Lies Through Masks escrita por Princess Mello


Capítulo 2
Capítulo II: Festa dos sonhos?


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura pessoal ! :D



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Manuela piscou os olhos algumas vezes, para processar os dizeres dito por Priscila. Vulgo esta, á encarava de testa franzida e o nervosismo estava quase que estampado em sua face.

— Quem voltou? — Manuela perguntou, após um tempo. Encarou o chão, não querendo fitar os lindos olhos cristalinos da amiga.

— Você sabe muito bem, Manuela! — O nervosismo de Priscila foi descontado em seu grito estupefato.

— E-eu n-não s-sei. — Gaguejou esta, continuando á fitar o chão de seu quarto.

Ela, Manuela! — Deu ênfase, em tom energético — “I” voltou com suas mensagens.

Por um momento, Manuela se esqueceu de como respirar. O ar faltou e ele não chegou aos seus pulmões. Queria gritar, mais guardou todo sofrimento para si, como sempre fez.

Franzindo o cenho, e mordendo o lábio inferior, respondeu:

— Ela... — Fez uma breve pausa, finalmente encarando á garota á sua frente — Voltou?

A menina nada respondeu. Apenas entregou o celular á Manuela. A mesma encarou o celular, com um olhar nervoso, e dirigiu o mesmo para tela.

"Achavam mesmo que eu havia sumido? Pois á segunda temporada acabou de começar. Aguardem-me, vadias!

— I”

Manuela engoliu á seco, fitando Priscila que á olhava desesperadamente.

— Acha que á Chloé, Júlia, e a Sabrina também receberam mensagem? — Manuela novamente mordeu o lábio inferior, nervosamente.

— Não sei... Eu só... Ai que ódio! — Priscila socou o ar com raiva — Pensei que essa cachorra havia finalmente nos deixado em paz!

— Eu também pensei... Mais vejo que nos enganamos... — Sussurrou, num murmuro para si.

— E se for ela? — Priscila á fitou, de forma apreensiva, roendo ás unhas de nervosismo.

Manuela ficou possessa, e fez de tudo para não voar em cima da garota.

— Ela está MORTA! — Gritou, com os olhos lagrimejando. Dizer aquelas palavras trazia uma dor imensa, que á sufocava cada vez que pensava ou falava aquilo.

— Está DESAPARECIDA! — Devolveu o grito, enfatizando á ultima palavra — E ninguém sabe oque houve! E á Isabela gostava muito de joguinhos.

— Saí daqui, Priscila! — Manuela fechou o punho com força, fazendo á mesma coisa com seus olhos esmeraldinos.

— Más...

— SAÍ! – Interrompeu á menina, com um grito cheio de raiva e dor.

E assim Priscila atravessou á porta do quarto, com arrependimento e culpa.

 E foi desse jeito que Manuela desabou.

Os soluços eram altos, assim como seus resmungos em meio ao choro. Cheio de dor e mágoa. De sofrimento e saudade.

Há dois anos, haviam finalmente saído das garras de Regina. E assim, pode voltar pra sua mãezinha. O seu sonho, desde quando foi sequestrada. Isabela finalmente havia aceitado que Regina havia mentido pra ela, e então, teve Rebeca como mãe.

Alguns meses haviam se passado. Tudo estava na perfeita paz, quando em um dia... Sua irmã não havia voltado mais pra casa... Passou dias, meses, até que se completou um ano de seu desaparecimento.

Rebeca e Otávio haviam se casado. Mais mesmo assim, á mulher estava inconsolável por estar vivendo á mesma coisa, agora com sua outra filha, que mal pode conviver. E aquela dor só crescia a partir do tempo que se passava.

Manuela estava prestes á completar quinze anos. Muitos insistiam pra fazer uma festa de debutante, e, uma homenagem para sua irmã durante á festa. Manuela alegou e, disse com uma voz dolorosa, que não queria fazer. Pois com certeza iria se lembrar da irmã e iria trazer muito sofrimento.

Com um suspiro cansado, dirigiu-se ao banheiro, tomando um banho para relaxar. Ao sair, deparou-se com um porta-retrato que havia ela, sua irmã e sua mãe.

Seus olhos se inundaram de lágrimas, e á força, engoliu o choro que estava prestes á vim, secando ás lágrimas com os dedos.

Fez uma maquiagem razoável para disfarçar ás olheiras e os olhos inchados. Vestiu uma regata amarela, com uma calça Jeans, acompanhado de sapatilhas vermelhas. Prendeu seu cabelo em um rabo de cavalo, e pegou pulseiras de diversas cores.

— Vai sai, senhorita? — Ao descer ás escadas lentamente, deparou-se com Hilda, no fim desta.

— Sim... — Fez uma pausa e continuou — E já disse pra não me chamar de senhorita! Sinto-me uma velha! – Fez bico nos lábios, arrancando uma gargalhada da velha senhora.

Hilda era á empregada mais antiga e leal de Otávio. Quando compraram á mansão, o homem não pensou duas vezes e convidou á mulher para morar com eles. Manuela não morava mais no seu antigo e doce vilarejo. Morava na cidade, em um dos bairros mais luxuosos. Aprendera á conviver com luxo, embora sempre fosse preferir o jeito simples e caipira.

Despediu-se com um beijo na bochecha, e saiu, buscando o motorista. Durante o caminho, a garota pensou sobre ás mensagens.

Á seis meses, recebia mensagens intimidadoras, de uma pessoa totalmente psicótica e maluca. Não só ela, assim como todas ás suas amigas. Ambas tiveram receio de compartilhar o tormento no principio, mais depois depositaram bastante confiança uma nas outras.

Há dois meses, aquelas mensagens haviam parado de chegar... Haviam... Pois agora, o anonimato assustador havia voltado com tudo... E o pior, era suas amigas suspeitando de sua irmã, que sequer estava ali... Ou sequer estava viva...

Aquele último pensamento fez o coração de Manuela apertar, mais aquela sensação foi se dissipando quando chegou em frente á casa, cujo morava o seu refugio.

Agradeceu prontamente ao motorista, e saiu em disparada.

Os irmãos Vaz finalmente haviam encontrado sua tia, e a mulher pediu desculpas por tudo. Os irmãos também prometeram se comportar e arranjar menos confusão. Hoje em dia, eles estão bastante unidos. Quem olhava de longe, achava que Flora era á verdadeira mãe deles.

— Oi... — Ela cumprimentou sorrindo, quando viu o garoto abrir á porta.

— Manu! — Ele á abraçou, animado, puxando-a para dentro, sem deixar de abraça-la.

— Preciso respirar! — Ela disse, com á voz abafada, brincando com o namorado. O garoto á soltou, e selaram os lábios, num selinho de segundos.

— Como está? — Perguntou Joaquim, quando sentaram no sofá do apartamento, que continuava o mesmo. Não havia mudado muita coisa.

— Bem... — A garota suspirou, mentindo. Franziu o cenho e abraçou ás têmporas com os dedos.

— Você está tensa de novo. Engraçado que á equivalente á dois meses, você estava á mesma coisa, ou se não, pior!

Manuela suspirou mais uma vez, soltando o ar que não sabia que estava prendendo.

— Preocupação. — Respondeu, forçando um sorriso de canto — Mais estou bem!

Joaquim se aproximou mais da namorada, e á abraçou de lado.

— Tem certeza? — Ele perguntou, com o tom de voz preocupado.

— Já disse que sim! — Ela respondeu, impaciente, afastando-se do garoto.

Joaquim resolveu não insistir, vendo o humor da namorada.

— E aí? Você já se decidiu sobre á festa?

Manuela revirou os olhos, e levantou-se do sofá.

— Você também com essa história? — Ela questiona-o, um tanto decepcionada.

— Manu, essa festa é importante. Não só pelos seus quinze anos, mais também pelos da Isa. Se ela tivesse no seu lugar, ela faria com certeza. E iria fazer uma linda homenagem daquelas! — Ele tentou animar Manuela, que se encontrava com lágrimas nos olhos.

— Eu vou pensar, sim? — Ela secou ás lágrimas com ás pontas dos dedos — Eu já vou. — Foi em direção á sua vintage preta, em cima da poltrona.

— Já?

— Sim. — Foi á sua resposta, antes de selar seus lábios, e sai rapidamente.

Manuela, antes de saí completamente do edifício, fez uma pausa, se encostando na parede, apertando á mão contra o peito.

Um barulho dentro da sua bolsa se fez ouvir. Franziu o cenho, e o pegou, clicando no ícone de mensagens.

“Está em duvida se fará á nossa festa dos sonhos, maninha? Só não demora muito pra decidir! Eu quero logo brincar, bonequinha!

— I"

 

 

 

 


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