CAPÍTULO 4

Presente

Naquela noite, Edward Cullen não conseguiu “pregar os olhos”. Tudo o que havia acontecido entre ele, Isabella e Tânia ainda estava explícito em sua memória. Todos os momentos, bons e ruins, definitivamente.

Desejo. A palavra era certa. Mas desejo de tantas coisas — que tudo melhorasse, que Isabella desse algum sinal de vida, que Tânia fosse mais complacente e não tão durona —, mas era desejar algo que simplesmente não aconteceria. Em momento algum.

Agora ele via-se diante de uma situação demasiadamente complicada e delicada, dividido entre duas mulheres, irmãs, mas que ainda sim eram terrivelmente diferentes. E o pior, ele enfim aceitou os fatos de que — desde o primeiro instante em que seu olhar caiu sob Isabella — ele já estava completamente seduzido. Aquele desejo e excitação pelo proibido o levou a cometer um dos piores pecados, adultério. Conhecido vulgarmente como traição.

     Céus. Ele se repudiava por ferir Tânia tantas vezes, mas já não se arrependia por todos os encontros, beijos e carícias com Isabella. Ele era um bastardo mentiroso! Que traíra a namorada que sempre lhe fora maravilhosa, e o pior era saber que o que sentia por Isabella ia muito além de tesão.

Talvez eles fossem almas gêmeas, mas que ao chegar na terra teriam que enfrentar obstáculos além do que suportariam, e portanto estavam metidos com essa encrenca do caralho.

Virando-se de barriga para baixo, ele somente continuou a pensar e lembrar de tudo, todos os detalhes. Sua vida dera um giro de 360º, o mais delicioso e incrivelmente louco possível. Isabella Swan havia chegado para tomá-lo e domá-lo, de uma forma arrebatadora, ela o colocara de quatro, enquanto ele ainda usava uma coleira de Tânia Swan. Mas ela roubava-lhe o ar, causava-lhe formigamentos e diversas sensações — das mais incríveis às mais aborrecidas —, era uma explosão estar ao lado daquela mulher, mas ela não o pertencia, e ele não a pertencia. E a questão crucial era, algum dia iria?