The Time Princess escrita por Essy


Capítulo 2
Talvez Percy Jackson não seja tão louco. Talvez.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu recebi umas reclamações porque a história ta muito diferente e porque não tem Percabeth. Eu juro que torço para o Percabeth, mas eu queria criar uma realidade nova... abrir novas opções. Quem não gostou, não leia.
Obrigada a o pessoal que fez reviews positivos.
Beijo e curtam o capítulo.



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      Capítulo 2 – Talvez Percy Jackson não seja tão louco. Talvez.        

Eu convidei Percy para entrar e depois de deixá-lo na sala fui trocar de roupa. Quando voltei, Percy estava contando umas moedas de ouro muito estranhas.       -E então... ? - eu falei e ele pulou de susto, guardando as moedas.  

 Eu me sentei e fiquei o olhando, esperando uma explicação.    

   -Olhe, não sei como explicar... - ele suspirou – Vou direto ao ponto. Os deuses gregos, da mitologia, eles existem. Eles ainda têm casos com mulheres e homens humanos e consequentemente têm filhos.      

“Esses filhos são chamados de meio-sangues, os conhecidos semi-deuses e estão, digamos, destinados ao azar. Muitos monstros da mitologia vão atrás deles e nenhum lugar do mundo é suficientemente seguro.      

 “Mas há um lugar. Um acampamento de “férias” na colina meio-sangue em que nenhum monstro ou humano pode entrar. Esse acampamento é o único lugar no mundo seguro para os meio-sangues. Selina, eu sou um meio-sangue. E você também é.”      

Eu fiquei um longo tempo encarando o garoto. Depois, desabei a rir. Foi uma gargalhada seguida de outra, todas altas e estrondosas a ponto de fazerem meu estômago doer. Eu tentei falar, mas cada vez que abria a boca, começava a rir. Por fim, respirei fundo e olhei para Percy que me encarava.    

   -Desc-culpe, haha, é s-sér-rio o q-que voc-cê...hahaha... falou? - perguntei com dificuldade por causa que não conseguia parar de rir.      

 -É, é sério. - Percy falou tão fria e seriamente que eu congelei. Me recompus e disse:      

-Olhe aqui, eu não sou burra não. Deuses olimpianos? Vivos? - eu comecei a rir de novo e desta vez até chorei de tanto rir.     

 -Você está parecendo uma louca. - disse Percy e eu fechei a cara.     

-Você acredita em deuses do olimpo e eu sou louca? - perguntei e acrescentei: - E não tem nenhuma chance de eu ser uma meio-sanguíneo ou sei lá o que, porque eu tenho dois pais. Dois! Uma mãe e um pai.     

-Tenho uma explicação bem simples: você foi adotada ou sei lá, sua mãe ou seu pai se casou depois que te teve.     

 Eu fiquei com raiva.     

-Meus pais são casados a dezenove anos e eu tenho dezesseis! - gritei.    

  -Não sei como você está viva... - Percy murmurou. - Os monstros deveriam já ter te atacado...     

-Você é mesmo louco. Olha eu tenho mais o que fazer, então com licença...     

 -Okay. Mas quando você se der conta de que eu estava falando a verdade, ligue para meu celular. - Percy passou um pedaço de papel rasgado para mim com oito numeros.     

-Ah, claro, e no dia em que você descobrir que papai noel existe, me liga tá? - eu disse e apontei para a porta: - Fora.    

  Percy Jackson deu de ombros e saiu. Eu sacudi a cabeça e peguei o telefone sem fio da sala. Depois de muitos toques, o telefone caiu na caixa postal.      

-Você ligou para Marie Anne van der Halt, no momento estou ocupada. Mas deixe seu recado que eu entrarei em contato o mais breve possível. - Disse a voz eletrônica de minha mãe, seguida por um barulho que indicava o começo da mensagem.      

-Oi, hum... sou eu mãe. Lembra de mim? Sua filha. - eu zombei. - Tudo bem com você? Eu estou te ligando porque aconteceu algo terrível. A nossa mansão pegou fogo e eu tive queimaduras de primeiro grau. Brincadeira! Mas aposto que você nem saberia se tivesse acontecido... Enfim, eu liguei porque aconteceu uma coisa muito estranha hoje. Um tal de Percy Jackson ou Johnsson veio aqui e falou que eu era adotada e uns negócios estranhos sobre deuses. Nada de importante... Bem, eu estou com saudades. Fala sério, é Junho, são férias! Vocês podiam me visitar. Quando eu te vi pela última vez? Em dezembro do ano passado? Deixa pra lá, estou gastando telefone. Tchau. - eu apertei o botão End do telefone e a ligação foi cortada.     

  -Eu não sei porque fiz isso... - balancei a cabeça em quanto devolvia o telefone para a base. No exato momento em que eu o coloquei, ele tocou.    

   -Mãe?! - eu atendi esperançosa.      

-Que? Não, sou eu. - falou uma voz conhecida do outro lado da linha. Gisella.       -Ah, oi Gi. - eu disse desanimada para minha “melhor amiga”.      

 -Então, o que você vai fazer hoje? - ela perguntou.      

 -Dormir. - murmurei mau-humorada.     

  -Fala sério. Não, não, nós vamos ao cinema. - ela disse – Sabe aquele filme de terror... “Na casa ao lado”? Ele estreou ontem.      

 -Terror? Já tem muito terror na minha vida...   

    -Deixa de ser dramática Sel! Então que tal... Eclipse, a sequencia de Lua Nova? O que acha?      

-Gisella, Eclipse só vai estrear daqui a uns cinco meses. Não tem nem trailler ainda. Se liga.     

-Pelo amor de deus, o que deu em você hoje?     

 Eu suspirei.     

-Nada não, Gi. Olha, não tem muito filme bom no cinema, mas se você quiser fazer compras...     

-Compras? Eu amoooo fazer compras. Cooompras! - Gisella gritou. Eu suspirei novamente.     

 -Que ótimo! - fingi estar animada. - Então... meio-dia a gente se encontra no Central Park e vamos no shopping da Times Square?   

   -Claro, mas você paga o táxi. A gente pode almoçar lá também?     

-Óbvio. - respondi – Então te vejo ao meio-dia. No Central Park.     

-Beleza. Tchau. - Gisella disse desligando o telefone. Eu desliguei o meu e guardei novamente. Depois consultei o relógio. Eram dez e vinte e cinco.     

  Fui tomar banho. Quando acabei escolhi um jeans e uma blusa lilás para vestir e coloquei o papel com o número de Percy no bolso, para eu e Gi passarmos trotr.. Fiz uma maquiagem para o dia e escovei o cabelo.      

  Me olhei no espelho. Eu parecia... bonita. Quer dizer, sempre fui bonita, então não faz muita diferença mesmo. Meus olhos eram azúis claros e se confundiam entre o cinza, sendo que as vezes eu estava de olho azul e as vezes de olho cinza. Meu cabelo era castanho claro e comprido, repicado em camadas e com uma franja na testa. Eu era pálida e magra e já tinha sido chamada diversas vezes para fazer comerciais de roupas.     

Ainda me observando no espelho, calcei meu tênis da nike preto, peguei minha bolsa e um bolo de notas de vinte dólares e desci as escadas.     

  -Ah, aí está você. - disse Daisy. - O que você vai querer que eu faça para o almoço?      

-Oh, Daisy o que você preferir, eu não vou comer em casa hoje. - eu disse. Daisy fez uma careta.      

 -Que horas são, Daisy querida? - perguntei piscando os olhos repetidamente.     -Onze e meia. - ela murmurou. Eu decidi que iria mais cedo, talvez eu até comprasse um sorvete e caminhasse pelo parque.    

   Me despedi de Daisy e fui até um ponto de táxi na esquina de minha casa.     

 -Sel! - disse Johnatan, um motorista de táxi que sempre me levava para todos os lugares.    

-Oi, John, pode me dar uma ajuda hoje? - perguntei    

 -Para onde?    

-Central Park.    

-Sobe aí. - John abriu a porta do passageiro de seu New Civic. Eu entrei  e sentei.    

 -E aí, John? Novidades? - perguntei passando um pouco de gloss Mary Kay na boca.    

-Sim, minha filhinha nasceu. - ele disse sorrindo.    

 -Que maravilha! - exclamei guardando o gloss na bolsa – E como vai Susan? - Susan é a esposa de John.    

-Muito bem. A propósito, sabe qual é o nome da minha filhinha?    

 -Não, qual?    

 -Isadora! O que acha?    

-Encantador, John. - eu disse enquanto olhava a paisagem pela janela. Passamos pela Fifth Avenue onde eu morava e eu fiquei encantada. Sempre ficava quando passava por lá.     

  Depois de um tempo, chegamos ao Central Park. A corrida tinha dado  dezesseis dólares e cinquenta, mas eu dei vinte para John e não pedi troco. Fala sério, eu ganhava cem dólares de mesada por semana! E tinha um cartão sem limites.      

-Tchau John. - eu disse.      

 -Tchau, Sel. - John disse.      

Eu andei até o centro do parque e me sentei em um banco, tomando sorvete. Meu celular tocou.      

-Alô? - perguntei.      

 -Sel? É a Gi. Não vai dar para mim ir... intoxicação alimentar. Desculpa.      

Eu achei que ia morrer.      

-Tá tudo bem... A gente combina um outro dia. Beijo.      

Eu desliguei na cara de Gisella e olhei o relógio do meu celular. Onze e quarenta. Ela devia ter avisado antes!      

 Mau-humorada, eu saí do parque e já ia ligar para John quando me ocorreu uma ideia bem maluca. “É, eu vou andando.” pensei e sai caminhando. Eu tinha uma leve ideia do caminho até a minha casa então estava bem confiante.      

  As ruas estavam particularmente vazias, o que eu achei muito estranho. Qual é, estamos em New York!       

Eu continuei andando até que algo me chamou a atenção. Eu estava passando em frente a um parque menor, quando vi uma espécie de touro. Em Manhattan. Eu revirei os olhos e continuei andando, mas parecia que este touro estava descendo a colina do parque, em direção a … mim! Na minha direção! Okay, eu devia estar louca, porque parecia que o touro tinha pernas. Não pernas normais mas... pernas de touro. Só que ainda sim, pernas e ele andava sobre elas. Eu respirei fundo. O que estava acontecendo com Manhattan? Olhei mais uma vez para o touro e congelei. Ele estava se aproximando em uma velocidade bem maior. E ele... caraca, ele era o minotauro! O minotauro na minha frente! Em New York! Eu não estava louca. Era ele. Dois chifres saiam de sua cabeça furiosa, ele tinha pernas cobertas por pêlos e segurava um machado. Ai meu deus! Talvez Percy Jackson não fosse tão maluco assim...


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