Severo e Neville ou Sev e Nev escrita por AmlidArlequina


Capítulo 1
S & N




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E era sempre assim que terminava, com ele saindo pela porta de meu quarto ajeitando as vestes no corpo para que ninguém soubesse o que o frio professor de poções havia estado ali. 
Eu já estava acostumado a isso, mas isso não apagava o fato de que eu queria que ao menos um dia ele se permitisse ficar, que aceitasse que gostava daqueles momentos tanto quanto eu, aliás quem vinha era ele, não eu.
Não seria nenhum crime que ele admitisse que estava comigo, porque mesmo que ele batesse o pé e rosnasse sempre que aquilo não era nada além de transas casuais, eu sempre soube que era mais para ele, assim como era para mim, porque da mesma forma com que eu o fitava, ele me fitava. Haviam em suas órbitas negras como a noite sem lua um afeto que só eu via.
Não fazíamos amor, isso devo assumir e constatar. Era sempre urgente. Ambos sedentos por aqueles momentos escassos que semana sim, semana não, não se tornavam tão escassos assim. Não havia muito tempo para olhares, apenas o reconhecimento que dizia um sim mudo para que o ato acontecesse e logo estávamos embolados, as mãos trabalhando rápidas nas vestes um do outro e logo estávamos nus, e não muito depois ele estava se arremetendo firme para dentro de mim, as mãos me segurando pelos quadris enquanto ele diz que sou seu aluno preferido.
Isso nunca foi verdade porque todos sabem que eu sempre fui e sempre serei quem mais lhe deu trabalho ao sempre ter de usar feitiços limpantes na sala de Poções e ter de me levar para a enfermaria,mas eu aceito porque sempre foi o que eu quis ouvir dele.
E é de um jeito extremamente gostoso que ele me conduz a um orgasmo de arrancar qualquer resistência e força de meu corpo, como todos os que ele me causa são e pouco depois ele me acompanha e se deita a meu lado, nem mesmo um par de segundos sou puxado para junto de seu peito, onde sou reconfortado por seus dedos longos que afagam meus cabelos junto a seus lábios que finalmente são carinhosos enquanto ele descansa. E sempre que estou quase dormindo ele se afasta e começa a se despir para ir.
Nas primeiras vezes eu implorei para que ele ficasse, mas depois passei a simplesmente descansar e me entregar nas mãos do cansaço, então por isso, essa noite eu também não disse nada além de "Cuidado no caminho. A guerra acabou e tudo está resolvido, mas ainda podem haver pessoas que querem o seu mal"
— Eu sei me virar, pirralho ! - Ele rosna sem virar seu rosto em minha direção.
Usa esse termo por saber que eu odeio quando ele frisa essa nossa diferença de idade.
Fechei meus olhos esperando pela porta da sala batendo, indicando que ele foi embora, aliás eu morava em um bairro trouxa, resolvi depois que começamos a ter esse caso, e era melhor para ele.

— Já dormiu, Nev ? - Questiona ele, sua voz vinda da soleira da porta, e eu sabia disso sem ter de abrir meus olhos.
— Não. Se esqueceu de algo, Sev ? - Questiono abrindo os olhos ao me tocar do fato de que ele havia usado meu apelido.
— Quero ficar ! - Disse ele em um rosnado mais interiorizado que os outros, como se estivesse sofrendo para falar aquilo - Quero passar a noite com você !
— Oh, meu ...
— Caso não queira, eu posso ir...
— Vem ! - Falei arredando as cobertas , lhe exibindo o colchão macio forrado pelo lençol ainda manchado de nossa noite - Essa cama é grande demais para um só !
— Mas e se eu me acostumar a dormir nela ? - Aquilo não era uma pergunta simples, aliás a mente de Severus era como a de Dumbledore, cheia de obscuros, mas que com o tempo você aprende a decifrar obviedades.
— Eu não vou me importar nem um pouco de dividi-la com você ! - Disse ele - Nem a minha casa, ou a minha vida !


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