Rin não podia acreditar em o quão bem podia mentir e atuar: ela estava enganando todos os membros da Ordem por mais de uma semana inteira! Ela havia sido iniciada no círculo deles e dito que seu poder havia sido selado como forma de protege-lo – ela disse que recorreu a ajuda da Sacerdotisa do Tempo para tal coisa.

Ela exaltava as ações de Kagome para ajudá-la a se proteger e – a muito custo – mentia sobre seu amor por Sesshomaru e o carinho por todos seus amigos que não eram humanos. Ela percebeu que se mantivesse suas palavras e pensamentos dentro dos conceitos deles, nada de mal lhe aconteceria e poderia seguir com o plano.

O velho monge que conheceu em seu primeiro dia era o responsável por instruí-la e guia-la por seu “novo caminho”. O nome dele era Jiiniro e, após várias conversas e sutis indiretas, Rin descobriu que ele era um forte monge com um ódio particularmente pesado por youkais que acreditava cegamente nos ensinamentos da Ordem.

Muitas das conversas que tinha com os membros da Ordem faziam com que ela tivesse que se conter MUITO para não adiantar o plano e matar todos eles sem a menor dó. As palavras de insulto e repressão contra youkais, famílias que tinham youkais como integrantes, amizades entre humanos e youkais, espíritos ligados a eles e muitas outras coisas faziam ela querer acabar com a raça de cada um deles – sem exceções.

Ela quase acabou com sua atuação quando, em uma noite, alguns monges e sacerdotisas estavam rindo e exaltando as ações tomadas contra Inuyasha, Miroku, Kirara e todos os outros. Foi a mais difícil situação de se manter calma que ela teve que passar – até se sobressaiu a tarde em que ela havia escutado insultos a Hitomiko-sama por ela ter sido pega pelo Naraku.

Durante aquela noite, Rin pediu que permitissem a ela caminhar pelo terreno deles para poder refletir sobre os rumos de seu “novo caminho” e se livrar de vez das lembranças do passado. Shirihara e Mitsui ainda não acreditavam na humildade e submissão que Rin tinha – ela lhes contou que foi ensinada desse jeito quando ficou com os youkais (ela estava mentindo muito bem para eles) – e ambos permitiram a ela sem o menor problema.

Enquanto caminhava, Rin depositou pequenos totens entalhados em Nenjus em pontos estratégicos (mais frágeis) da barreira da Ordem; pois no dia seguinte o golpe que acabaria com a Ordem teria início.

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Na manhã seguinte, Jiiniro encontrou Rin admirando o lago no centro do terreno deles – ele estranhou aquilo, pois o sol nem havia nascido ainda.

— O que se passa em seus pensamentos Sagrado Espírito? – ele era incapaz de deixar sua formalidade por Rin de lado.

— Eu apenas queria observar o lago. A leveza dos movimentos da água e o limpo reflexo do céu me acalmam. – sua resposta foi limpa e profunda, fazendo com que ele apenas parasse para observar tudo com ela.

Ele assustou-se imensamente quando tudo começou a tremer e o nascer do sol revelou centenas de youkais morcegos cercando os céus da Ordem. Ele rapidamente tentou se colocar na frente de Rin para protege-la, mas foi reprimido por um violento olhar de Rin que quase fez seu coração parar.

— Não se atreva a chegar nem um centímetro perto de mim. Eu juro que te mato! – seu nervoso era claro e Jiiniro recuou até se encontrar com uma árvore; ele estava apavorado com a reação de Rin.

— Mas... O que? – ele não conseguiu entender.

— Você não sabe o quão difícil foi para mim ficar aqui cada segundo com vocês seus malucos desenfreados! – ela o estava assustando tanto que ele mal conseguia respirar – Eu sou a Rainha do Youkais Cachorros do Oeste e o Sesshomaru é meu grande amor! E eu me recuso a me juntar a um grupo de ignorantes como vocês! – dito isso ela deu um soco em Jiiniro (estava com vontade de fazer aquilo a dias, e agora era a hora de deixar seu nervosismo com tudo aquilo extravasar).

Tendo socado Jiiniro, ela recitou um poderoso encantamento que ativou os totens que havia espalhado durante a noite para destruir a barreira de proteção da sede da Ordem. Feito isso uma força inacreditável de invasão apareceu cercando os membros da Ordem que foram pegos totalmente desprevenidos.

O plano era: os youkais morcegos bloqueariam e atacariam dos céus; os Kitsunes do Norte cercariam as passagens das cavernas deles; os Cachorros do Oeste atacariam pelos muitos caminhos em volta da sede; os Yourokuzou viriam pelas montanhas a leste e os Lobos do Sul pelas montanhas a oeste para cercar a Ordem; Inuyasha e seu grupo atacariam diretamente pelo caminho principal; e Rin abriria as barreiras da Ordem e prepararia o terreno ao liberar uma das sombras de Cerce – ela estava escondida no amuleto que Rin havia jogado fora – que armaria (junto de Cerce e suas outras sombras) poderosas magias de suporte para suprimir as magias da Ordem.

Rin logo avistou Sesshomaru junto de Irasue no campo de batalha e foi correndo até ele. Vendo aquilo Shirihara tentou impedi-la.

— Não faça isso! Ele é perigoso! Se o fizer irá se desviar de seu caminho! – ela gritava e acabou chamando a atenção de todos ali.

— Quem é você para se intrometer em minha vida? Você e esse malucos não passam de ignorantes assassinos com sangue frio nas veias. – as palavras de Rin assustaram a todos que achavam que ela era um doce de pessoa – O Sesshomaru é meu marido e meu único amor; e, só para deixar muito do bem claro, a atual Rainha do Oeste sou eu!

Rin já estava ao lado de Sesshomaru e seu Clã. Quando Sesshomaru lhe entregou sua espada lhe disse: “tenha você o prazer”; dito isso Rin sacou sua espada e a cravou no chão em um comando para que as forças ali reunidas atacassem a Ordem.

Os monges e sacerdotisas não haviam assimilado a situação ainda e mau estavam preparados para uma batalha. Mitsuri apenas ordenou no momento que os integrantes se preparassem e tomassem cuidado – mesmo sabendo que eles estavam em clara desvantagem ali (mesmo sendo eles).