Segredo Virtual escrita por Alehandro Duarte


Capítulo 7
Capítulo 7 Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Tentei mudar um pouco meu jeito de escrever, detalhando mais esse capítulo.Tentei fazer ele o mais deprimente que eu pude,espero que goste.

( OBS: Estou relendo minha fanfic, a escrita melhora juntamente com a história, então desculpe por isso. Estou pesando em reescrevê-la. )



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/680170/chapter/7

Alguns dias depois, no cemitério, Sara chora ajoelhada sobre o túmulo de sua mãe,lembrando de sua infância, de seu passado com ela. Seu choro ecoa por todo o lugar, seus olhos vermelhos continuam a lacrimejar. Ela coloca um buquê de flores brancas sobre o túmulo e se levanta ainda chorando, pega um colar de seu bolso.

—Se lembra disso, mãe? - Ela dá um sorriso de nostalgia. - Você me deu isso no meu aniversário de 10 anos... Eu sempre o guardei... Dizia que isso sempre ia me proteger. - Sara coloca o colar sobre a sepultura. - Mas, agora,ele vai proteger a sua alma.

Ela se vira e vai andando, passando pelos túmulos esquecidos pelo tempo. O clima está nublado e frio, algo não muito comum na cidade. Sara sai do cemitério e coloca suas mãos dentro dos bolsos de seu casaco cinza.

Começa a chuviscar, mas ela não se incomoda e anda calmamente, de cabeça baixa, até chegar na cafeteria e se sentar em uma das cadeiras. Todas as pessoas estão de casaco e tomando café quente enquanto assistem ao noticiário na televisão. O relógio marcava 7:00 da manhã. A garota deita a cabeça no balcão de madeira, sentindo o cheiro de café.

Ellen chega e coloca sua mão no ombro de Sara, que se vira meio triste. Ellen dá um sorriso e Sara o retribui.

—Sinto muito por sua mãe. - Ellen se senta ao lado de Sara,pedindo um café. Sara não responde, apenas volta a repousar sua cabeça no balcão. - Eu sei que está sendo difícil para você, Sara, mas as vezes precisamos ir em frente... - Ellen a observa com tristeza no olhar.

—Primeiro meu pai... E agora ela... - Sara, com muito custo, consegue responder.

—Deve ser duro pra você... - Ellen recebe seu café e o toma, ainda olhando para Sara com um olhar de tristeza. - Quer que eu te pague um?

—Não... Valeu. - Ela se levanta e abre a porta para sair. Lídia estava lá, mas Sara passa por ela sem nem cumprimentar. Lídia segura a mão de Sara.

—Já faz três dias, Sara. - Lídia a solta. - Já está na hora de voltar a rotina...

—Voltar a fazer as pessoas se machucarem... - Ela sai andando. Lídia suspira e entra na cafeteria, acenando para Ellen.

Na pousada, Sofia e o Prefeito estão deitados na cama, com apenas trajes íntimos e um cobertor os cobrindo. Sofia se levanta sem fazer barulho e vai até a janela. O vidro está embaçado. Ela abre a gaveta da cômoda e de lá retira suas roupas, se veste e sai do quarto. Então, bate na porta do quarto ao lado e um homem com a máscara de Guy atende a porta. Ela entra no quarto e se senta na cama.

—Com essa máscara, tão cedo? - Sofia sorri. - Está no seu tempo favorito, bem frio, as pessoas de casaco. Lembra do cheiro de chocolate quente?

O homem concorda com a cabeça. Ela se levanta da cama e o abraça.

Rebeca entra na casa de Jessica, que está preparando o café, na cozinha. Rebeca vai até cozinha e a observa.

—Ela está dormindo? - Pergunta Rebeca.

—Sim.

—Lembra quando eu, você e minha mãe fomos ao zoológico? O tempo estava assim... - Rebeca se senta em uma cadeira encostada na parede.

—Lembro... - Jessica reflete sobre suas decisões no passado. - Olha, Rebeca, desculpa por ter sido dura com você naquele dia... Você é a única coisa que restou da minha irmã. Eu andei pensando... Eu vou deixar que a Lídia continue vendo a filha dela.

Rebeca sorri com a notícia, vai até Jessica e a abraça.

—Ela vai ficar muito feliz com isso.

—Aposto que sim...

Sara observa a praça, sentada em um banco. Ainda está garoando. Jason se senta ao lado de Sara e acaricia seus cabelos,dando o seu sorriso torto. Sara apoia sua cabeça sobre o ombro dele.

—Todas as pessoas tem seu tempo, Sara, e eu te entendo... - Ele tenta confortá-la. Uma lágrima ainda escorre pelo rosto deprimido de Sara. - Minha mãe morreu quando eu tinha 7 anos e eu tive que ir viver com meu tio... Sei como é perder alguém que você ama... - Sara o abraça forte e ele retribui. - Força,Sara. - O celular de Jason toca, ele o atende. Jason fala por alguns minutos no celular, desliga e volta a falar com Sara. - Eu tenho que ir, Sara, depois a gente conversa...

Ele vai embora, e Sara também decide ir. Ela anda pela rua em que viu a loja de bonecas, e dessa vez ela estava lá. Sara entra na loja e observa atentamente todas as bonecas.

—Olá, Sara. - A idosa aparece novamente atrás do balcão e Sara vai até ela.

—Você realmente existe?

—Existo, mas apenas para você. Sinto muito pela sua mãe. - A idosa vai até ela e a abraça. - Posso te contar um segredo? - Sara concorda com a cabeça. - Eu conheço a sua verdadeira mãe.

—Isso não é importante... - Sara desvia o olhar.

—Eu sei que é importante para você, Sara. Eu dei a luz a ela, e, por isso, quero que você seja feliz...

—Eu nunca vou ser feliz... - Sara sai da loja.

A idosa pega uma boneca que está no chão e começa a pentear os cabelos dela com um pente que estava no balcão.

—Ainda há muito para você, Sara, ainda...

Na casa de Bianca, ela está lendo um livro na Sala. Sergio entra na casa sem dizer uma palavra e Bianca se assusta.

—Você não aparece há dias! - Bianca tenta ir o mais rápido que pode até Sergio, mas ele entra no quarto e tranca a porta. - Eii!

Ela tenta abrir, mas não consegue. Ele abre a porta, sai do quarto com uma mala e empurra Bianca, que cai junto com a cadeira de rodas. Ele sai de casa, apressado. Bianca tenta se levantar, mas fracassa, se arrastando até a mesa de centro na sala e pegando seu celular.

—Lídia, Sergio esteve aqui!

Sara volta para a cafeteria. Lídia e Ellen já não estão mais lá. Ela entra no banheiro com uma bolsa, se olha no espelho e coloca sua bolsa sobre a pia, retirando dela uma gilete e a segurando em direção a seu pulso. Uma lágrima escorre pelo seu rosto.

Thiago entra no banheiro e segura o braço de Sara.

—Garanto que isso não é uma saída. - Diz ele, segurando firme o braço dela.

—Você não sabe nada da minha vida!

—Realmente, mas sei que isso não é necessário. Não sei o que você passou, ou o motivo disso, mas eu sei que você não sabe mais o que fazer. - Sara olha para o chão e Thiago solta seu braço.

—Obrigada... - Sara sai do banheiro com a bolsa e joga a gilete no chão.

—Meu nome é Thiago! - Ele grita para ela.

—O meu é Sara! - Ela sai da cafeteria. Thiago pega seu celular e liga para alguém.

—Você não vai acreditar...

Na casa de Bianca, Lídia entra rapidamente na casa e vai em direção a Bianca, que está caída no chão.

—Vim o mais rápido que pude! - Lídia ajuda Bianca a se levantar e a coloca sentada no sofá, vai até a cadeira-de-rodas e a levanta,levando-a até Bianca.

—Meu tio esteve aqui e saiu com uma mala. - Bianca conta enquanto é colocada na cadeira de rodas.

—Acha que ele matou a mãe da Sara?

—Eu tenho certeza!-O telefone toca, Lídia o atende.

—Alô? ... Sim... Como? ... Já estou indo ai! - Lídia desliga.

—Quem era?

—A Polícia...

—O que eles queriam?...- Pergunta Bianca, surpresa, olhando a expressão estranha de Lídia.

—Acharam o Sergio... Morto. - Lídia fala, com uma expressão vazia. A notícia assusta Bianca. - Tenho que ir até a delegacia.

—Eu vou junto! - Bianca informa, decidida. Lídia vai até ela e empurra a cadeira de rodas.

Na pousada, Sara está em seu quarto, deitada na cama, lendo o diário de infância de Dylan. No diário há desenhos infantis, mas um deles intriga Sara: o desenho de uma pessoa sendo esfaqueada. Ela volta a olhar as outras páginas, nada de interessante aparece, mas em outra folha havia o seguinte texto: "Mamãe não quer que falemos dele nem com ele. Ela apenas o prende lá em baixo, gostaria de poder voltar a falar com o Solitário".

—Solitário?

Sara ouve um barulho de algo caindo no chão e se assusta, vendo a boneca caída assim que se levanta. Ela pega e a coloca de volta na cômoda. O Celular de Sara toca e ela atende.

—Alô?

—Sara, você não vai acreditar. - Era Lídia.

—O que foi?

—Acharam o Sergio... Morto!

—Como assim?

—Espera, tem mais! O acharam morto junto de um pendrive.

—E o que tinha nele?

—Vídeos de estupro. Sergio gravava vídeos abusando de meninas!

Sara deixa o celular cair e alguém bate na porta. Ela a abre. Sofia entra no quarto, empurrando Sara e apontando uma arma para ela.

—Sara, tá ai? - Lídia perguntava, do celular.

—Adeus, Sara! - Sofia grita.

Se ouve um som de um disparo.

—SARA! - Grita Lídia, no telefone.

 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sempre deixo uma revelação no final,e esse não foi de menos.Até o próximo capítulo!