The Teacher escrita por Szin


Capítulo 3
Stay Strong


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente.
Hoje estou um pouco melhor. Obrigados a todos os que comentaram, foi graças a vc que ontem eu finalmente pude escrever The Gift espero que tenham gostado, eu prometo que nao demorarei muito.
Bjs
Abraço
E tudo o que merecem.



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Annabeth

Assim que entrei em casa, ouvi a musica berrando no quarto de Malcom.

— Mãe? Pai? – chamei. Mas não houve resposta. – Alguém?

Novamente nada.

Subi as escadas até ao andar de cima. A porta de Malcom era a primeira do corredor.

— Malcom? – chamei batendo nas portas – Malcom?

— Annabeth – falou ele abrindo a porta. – Não ouvi você.

— Cadê a mãe e o pai?

— Não sei – falou ele encolhendo os ombros, caminhou até á estante desligando a aparelhagem sonora. Respirou fundo se sentando na secretária onde dois livros se mantinham abertos. – Pelo menos não estão aqui a discutir.

— Malcom – suspirei.

— Eu sei Annabeth – murmurou ele sem paciência – Mas estou cansado de os ouvir gritar, se quiserem fazer isso vão para longe.

— Estava estudando? Com esse barulho?

— Acredite ou não, é relaxante – ele sorriu.

Malcom tinha16 anos, ainda frequentava o 10º ano, no entanto era o melhor da turma, sempre tirava optimas notas e com bom desempenho.

— Eu vou para o meu quarto – afirmei saindo.

— Está bolo de Limão no forno caso tenha fome – ele falou com os olhos presos nos livros.

— Obrigado, bom estudo.

— Também amo você – sorriu ele.

— Idiota – sorri. A porta do meu quarto ficava ao fim do corredor. A Abri indo em direção á cama. Me deitei, sentindo os lençois macios. O sofá na janela estava apinhalado de almofadas cor de rosa e azuis. Os moveis antigos e as paredes completamente cobertos de fotografias e textos. Suspirei fechando os olhos enquanto pensava em mil e uma coisas…

“Eu te acho incrível Annabeth”

“Gostei de rever você”

Afundei a minha cabeça nos cobertores.

“Mas não está certo”

Bufei, me levantando.

Sai do quarto descendo as escadas, verifiquei se os meus já haviam chegado, e de novo não havia ninguém, respirei fundo peguei na carteira e saí.

***

Percy

— O que deseja? – a senhora do lanchonete perguntou.

— Um café – respondi – Por favor.

— Trago já. -ela garantiu.
Batuquei os dedos na mesa meditando

“Eu sei que não fui a única a sentir algo”

Porquê? Porquê que a vida tinha de ser assim.

“Até amanha”

Uma dor invadiu o meu peito ao pensar no rosto triste em que deixara a loira. A procurei depois das aulas, mas pelos vistos ela já havia saído.

— Aqui tem – a garçonete voltou trazendo consigo a xicaras de café.

— Obrigado – falei automaticamente. Ela sorriu e e foi. Rasguei o pequeno pacotinho de açúcar, depositando o pó branco no liquido negro. Mexi durantes longos segundos.

Sim, eu acho que devo ter algum problema mental em ficar mexendo o café durante um minuto inteiro.

O liquido amargo me desceu a garganta apenas num único gole. Deixei o dinheiro em cima da mesa e saí do estabelecimento.

O sol brilhava no céu azul coberto por algumas nuvens cinzentas. Caminhei até ao meu prédio que ficava a umas ruas mais abaixo. Olhei em redor assistindo os carros passarem pela estrada de alcatrão, enquanto varias pessoas andavam pelo passeio.

— Percy? – uma voz questionou num tom de supresa. Me virei e vi ela.

O cabelo loiro ondulado preso no habitual rabo de cavalo, deixando solta a sua franja que caía pela lateral. Parecia cansada, exausta… farta de algo.

— Annabeth…

— Que faz por aqui? – ela perguntou olhando para os lados.

— Eu moro naquele prédio ali – apontei para o primeiro de um cruzamento.

— Que bom – ela respondeu baixo.

— Você está bem?

— Optima – ironizou – Nos vemos amanha… Mr. Jackson.

— Annabeth eu procurei por você… queia esclarecer as coisas e-

— Esclarecer oque? Você falou tudo hoje de manhã.

— Não… você entendeu mal, Annabeth eu gostei muito daquele dia, mas agora… agora já não é possível.

— Tudo bem – ela sorriu com depresso – Se divertida Professor – se preparou para passar por mim mas eu a travei, segurando o braço.

— Espere – pedi – Annabeth eu não quero magoar você.

— Você não magoo, apenas… me mostrou a realidade… pena que nem sempre ela é como nós queremos.

— Annabeth, eu adorei conhecer você, sério, mas agora… sou seu Professor, você precisa entender isso.

— Entendi tudo certo – ela respondeu – Agora por favor me solte que eu tenho de voltar para casa tá bom?

Assenti largando o se fino braço.

— Nos vemos amanhã?

— Claro – ela respondeu – Como queira.

— Eu só não quero que fique ressentimentos entre a gente.

— Descanse – sorriu sem vontade – Por mim está esquecido.

E dito isso caminhou na direção contrária.

 

***

 

Annabeth escutou os gritos que provinham da cozinha. Largou as chaves na mesa grande da sala de estar. Caminhou até á porta da cozinha tentando não ser vista.

— Você não vale nada – gritava a sua mãe.

— Atena chega sim? Chega – bufava Frederick – Acabou!

— A culpa é sua, você nunca deu valor á sua família, nunca! – gritou ela de novo, cortando vegetais em cima da bancada – “Atena vou chegar atraçado por conta da reunião”, “Fiquei preso no transito” “O pneu furou”… e eu feita burra não via o que se passava.

— Foi só uma vez! – ele se desculpou.

— Quem me garante? Afinal ela trabalha com você, aposto que ficavam lá no seu gabinete a conversarem até altas horas.

— Por Amor de Deus – debochou ele farto – Um erro! Um erro!

Annabeth suspirou tentando conter as lagrimas. Tinha de ser forte, por ela, por Malcom.

Malcom.

Annabeth caminhou em silencio, subiu as escadas e bateu na primeira porta do corredor.

— Malcom?

Não ouve resposta.

— Malcom você está ai? Abre a porta Malcom – pediu ela.

A Porta foi aberta, Annabeth observou o estado do garoto. Os olhos inchados, os cabelos loiros despenteados.

— Malcom – chamou baixinho se sentando no chão ao lado dele.

— Sempre assim – resmungou – Eles só pensam neles.

— Malcom eu sei que é difícil mas…

— Você não viu? Parece que nem fazem um esforço, podiam tentar se conter enquanto estamos cá em casa, mas não… parece até que gritam mais alto.

Annabeth assentiu pondo um braço em volta dos seus ombros.

— Porque eles não se separam de uma vez? – perguntou.

— Não diga isso, eles vão se resolver – murmurou ela baixinho.

— Acredita nisso?

— Tenho fé – respondeu sincera.

Malcom assentiu pousando a cabeça no seu ombro.

— Pararam – afirmou ele ao fim de um tempo – Pararam de discutir.

— Achas que o pai saiu?

— Não sei – encolheu os ombros.

Ananbeth ouviu alguns passos se aproximarem, olhou para a porta vendo que uma silhueta lhes olhava com afecto.

— Venham jantar – Atena pediu.

— Estou sem fome – Malcom sussurrou.

— Malcom – suspirou a mulher com ternura – Por favor…

O garoto bufou se levantando com frieza saindo do quarto em passos pesados.

— Está sendo difícil para ele. – murmurou a loira mais nova.

— Está sendo para todos.

— Mãe – chamou Annabeth com cautela.

— Não diga nada querida, apenas venha jantar sim? – ela pediu cansada.

A garota assentiu, se levantando. Olhou para os olhos cinzentos da mãe, e a abraçou. Sentiu as lagrimas salgadas lhe molhando a jaqueta.

— Tenha força okay? – pediu Annabeth.

Atena assentiu limpando os húmidos olhos.

A loira assentiu agarrando a mão da mulher, guiando até ao andar de baixo.


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Notas finais do capítulo

Já tou indo escrever o proximo!