Diário da Divindade: Histórias para o futuro... escrita por TomoCrazy


Capítulo 1
Capítulo único - Seis anos depois...


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ♥



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  -Buuuuáááááá!!!!!

  -Paiê!

   O pai corre até o quarto de seus filhos e encontra a mais novo, que só tinha seis meses, chorando. O pega no colo e começa a balançá-lo. Olha para a filha que estava sentada na sua cama, que ficava na parede oposta ao berço do irmão. A mesma estava com uma cara de do tipo: "Eu não consigo dormir com essa choradeira toda!"

   - Por que o nii-chan não para de chorar, pai? - perguntou ela, olhando para o bebê que já estava quase pegando no sono nos braços do pai.

   -Filha, já te expliquei que os bebês nessa fase têm cólica. É como se fosse um beliscão na barriga. E isso machuca o bebê, que ainda é frágil, e por isso ele chora. E também, os dentinhos dele estão começando a crescer, fazendo ele sentir uma dorzinha na sua boca.

    -Caramba, que bebê mais frágil. Chora por qualquer coisinha dessas - a filha balança a cabeça com uma expressão do tipo: "Que idiota".

    -Ei, você não pode falar nada, querida. Você também já passou por essa fase. E, acredite quando digo que você dava um escândalo enorme e não deixava ninguém nessa casa dormir.

    A menina olha para o pai, que estava rindo da sua expressão. Ela volta a se deitar e vira de lado, fingindo que estava dormindo. O pai para de rir. Coloca o seu filho, que já estava dormindo, de volta no berço e vai em direção da cama da filha. Senta na beirada da mesma e dá um beijo na testa da garota. Ao sair, a menininha se senta e segura a mão do pai, que diz ara ela:

   -Vá dormir porque amanhã você tem aula.

   -Só durmo se você me contar uma historinha... - disse ela fazendo bico.

   O pai vai até a estante de livros de Contos de Fadas e pega o primeiro que vê. Se senta na poltrona do lado e, quando está prestes a começar a ler, a filha o interrompe.

  -Chega de contos de fadas. Já sei todos de cor e salteado. Quero uma outra história.

   -E que tipo de história a senhorita quer?

   -Uma de romance. Comédia.

   O pai pensa por um tempo. Quando se lembra de uma história perfeita e começa a contar:

   - Pois bem. Lá vai:

   "Era uma vez, há muito tempo existia um templo. O templo de Mikage. Certo dia, o dono dele fugiu e nunca mais retornou. O seu familiar, triste por perder seu dono, volta para outro lugar, abandonando o templo que já não tinha mais um Deus.

   Depois de uns anos, Mikage estava em grande perigo. Foi quando ele conheceu uma humana chamada Momozono Nanami o salvou. O Deus, como agradecimento, deu um beijo na testa da mortal, passando a ela a função de Divindade.

   A mesma, que estava sem lar, foi para o templo. Ao passar pela porta, uma raposa branca a segurou pela roupa e começo a lhe xingar, achando que fosse Mikage, o Deus que lhe abandonara por vinte anos. Ao perceber que era uma relés humana que tomara a função de uma Deusa, foi embora.  A humana vai atrás da raposa, para que esta a ajude em sua nova função.

   Ao encontrá-lo, ele a ignora e não aceita a ideia de ser seu novo familiar. No início, ele a fica zoando por ser uma fraca, mas, ao encontrar uma bruxa que quer ficar com o poder da divindade, a humana beija a raposa e, contra a vontade dele, ele vira o seu familiar e a salva. 

   Depois disso, Nanami e Tomoe a raposa, retornam para o templo. No início, continuam se odiando e desprezando um ao outro, mas com os dias que se passam, uma amizade nasce entre eles. Eles fazem novos amigos, um deles uma cobra que vira outro familiar da Deusa, e vivem muitas aventuras juntos. Se divertindo, se arriscando e descobrindo novas coisas. Com o tempo, a Deusa descobre que possui sentimentos por seu familiar raposo. Ao se declarar, ele nega o amor dela, alegando que nunca amaria uma humana.

   Ele só não sabia que estava mais errado do que nunca.

   Nanami foi se arriscando cada vez mais, e, a cada problema criado pela Deusa, Tomoe tinha que ir salvá-la. Com isso, percebeu que ela precisava dele para protegê-la. Ele sentia a necessidade de estar com ela o tempo todo. Logo descobriu o nome deste sentimento tão desconhecido e odiado para ele. Amor.

   Depois de um 1 ano, assumiram a relação entre os dois, deixando todos os colegas felizes, pois sabiam que isso já aconteceria um dia ou outro. Alguns meses depois, Nanami descobriu que estava grávida de 1 (um) mês de seu amado. Depois dos longos 8 meses, nasceu o primeiro fruto do amor deles.  Todos estavam felizes, novamente, pois o templo já possuía um herdeiro para quando Nanami morresse, afinal, apesar de ser uma Deusa, ela continuava sendo uma humana mortal.

   E foi isso que aconteceu.

   Na segunda gravidez, Nanami estava muito fraca e, assim que o filho nasceu a mesma morreu por falta de energia e por seu coração ter parado de bater. Tomoe chorou por vários dias e noites pela perda da amada. Poderia se matar se não precisasse cuidar de seus filhos, mas não o fez. Com o tempo seguiu em frente amando a Divindade ainda, tornando assim o amor entre eles, eterno."

   -E fim... - o pai olha para a filha, que já dormia em sua cama e agradece por isso. Ele estava pensando em que parte a mesma dormiu, pois depois de um tempo, ele começou a chorar de do tipo, já estar soluçando. Coloca a mão na frente da boca para evitar fazer barulho e acordar seus filhos.

   Ele caminha até seu quarto. Ao chegar no cômodo, se joga na cama e coloca o braço sobre a cabeça, em uma tentativa falha de parar as lágrimas. 

   Mais calo, ele escuta uma leve batida na porta. Olha para ver quem era a alma que estava lá. Ao descobrir quem era, lhe permite a entrada e começa a conversar com ele:

   -O que faz aqui a essa hora, sua cobra?

   -Vim descobrir porque estava chorando. Ouvi a história que contou para ela. Ainda não superou?

   -E você já?! - o youkai cobra abaixa sua cabeça triste. O outro que estava deitado, passa a mão pelo lado vazio da cama e deixa outra lágrima escapar. Enfia a mão debaixo do travesseiro e puxa o diário da mulher. Ele o abre em qualquer página e sorri com as fotos.

   -Tomoe... - Mizuki começa, mas logo é interrompido por um travesseiro na cara. Ao ver o que significava isso, saiu do quarto do colega e foi para o seu.

    A raposa já chorava novamente. Coloca o diário na sua cara e diz:

   -Eu ainda te amo... E sinto sua falta,... Nanami.

                                End


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Notas finais do capítulo

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