POV Jonas Marra

Nós mal chegamos ao hall de entrada da mansão e todos já vieram pra cima de nós com uma enxurrada de perguntas e comemorações.

—Mom, dad, isto é verdade? – perguntou Megan mostrando-nos o tablet com alguma matéria de revista de fofoca.

— Man, você finalmente tomou coragem! – afirmou Brian sorrindo.

—Pai, vocês vão casar mesmo? De novo? – Davi parecia surpreso e feliz.

—Parabéns sogros, vocês merecem. – falou Arthur.

—Oh God, champagne para quem tem sede. – comemorou Dorothy com uma garrafa em mãos.

—Parabéns. Sempre achei que vocês deveriam ficar juntos de novo. - disse Manu sorrindo.

Todos falavam alto e ao mesmo tempo, eu já estava zonzo, não sabia a quem responder primeiro.

Olhei para Pamela e ela parecia estar até pior que eu. Segurei sua cintura e senti-a amolecer em meus braços. Seus olhos se fecharam lentamente e ela deixou-se largar, completamente inconsciente.

—Pamela! – gritei pegando-a no colo.

Todos pararam de falar, os olhos arregalados.

Levei Pam até o sofá da sala e deitei-a ali.

—OMG! Pamela! – Dorothy estava tendo uma síncope de nervosismo.

—Dá pra vocês se acalmarem? – gritei e todos pararam.

—Eu vou chamar uma ambulância. – falou Davi.

—Não precisa filho, ela vai acordar daqui a pouco. Pamela costuma desmaiar quanto fica zonza, ou quando tem muito tumulto. – informei, deixando a todos mais calmos.

Sentei ao lado da loira desacordada e comecei a fazer carinho em seus cabelos.

Todos se sentaram pela sala. O silencio reinou por alguns minutos.

Menos de dez minutos depois Pam começou a se mexer e abriu os olhos com a mesma velocidade que os fechou antes.

Os olhos cor de mel estavam escurecidos, quase castanhos. Ela parecia confusa.

—Hey, como você está? – perguntei baixinho, afagando sua bochecha.

—Bem. – respondeu sorrindo de canto. Ela estava enfraquecida.

—Quer uma água? – ofereci e Pam assentiu fracamente. Peguei o copo que estava na mesa de centro e entreguei a ela assim que conseguiu sentar-se.

A loira tomou menos da metade do conteúdo do copo e me entregou de volta. Devolvi para o lugar e Pamela deitou a cabeça em meu ombro.

—Mom. – Megan chamou com cautela. Pamela olhou-a e assentiu para que continuasse. – Você e dad vão mesmo se casar de novo? – perguntou baixinho.

Pamela suspirou pesadamente.

—Sim Megan, nós vamos nos casar. – afirmou a loira e eu beijei seus cabelos.

Minha bonequinha abriu um sorriso de orelha a orelha e se jogou em meu colo.

—OMG! Finalmente vocês perceberam que não nasceram para ficar separados. – falou Megan. O sorriso mal cabia no rosto. – Mom, que anel lindo. – elogiou observando a aliança no dedo de Pam.

Todos nos parabenizaram alegremente, agora, um de cada vez.

Nós jantamos e o assunto ainda era o casamento. Dorothy e Megan estavam loucas. A decoração, os convidados, a festa, tudo. Enquanto isso, Pamela estava tranquila, nem sequer pensando nos preparativos.

 O jantar acabou tarde e depois disso todos foram dormir, e enquanto isso eu percebi algo. Ninguém percebeu que Jack veio da Califórnia até aqui. Na verdade nem sei se alguém percebeu que Jack estava aqui.

Ainda estava intrigado com isso quando fui para a suíte. Pamela havia ido antes. Pouca coisa mudará naquele quarto desde que nós nos separamos.

—Pam? – chamei-a parando na porta do quarto.

De repente ela apareceu na porta do banheiro usando apenas um baby doll preto:

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Engoli o seco e respirei fundo na tentativa falha de não perder o autocontrole.

Pamela caminhou até mim lentamente, como se cada passo demorasse uma eternidade.

Ela parou bem na minha frente e olhou-me no fundo dos olhos.

As mãos subiram até a minha gravata. Onde ela lentamente desfez o nó e jogou a peça longe. Passou para a camisa, desabotoando cada botão com uma calma agonizante. A peça foi ao chão depois de um tempo que pareceu horas.

Ela desceu a mão por meu peito, com a unha arranhando por onde passava. Parou no cinto, que ela também tirou com calma demais. Tirou e o deixou de lado e com um sorriso malicioso abriu a calça social e acariciou meu membro pulsante por cima da boxer preta.

Foi a gota d’água. Agarrei a loira pela cintura grudando nossas bocas com desespero. Ela pulou em meu colo passando as pernas por minha cintura.

Fui caminhando às cegas com ela no colo até chegar á cama. Deitei-a ficando sobre a mesma e sem fazer cerimônias arranquei o baby doll de seu corpo no mesmo tempo em que ela tirava minha cueca.

Penetrei-a de forma inesperada a fazendo gritar.  Calei-a com um beijo de tirar o fôlego sem nunca parar os movimentos.

Não tenho a mínima idéia de quanto tempo ficamos ali, só sei que foi bastante tempo, pois quando nós finalmente chegamos ao ápice, o sol já estava nascendo.

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“Tum, Tum, Tum”

Acordei totalmente desnorteado com alguém quase colocando a porta do quarto pro chão.

—Quem é? – falei alto o suficiente para a pessoa ouvir enquanto esfregava os olhos, sonolento.

—Sou eu Jonas Marra. – Jack informou com a voz grossa e carrasca. – Vocês dois vão hibernar aí ou vão sair para o café da manhã? – perguntou bravo.

—Quinze minutos Jack. – falei de olhos fechados, quase dormindo de novo.

—Dez minutos Jonas Marra, dez minutos. – avisou controlador. Abri os olhos apenas para revirá-los e voltei aos fechar.

—Como quiser. – resmunguei ouvindo-o se afastar. Só então percebi que Pamela dormia literalmente em cima de mim.

O rosto enfiado em meu pescoço e o corpo sobre o meu.

—Pam. – chamei baixinho perto de seu ouvido e ela resmungou. – Acorda meu amor. – falei e ela se remexeu caindo para o meu lado. Passei os dedos por sua coluna e a senti arrepiar-se. – Pam, My Princess, acorda, está na hora. – sussurrei e ela finalmente abriu os lindos olhos cor de mel.

—Bom dia honey. – falou com um lindo sorriso enquanto se espreguiçava. – Que horas são? – perguntou esfregando os olhos. Olhei o relógio ao meu lado.

—09h30min. – respondi e Pamela arregalou os olhos.

—OMG. Eu tinha uma reunião há uma hora na Parker TV. O Moreira deve estar querendo o meu pescoço. – falou com as mãos na boca.  Ri de canto.

—Calma Pam, não é tão grave, era só mais uma reunião. – falei na tentativa falha de acalmá-la

—Só mais uma reunião Jonas Marra? Você faz idéia de quem estava nesta reunião? – perguntou-me indignada.

—Não faço idéia? Quem? – perguntei. As mãos erguidas em sinal de rendição.

— O chefe da Parker TV na Europa. Aquele cara sempre me achou incapacitada para o cargo de chefe. Imagine o que ele vai falar de mim agora? – explicou – Não quero estar por perto quando isso chegar aos ouvidos de meu dad. — falou engolindo o seco.

—Caramba Pam, você está ferrada. – disse sentando na cama.

— Ah você jura? – perguntou-me irônica e eu ri de canto roubando-lhe um beijo.

—Vem, vamos tomar um banho e ir tomar café antes que o seu pai tenha um surto. – falei saindo da cama e indo até o banheiro. Ela me seguiu e entrou no chuveiro junto comigo. Porém não podíamos demorar, por que pelo visto Jack ficaria me enchendo por um tempo.

Arrumamos-nos em cinco minutos e fomos para a cozinha. Pelo visto todos já haviam tomado café, pois só restavam duas xícaras na mesa.

Eu e Pam demos de ombros e nos sentamos à mesa. O tempo passou devagar e nós comemos tranquilamente. Claro que isto aconteceu antes de Jack chegar à cozinha com cara de bravo e soltando fumaça pelo nariz.

Engoli o seco quando ele pôs os olhos em mim, porém ele passou a olhar para Pam e na hora eu entendi o porquê.

—Pamela Parker será que você pode me explicar o porquê não compareceu na reunião com o Erik Strudder hoje de manhã? – perguntou sério. Erik Strudder era o chefe da Parker TV no Reino Unido e em quase toda a Europa.

Pam engoliu o seco e arregalou os olhos.

—E... eu perdi o horário dad. Sorry. – respondeu nervosa e baixou a cabeça. O cowboy suspirou irritado olhando para a loira a sua frente.

— A sua sorte Pamela é que eu contornei a situação e inventei a desculpa de que você adoeceu. – Pam suspirou aliviada. – Mas lembre-se, da próxima vez, eu vou o deixar falar mal de você para as revistas de fofoca.  – avisou. O semblante sério. – E quanto a você Jonas Marra. – ele apontou o dedo para mim. – Espero não ter mais esse tipo de problemas por sua causa, caso o contrário, você já sabe. – ameaçou-me passando o dedo pela garganta.

De todas as pessoas desse e de outros planetas, Jack Parker era o único que conseguia me deixar amedrontado.

Assenti de leve baixando os olhos para a xícara á minha frente. Fiquei assim até ele sair da cozinha e ir para a sala de estar.

Olhei para Pamela que estava evidentemente nervosa.

Sentia-me um adolescente rebelde em uma hora dessas, mas no meu lugar qualquer pobre coitado já teria saído correndo. Isso me confortava um pouco, mas nem tanto.

— Vem, vamos aproveitar a manhã de folga? – pedi e Pamela assentiu levantando-se de imediato. Levantei também e nós fomos para a sala.

Infelizmente Jack estava lá e passou a nos encarar enquanto nós estávamos sentados no sofá.

Pamela deitou a cabeça em meu ombro e Jack suspirou em desaprovação.

É pelo jeito eu vou precisar me esforçar bastante para reconquistar este velho cowboy. Mas o esforço vale à pena, com certeza vale.