dessa vez, o olhar de George entristeceu por um segundo – até eu tenho os meus e não duvido que você tenha os seus Perseu. Você pode achar que está sozinho mas não está… todos nós temos problemas.

— Você quer falar sobre isso? – mais um gole foi dado. Percy sentiu a garganta queimando mas mesmo assim, resistiu à tentação de cerrar os olhos – Você tem estado aqui a me ouvir e talvez eu deva fazer o mesmo.

— Por favor Percy, meus problemas não são nada comparados aos seus nesse momento – ele deu um sorriso sem graça, bebendo também.

— Todos os problemas são problemas, pelo menos sempre ouvi dizer isso – ele justificou – não importa a dimensão eles continuam sendo problemas.

— Bem falado – George deu um sorriso de lado e sorriu – o meu problema é estar ao lado de alguém que pensa em outra pessoa.

— Athena? Não acho George… Annabeth me falou que ela é feliz com você.

— Ela é feliz sim, mas não completamente – ele admitiu – é apenas uma insegurança minha mas, eu não sinto que ela é completamente realizada quando está comigo… mesmo que eu tente, sempre acho que não é suficiente – o loiro bebeu novamente e dessa vez um tom monótono percorreu os seus olhos – Sinto que ela não está completamente comigo, como estou com ela.

— Acho que você está equivocado George… - Percy murmurou olhando de novo para a prateleira espelhada na sua frente. A imagem refletida tinha os mesmos olhos verdes e o rosto cansado. Ele pausou por um minuto mas continuou – Há muito tempo eu amei uma pessoa que me fez feliz e triste ao mesmo tempo. Eu achava que nunca iria esquecer dela e isso aconteceu por muito tempo. Mas hoje… hoje eu vi que o que me tinha preso a essa pessoa durante anos não foi amor… foi lembranças. As pessoas dizem que quando se amam o tempo não importa. Durante vários anos você nunca conseguirá esquecer essa pessoa.

— Típico cliché hm?

— Verdade… eu não acredito nisso. Talvez se eu não tivesse me agarrado tanto às lembranças que tinha com essa pessoa eu tivesse me apaixonado mais vezes. Eu acredito que ninguém está destinado a ninguém… não existe o amor da nossa vida.

— Você acha?

— Acho George… a vida é tão longa, mesmo que as pessoas digam que não. Não acredito que você só se apaixona uma vez na vida e pronto. Você acha que Athena ainda ama o ex marido… eu acho que não. Você diz ser amor, e eu digo ser lembranças. O que o faz estar presa ao Frederick são as memórias que ela tem dele…

— Porque acha isso Percy?

— Porque eu pensei isso também, eu achava que iria amar uma pessoa para sempre. Durante vários anos impedi que outras pessoas entrassem na minha vida apenas porque achava que o sentia era amor. Não era. Não é amor que faz você pensar numa pessoa tantos anos quando ela mesmo te fez sofrer. São as emoções, as memórias e as experiências que mantêm você fixo a alguém com o passar do tempo.

— Você acha que eu estou preso a alguém ainda? – os olhos azuis o encararam curioso. Percy achou que naquele momento, ele tinha conseguido tocar num ponto que George havia trancado por vários anos. Como se um cofre tivesse sido aberto na mesma hora.

— Sinceramente? Acho que não. E a prova disso é que você quer estar com outra pessoa se não a sua ex mulher – ele pausou por um segundo se tocando pelo que havia dito – Desculpe mas Annabeth me contou e-

— Não tem problema… eu achei interessante o que você está falando agora. – ele sorriu num gesto sincero – Sarah não é um assunto que me custe falar.

— Eu acho que você ama Athena… é um amor diferente daquele sentiu antes… você amou sua ex mulher como nuna vai amar Athena mas, você ama a mãe da Annabeth como n-

— nunca amei a Sarah… engraçado.

— O que é engraçado? – Percy se ajustou na cadeira intrigado.

— Annabeth me disse exatamente a mesma coisa… acho que você acabou de me provar que mereceu a sua chance.

— Ahn?

— Eu não conhecia Annabeth antes de você… mas sei que, com as coisas que Athena me falava, a Annabeth cresceu muito nesses meses. Mesmo quando a conheci ela não é a mesma. Acho que você é o fator dessa mudança.

— Fico contente que veja isso – Percy sorriu – ela mudou muito mas eu também mudei com ela.

— Eu noto… a maneira como você falou dessa antiga pessoa que esteve com você, acho que, o que fez você se tocar dos seus sentimentos foi outra pessoa… pessoa essa que você está pensando agora.

— O que eu faço George? – ele perguntou ligeiramente frustrado. Passou as mãos no rosto e respirou fundo.

O Álcool estava fazendo seu efeito.

—     Por agora? Aconselho a esperar… não desista mas… não force as coisas.

— Você acha? – Percy questionou.

— Sinceramente? Acho.

***

Annabeth suspirou. Sua cabeça doía e uma raiva fulminante tomava conta dos seus pensamentos.

Ela estava deitava sobre as cobertas, e os auscultadores cobriam a sua cabeça. Elvis Presley tomava conta dos seus ouvidos acompanhado das melodias monótonas e românticas na qual cantava profundamente.

Estava tão perdida e confusa que nem ouviu a porta do seu quarto abrindo rapidamente.

— Anna? – Malcol se aproximou quase como se estivesse correndo – Que se passou?

— O que você quer? – ela sibilou num tom arrastado.

— A mãe está fula com você, ela até pediu que eu fosse chamar você para jantar porque “não quer mais confusões” – os dedos gesticularam e ele revirou os olhos – o que você fez?

— Malcolm – ela suspirou dorrotada – eu não quero falar agora sim? Amanhã te explico.

— Você precisa de algo? – a voz soou num tom gentil. Mesmo com tudo, ela sabia que ele se preocupava.

— Hoje não sim?, eu só quero estar sozinha..

— Tudo bem – ele sorriu gentilmente – mas sabe que eu tô aqui certo?

— Eu sei disso… - ela sorriu fracamente voltando a colocar os auscultadores sobre as os ouvidos. A música já havia mudado e o ritmo era diferente. Nem passado 3 minutos e Annabeth sentiu a porta abrindo de novo. Sua mãe se encostou sobre a batente da porta a observando.

— Venha jantar por favor – ela pediu baixinho.

A voz soou calma porém parecia que a mesma fazia um forço tremendo para mantê-la desse jeito.

— Não quero – Annabeth respondeu com frieza evitando o olhar.

— Por favor Annabeth, eu estou pedindo.

— E eu estou dizendo que não quero – ela resmungou – não quero comer, não quero falar me deixa em paz.

— Você esta se comportando como uma criança – ela resmungou a olhando lasciva.

— E você? Nem deu tempo dele se explicar, o acusou, o insul-

— Eu fiz aquilo que achei melhor! – ela pontuou irritada – agora pare de ser assim e venha jantar!

— Eu vou mas é sair daqui – a loira se levantou pegando em sua mala, calçando rapidamente as botas que tinha ao canto da cama. Athena arregalou os olhos a encarando.

— onde você vai?

— Para bem longe de você – ela informou se postando na sua frente – agora saia da frente.

— Annabeth!

— Desculpe mas, eu estou irritada e quero sair, e a não ser que a senhora me algeme eu vou sair – ela falou passando pela mãe enquanto descia as escadas.

— Não se atreva a sair! – ouviu ela gritar atrás de si. Mas já era tarde quando Annabeth acaba de fechar a porta ao sair.


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Notas finais do capítulo

sorry os erros eu n tive tempo de revisar!