After Everthing escrita por Mikally


Capítulo 14
'' Who are you? ''


Notas iniciais do capítulo

Ok. Desculpem a demora,mas vcs ja sabem ne?
São tempos difíceis, não há como negar.
MAS EU ESCREVI UM MAGA CAP
COM TODOS OS CASAIS
E UM POUCO DE PAI E FILHO
APROVEITEM
ou, nesse caso, chorem, quebremo pc ou algo assim.
Gente, antes de ler, respirem, inspirem, bebam um suquinho de maracuja pois o negociovai ser dificil.
Ok...
Não me matem.
Boa leitura ♥



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A cabeça de Sam girava. Algo la no fundo de sua ente gritava ‘’PARE’’ , na verdade, nos últimos dias, toda vez que a visão de Sam captava Lúcifer, sua mente entrava em alerta vermelho, e tudo dentro de si gritava para ele se afastar o mais rápido possível do arcanjo, porém, seu coração falava mais alto, e Sam o seguia, mesmo sabendo que estava cometendo a maior burrice de sua vida ao se jogar em um ‘’relacionamento’’ que em nenhuma hipótese daria certo. Nunca.

E esse era o momento em que Sam deveria empurrar Lúcifer de cima de si, apontar a arma para ele e manda-lo ir embora, para que nunca mais voltasse. Sam não queria, oh deuses, ele realmente iria se odiar se fizesse isso, mesmo sabendo que era preciso.

Então fez exatamente o contrário, apertando ainda mais a cintura de Lúcifer, que estava sentado em seu colo, em cima da mesa do Bunker. Sam também estava sentado. Algo dentro de sua mente, la no fundo, gritava por atenção.

Sam estava no Bunker. Dean estava no Bunker. Castiel estava no Bunker. E Lúcifer também estava lá. Com ele. E os dois estavam praticamente arrancando as roupas.

Alerta vermelho.

Com uma força de vontade que o Winchester ate então não conhecia em si mesmo, ele afastou Lúcifer, levantando-se da mesa em seguida.

O arcanjo encarava Sam com uma interrogação evidente em sua expressão.

—E-eu...- Sam tentou formular uma frase. Ele queria sair correndo dali.

—Sam? – Lúcifer percebeu que o mais novo estava desesperado.

Ao ouvir a voz rouca do outro chamar seu nome de um modo tão protetor e afetivo, Sam quase se deixou levar. Sua mente estava estranha, seus pensamentos embaralhados, suas lembranças distorcidas. Encarou os olhos cristalinos a sua frente tentando desesperadamente pedir socorro....tentando lembrar-se....

Lúcifer se aproximou com um passo hesitante. Sua mão foi direto para o rosto de Sam, pousando-a na bochecha dele, fazendo um pouco de pressão.

—Sam? –Agora a voz do arcanjo estava literalmente preocupada.

Sam tentou achar um nome...Sentiu uma corrente elétrica percorrendo todo seu corpo quando a mão do loiro se pousou em sua face. ‘’Lúcifer’’ gritou Sam mentalmente, mas como água em um riacho, a informação estava se esvaziando, indo embora... As lembranças passavam por seus olhos e iam embora sem que Sam conseguisse ao menos vê-las.

‘’Socorro’’ Queria gritar o moreno. A expressão de Lúcifer estava confusa e preocupada. O peito de Sam esquentou-se, e a palavra com ‘’S’’ estava na ponta da língua, as lembranças continuam indo embora e o Winchester estava desesperado, quando finalmente fora gritar por socorro, tudo parou.

—Ok. Samuel, pare com isso agora. – A voz de Lúcifer faria qualquer criatura tremer, inclusive Sam. Porém ele sequer se mexeu.

O Winchester olhou em volta.

Bunker.

O roupão de Dean jogado na cadeira mais próxima, garrafas de cervejas vazias em cima da mesa, pequenos ponto vermelhos que piscavam constantemente no painel. Tudo normal.

Apenas... Havia algo faltando...

Sam virou-se para frente novamente onde um par de lindos olhos azuis o encarava com preocupação e um pouco, bem pouco de raiva. Sam sentiu o sentimento de falta passar, mesmo que não soubesse por quê.

Lúcifer abriu a boca para outra frase, porém Sam o interrompeu.

—Quem... Quem é você mesmo?

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—CASS! – Chamou Dean pela terceira vez. Cas me ignorar não vai mudar nada!

Lentamente, Castiel se virou para Dean, encarando-o sem expressão.

Dean respirou fundo.

—Oque é isso? Desculpe-me, mas eu não sei oque eu fiz! – Com o silêncio de Castiel, Dean continuou, com um sorriso irônico – Será que foi o beijo? Olha, estava tenso, sei que não pode ter sido muito bom, mas...

Cale a boca.— Disse Castiel sem olhar Dean nos olhos, pois não queria que o outro visse a dor que ele estava sentindo.

Dean paralisou ao escutar Castiel, seu anjo, falar com ele daquele jeito.

—C-Cas? – Gaguejou Dean.

—É tudo, sempre uma brincadeira para você não é? – Questionou Castiel, e continuou, sem deixar o outro responder – O apocalipse, os leviatãs, Eve, e agora a Escuridão. – Ao ver que Dean se remexeu quando a palavra ‘’Escuridão’’ foi dita, Castiel disse com a voz irônica, pela primeira vez em toda existência.

—Oh, você não gosta de Escuridão, vamos chama-la de Amara. Ou, quem sabe, ‘’Am’’. Você sempre tem um apelido não é mesmo?

Dean franziu a testa.

—Vamos la! Serio? Ciúmes Cass? Isso tudo porque você estava com ciúmes dela?

O anjo pareceu ter sido estapeado.

—Eu realmente não entendo o porque de não ter ficado com ela. – Castiel deixou uma única e singela lágrima escorrer – Se você tivesse que escolher entre qual dos dois matar, eu já teria que providenciar meu túmulo.

Dean olhou incrédulo para o anjo. Queria desmenti-lo, mas estava olhando os olhos azuis dele brilharem ao deixar mais duas lágrimas escorrerem, e a falta de palavras bastou para que Castiel mordesse a boca, provavelmente evitando um soluço e dizer apenas mais uma frase, antes de sumir.

—Espero que tenha tido sua diversão comigo.

Dean arregalou os olhos, olhando em volta. Suas mãos estavam tremendo e ele ainda estava procurando pelo anjo. Quando percebeu que ele realmente tinha ido, Dean se deixou socar o espelho de seu quarto, e jogar todas as armas que ele sempre arrumava com cuidado nas prateleiras no chão. Sentiu uma pontada de dor no pé esquerdo quando chutou o baú de madeira, mas no se importou, pois logo já estava jogando cada objeto quebrável no chão.

Quando finalmente se deu por satisfeito, o quarto estava destruído. Percebeu o porquê fizera isso: Pensou que Castiel poderia voltar, pensou que poderia ter chamado à atenção dele.

Mas quando o anjo não deu sinal de retorno, e Dean não escutou o leve farfalhar conhecido das asas dele, permitiu-se acreditar que finalmente tinha conseguido estragar a única coisa que nunca havia se quebrado. Seu elo com Castiel.

Ele já tinha brigado com todos, com John, Bobby, Sam, Kevin, Charlie, todos, todos que amava. Mas Castiel era constante, ele estava sempre ali, e mesmo Dean fazendo as piores coisas com o anjo, ele nunca o abandonara.

Até agora.

As pernas de Dean começaram a tremer, ele estava em completo horror e choque. Cass tinha ido embora. O loiro mal sentiu quando seus joelhos bateram no chão, carregando todo peso de seu corpo, e provocando uma onda de dor que foi se alastrando do joelho até todos os músculos do corpo.

—...Cass? – Sussurrou Dean em uma tentativa inútil de Castiel voltar. Sua voz saiu tremida e rouca. Seu rosto já estava banhado de lágrimas e agora que ele começou a sentir a dor em ambas as mãos por ter quebrado a soco metade do quarto. Seu corpo se balançava em violentos soluços que causavam uma dor aguda em sua caixa torácica.

A porta do quarto de Dean fez um chiado horrível e caiu quando alguém tentou entrar. Provavelmente Dean destruiu uma das trancas com um dos chutes que dera.

Chuck entrou no quarto. Obviamente ele ouvira tudo e não sabia oque fazer, apenas sabia que deveria fazer algo.

—Dean? – Chamou o todo poderoso.

O Winchester mais velho levantou a cabeça, ainda de joelhos e disse com uma voz arrastada.

—Agora não é uma boa hora, Chuck...Deus...a merda que você quiser ser chamado agora.

Chuck suspirou e pegou Dean pelo braço, levantando-o com facilidade. O loiro não teve tempo de reclamação, pois com um estalo de dedos, seu quarto estava novo em folha, talvez até melhor do que antes. Chuck sentou Dean na cama e o encarou.

—Não há nada que eu possa fazer. – Mais um suspiro – Mas eu sei que meu filho ainda o ama. Ele está quebrado, com raiva e magoado profundamente, mas ainda o ama. Não acho que seja capaz de deixar de ama-lo algum dia, então faça o certo por ele e vá atrás dele.

Dean  conteve os próximos soluços a força ,para ao menos tentar dizer algo coerente e com sua voz habitual.

—E-ele não que quer, e...E eu nem ao menos sei onde ele esta...E-eu...Meu Deus, eu sou um babaca.

—É. – Concordou Chuck – Mas todos merecem uma segunda chance.

Dean limpou o rosto na manga da camisa.

—Acho que no meu caso está mais para a milésima.

Chuck sorriu para o humano a sua frente e estalou os dedos novamente, fazendo-o sumir dali.

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Depois de bons dois minutos em silêncio, Lúcifer tentou ao máximo controlar a sua voz, para no mínimo, não soar tão devastada quanto ele mesmo estava nesse momento.

E no momento que as palavras saíram de sua boca, ele percebeu que falhou miseravelmente em sua intenção.

—Sam...Isso não é uma boa hora para essas brincadeiras.

O moreno parecia completamente perdido e confuso.

—Eu... Desculpe-me, mas eu não sei quem você é.

Algo dentro de Sam queria o estranho por perto. Um leve sentimento de familiaridade passava pela mete do homem, mas era tão imperceptível e pequeno, que ele resolveu ignorar.

 Algo dentro de Lúcifer se espatifou por completo. Ele se agarrava a única esperança de que Sam estivesse fazendo uma brincadeira de mau gosto.

Mas ele não estava. Lúcifer podia ver nos olhos verdes do outro. Ele não o reconhecia. Esquecera-se de tudo. As coisas más e as boas também.

Sam observou o brilho dos olhos do estranho diminuírem até acabar. Isso...Ele tinha feito isso? Algo dentro dele o incomodava. Ele reconhecia esse homem de algum lugar, mas onde?

Talvez...Talvez de algum filme...Um ator? Um filme de apocalipse? Havia...jaula...Era um lugar vermelho, muito vermelho e escuro...dor...E seu coração batia rápido...Um..Um nome...Lucas? Não...Lucy?

Uma pontada de dor se alastrou pela cabeça de Sam, parecia que vinha direto de seu cérebro e ia para todas as partes do corpo. Piorou ainda mais quando sentiu um toque familiar em seu braço.

Mas ele não sabia de onde, e cada vez que tentava se lembrar, parecia que sua mente iria explodir em milhões de pedaços.

—SAM? – Chamou Lúcifer, esquecendo-se da própria dor interior, preocupado com seu garoto.

—SAI! –Gritou Sam estapeando as cegas o braços que Lúcifer. – NÃO, NÃO, NÃO!

Lúcifer deu um passo para trás, completamente devastado, observando lágrimas de dor saírem dos olhos do Winchester enquanto ele contraia a testa, e seus lábios já sangravam de tanto morde-los.

—Lúcifer? – Chuck apareceu vermelho na porta, provavelmente havia esquecido-se de que era Deus e viera correndo do quarto de Dean até aqui quando escutou os gritos.

Lúcifer fechou os olhos ao passar por Sam, sem conseguir olha-lo.

—Cuide dele – Disse Lúcifer –Ele...Perdeu a memoria.  O tom de voz do arcanjo dizia que não queria mais conversa, porém Chuck segurou o braço do filho.

—Você está bem?

—Vám se fuder –Respondeu Lúcifer seco – Não é como se algum dia tivesse se importado.

—Lúcifer, filho seja razoável.... –Chuck disse com a voz magoada.

—Não esta vendo que ele esta com dor?  -Cortou Lúcifer apontando para Sam, que estava jogado na mesa, apertando a cabeça-Vá cuidar dele, e me deixe sozinho, ao menos isso eu sei que você sabe fazer.

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Meg abriu os olhos lentamente, e sentiu dores em todo o corpo ao tentar se levantar. Suspirou irritada e deitou-se novamente. Claramente, haviam trocado suas roupas. Ela vestia apenas uma camisa grande e azul, que ficava um pouco acima das suas coxas, parecia muito com algo que Dean usaria.

Virou-se para o lado e seu coração acelerou de susto, que rapidamente passou ao reconhecer a pessoa deitada ao seu lado como Ruby.

—Hey – Meg chamou com a voz baixa e melodiosa-  Ruby?

A outra abriu seus olhos incrivelmente negros e fitou Meg.

—Porque me acordou? –Perguntou Ruby com uma voz irritada, mas seu rosto formava um sorriso.

—Como você esta? – Perguntou Meg revirando os olhos.

Estou perfeitamente bem – Disse Ruby se levantando, ou ao menos tentando fazer isso, visto que ela deu um gemido alto de dor quando seu corpo fez muita força. Meg notou que ela estava usando apenas uma blusa xadrez, de Sam, provavelmente.

—Hey, hey – Disse Meg rapidamente segurando a outra pela cintura e deitando-a novamente na cama de casal em que as tinham posto. Ruby relaxou nos braços da outra, que a abraçou, deixando a outra repousar a cabeça em seu ombro, enquanto caia no sono novamente.

Meg depositou um pequeno beijo no topo da cabeça de Ruby, antes de deixar-se ser levada pelo sono.


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