U Smile escrita por nahinthesky, annab


Capítulo 37
Oh, I'm coming to get you


Notas iniciais do capítulo

Sou uma bobona que demora pra postar, é eu sei.
Leiam as notas finais minhas lindas que não cumprem as metas de review :3
capa: http://tinyurl.com/cap36usmile
roupa nah - de manha: http://www.polyvore.com/sem_título_64/set?id=36689984
festa - http://www.polyvore.com/sem_título/set?id=25226634
roupa ana - de manhã: http://www.polyvore.com/now_hearts_are_getting_broken/set?id=36690659
festa - http://www.polyvore.com/party_hard/set?id=33839031



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Sexta feira de manhã e eu matando aula, de novo.  O que eu posso fazer se ontem eu me APAIXONEI LOUCAMENTE por uma fanfic e não consegui parar e acabei as cinco da manhã? E daí achei outra fic e outra e outra e outra e... enfim!

Limpei uma lágrima da minha bochecha com o cobertor, ler yaoi’s mais fofos do que seu coração abalado pode agüentar, até quando?

Com um bico do tamanho do mundo larguei o computador em cima da cama, pegando uma caneta grossa e me esticando até a parede escrevi a última frase daquele capítulo nhac “Virei-me para o lado e vi que o tal garoto me encarava. Ele sorriu. Sorri também. Ele moveu os lábios numa frase muda. Não entendi o que ele quis dizer”, serio, QUE FANFIC MAIS CUTI CUTI, DEAR LORD!

Olhei para as outras quatro páginas de fanfic’s abertas, com preguiça de ler outra. Aquele havia voltado a ser meu modo de se tornar aleatória ao mundo, como eu já tinha feito outras vezes.

Ana roncava – por que assim como o Chris é um bruxo, ela é uma porca, falei - do meu lado, me fazendo querer dar um tapa na cabeça dela, mas coitada, ainda não tinha mostrado para ela a caixa de anti-depressivo de merda que nossa “tia” havia esquecido ali no sábado.

É cara, a nossa falta nessa casa nem fez diferença no final de semana, teve jogo – ninguém nem tirou uma fotinho das lideres de torcida caindo -, nossa tia veio para cá – só descobri pela caixa de anti depressivo – e o Freddie sumiu e ressurgiu das cinzas, de novo.  

É, eu sei, é triste mesmo.

Abri o criado mudo, tirei a caixinha de remédios, tirei o anti depressivo deixando do lado do copo de água da Chubis e escrevi um bilhete.

“Hey, ‘to indo até o centro, ver o Hugo e se tem algo legal por lá para hoje a noite. Quando acordar me liga e vai me encontrar.

Ah, o comprimido é um anti-depressivo da nossa ‘tia’, chega de toda essa tristeza, meu coração ‘ta cansado e sei que o seu também tá.”

Depois de meia hora, sai de casa tomando cuidado com o resto de gelo que virava água, a última coisa que eu precisava era uma bunda suja de lama.

A cidade estava toda descongelando e o ar ainda gelado era capaz de me refrescar por dentro e me fazer renascer, de novo e de novo, até achar a calma perfeita e o meu melhor humor tomar conta de mim, me fazendo abrir um sorrisinho com os cantos dos lábios e esquecer por alguns minutos ou quem sabe horas que Logan havia ido.

No caminho passei na frente da casa do Matt, vendo a luz do quarto dele acesa, epa... ELE TINHA FALTADO AULA TAMBEM? Olhe a que nível o trouxemos... tsc!

Chegue no estúdio de tatuagens em quinze minutos, abri a porta, sentindo o ar quentinho batendo em mim com vontade e ouvindo o sininho da porta tilintar, Dennis – um amigo do Hugo que tava morando em um trailer ali perto - sorriu para mim bagunçando o cabeço verde azulado.

- Olá ruiva. – Fingiu abaixar a aba de um chapéu e sorriu - Hugo disse que você podia entrar lá.

- Olá cabeça de alga. – Ele fechou a cara para mim, e eu ri. – Depois eu to indo lá para o centro, vai querer alguma coisa de lá?

- Comida? – Revirei os olhos, resmungando que era um abuso me usar para comprar comida e indo em direção a onde o Hugo estava.

Abri a porta azul depois de bater, sendo recebida por um sorriso de lado e um oi dá vitima que estava sentada na cadeira – que me lembrava aquelas cadeiras de dentista, mas não vem ao caso .

Ao passar por Hugo que havia tirado a pistola de tinta de perto do braço da garota de cabelo anelados, parei perto dele para tentar alcançar a bochecha agora em uma altura que eu conseguiria dar um beijo mas o Sr. Cavalheiro segurou minha mão e deu um beijinho nas costas dela me fazendo quase jogar a cabeça para trás e começar a gargalhar.

- Vai me chamar de “minha dama” também? – Brinquei, batendo com o livro fraquinho no braço dele.

- Não, minha senhora. – Abriu um sorriso meio afetado e eu lhe dei o dedo do meio enquanto andava em direção ao mesmo espaço Logan sentou no dia da minha tatuagem. Olhei para ela, sentindo meus olhos marejarem e ouvindo Hugo voltar a sua arte deixei duas ou três lágrimas escorrerem com todo meu começo de tristeza antes que eu resolvesse me focar no livro e não na dor.

Passei a manhã com o Hugo, até a Ana me ligar e a gente combinar de ir para um restaurante no centro, para depois ir comprar doces e ver as coisas da festa.

Eu tinha um buraco negro dentro do estomago, mas resolvemos passar na Chocolate Barrs Candies antes de ir para qualquer restaurante.

- Por que eu nunca tinha vindo aqui antes? - Ana se perguntou, olhando os tubos que desciam pela parede, lotados de doces.

Hugo só tinha comentado da loja magnífica de doces da Ontario Street, mas eu nunca tinha vindo conferir.

- Não sei porque nunca entramos aqui. - Comentei, abrindo uma torneira que cospia m&m. COS-PIA M&M!

Ana ficou olhando a torneira com cara de “OMFG!” e eu teria que agradecer Logan e Hugo pelo resto da minha vida.

- A fachada não demonstra tal gloriosidade! - E foi ai que ela saiu correndo pela loja, pegando um de cada.

Eu sei, é tentação demais no mesmo lugar.

Eu me encontrava sentada em um daqueles carinhos que tem um carinho de brinquedo na frente, para crianças, e Ana o empurrada, falando sobre a magnitude do que aquelas portinhas da Chocolate Barr’s escondia.

Como diz o Hugo: “O centro dessa cidade esconde muito mais do que alguns pernetas que sabem tocar instrumentos musicais”.

- Ana, bebê quer bombom da Lindor sabor vermelho. - A olhei com olhos pidões e bati na buzina do carinho, como se isso eu fosse mesmo um bebê.

Ela passou a mão na estante de coisas do Lindor, e eu estava quase tendo uma overdose de chocolate, só de ver tudo aquilo no carrinho.

Ia ter de conversar com o Seth para voltar a ser babá do Peter desse jeito... MAS QUEM SE IMPORTA? É CHOCOLATE DUDE!

- Bebê vai ficar pobre, bebê vai cuidar de outros bebês. - Buzinei de novo, achando super divertido fazer isso.

- Nossa que vida dificil, comer doces e ver desenho animado o dia todo. - Ana riu, levando a gente até o caixa em uma super corrida.

- É difícil sim, tem que pintar. – Falei séria e ela riu.

Me sentei na mesa segurando a bandeja do subway com uma mão só e na outra trazia um copo cheio até a tampa de coca-cola, é meu povo, circo tinha servido para alguma coisa.

A Ana comia um gordo e delicioso McCheddar com coca cola e batata frita, com todo o cheddar escorrendo pela cara e tal.

- Essa merda funciona, espero não ficar com síndrome do pânico. – Falou com a boca cheia e jogou o potinho de remédios em cima da mesa.

- É natural, alguma-coisa São João. – Dei de ombros, colocando um pedaço do sanduíche na boca.

- É brasileiro ainda? – Me olhou com cara de wtf.           

- Deve ser uma fortuna ainda por cima, para vir de lá. – Ela concordou e a gente comeu comentando as pessoas gostosas que passavam por ali de vez em quando.

Saimos do restaurante, passando em umas quinze lojas diferentes até acharmos alguma coisa para cada uma de nós.

Entramos em uma livraria – não tinha nenhuma livraria boa por aqui – e ficamos lá cerca de uma hora, e antes de ir embora para casa com toda nossa falsa felicidade, paramos no estúdio de tatuagem, porque a Ana queria dizer a opinião dela sobre o cabeça de alga Dennis.

Abri a porta, o sininho tocou e um estrondo de algo caindo no chão foi ouvido.

A Ana começou a rir como se tivessem jogado uma azaração nela, e eu não sabia se ria dela ou do Dennis.  Escolhi rir do dois enquanto me apoiava na parede.

- Dennis? – Hugo perguntou abrindo aquela porta azul enquanto o cabeça de alga levantava do chão xingando o Hugo pelo sininho, e que ele queria dormir em paz e blá blá.

- QUE?! – Não me agüentei e ri mais ainda com todo o nervosismo do coitado.

 - Vai para casa fumar maconha vai. – Dennis saiu resmungando, e Hugo completou: - Porque você não serve para nada mesmo.

Piscou os olhos três vezes seguidas. Só uma coisa a dizer: TPM masculina mandou beijos.

 - Não quer ir com ele não? – Perguntei com um sorriso maroto.

- Ah vai se fuder. – Resmungou acendendo um cigarro, e anotando alguma coisa em um papelzinho que colou na bancada, onde eu li de ponta cabeça “MATAR O DENNIS COLOCANDO VENENO DE RATO NA ERVA DELE”.

A Ana tirou as palavras da minha boca gritando: - PARA QUE TANTO ODIO NO CORAÇÃO?

Meu homem que não sabe ser meu e na verdade não é meu, mostrou o dedo do meio, apagando o cigarro e acendendo um baseado.

- Conseguiu permissão para fazer a tatuagem? – Perguntou para Pinky, mudando de assunto e arrumando a cadeira que o Dennis tinha derrubado e sentando nela.

Uma hora depois de começar a me arrumar, eu só tinha me pseudo maquiado e a Ana tava jogada na cama, olhando pro armário aberto e pensando no que usar.

UMA HORA OLHANDO PRO ARMARIO MEUS CAROS LEITORES! Começo a desconfiar que ela dormiu de olho aberto e eu não percebi.

- AAAAANA! – Pulei em cima dela, causando um grito e alguns tapas em mim.

Faço boas ações e levo tapas, cadê a justiça? CADÊ A JUSTIÇA DATENA? /veio do fundo da memória essa hein, pai.

- Sua vadia. – Resmungou pra mim, me olhando e vendo o cantil aberto em cima da minha cama pouco arrumada e revirou os olhos.

- Olha o respeito! – Fiz pose de velha chata.

 – É claro que você ia ta feliz né, passa pra cá seu bebezinho e do Hugo. – Me joguei até a minha cama e peguei o cantil, dando-o para ela que bebeu e se levantou, indo até o armário.

Me sentei no meu banquinho da janela, abrindo o vidro e sentindo aquele frio do caralho bater na minha cara.

Era um frio bom, tinha aquele cheiro de umidade – não aquela salgada de praia, sim algo perto daquele cheiro de chuva, de terra molhada – e as coisas começavam a descongelar, anunciando a primavera.

Eu não lembrava de quase nada da noite em que Hugo nos levou para casa dele na terça, mas ele nos dera um resumo do que aconteceu, e eu não sabia se tinha mencionado meu pequeno amor por ele ou não.

– Você vai de punk e eu de puta fallow?  - Ana me tirou dos meus desvaneios, me fazendo olhar para o que ela tinha em mãos.

Uma saia rosa Pink de cintura alta, um cinto qualquer e uma regata clarinha.

- Achei que era puta, não perua. – Olhei minhas unhas como quem não diz nada enquanto ela revirava os olhos.

- Ai, acho que vou com meu cachecol de plumas também! – Saltitou animada, me fazendo revirar os olhos e gargalhar.

- Ai biba, usa sim! – Falei com a mão antes de fechar a janela que tava afim de emperra e foder com a minha vida.

Andei até o banheiro, pretendendo acabar minha maquiagem, por que eu tava estranha com um olho maquiado e outro não. MENTIRA QUE EU TAVA UMA GATINHA DA NIGHT, COMO DIRIA A ANA!

Uns 30 minutos depois, o meu cantil tava vazio e a gente já tava meio ~~alegrinha~~ quando o Ryan veio ordenar que abríssemos a porta para o Mattzinho.

Descer as escadas era para os fracos, quase rolamos ela, porque... sei lá, a Ana me empurrou  e eu empurrei o Ryan, que empurrou o Chaz, que empurrou a Ana e a gente foi assim ate lá em baixo.

Abri a porta com meu sorriso gigante, vendo um Matt parado com uma poker face e cabelo penteadinho, um blazer, uma blusa e calça social, e uma gravata do Star Wars. Era a perfeita fantasia daqueles nerds de filme americano e nunca foram em uma festa.

- E eu achando que ele não era tão nerd assim. – Ryan comentou, soltando veneno pela jugular.

Ana , lendo minha mente olhou pra ele e murmurou enquanto fazia uma naja com a mão esquerda: - Naja!

- Ah padawan, vem comigo e eu te farei parecer quase não nerd. – Chaz, o estilista gay n°2  da família o arrastou para o quarto dos meninos onde o Freddie estilista gay n°1 da família aguardava. Nisso meu bebê nerd tava roxo de vergonha e me olhava pedindo clemência.

- Não é por nada não, mas deixar meu nerd de bolso com eles é muito perigoso. – Puxei a Ana e o Ryan que exclamava sobre a sexualidade do Chaz foi atrás da gente.

- Ryan, para de reclamar do seu namorado ok? Ok. – Ana pediu com uma cara de cú muito engraçada e ele revirou os olhos.

- Deixa a Samzinha ouvir isso para ver o que vai sobrar do couro de vocês.

- Se esconde atrás da outra namorada para ver se a gente para né, demônio.  – Resmunguei enquanto abria a porta, e encontrava o Chaz cavucando no armário do Freddie enquanto o mesmo conversava animadamente sobre senhor dos anéis com o Matthew.

E EU AQUI, PREOCUPADA, ACHANDO QE ELE IA SOFRER NAS MÃOS DOS DOIS AFETADOS!

Eu e a Ana que já estávamos arrumadinhas até, nos sentamos na cama, enquanto assistíamos os três arrumar o Matt e deixar ele um pitelzinho de Belém.

Quando eles mandaram ele trocar de calça, eu descobri uma coisa muito hilária: a coleção de cuecas do Star Wars do Matt que o Jack tanto ria realmente era real, porque essa até combinava com a gravata!

No final das contas o Matt tinha continuado com o Blazzer e colocado uma blusa preta por baixo, tinham trocado as calças sociais por uma jeans normalzinha.

Os meninos nos expulsaram do quarto, e Freddie foi atender a porta porque o amor da vida dele (a.k.a. Adam) tinha chegado, é, a gente ia todo mundo junto pra festa.

Matt veio atrás de mim e da Ana no quarto enquanto eu tentava fechar o meu vestido.

- Mattzinho pitel de Belém, me ajuda com o fecho? – Fiz uma carinha triste e ele riu andando ate onde eu tava e fechando o vestido. – ‘Tá ansioso?

Sem falar nada – falar foi a coisa que ele menos fez hoje – esticou a mão que estava tremendo como se tivesse um terremoto interno ocorrendo.

Fiquei na ponta dos pés e dei um beijo na testa dele, depois bagunçando o cabelo castanho e deixando ele muito mordível.

- Vai dar tudo certo, confie no meu lado vidente. – Pisquei, antes de me sentar e começar a colocar os saltos.

É MEU POVO, EU VOU USAR SALTOS!

- E se... e se eu não conseguir falar com ela Nah? E se ela me ignorar, ou rir de mim? – Senti o nervosismo dele chegar em mim, lembrando de uma historia que ele me contou uma vez, que todo o time de futebol havia o prendido pelas calças no gol, e ninguém fez nada, mas ele sentia os olhares apreensivos de alguém sobre ele, como se quisesse ir ajudar e tivesse tanto medo quando ele tinha agora. (n/a: baseio o Matt no Reid mesmo edaí?)

Mordi o lábio, pensando em algo que iria o acalmar de certeza. Bom que nada vinha em mente e a única coisa que eu podia dizer era que ela era diferente, mas isso ele já sabia.

- Primeiro que se qualquer pessoa tentar te bater pode apostar que você vai ter quem te defenda. – A Ana tirou as palavras da minha boca, enquanto saia do banheiro com seus trajes de ex do Chaz, a.k.a. Mandy. É para ofender mesmo.

- Segundo que a Cassie nunca riria da sua cara, ela é o oposto do Jason, você sabe bem disso. – Completei com o que ele já sabia de cor, enquanto ele suspirava pesadamente.

- Ok, vou confiar em vocês. – Nervoso passou as mãos pelo cabelo e se jogou na minha escrivaninha, começando um desenho em uma folha branca.

 Fui ver se estava lindja o suficiente para não ter que me trocar de novo, antes de me obrigarem a ir abrir a porta para o Hugo.

Já havia cansado de descer e subir aquela escada hoje, mas brincar de ser alta usando saltos era a coisa mais divertida do mundo.

Abria porta para meu homem tatuado enquanto cantarolava alguma musica aleatória do The Kooks, ele ficou me olhando com os lábios entreabertos como se estivesse surpreso de algo, automaticamente senti minhas bochechas ficarem da cor do meu cabelo.

Seus lábios se puxaram em um sorriso, e eu olhei para baixo, envergonhada murmurando um oi qualquer senti sua mão levantar meu queixo para cima, me fazendo olhar para cara dele.

Que bom que ele respeitava minha falta de vontade de mostrar minhas bochechas vermelhas. Olhou para baixo – sou mais baixa que ele, logo ele olhou pra onde eu tava -, bagunçando os cabelos que eu notei estarem mais curtos do que dá ultima vez que eu o vira.

- Você ‘tá linda. – CADÊ UM BURACO NO CHÃO PARA EU ENFIAR A CABEÇA DE VERGONHA? CADÊÊÊÊÊÊÊ?

- Eu sou feia nos outros dias? – Falei com uma poker face muito bonita que fez ele revirar os olhos. Como a gente revira os olhos por aqui né?

- Não disse isso. – Revirei os olhos, rindo da cara dele.

- Tudo bem, você também não é lá grandes coisas. – LIES! LIES! LIES!

- Fiquei magoada agora. – Falou com a voz afeminada fazendo um bico de criança que fez com que eu risse mais ainda. - Como você é boba ruivinha, agora me deixa entrar que eu to com frio.

O menino praticamente me empurrou e entrou em casa antes que eu pudesse dizer “queijo”.

- Se eu quebrasse o pé você que ia pagar o médico. – Resmunguei antes de sentir os braços dele me contornando.

- Quer que eu passe a noite com você no médico te ouvindo resmungar também? – Sorriu brincalhão.

- Quero. - Sorri de volta, usando da minha altura extra para capturar os lábios dele com os meus em um selinho.

You've got to stay on this rock, not a rock but an island on which you found a lover then you twitch you feel that itch in you petticoat… (Você deve ficar nessa pedra, não uma pedra, mas uma ilha na qual você achou um amor então o arrancou. Você sentiu a ferida em baixo do sobretudo...)

A festa havia começado para nos a alguns minutos e Hugo se encarregava de sair embebedando qualquer um que passasse por perto dele. Eu cuidava de Matt e a Ana... bom ela tava brincando de ser embebedada.

Vi Chris ao longe, conversando animadamente com uma menina que eu reconhecia da minha aula de ciências. Ele parecia bem feliz e animado com a festa já que fazia parte do time.

Resolvi ser linda e delicada indo dar parabéns pelo jogo mesmo que eu não estivesse ali no dia do jogo e tal.

- Parabéns pelo jogo ratinho do meu coração.  – Brotei do lado deles, dando um susto na menina.

- Sei que é bruxa mas não precisa ficar aparatando e me dando susto. – Fez uma cara tristinha muito mordível e eu dei um beijo na bochecha dele e sorri para a coitada que seria vitima do Christianzinho.

Me virei,  deixando os dois “a sós” e roubei uma garrafa de vodka de alguém, indo até a parede e me apoiando nela, observando o mr. Brigdes ir até a Cassie e eles começarem a se falarem, ambos com um sorriso do tamanho do mundo no rosto.

Doeu tanto esconder deles o quando um amava o outro, porque bem... ela já tinha me contado o quanto achava ele fofo e um amor e querido e muitos outros bons adjetivos.

Era bom saber que as coisas ‘tavam dando certo para ele, para variar um pouco, já que pro meu lado tudo ficará uma merda com a bela visão de uma loira nojentinha se jogando em cima do Hugo e ele nem se importando em parar ela, até gostando.

SERÁ QUE A CHARLIE COMEDORA DE GENTE QUE EU GOSTO?  SERÁ? Puff, VADIA, SÓ FALTA COMER A ANA E O MATT AGORA, VADIAAAAAAAAAAAA!

Bufei, tomando um gole avantajado da vodka, continuando ali, encostada na parede, vendo os dois se provocarem enquanto eu ficava ali, esquecida com a minha amiga vodka.

Avistei um cara que me lembrava o Ash Stymest sem todas as tatuagens e me fiz sorrir para ele em provocação. Ele viu e respondeu com um sorriso de lado, antes de sumir no meio da pista de dança.

A garrafa já estava no final – já havia passado da metade quando eu a roubei – e a matei, ouvindo Love Like Woe entrar por meus ouvidos e me dando vontade de dançar, não pelo cara gostoso, e sim porque essa música sempre tem esse poder.

Me enfiei na bagunça de gente, dançando como se nada importasse, me mexendo bruscamente  de forma que a minha cabeça doía, aquela dor engraçada que era até divertida.   Meus pés também doíam por causa dos saltos, e eu me arrependi de não ter vindo de coturno, mas não importava.

A música mudou e eu nem me importei em descobrir qual era, porque ouvi alguém respirar no meu ouvido, me fazendo virar para trás e ver o Sr. Copia do Ash Stymest.

Fiquei dançando com ele, em um joguinho muito divertido de ver até onde nos conseguíamos ficar dançando e se provocando sem que eu pulasse em cima dele e o beija-se, porque né, ELE É A COPIA DO MEU ASH!

Começou a tocar uma musica do Lou Bega, aquela antiga, Mambo no. 5, e eu segurei as mãos dele o fazendo dançar comigo daquele jeito engraçado meio anos 80/90, ele me girou enquanto cantava a música exageradamente, me fazendo achar graça.

Giramos varia vezes, ate que ficamos grudados sem conseguir desfazer o nó de braços e ele murmurou seu nome antes de dar um beijo no meu pescoço.

- Jayden. - Senti vontade de dar uma de Sacha e falar “não, hoje você se chama Ash” (na verdade o Sacha falou Lolita, mas ok) e beijar ele ferozmente all night long, mas só murmurei meu nome de volta, antes de largar suas mãos e me virar em direção a ele, ouvindo a musica mudar e aqueles olhos azuis quase cinzas me fitarem com aquele mistério, porque até nisso ele era igual ao Ashley.

Seu rosto ficou próximo ao meu, enquanto Sexin’ on the dance floor fazia as putas pularem em cima de suas pobres vitimas, e eu segui com meu plano divertido de seduzir o pobre Jash – sentiu a mistura legal de Jayden e Ashley? – me movendo contra o corpo dele, que incrivelmente não era igual ao Riley árvore plantada no chão e se movia também, e lá pelo meio da música ele me puxou contra ele, chapando seus lábios nos meus por alguns segundos, antes que eu sentisse uma mão me puxar para longe do quase meu Stymest, olhei para a mão vendo as tatuagens e querendo bater no Hugo por isso.

Se ele tinha direito de ficar se comendo com a vadia da Charlie eu nem podia dar um beijo se quer em um cara hot para caralho?

Andamos em silencio até o jardim, onde o silencio era maior, dentro do possível claro.

- O que você pensa que ta fazendo? – Falou baixo, largando meu pulso e passando as mãos compulsivamente pelos cabelos, como se algo o corroesse por dentro. E sinceramente eu esperava que corroesse, que ele se sentisse da mesma forma que eu me senti ao ver ele e a vadia da Charlie.

- Dançando, e você, o que estava fazendo com aquela loira? – Levantei uma sobrancelha ruiva, fazendo-o olhar para mim com um sorrisinho de lado.

- Dançando. – Respondeu na mesma moeda, com uma ironia filha da puta na voz.

- Dançar com a língua um na boca do outro, que interessante. – Resmunguei, prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo feito de qualquer jeito.

- Olha quem fala, a menina que ‘tava se esfregando em um desconhecido ao som de Sexin’ On The Dance Floor! – Senti como se ele tivesse me chamado de puta, e minha vontade de socar ele era grande.

- Quer dizer que a língua da filha da puta da Charlie já era conhecida? – Cuspi as palavras com ódio, sentindo meu corpo estremecer por dentro com se eu pudesse chorar a qualquer segundo.  Ele ficou calado, me olhando com os olhos misteriosos (como me irritava olhar nos olhos dele e não saber o que ele pensava), senti vontade de abandonar ele com a escuridão da noite e ir procurar o Jayden de novo.

- E se fosse? Qual diferença faria para você? Nós somos livres lembra? – Cuspiu de volta, com tanto ódio quanto eu.

Sabia que não chegaríamos a lugar nenhum, que talvez estivéssemos os dois certos e errados ao mesmo tempo, que não tínhamos motivos concretos para essa idiota briga por ciúmes – do que afinal?

 – Então qual era o problema do fato que eu estava me esfregando com um desconhecido? – Ele ficou mudo, me olhando e procurando a resposta – que ele sabia muito bem qual era, de que estava com ciúmes assim como eu.

- Porque... – Começou a se explicar me fazendo balançar a cabeça negativamente, o cortando e falando:

 - Foda-se, você não se importa com ninguém alem de você mesmo.      

Assim eu o deixei falando com as minhas costas após ter dito um par de mentiras e saindo de volta para a casa, pouco ligando para a culpa, para as mentiras, para a dor, eu só queria voltar a dançar e me esquecer de tudo de novo, me sentir borbulhando de desejo por outro cara que não fosse o Hugo.

- Eu me importo.  – Ele murmurou para minhas costas, mal dado um passo senti sua mão quente puxar meu braço gelado de volta para onde eu estava, me fazendo ficar de frente para ele, beijando meus lábios com uma ternura pouco conhecida.

- Não vai embora, por favor. – Murmurou com a voz manhosa ao que eu separei nosso beijo.

- Me dê motivos Hugo, me dê motivos para continuar sentindo essa dor, essa explosão dentro de mim toda vez que você chega perto demais. – Falei com lágrimas nos olhos, pouco me importando para se iria me arrepender. Eu só precisava... falar.

- Você... eu... – Respirou fundo, tentando formular uma frase descente. -  Eu meio que te amo mais do que devia.

Os cabelos maiores do que o aceitável pelo resto do mundo colavam em sua cara devido ao vento frio e eu só me fazia ter mais vontade de abraça-ló.

Meus olhos se chocaram com os seus, mais escuros do que o normal, mais brilhantes e profundos. Quinze mil vezes mais bonito.

- Eu só... Não sou bom nisso, em ser um daqueles namorados perfeitos do tipo que você merece, que não quebre seu coração e te faça sentir sendo a única mulher do mundo.

O olhei, calado e pela primeira vez cabisbaixo sustentando nosso pesado silencio em seus ombros não tão fracos, a fumaça do seu ar saindo pela boca e se condensando.

- Eu te amo, tanto que chega a doer e me corroer por ver que você pode viver sem mim, como eu não conseguiria fazer isso tão facilmente, e dói como o inferno nã... - Abaixou o rosto ao meu encontro sem falar nada, me calando e beijando com ainda desconhecido carinho, fazendo me sentir uma lágrima quente correr pelo rosto dele morrendo no encontro de nossos lábios.

Segurou meu rostos com os dedos gélidos me fazendo sentir pequena, como se aqueles saltos não fizessem uma maldita diferença.

O beijo acabou e deixamos nossas testas grudadas uma na outra, sentindo aquela calmaria invadir nossos corpos como um tipo de tempestade de verão, rápida, refrescante e... necessária.

- Eu... - Começou a dizer, antes de ouvirmos um barulho de alguém caindo na piscina e uma Ana claramente descontrolada e drogada gritar meu nome.

(...)

O casaco do Hugo descansava sobre meus ombros, mostrando a sua blusa do The Clash com mangas 3/4 azuis molhada já que ele, Chaz e Ryan dividiam o peso da Ana pseudo acordada que descansava sobre seus ombros másculos - haha, sou hilária né? Eu sei - enquanto isso Matt e Chris revezavam em carregar os sapatos e bolsa da bela dama drogada e oficialmente atrapalhadora – foda-se se essa palavra não existe – da minha vida.

- Como foi Matt? - Hugo perguntou, parecendo prestativo. É amigos, hoje é um dia inusitado da humanidade.

- Foi... surpreendente. - falou com um sorrisinho feliz brincando em seus lábios, não daqueles que ele dava quando estava com a garota Zumbi do halloween, não que eu não goste dela, mas né, a Cassie é a coisa mais mordível e que mais combina com o Matt no mundo todo.

- O que aconteceu? - Ryan metido perguntou.

- A conversa ainda não chegou no chiqueiro. - Resmunguei, esperando eles trocarem a Ana do ombro do Hugo para o do Chaz para que ele pudesse vim me abraçar.

- Aí que amor de irmãzinha que eu tenho. - revirou os olhos, e a Ana começou a tagarelar animadamente com os olhos fechados sobre como deveria ser legal ser um miojo e coisas do tipo, deixando todo mundo a olhando com cara de wtf.

Acho que nunca mais vou deixar ela beber. Nunca quer dizer nunca mesmo, ate quando eu tiver morando longe dela no Brasil.

É meus amigos, nunca confie no capitão do time de... futebol? Eles jogavam futebol ou roquei aqui? Eu nunca descobri isso e sempre me questionei, por que no Canadá é mais comum ser roquei, mas a nossa escola não é normal igual a do centro e... Ah foda-se.

Depois de alguns minutos que pareceram horas ouvindo a Ana falar que queria correr livre e como o Pumba no Rei Leão pela savana, nos chegamos em casa.

Os meninos deixaram ela na sua cama, e foram para o quarto deles, ao que parece o senhor Freddie ia para casa do Adam e o Matt e o Hugo iam dormir aqui, porque parece que nossa casa virou um abrigo para mendigos.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :33 sou legal e vai ser só 16 ~min 14 reviews a meta QQQ
Desculpa pela demora, ele já tava pronto a algum tempo e eu ainda tinha umas coisas que eu queria arrumar nele, e dai eu comecei a fazer mudança de casa e tava foda de arrumar um lugar para montar o computador, dai só agora meu quarto tá arrumadinho e pá, mas enfim, vocês nem fizeram as metas de review que eu lindamente pedi né, suas vaquinhas leiteiras do coração da Natália. FALEM COMIGO, EU CURTO RESPONDER REVIEW! ~~ola desesperada para acabar com tédio
Enfim... Sou só eu qe amo o Matt loucamente? Acho bom ser porqe ele é só meu e da Cassie e eu não divido U_U nem o Hugo eu divido KLJDSLKFJSDKLFJKSLDF falando em Hugo, achei o Jayden um candidato a altura, porque olha o Ash é a delicia suprema desse mundo. Sobre o Hugo ter vencido todo o orgulho dele e falado pra ela ficar... vou explicar mais no futuro da fanfic, AGUARDEM OS PRÓXIMOS EPISÓDIOS (wtf)
Ok, já falei demais, é... beijos e até quando eu acabar a capa do capítulo da Ana.