The Teacher escrita por Szin


Capítulo 39
Kiss And Cry


Notas iniciais do capítulo

Vamu falar?
Vamu? ent nos encontramos la em baixo mas primeiro:

SE VC N SABE EU POSTEI NOVA HISTORIA CORRE LA PRA LER
https://fanfiction.com.br/historia/739090/You_Only_Live_Twice/



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Annabeth estava guiando.

Mais precisamente, ela estava guiando para Boston.

O Audi Cinza seguia pela nacional enquanto Alex Turner cantava pela décima vez o refrão da música. A garota segurava o volante num gesto firme, enquanto os seus olhos cinzentos se mantinham fixos na estrada. Era oficialmente 2017. E a data no pequeno visor digital do carro comprava disso.

Percy regressava hoje de Nova York após ir passar o ano novo com os avós.



— Quando chega o táxi? – Annabeth perguntou se sentando na cama enquanto assistia o moreno arrumado a mala. Ele havia comprado a passagem semana anterior quando sua avó fez o convite.

Percy olhou para o relógio no seu pulso enquanto dobrava um dos seus casacos – Eu marquei pra daqui a 2 horas. Ainda temos tempo.

Ela sorriu inclinando o rosto – Aposto que você está ansioso.

— Já não vou a Nova York à meses – ele deu um sorriso de lado passando a mão sobre o seu cabelo suspirando – eu admito que sinto falta daquela cidade… pode ser barulhenta e extravagante mas mesmo assim, foi minha casa durante 7 anos inteiros.

— Você sente muito a falta dela né? – Annabeth murmurou desviando o olhar.

Percy a encarou.

— Annabeth – o Jackson sorriu de lado, largando o moletom que havia retirado do closet enquanto se sentava sobre o colchão ao seu lado – por mais que sinta fala de Nova York agora essa é minha cidade. Eu estou começando algo novo aqui e não quero deixar isso…

— Eu sei – ela sorriu tocando no seu rosto – Vai ser meio difícil não ver você durante uma semana.

— Eu queria tanto levar você comigo – ele acariciou as suas bochechas sorrindo carinhosamente – você iria adorar… eu iria adorar.

— Fica pra próxima sim? Ano que vem eu prometo que vou.

— E a gente vai junto – ele prometeu beijando o seu rosto – Eu vou levar você a todos os meus lugares preferidos de lá.

— Combinado... – Annabeth mordeu o lábio enquanto se apoiava sobre os joelhos se abraçado a ele – Mas agora eu quero que você se divertida sim? Mas nada de ir pro Times Square trocando beijo por aí viu?

— Descansa garota – ele riu penteando os seus cabelos – a gente sempre fica por casa nas viradas de ano.  Aliás… - os lábios do moreno se aproximaram do seu ouvindo sussurando beijinho – eu vou ficar esperando te ver pra ter meu primeiro beijo desse ano.

Ela o olhou com um sorriso, enquanto gentilmente abraçava o seu pescoço. A garota sentiu as bochechas arderem enquanto sentia as mãos do Jackson adentrarem por dentro da blusa quente que usava.

— Você não devia falar essas coisas – ela resmungou mordendo o lábio enquanto os seus dedos subiam até à sua nuca, puxando os cabelos.

Percy sentiu um arrepio lhe percorrer a coluna. Ele adorava quando ela fazia aquilo.

— Não devia? – ele a colocou no seu colo, fazendo com que as pernas da loira rodeassem a sua cintura, enquanto ele abraçava o seu corpo. A mão dele tocou nas suas bochechas acariciando a pele macia, porém, um sorrisinho malicioso marcava o seus lábios .

— Não devia mesmo…. – ela apertou os seus ombros.

—Eu vou sentir tanto sua falta – ele sussurrou – Mas tanto mesmo.

— Dois…

— E quando eu chegar – ele murmurou ainda mais baixinho. Como se fosse um segredo – Eu vou reservar você só pra mim… só você e eu o dia inteiro.

— Eu vou cobrar isso.

— Pode cobrar o quanto você quiser. – e finalmente a beijou. A sua boca se moveu na sua lenta e sinuosamente na dela. A sua mão agarrou firmemente o rosto da loira, o prendendo contra a sua boca enquanto o mesmo tornava a beijar uma e outra vez. Era algo tão único, pensou ele.

Percy tinha razão… eles encaixavam. Tudo neles.

Ele sorria, ela correspondia.

Ele a beijava inclinado pra direita, ela movia o rosto instantaneamente pra esquerda.

Quando ele a abraçava ela gemia baixinho segurando o seu pescoço.

Quando queria dar um beijo no seu rosto, ela já virava a cara à espera de o receber.

E quando davam as mãos? Mal ele aproximava a sua mão que ela já entrelaçava os seus dedos.

Era como um quebra-cabeças, onde os dois só pareciam se acertar juntos.

E Percy se setia desse jeito.

Como se ele só se acertasse junto de Annabeth.

As mãos subiam por dentro da blusa, dedilhando a pele quente das suas costas.

— É só de mim – ele humedeceu os lábios sorrindo – ou você está tentando me seduzir hm?

— Impressão sua – ela sorriu maliciosa, beijando o lobulo da orelha. Percy gemeu baixinho, devorando o seu pescoço de beijo e lambidas.

— Se você continuar me torturando desse jeito – ele gemeu, mordendo delicadamente a pele do seu ombro – Eu vou repensar seriamente se devo deixar você durante uma semana.

Ela gargalhou, afastando o rosto, o encrando.

— Eu fico bem – ela sorriu – Mas volte logo.

— Você acha que eu iria ficar muito tempo longe de você? – ele levantou o seu rosto

Ela sorriu, dando um beijo em seu rosto – É bom mesmo… por falar em voltar. Gover sempre pode ir buscar você?

— Se ele não puder eu volto de táxi mesmo.

— Tem certeza?

— Na verdade – Percy se compôs sobre o colchão a olhando – eu no inicio queria pedir pra você.

— Pra mim? – ela arqueou a sobrancelha.

— Você tem carteira de motorista e eu pensei que poderia te deixar a chave do meu carro pra você depois me ir buscar, mas, são duas horas de caminho e eu não queria te chatear com isso.

— Mas porque não me pediu então?

— São duas horas de caminho Annabeth, é cansativo, além disso você falou que não queria ficar mentido mais pra sua mãe.

— Mesmo assim, eu iria aceitar Percy.

— Você quer? – ele sorriu de lado – Iria facilitar bastante. Eu não vou deixar meu carro em Boston, além disso eu nem sei se chego com cabeça pra dirigir.

— Eu vou buscar você então – ela sorriu.

— Mas espera… você já dirigiu até grandes distâncias não já? – ele perguntou preocupado.

— Claro – ela deu e ombros com um sorriso.

 

Obviamente era mentira.

Annabeth nunca havia saído da cidade, tirando uma ou duas exceções.

Foi uma mentira inocente… pelo menos era o que ela ficava repetindo na sua cabeça.

Aquela semana passou mais depressa do que Annabeth achou. Sim, ela tinha saudades, bastantes, porém, ela sabia que ele estava feliz, ela sabia o quanto ele sentia falta dos seu tempos de Nova York.

E claro, eles falavam quase todos os dias. Percy foi o primeiro a ligar como prometido. A Chase pediu pra que ele avisasse quando chegasse pra garantir que estava tudo certo.

E estava, claro.

Ele partiu 3 dias antes da virada do ano.

Percy ligava todos os dias, e quando não o fazia as mensagens não tardavam a aparecer no seu celular.

“como você está?”

“Saudades de você ♥”

“Queria que você estivesse aqui comigo”.

“Meus avós mandaram beijo pra você”

“Quero seu corpo nú” – essa ultima foi Nikki quem mandou. Ela fez questão de assinar por debaixo com um monte de emojis mostrando a língua.

Nikki os visitou durante uns dias, porém ela não ficou pra festejar o ano novo. Percy falou que ela teve que voltar mais cedo a pedido da mãe.

Annabeth sentia curiosidade em relação aos pais de Percy, no entanto, bem la no fundo, ela desejava nunca vir a ter a sorte de os conhecer.

“Eles são meio complicados” – Nikki justificou uma vez.

E ela não duvidava disso. Nada mesmo.

Toda a história de Percy, Samantha e tudo mais… ela não queria ter uma experiencia em relação a eles. E Percy também não se preocupava com isso de qualquer das formas.

Já fazia 2 dias que os fogos haviam acontecido. Isso significava que as aulas começariam em breve.

Percy fez questão de mandar um vídeo de quando o champanhe foi aberto e encharcou Terry acidentalmente. Annabeth passou a virada do ano num bar junto de Thália, Nico e Piper.

Muita coisa havia acontecido nessa semana.

Thália e Piper se resolveram… e Jason também…



Annabeth estava arrumando a sala. Já fazia 1 dia que Percy se for, então ela se manteve ocupada. Sua mãe havia saído com Malcom enquanto o levava a casa de Fredrick.

Ela havia prometido ir mais tarde a tempo do jantar.

Seu pai e ela continuavam mantendo contacto. Ela não estava brava com ele.

Não mais. Os dois pareciam estar seguindo sua vida e isso reconfortava Annabeth. George era um cara impecável… infelizmente, o mesmo não se podia falar de Ashley a amante e agora namorada do seu pai.

Ela era nova… mais do que devia.

E olhem que Annabeth não é a mais apta pra falar mas… eram muito mais que 10 anos, muito mais.

Ela tinha 23 anos, isso significava apenas 5 anos mais velha que Annabeth, e 16 anos mais nova que Frederick Chase. Annabeth chegou até a ter duvidas de como havia de tratar ela.

Ashley era ruiva. Cabelos longos e lisos desciam pelas suas costas em tons de vermelho e escarlate quase tão vibrantes quanto os lábios grossos e corados que marcavam o seu rosto. Ela tinha um sinal no canto da boca e um olhar tão penetrante quanto a sua postura alta e confiante.

Thália tinha apelido pra ela. Uma autentica vagabunda.

A Chase limpou a Tv com um dos produtos que a mãe guardava nos armários da cozinha. Ela ajustou as pequenas estatuetas antigas sobre as prateleiras e voltou a posicionar os porta retratos das estantes.

Ela estava tão vidrada nas tarefas que só percebeu a campainha tocando após o quarto e quinto toque. A loira largou o pano sobre  a mesa de centro caminhando até a porta.

Thália Grace esperava impaciente.

— Thália – ela exclamou abrindo a porta – eu pen-

— Me poupe sim? – ela resmungou brava – Você sabia não sabia?

— Ahn?

— Você sabia que ela estava com ele não sabia? – ela a acusou estreitando os olhos.

— Ah – Anabeth encarou a o chão – isso…

— Isso? – a morena arqueou as sombrancelhas pasma – “Isso” Annabeth? O que a gente combinou hm? Nada de mentiras uma com a outra lembra? Nada de mentir mais uma pra outra, a gente prometeu Annabeth! E aí do nada, descubro que minha melhor amiga me escondeu que minha outra amiga anda namorando o meu meio irmão.

— Thália… por favor.

— Por favor? Annabeth eu-

— Thália olha pra mim por favor.

— Que foi? Eu estou brava com você Annabeth você traiu e-

— Ei eu não traí ninguém… eu sabia sim, na verdade, eu descobri antes do Natal.

— Piper te contou? Foi isso?

— Os dois me contaram – Annabeth pontuou.

Thália deu uma gargalhada irónica enquanto a encarava – Ah agora você também é amiguinha dele é? Que lindo.

— Thália… por favor me escuta – ela pediu num tom calmo e sereno – Eu acho que você devia escutar ele.

O sorriso sarcástico percorreu de novo os seus lábios.

— Você só pode estar de brincadeira comigo Annabeth.

— Não estou – ela se aproximou da garota – Thália… ele não é como você que ele é. Eu escutei o que ele tinha a falar e eu entendi um pouco o lado dele…

— Eu não-

— Se você não quer fazer por ele… fá-lo por mim… eu estou te pedindo… Thália, ele não é desse jeio. Ele quer conhecer você. Confia em mim.

A Grace suspirou baixinho.

— Tudo bem… eu falo com ele.

Dito e feito. Annabeth acompanhou Thália até ao sitio combinado.

Jason já as esperava junto de Piper. A Grace ainda se sentou de má vontade, porém, prometeu ouvir tudo o que o loiro teria pra falar.

Jason assim o fez.

— Eu sei que você não me quer ouvir… - ele falou – Eu sei que você não gosta e mim mas… eu quero te contar o porquê estou aqui.

— Ótimo, então o faça rápido pro favor – Thália resmungou bunfando.

Annabeth e Piper se mantinham em silêncio sentadas do seu lado.

— Eu sei que não deve ter sido fácil pra você – ele começou – Eu sei que você deve me odiar por eu ser a causa do nosso pai não ter ficado com você.

— Eu não te odeio por isso – ela interrompeu – Simplesmente não quero nada de você.

— Tudo bem… mas, pra mim não tem sido fácil e-

— Não tem sido fácil? – ela resmungou o encarando – Fácil? Me desculpe então… eu não sabia que você tinha sofrido tanto – ela riu sarcástica – Lamento muito todo o seu sofrimento.

— Thália! – Annabeth resmungou.

— Thália nada tá bom? – ela resmungou mais alto olhando severamente pro loiro na sua frente – Não foi você que teve que assistir sua mãe trabalhar noite e dia pra sustentar você, tudo porque ela era orgulhosa demais pra aceitar dinheiro do marido que a traiu. Eu não a julgo por isso. Tudo o que ela queria do seu pai era distância.

— Nosso Pai Thália – Jason resmungou – Ele é seu pai também.

— Meu pai? Onde estava meu pai quando eu precisava dele hm? Quando eu tinha pesadelos de noite e minha mãe estava tão cansada que nem conseguia se levantar da cama pra acudir a filha? Onde estava o meu pai quando era dias dos pais na escola e eu não tinha ninguém pra vir comigo? One estava meu pai quando eu ficava doente e minha mãe tinha como pagar remédios? Onde estava ele quando minha mãe trabalhava todos os dias, horas a fio sem dormir direito por vária semanas? Onde ele estava hm?...

Jason ficou em silêciou.

Annabeth encarava a garota na sua frente. A morena cerrava os punhos com força, enquanto uma pequena lágrima desceu pelo seu rosto.

— Ele pode ter sido um pai pra você Jason Grace, mas pra mim? … pra mim ele não foi nada… então por favor, não em venha falar que pra você não tem sido fácil porq-

— E você acha que para mim ele foi um excelente pai? – Jason sorriu com ironia – Acha? Você acha que eu gosto de estar conhecendo você? Você acha que eu queria vir de livre vontade?

Piper segurou na sua mão - Jason não-

— Não oque? – os olhos azuis do loiro se desviaram pra ela – Não digo a verdade? – ele encarou a morena aos fim de os segundos – Você está tão errada Thália… mas tão errada mesmo.

— Ai estou? Me perdoa sim? – ela sorriu ironicamente o fuzilando com os olhos.

— Você não sabe de nada… você não sabe Thália – Jason estreitou os olhos. Annabeth conseguiu notar uma pequena ponta de duvida nos olhos da Grace – Você não o que é viver na sombra de uma irmã que você nunca conheceu e que faz você ser um nada. Você acha que nosso pai escolheu minha mãe por livre vontade? Não… eu não era o plano do tão querido Zeus como você pensa que eu era. Eu nunca fui a primeira escolha dele.

— Como assim? – ela sorriu sem animo – Agora vai me dizer que-

— Quando eu tinha 5 anos, eu fiquei doente… não me pergunte de quê porque eu nunca soube. Minha mãe conheceu seu pai um pouco antes de ele e sua mãe estarem juntos. Minha mãe não sabia o que fazer comigo… eu só estava piorando e piorando e ela nem sabia o que fazer mais…

Thália uniu as sobrancelhas desconfiadas.

— Minha mãe soube que o pai estava noivo de outra mulher, a sua mãe. Então ela ela o procurou pra pedir ajuda. Pedir ajuda pra salvar o filho que estava doente… pra me salvar.

— Salvar você? – Thália perguntou mais calma. Annabeth e Piper se entreolharem e Jason deu mais um suspiro.

— Eu não sei ao certo o que tinha… mas era grave. Grave ao ponto de precisar de dinheiro pra uma cirurgia. Mas nem o pai, nem minha mãe gostam de falar sobre isso… talvez porque eu sou a causa de tudo isso.

— De tudo oque?

— Do pai não ter ficado com a família que ele queria – Jason a olhou – Minha mãe procurou o nosso pai e pediu dinheiro. Ele sabia que tinha um filho com ela, e quando soube que ele estava doente não hesitou em ajudar com as despesas... Mas sua mãe descobriu. Ela encontrou a minha na Empresa e então ele não teve outro remédio em contar pra ela… Mas sua mãe não deixou ele terminar. Assim que ouviu que aquela mulher era mãe de um filho que Zeus havia escondido pra todo o mundo, ela simplesmente saiu dali e não quis nem olhar pra ele de novo. O pai ainda tentou conversar com sua mãe, tentar explicar que ele a amava e que eu… bem… que eu não era nada… que eu não significava nada.

— Jason – Piper pegou na sua mão – Não fala isso…

— Mas é verdade – Jason sorriu sem animo encolhendo os ombros – Eu nunca fui nada pro meu pai… desde que nasci eu era só um filho de outra mulher – os olhos azuis se desviaram pra Thália – Você tinha 3 anos Thália… sua mãe pegou em você e veio morar pra aqui. Ela nunca mais quis voltar a ver nosso pai.

— Eu pensava que… - Thália encarou as mãos – que ele havia escolhido você… que ele havia nos deixado pra estar com você.

— Não… ele nunca quis ficar comigo e com minha mãe, não quando a mulher que ele amava tinha uma filha em comum com ele. – Jason desviou o olhar. Respirou fundo e continuou - O pai pagou a cirurgia  e eu melhorei… ele acabou casando com minha mãe, apenas… sei lá, meio que escape talvez…

— Escape – Thália repetiu rindo com sarcamo – Estupidez.

— Eu sei… mas enfim… Eu cresci sabendo que você existia. Eu… eu meio que odiava você.

— Me odiava? Sério?

— Meio que sim – ele encolheu os ombros – Papai vivia falando de você. Que você era a coisa mais importante que alguma vez existira na vida dele. Que você era a filha da mulher que mais amou. Sua mãe envia fotos suas todos os anos, aposto que você não sabia disso neh?

Thália ficou em silencio, arqueando as sobrancelhas.

Ela não sabia mesmo.

— Ele guardava as fotos no seu escritório, ele ficava vendo elas dias e dias… e eu? Ele nem dava a mínima eu acho. Eu parecia invisível pra ele. Tudo o que eu fazia, tudo o que eu conseguia soava a nada comparado a você. Quando eu tinha 10 anos, eu começei te culpando. Era por causa de você que ele não me ligava. Era por causa de você que eu não tinha um pai… e mesmo tendo tudo, eu sentia como se não tivesse nada ao mesmo tempo… Você se queixa que não teve um pai presente… pois muito bem, eu também não tive um… sempre que ele me olhava eu sentia desilusão… desilusão por você não estar no meu lugar… por não ser a família que ele queria com sua mãe…

— Ele foi um babaca com nós dois então…

— Ele mudou depois… ele pareceu me notar quando eu fiz os 15 anos… eu perdoei ele depois… a ele e você.

Thália o encarou.

— Eu meio que fiquei curioso sobre você. Eu entendi que não era sua culpa o que estava acontecendo, não era nossa culpa. Talvez se sua mãe não tivesse fugido e-

— Não se atreva a culpar minha de-

— Não estou – ele cortou – Não estou não… eu apenas estou falando que se as coisas tivessem acontecido de outro jeito talvez fosse você no meu lugar agora… a culpa não foi de ninguém eu acho.

— O que você quer Jason? – ela suspirou baixinho – O que você quer de mim?

— Querendo ou não eu sou seu irmão… meio irmão. A única coisa que quero é que a gente se possa dar bem. E que você me perdoe por… seu lá do que você me culpe.

—… eu não sei vou conseguir tratar você como irmão Jason – ela murmurou receosa.

— Entendo – ele mordeu o lábio – e como amigo?

— Amigos nunca são demais – ela sorriu…

 

Os dois então iniciaram uma amizade.

Jason foi apresentado à Srª Grace e os dois pareceram se dar bem apesar do desconforto inicial. Thália e Jason também demoraram pra se acostumar com o outro, era difícil lidar com alguém que você tem uma história cheia de ressentimentos.

Mas eles estavam indo bem... devagar... mas mesmo assim indo bem.

Jason foi passar a virada de ano a casa com a mãe. Senhora Grace acompanhou a filha os amigos ao pequeno bar onde Athena Chase e George também haviam decidido participar, apesar de Athena achar que “estava muito velha” pra entrar num sitio daqueles.

Mas não era a única. Nico Di’Angelo levou a avó e rapidamente ela e Berly Grace fizeram amizade quando descobrirão que a filha e o neto estavam namorando.

Thália Grace nunca esteve tão nervosa e corada como naquela noite.

As coisas estão finalmente se compondo.— Annabeth pensou.

A música terminou dando lugar a uma nova faixa da sua playlist. Annabeth sorriu estalando os dedos enquanto se movia sobre o assento ao som da batida.

I know you're always on the night shift— ela cantou passando as mãos no cabelo - But I can't stand these nights alone and I don't need no explanation 'Cause baby, you're the boss at home— e então começou cantando agradecendo mentalmente por ninguém a estar a ver naquele segundo. - You don't gotta go to work, work, work, work, work, work, work

***

A Chase encarou todas as pessoas que passavam por ela.

Uns iam, outros voltavam. Alguns corriam, outros pareciam confusos.

Annabeth achava aquilo uma bagunça. Ela estava sentada nos bancos em frente da janela da pista. Dezenas de pessoas caminhavam enquanto os televisores anunciavam os voos a cada 3 minutos. O Aeroporto de Boston era um dos pouco disponíveis no Estado nessa altura. 3 deles estavam fechados devido ao mau tempo, e apenas Boston assegurava todas as condições de segurança perante as tempestades de Inverno.

Boston também era uma cidade fria. As estradas estavam cobertas de neve e o ar frio parecia gelar o mínimo sopro.

Ela estava na lista das cidades na qual Annabeth pretendia fazer faculdade.

Porém, isso a fez repensar.

Daqui a 6 meses, a loira estaria entrando numa faculdade… como seria com Percy depois disso? Ele estaria indo trabalhar e o só de caminho eram 2 horas.

Como os dois iam estar juntos?

Ela abanou a cabeça negativamente. Ela não queria ficar pensando nisso, não agora. Tudo o que ela queria no momento era ver Percy de novo. Sentir ele do seu lado, e voltar a abraça-lo.

Tudo o que queria era voltar tê-lo ao pé de si.

Algo que sempre a fazia sentir de um jeito… diferente.

— Eu vou buscar outra – o Jackson se levantou do sofá, retirando os braços de volta da loira. Annabeth estava deitada sobre as alcofas enquanto uma coberta tapava o seu corpo. Percy retirou a toalha húmida da sua barriga indo até à cozinha.

— Odeio isso – ela resmungou suspirando. Vestia uma camiseta branca com a estampa de um gatinho que havia trazido semanas antes, juntamente com uma calça de treino.

Ela agora tinha uma gaveta só sua num dos cómodos, e ela se sentia tão feliz por isso.

— Mês passado nem foi tão ruim assim – Percy sorriu voltando pela quinta vez com a toalha encharcada em água quente. Ele a colocou gentilmente na barriga da loira, fazendo um carinho sobre a pele húmida – Como você está se sentindo?

— Dolorida, inchada, sentimental – ela podia contar pelos dedos. A Chase bufou se esticando novamente – Queria ter nascido com um pénis!

Percy sorriu. Era sempre assim.

Todo o final do mês a menstruação vinha e com ela, as dores também. Mas não era tudo tão ruim assim… pelo menos não pra Annabeth. Percy virava mordomo quase.

Buscava toalhas a cada hora e meia. Massajava sua barriga todas as vezes que ela se queixava com dores. E lágrimas, ele enjugava todas elas quando Annabeth se lembrava de ficar assistindo filme triste.

O ultimo foi Kiss and Cry. Ela nem aguentou assistindo 10 minutos do filme que o choro já ameaçava os seus olhos.

— Graças a Deus isso não aconteceu – ele sorriu ajeitando a toalha sobre o ventre da loira.  

A Chase o encarou.

Os olhos estavam tão verdes como de há meses, porém o cabelo ligeiramente mais comprido. Vestígios da barba escura já se faziam notar nos arredores do seu rosto, o deixando ainda mais atraente.

Se eu não estivesse de menstruação meu querido…

— Pare de ficar me encarando – ele resmungou baixando o rosto.

Era uma característica de Percy… ele não sabia lidar com elogios. O rosto corava e o sorriso tímido sempre aparecia marcando os seus lábios. Annabeth achava fofo isso.

— Você é demais sabia? – ela sorriu. As suas mãos acariciaram os seus cabelos e ele sorriu em resposta se voltando a sentar no sofá. A loira se deitou no seu colo segurando a toalha ainda quente.

— Está doendo muito ainda? – ele estreitou os olhos preocupado. A mão do Jackson acariciou as bochechas da loira enquanto ela sentia a maciez dos seus dedos.

— Tá melhor já – murmurou fechando os olhos – Só não sai daqui.

— Eu não vou a lugar nenhum – ele riu.

— Ótimo – os olhos de Annabeth se pousaram na TV. Emilia Clarke sorria pra tela segurando um pequeno dragão negro. Ela suspirou – Percy?

— Que foi? – ele desviou os olhos do televisor olhando pra namorada – Quer de novo massagem?

— Não… por agora – ela sorriu por um segundo – Estou com tédio.

— Você precisa ficar deitada – ele pontuou preocupado – você mal consegue ficar de pé de tão dolorida que tá.

— Eu sei disso mas e-

— Mas nada – ele resmungou olhando pra toalha de novo. Ele pegou no cobertor cobrindo melhor o corpo da loira deitada no seu colo – você está passando mal e não vai se levantar.

— Maldita hora que Eva comeu a porra da maça – ela resmungou se remexendo.

— Deixa Eva fora disso – ele sorriu beijando a sua testa – se concentre em melhorar… eu não gosto de ver você desse jeito.

Ela sorriu suspirando baixinho.

Era tão mais fácil com ele por perto… tão mais fácil.

Ela se sentou ainda meio agoniada. Segurou novamente a toalha húmida sobre a barriga impedindo que caísse, enquanto se recompunha sobre as almofadas.

O moreno a ajudou compondo o cobertor.

— Ei me escuta aquí – ela tocou no seu rosto sorrindo - eu tou melhor agora sim? – garantiu ela – Pare você de se preocupar tanto. Essa porra vem todo o mês Percy.

— Mas esse mês você está pior – ele estreitou os olhos a encarando – Eu nunca vi você desse jeito.

— Talvez seja o estresse Percy, eu também não dormi muito por causa das provas – ela explicou acariciando o seu rosto – Isso complica muito.

— Tem certeza? – os dedos do Jackson petearam os seus cabelos, colocando uma mecha atrás da sua orelha.

— Certezinha – ela sorriu o abraçando. – Agora vamos voltar na parte em que é você que me reconforta sim?

Percy gargalhou. Os seus baços a rodearam enquanto sentia a loira se virar se deitando no seu peito. Ele beijou os seus cabelos massajando a sua barriga – A gente vai ficar juntinho até você se sentir melhor.

— Juntinho é?

— Juntinho e gostosinho – ele repetiu sorridente– só nos dois.

A garota mordeu o lábio agarrando na mão de Percy beijando os seus dedos. – Juntinho e gostosinho então.

—…

—..

—…

— Percy? – ela chamou ao fim de uns segundos.

— Sim? - ele suspirou ouvindo de novo o seu nome. 

Mulher de TPM é dificil até pra Percy Jackson. 

— Sabe o que me faria sentir melhor? – ela olhou pra ele sorridente.

Percy arqueou a sobrancelha curioso – Porque eu tenho a sensação que você vai me pedir alguma coisa…

— Sabe aquela torta de laranja? Aquela que você fez semana passada?

Ele nem precisou ouvir mais. Automaticamente se levantou com um sorriso enquanto caminhava até à cozinha enquanto Annabeth ria divertida ainda deitada sobre o sofá.

— O que eu não faço por você hm? – ele suspirou, abanando o rosto negativamente.

— Eu também amo você Mr. Jackson.

 

Annabeth sorriu. Ela se lembrava daquele dia vezes sem conta.

E foi verdade. A torta de laranja fez milagres naquela tarde.

Atenção, passageiros, o vôo de Nova York acaba de desembarcar na porta 6. – a moça do altifalante ecoou pelo aeroporto. Annabeth se levantou caminhante até ao local de desembarque. Uma linha estava marcada no chão limitando a passagem de quem esperava os passageiros. Annabeth olhou em volta. Várias pessoas esperavam impacientes. Alguns idosos, outros adultos, e um pequeno grupo de adolescentes.

Todos olhavam pra esquina do corredor esperando alguém.

Annabeth suspirou uma e outra vez.

Logo pessoas começaram saindo. O Primeiro foi um homem alto, cabelo grisalho e óculos finos. Ele sorriu abraçando uma mulher da mesma idade.

Atrás dele duas garotas corriam até às amigas que sorriam para elas. Um ruivo foi a seguir, mas ao contrários dos primeiros, ninguém esperava por ele, ao que seguiu caminho.

E lá estava ele.

 Percy caminhva um pouco atrás. Um sorriso tomou conta dos lábios ao ver a loira o esperando como combinado.

Annabeth o analisou por segundos. Ele vestia uma camisa azul clara enquanto que por cima usava um casaco escuro que ela nunca havia visto. Com certeza o havia comprado em Nova York. Ele segurava a sua mala preta na mão esquerda enquanto que na outra estava o seu smartphone. Annabeth caminhou até ele, o observando a largar as malas se preparando para o abraço. Ela nem esperou.

Em segundos, os braços já havia rodeado o pescoço, e os lábios estavam presos nos seus. Percy sorriu durante o beijo, segurando o seu rosto.

— Melhor beijo de ano novo – ele sorriu acariciando o seu rosto.

— Senti sua falta – ela sussurrou. 

— Não mais que eu – ele sorriu a beijando de novo. A sua boca se moveu contra a dela, como se estivesse decorando cada centímetros dos lábios – Hmmm que saudades que eu tinha de beijar você.

— Você está um caco – ela gargalhou acariciando as olheiras marcadas no seu rosto – Você não dormiu.

— Eu só quero ir pra casa e dormir – ele resmungou escondendo o rosto em seu cabelos – eu senti saudade do seu cheiro também.

— Eu senti saudade de você todo – ela sussurrou sorrindo contra a sua camisa.

Ele a beijou de novo.

— E o que andou fazendo com estive fora? – o seu braço rodeou os ombros da loira enquanto o Jackson pegava de novo a mala preta do chão.

— O mesmo de sempre – ela contou enquanto os dois caminhavam pelo aeroporto – basicamente me mantive ocupada.

— Pra não pensar em mim foi? – ele sorriu convencido.

— Já nem lembrava que você era tão convencido assim – ela resmungou contra o seu braço – Falando verdade essa semana foi bem calma, não custou tanto como pensei.

— Nossa – ele arqueou a sobrancelha – Não se fico feliz ou ofendido.

— Talvez os dois – ela gargalhou beijando o seu rosto, e sussurrando ao seu ouvido bem baixinho – Mas já que perguntou sim… foi pra pensar em você.

As bochechas do mais velho coraram. Percy deu um sorriso tímido e a olhou com ternura enquanto beijava os seus cabelos – Eu também pensei em você… o tempo todo.

— O tempo todo?

— Todo – ele admitiu sorrindo envergonhado – As vezes eu ficava pensado em você, e mandava mensagem… tinha outras que eu via alguma coisa e fica lembrando de você a toda hora. Acho que já me acostumei ter você por perto.

— Isso é bom – a loira confirmou enquanto saíam até ao parque de estacionamento.

— Verdade – Percy a encarou – é muito bom mesmo.


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Notas finais do capítulo

então vamos la

1 - cm eu falei, e alguns sabem, eu postei uma historia nova, baseada em coldplay - Link aki: https://fanfiction.com.br/historia/739090/You_Only_Live_Twice/

2 - ASSISTAM POR FAVOR KISS AND CRY, mano o filme eh lindo. ele é de uma historia VERIDICA, de uma patinadora olimpica chamada Carley Alisson que sofreu cancer quando tinha 16 anos. (se vcs kiserem saber mais sobre ela, basta ir no google) O filme saiu esse ano, e basta encontrarem na internet. Gente ele é pesado, então se preparem pra chorar, porque tem cenas que mata você por dentro (e cenas um pouco nojentas tb). O filme em si é belo e inspirador, e não falo isso por eu - o autor - já ter tido cancer aos 14... eu me vi mt na Carley do filme... muito mesmo. "È que nem culpa é das estrelas?"... sim e não. Culpa é das estrelas se foca em casal e na procura de nós mesmos durante o cancer. Kiss and Cry não. É sobre um garota que tenta vencer o cancer, e junto dela tem o namorado mais fofinho do mundo, porém é uma luta dela, e só dela. (se vcs kiserem que eu fale mais sobre o filme, (spoiler ou não) cometem k eu respondo sim)

POR FAVOR
ASSITAM
POR FAVOR MESMO.
PS: EU N SEI SE TEM NA NETLFIX SE ALGUEM SOUBER PESQUISA AI



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