Depois de uma pequena sessão de amassos e de Joyce lhe contar, entre um beijo e outro, o que a acontecera no período após o ataque em Hogsmeade, ele a levou para dentro para curtir junto à sua família a comemoração de seu aniversário.

Havia sido uma noite em família muito agradável, como sempre costumava ser quando estavam todos juntos, fazendo com que, naquela noite, James descansasse feliz em seu quarto depois de muito tempo.

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Algumas semanas depois James teve que se focar em seus estudos novamente, fazendo-o como nunca havia feito antes, Merliah o ajudava quando podia com seu horário apertado por conta do campeonato que se aproximava, Alvo e Lilian já curtiam as férias após passarem com êxito em todas as matérias, Alvo havia se preocupado quanto as suas notas nos NOM’S por conta do que perdeu de matéria quando estava capturado, mas ocorreu tudo certo.

James ficou uma semana inteira fazendo suas provas finais com a supervisão do professor da matéria correspondente (tanto a pratica como a teórica) e teve seu resultado um tempo depois, passando para o sétimo ano com louvor, fazendo-o se gabar para os irmãos que não precisou de muito para que passasse com O em quase todas as matérias.

Lilian o zoava sempre enfatizando o QUASE.

Aos poucos tudo estava voltando ao normal.

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31 de agosto de 2021…

Harry trabalhava normalmente em seu escritório quando escutou batidas em sua porta.

— Entre. – Harry permite e seu filho James entra pela porta – James? Aconteceu alguma coisa?

James tinha noção que sua aparição ali era estranha, principalmente pelo fato que seu pai só tinha conversas com os filhos no escritório quando queriam lhe falar algo sério.

— Eu preciso conversar com o senhor… – James começa, entretanto, seu olhar cai na pilha de papéis de Harry. – Atrapalho? Eu posso voltar outra hora.

— Não, pode falar filho…, o que houve? – Harry se prontifica para ouvir. James suspira e senta na cadeira em frente à mesa do pai.

— Sabe me dizer onde fica o endereço do orfanato que colocaram o menino Brian? – James revela o motivo de sua visita.

— Acho que sim, por que? – Harry olha para o filho estranhando a pergunta.

— Quero ir vê-lo, nem que seja de longe, papai, eu preciso vê-lo. – James declarou. Harry o encarou sério por alguns momentos, para em seguida o jogar uma das pastas que estavam ali em sua mesa. James pegou e era o relatório do sequestro seu e de seus irmãos.

— O endereço está no relatório, não me faça me arrepender de ter lhe dado esses papeis, se sua mãe souber disso ela me mata. – Harry o alerta.

— Está bem, papai, muito obrigado. – James agradece com um sorriso, mas antes que ele saísse, Harry o chama outra vez.

— Não irá sozinho, não é?

— Não, irei com Joyce. Ela já está me esperando, te vejo mais tarde pai. – James respondeu e saiu

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Um pouco depois em frente ao ministério da magia da Australia…

O ministério da Australia era o único lugar que James se lembrava nitidamente para poder aparatar, era a primeira vez que fazia isso sozinho e o único efeito colateral foi que Joyce vomitara assim que chegaram, agora ele sabia por que diabos ela estava com um coque no alto da cabeça.

Como não sabiam onde ficava nada na Australia, Joyce enfeitiçou uma bússola velha com a localização do orfanato, o feitiço parecia funcionar bem, fazendo-os caminhar pelas ruas como qualquer trouxa, a bússola parou de funcionar quando eles chegaram em frente de um casarão.

— É aqui? chegamos? – Joyce indagou olhando para o local que parecia muito grande e aconchegante, desviando seu olhar para o namorado quando ele não a respondeu. James olhava para algum ponto fixo mais à frente deles, Joyce seguiu seu olhar, parando em um grupo de crianças que brincavam no jardim da frente – James?

— Sim? – James voltou para o presente, ele sorri e aponta discretamente para uma das crianças. – Aquele é o Brian.

Joyce olha para crianças e achou qual James apontava, ele realmente era encantador e parecia se divertir muito com as outras crianças.

— Ele parece bem. – Joyce comentou. James soltou a sua mão e ameaçou bater na porta do orfanato, mas Joyce rapidamente segurou seu pulso. – O que pensa que está fazendo?

— Preciso vê-lo mais de perto, falar com ele, saber realmente se ele está bem. – James respondeu um pouco exasperado.

— E como acha que irá fazer isso? Qual desculpa irá inventar para as pessoas desse orfanato do que viemos fazer aqui? – Joyce o questionou.

— Eu dou um jeito, você sabe que eu sempre dou um jeito. – James deu de ombros, porém ela continuava segurando seu pulso.

— James…, ele não se lembra de você. – Joyce suspira. – Como irá chegar nele assim de repente? Para ele você é só um estranho. James a olha, quase derrotado.

— Eu sei…, mas tenho que tentar. – Ele declarou.

— Teimoso. – Joyce disse soltando-o.

James deu um sorriso de lado e se voltou para o portão do orfanato, ele tocou a campainha e não demorou muito para uma mulher, que aparentava ser gentil, os recebesse com um sorriso, perguntando em que poderia ajuda-los.

— Nós viemos fazer uma visita, conhecer as crianças. – James se viu respondendo.

— Conhecer as crianças? Vocês não são muito jovens para adotar uma criança? – A mulher indagou os olhando em desconfiança.

— Nossa visita é com fins de pesquisa para doações para esse orfanato. – Joyce inventou a explicação e a mulher olhou para ela com interesse e James a olhou surpreso por tamanha agilidade para mentir da namorada. – Precisamos da quantidade de crianças certas para fazer a doação.

— Oh, sim, por favor entrem! Ali em frente como podem ver, já temos algumas de nossas crianças, vocês podem começar por ali. – A mulher abriu espaço para que entrassem e apontou para o grupo que eles tinham visto Brian. – À proposito, como se chamam?

James realmente não tinha pensado naquela parte, será que deviam falar seus nomes verdadeiros?

— Me chamo Joyce e esse é o James. – Joyce se adianta, os apresentando e James agradece mentalmente pela agilidade da namorada, ok, sem sobrenomes. A mulher se apresentou como Cecilia.

Cecilia os dirigiu para o grupo de crianças, que os olhavam curiosas, o olhar de James parou em Brian e ele sorri para o menino, que retribuiu acanhado. Cecilia os apresenta e diz o que eles vieram fazer ali, pediu para que se comportassem e os deixou ali dizendo que logo voltaria.

James, animado, começou a conversar com as crianças. Joyce ficou um pouco de lado, apenas observando a interação do namorado com as crianças com um sorriso no rosto, ficou tão entretida que quando percebeu, James já estava próximo de si apresentando o pequeno Brian, que parecia feliz no colo do seu namorado, ela sorri para o pequeno e ele parece gostar de seu cabelo pois olhava para ele admirado.

— Gostou dele? – Joyce sorri mostrando o cabelo, o menino confirma com a cabeça e ela leva as mãos aos cabelos, soltando-os, fazendo seus cachos caírem como cascatas, o menino pareceu ficar mais admirado ainda.

— Eu gosto da cor dele. – Brian conversa, tocando de leve os cachos. – Seu cabelo é bonito.

— Obrigada, querido, você é um amor. – Joyce o respondeu.

Logo Cecilia voltou e os levou para os outros lugares do orfanato, mas foi apenas quando a visita se encerrou que Joyce percebeu que James tinha um caderno nas mãos.

— O que é isso? – Ela pergunta com curiosidade.

— A lista com o nome de cada criança, idade e o que elas querem ou precisam. – James explica, Joyce olhou admirada para ele.

— Você vai mesmo usar a minha desculpa como verdadeira?

— Mas é claro, não viu como eles ficaram felizes com nossa visita? – James disse simplesmente.

Joyce o puxa pelo colarinho do casaco e o beija até faltarem-lhes o ar.

— Eu te amo cada vez mais, James Sirius Potter.

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No dia seguinte…

Era o dia de mais um embarque à Hogwarts, todos os Potters estavam ali, até mesmo Merliah e Harry haviam conseguido folga no trabalho para poderem estar ali.

Ao som do apito do trem, informando que sua partida estava próxima, os Potters começaram a fazer suas devidas despedidas e James, Alvo e Lilian embarcaram para mais um ano letivo e ficaram a acenar para seus pais e Merliah até que sumissem de vista.

Alvo logo se afastou deles, dizendo que precisava encontrar Scorpius antes que ele fosse para o trabalho de monitoria e Lilian foi puxada por Hugo para se reunirem com seus amigos.

James se reúne em uma cabine junto a Fred II e Joyce, juntos eles planejavam uma pegadinha de despedidas à altura do último ano deles.

James estava feliz, mas inquieto, só de pensar da possibilidade de que seus raptores estavam livres não se sentia totalmente seguro e temia por seus irmãos, principalmente Merliah, que estava fora da proteção de Hogwarts, mas por enquanto pensaria apenas em sua última pegadinha em Hogwarts.

Apenas nisso.