Poderia ser uma fic Sherlolly.... escrita por sayuri1468


Capítulo 1
Capítulo 1




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Era um dia comum. Um dia ordinariamente comum. Ela estava em seu banho, preparando-se para se sair, quando repentinamente, uma ideia surgiu em sua cabeça. De onde essa ideia veio e como ela surgiu, ela não sabia dizer, a única verdade é que agora, nada poderia detê-la. Era uma ideia louca, mas ela iria até o fim. Preparou uma playlist com músicas que julgava animá-la, e dirigiu-se para Baker Street.

Deu apenas três batidas na porta, e sem esperar que alguém a respondesse, entrou. Subiu as escadarias, e adentrou a sala que ela conhecia muito bem. Olhava tudo impressionada. Por que não tivera essa absurda e maravilhosa ideia antes?

Enquanto olhava tudo com curiosidade, duas figuras irrompiam pela escada. Ela sabia quem eles eram, qualquer um ali podia saber quem eram aquelas duas figuras contrastantes entre si. Um alto de cabelos negros e um baixo de cabelos loiros. Ela prendeu a respiração de empolgação.

— Olá! – cumprimentou John, surpreso por ver alguém parado na sala de visitas.

— Sra. Hudson, porque não avisou que tínhamos uma cliente? – gritou Sherlock impaciente.

Era agora. Um sorriso bobo se fez no rosto da garota. Ela sabia que teria que ter cuidado com as palavras.

— Ela não é uma cliente! – falou Sherlock após ver a expressão que se formava no rosto da garota.

Repentinamente, sem se conter mais, a garota deu um grito de excitação, seguido por um pulo.

— Desculpe! – falou imediatamente- Estou empolgada por finalmente conhecer vocês! Quero dizer...uau..., ai...Desculpe! É meio embaraçoso!

Sherlock e John se entreolharam curiosos.

— Prazer, Sr. Holmes! Sr. Watson! – cumprimentou.

— O prazer é nosso! – respondeu John, mantendo a educação apesar da confusão. – Mas se não é uma cliente, posso saber o que deseja conosco?

— Sou uma fã, apenas! – explicou – Queria passar o dia com vocês, para ver como trabalham!

— Uma fã?! – replicou John levemente espantado.

— É o seu maldito blog! – reclamou Sherlock, dirigindo-se para sua poltrona habitual.

A garota não falou nada, mas mantinha em seu rosto um sorriso travesso, que denunciava saber algo da qual eles ignoravam. Sherlock não pode deixar de notar.

— Quem a mandou aqui? – perguntou desconfiado.

— Ninguém! Vim porque quis!

— Então, gostou dos textos?

John parecia envaidecido. A garota sabia o que aquele blog significava pra ele, por isso, tratou de mentir.

— Li todos mais de uma vez! Aventuras maravilhosas!

John sorriu, como um leãozinho orgulhoso.

— Bem, já nos conheceu! Pegue um autografo de John e vá embora! – disse Sherlock.

— Jamais! – rebateu a garota. - Quero ficar um dia todo com vocês!

Sherlock e John se entreolharam. John parecia propenso a permitir, mas Sherlock não. Na verdade, já estava bem irritado com aquela situação. A garota percebeu, e calculou que deveria fazer algo a respeito.

— Você é um dos melhores detetives existentes! O melhor na verdade! Quero muito ver como a sua inteligência funciona! – a garota viu um sorriso vaidoso formando-se no rosto do detetive – Prometo ficar quietinha e não atrapalhar!

— Acho que não custa nada, Sherlock! – falou John, usando o tom de bom senso que normalmente usava, quando queria convencer o detetive de algo.

— Está bem! – concordou Sherlock – Mas você fica com ela!

A garota sorriu, empolgada.

— Qual o seu nome mesmo?! – perguntou John, demonstrando uma leve empolgação também.

— Sayuri1468!

Tanto John quanto Sherlock olharam para ela intrigados.

— Você não é japonesa! – observou Sherlock, sendo o primeiro a falar alguma coisa após uns segundos de silêncio.

— Números no nome?! – falou John.

— Tenho que manter o anonimato! – respondeu.

— Pra quem?! Só tem nós aqui!

A garota não respondeu, mas emitiu de novo aquele sorriso travesso de quem sabe mais. John notou esse sorriso pela primeira vez, e prestes a fazer novas perguntas, foi interrompido pelo toque do celular de Sherlock.

— É Molly! O corpo chegou! – anunciou o detetive.

O rosto da garota se iluminou subitamente após ouvir o nome “Molly”. Sherlock notou, mas achou que ainda era muito cedo para fazer uma observação a respeito.

— Vamos! – disse pegando novamente seu casaco e saindo pela porta com John e Sayuri1468 em seu encalço.

 

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— Não é incrível?! De repente estamos no táxi! – falou a garota animada e irrequieta no banco de trás, sentada entre John e Sherlock.

— Foi você quem quis trazê-la! – lembrou Sherlock a John.

Quando chegaram ao hospital, os três desceram para o necrotério. Molly Hooper, a legista do local, os aguardava na entrada da sala dos corpos.

— Vieram rápido! – disse com seu jeito tímido usual. – Quem é?! – perguntou referindo-se a garota que acompanhava os dois rapazes.

— Sayuri alguma coisa! – respondeu Sherlock, adentrando a sala, e deixando Molly e a garota para trás.

— Olá! – cumprimentou a garota com brilho nos olhos – Awwwn, você é tão linda! – exclamou, perdendo totalmente o auto-controle que tentava manter.

—Ah...Obrigada! – respondeu Molly, visivelmente envergonhada e confusa.

— Molly, são esses?! – perguntou Sherlock de dentro da sala. Molly imediatamente aproveitou a deixa para juntar-se a ele.

A garota adentrou logo em seguida, postando-se ao lado de John. Viu Sherlock e Molly próximos do corpo, analisando-o juntos. A garota explicava o que já tinha pesquisado a respeito, enquanto Sherlock analisava as informações que ela passava. Naquele momento, o coração da misteriosa garota não aguentou.

— Ai Sherlock, não sei como você se aguenta! – falou repetinamente, atraindo a atenção de todos. – Olha ela ai, toda fofa, linda, meiga e inteligente...não consegue nem disfarçar a paixonite que tem por você! Olha só, tá toda vermelha!

E de fato, naquele instante, o rosto de Molly ruborizara violentamente.

— Sério! Não sei como você não pega ela e dá uns catos!

John mantinha um misto de incredulidade e vontade de rir no rosto. Já Sherlock estava claramente espantado. Molly, por sua vez, afastou-se discretamente do detetive.

— Perdão?! – foi a única coisa que conseguiu responder.

— Eu até perdoo! Só não sei se você vai se perdoar caso ela se case! Teve sorte dela ter desmanchado o noivado com Tom!

— Como sabe? – perguntou Sherlock, agora aproximando-se da menina. – Não existe registro disso no blog do John!

— Então você lê meu blog?! – falou John, como se estivesse tentando provar alguma coisa.

— Agora não, John! – rebateu Sherlock, sem retirar os olhos da menina – Quem é você de verdade?

— Não posso contar! – sussurrou a menina, como se estivesse contando um segredo.

— Por que não? – insistiu o outro.

— Porque isso acabaria com a barreira que existe entre ficção e realidade, e eu não sei quais as consequências disso!

Sherlock hesitou, confuso.

— Do que está falando?!

— Imagine, que John escreve histórias sobre você, mas imagine, que você não existe! Que é só um personagem de um suspense!

Sherlock não respondeu, mas a expressão confusa continuava em sua face.

— É tipo isso! Você não existe, e eu escrevo histórias sobre você! Quero dizer, eu não inventei você, apenas dou prosseguimento a historias que leio, acho legal, e quero você nela!

— Por um acaso você é maluca?! – falou John, agora demonstrando uma certa impaciência.

— Não, não!... Bom, também! Mas isso não vem ao caso! – a garota olhou em volta, pensando em como poderia provar o que dizia, então, uma ideia veio – Já sei! Olha só, John vai chutar a bunda do Sherlock agora!

— Eu não vou fazer nada dis... – protestou John, porém, antes que ele terminasse sua frase, ele foi até Sherlock e deu-lhe um chute na bunda.

— O que deu em você? Porque a esta ajudando? – vociferou Sherlock.

— Eu não estou! Não sei o que houve! – defendeu-se o outro.

— Perai, perai! Olha, uma chuva de confete vai cair aqui dentro!

E, de repente, realmente uma chuva de confete se fez, dentro do necrotério.

— Impossível! – exclamou Molly.

— Como fez isso? – perguntou John.

— Truques de mágica! – falou Sherlock, olhando para a garota.

— Ai, não, não! Como posso fazer pra você entender....Ah, já sei!

De repente, John começa a falar em espanhol.

— Sherlock, lo que está passando?

— John?! – Sherlock olhou o amigo com estranheza.

— Está entendendo agora? – falou a garota – Você é um personagem e eu escrevo história sobre você! Com ela, principalmente! – falou apontando para Molly.

— Quem é você?! – perguntou Sherlock, agora com certo receio no olhar.

— Sayuri1468, já disse! Preciso manter o anonimato! – se aproximou de Sherlock e sussurrou – Não quero que as pessoas descubram que escrevo fanfics!

Sherlock ainda a olhava intrigado, mas a garota achou que já tivera o suficiente por aquele dia.

— Certo, okay! Vou consertar as coisas para você!

O cenário se congelou, a chuva de confestes foi cessada, John parou de gritar em espanhol e sua figura sumiu misteriosamente daquela sala. A garota se escondeu atrás da porta, e a cena voltou ao normal.

— O que estou fazendo aqui?! – perguntou Sherlock, que já não se lembrava da garota, ou de qualquer coisa que houvera acontecido.

— Não sei... eu também não sei porque estou aqui! – falou Molly.

A garota, escondida atrás da porta pensou. Bom, isso iria contra todos os finais justificados que ela sempre escreve, mas fazer o que. Não havia sido uma fic comum mesmo.

Sherlock foi em direção a Molly e a beijou. A legista, apesar de surpresa, retribuiu. Quando o beijo cessou, Sherlock olhou confuso para ela.

— Desculpe Molly, eu não sei o que houve! – disse Sherlock levemente atortoado pelo seu gesto impensado.

— Tudo bem! – respondeu uma Molly sem graça, porém tentando esconder um sorriso bobo.

 - Quer jantar? – perguntou o detetive, tentando fingir que nada daquilo acontecera.

Molly assentiu, e os dois saíram do necrotério, deixando a garota para trás. Ela saiu de trás da porta e sorriu satisfeita. Tudo terminado, era hora de voltar pra casa!


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