Mind Games escrita por CandyMandy


Capítulo 5
Caminhos cruzados


Notas iniciais do capítulo

Oii! Voltei com mais um capítulo um pouco mais cedo do que eu esperava. Eu decidi dividi-lo em dois para não ficar cansativo.
Espero que gostem ♥



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Mégara tinha passado a noite em um daqueles luxuosos quartos de hóspedes do palácio. Os empregados eram muito solícitos, antes de poder adormecer aparecerem cerca de quatro vezes na sua porta e ela os dispensou todas as vezes. E quando ela pensou que finalmente teria um pouco de paz, um dos soldados se apresentou a porta dela. Mégara abriu a porta pela quinta vez e não escondia a má vontade em atendê-lo.  A garota já tinha entendido que Odin estava de olho nela e procurava parecer o menos suspeita possível.

— Boa noite. P-princesa Mégara, não é mesmo? – Ele disse um pouco agitado demais, os soldados do rei eram sempre tão centrados que isso deixou a garota um pouco desconfiada.

O rapaz que estava á sua porta era alto, pele bronzeada e os cabelos que apareciam abaixo do elmo dourado eram castanhos. Ela não conseguia ver sua feição direito, pois não tinha se dado o trabalho de acender a luz do quarto, mas era notável uma cicatriz em seu rosto que ia da têmpora esquerda até o queixo. No entanto, isso não afetava sua aparência ele parecia ser muito bonito, só que o quê mais lhe chamava atenção era a sensação de já tê-lo visto antes, como se já o houvesse conhecido.

— Sim- Ela respondeu entediada – Ao que devo a honra da quinta visita no meu quarto essa noite? – A voz estava um pouco afetada pelo sono.

— Eu fui designado para proteger a senhorita durante a sua estadia no palácio.

— Você quis dizer me vigiar, não?- Ela murmurou inaudível.

— Disse alguma coisa? – Ele perguntou curioso.

— Não, não foi nada.

— Então, se precisar de alguma coisa estarei aqui em sua porta.  Não hesite em me chamar independente da ocasião. – Falou prestativo e Mégara estranhou tanta devoção por uma princesa que nem era do reino dele.

— Tudo bem, É... Obrigada- Ela disse querendo encerrar logo esse diálogo.

Porém ele continuou lá, a olhando da porta um pouco desconcertado, como se esperasse que ela dissesse algo. Mégara podia ser bem insensível em várias situações, mas bater a porta na cara de um soldado, um pouco esquisito, diga- se de passagem, que só estava cumprindo seu dever parecia cruel demais de sua parte.

— Ok, então, Boa noite- e começou a fechar a porta.

— Boa noite, princesa.

Ele assentiu e se retirou. A sensação de reconhecê-lo perdurou por mais algum tempo, porém ela logo desistiu de tentar lembrar. Não devia ser algo importante.

“Asgard é um lugar de pessoas estranhas” concluiu Mégara.

(...)

Logo na manhã seguinte, a princesa foi procurar pelo rei para ter a audiência e enfim ser liberada. A cada segundo perdido ali o Núcleo ficava mais distante.  Diferentemente de ontem, não havia sorrisos à toa, conversas animadas e um delicioso cheiro de comida. Todos estavam apreensivos, corriam de um lado para o outro e os guardas observavam todos com olhares inquisidores. Aquela agitação fez Mégara concluir que a notícia do roubo do cofre já tinha sido divulgada e eles procuravam desesperadamente um culpado.

Meg perguntou a várias pessoas se poderia falar com Odin, mas eles afirmavam que ele não poderia ser interrompido, não sabia quantos "Agora não é o melhor momento" ouviu, seguidos sempre de solenes desculpas por não poderem atender o pedido da princesa.

Ela não tinha muito o quê fazer por ali, voltar para o quarto dava a sensação de que estava em cativeiro e isso Mégara não suportaria, decidiu vagar sem rumo pelo lugar. Acabou encontrando com Thor em um dos corredores e ela concluiu que ele era tão bonito quanto diziam por aí.

— Princesa Megára...? - Ele começou com um pouco de dificuldade de lembrar o nome.

— Mégara – corrigiu a pronúncia.

— Oh claro! É ótimo que esteja passando uns dias aqui. Você sabe, é uma surpresa para nós que queira se aproximar de Asgard novamente.

—É, as coisas mudaram.. - Ela respondeu indiferente.

—Espero que esteja gostando da estadia. Só estamos com uma pequena bagunça por aqui, logo tudo se resolve.

Thor estava tentando ser simpático e apesar de parecer um pouco preocupado, ele tinha aquele bom humor genuíno. Bem diferente de Loki que no lugar dele já teria dito um de seus comentários ácidos.

— Estou sim. Tomara que consigam resolver quaisquer sejam os problemas. - Ela sorriu, fingindo que não sabia do que se tratava.

Thor assentiu e iria se retirar, mas Meg o chamou.

— Thor! Odin ainda está ocupado? Eu gostaria de falar com ele, preciso voltar ao meu reino. Sabe como é, responsabilidades de filha mais velha - enfatizou sua pressa com humor.

Ele riu.

— Eu entendo. Meu pai está em uma reunião agora. Creio que ele não se esqueceu de você.

"Ah, mas não esqueceu mesmo!" pensou ela.

— Se precisar, eu mesmo irei lembrá-lo de reservar um tempo. Fique à vontade enquanto isso.

Mégara agradeceu e ambos continuaram seus caminhos. Ela andou um pouco mais passando por um dos jardins, até enfim encontrar a biblioteca do palácio. A porta estava entreaberta e ela decidiu entrar.

O lugar era incrível com janelas amplas, várias estantes repletas de livros e documentos, além do mezanino com outra infinidade deles.

— Será que eu preciso repetir que não gostaria de ser interrompido?

Mégara voltou os olhos para um dos móveis espalhados pelo local e encontrou Loki concentrado entre milhares de livros e anotações sobre uma mesa.

— Perdão interrompê-lo, Alteza. - Ela ironizou e se aproximou, ignorando o mau humor com qual ele falou.

Loki ao perceber de quem era voz, se permitiu desviar brevemente sua atenção para a garota e observá-la.

— Ah, é você... - Se limitou a dizer e voltou a ignorar a presença de Mégara que se aproximava.

Nenhum dos dois esperava gentilezas um do outro, não havia necessidade de máscaras e falsas cordialidades. Ninguém os assistia.

Sem pedir permissão alguma, Mégara tirou do campo de visão dele o livro em que procurava algo incessantemente. Com o livro em mãos, ela se sentou em uma poltrona próxima.

Loki lhe lançou um olhar mortal, mas ela só deu de ombros, enquanto foliava o livro. Mégara era como um quadro em uma moldura delicada, tão bela que poderia ter sido feita a mão, porém quando você observa o conteúdo do quadro se impressiona com o quanto a pintura pode ser inquietante, destoando completamente da moldura. Ele tinha que admitir que ela era dona de uma beleza singular, mas com uma personalidade muito incômoda.

— É como ter uma criança irritante tirando as coisas do lugar... - Ele disse procurando outro livro no meio da bagunça sobre a mesa.

Mégara não dava importância ao que ele dizia, estava querendo saber o que Loki estava pesquisando. Certamente se perguntasse, ele não responderia. Então pegou um dos livros e percebeu que era sobre feitiços.

— Pare de fingir que entende algo do que está escrito aí. Sabe ler ao menos?  - Ele achava que uma hora ou outra ela se ofenderia de verdade e se retiraria como todos fazem. Ninguém o suportava por muito tempo.

— Você é desagradável assim naturalmente? Ou se esforça para procurar formas novas de ser insuportável? - Mégara respondeu voltando o olhar para ele.

— Modéstia à parte, é um dom natural.- Ele sorriu maldosamente e ela voltou a ler.

— Imaginei... E sim, eu não só sei ler como tenho um conhecimento em magia. Ou você acha que isso é exclusividade dos asgardianos?

Loki sabia que Mégara devia saber uma coisa ou outra sobre magia, afinal ela tinha conseguido ver através da ilusão dele.

— Então, você está tentando descobrir quem poderia ter quebrado o feitiço do cofre?  - Ela perguntou fechando o livro e o colocando sobre a mesa novamente.

— Já tem alguma suspeita?-Perguntou caminhando despretensiosamente em volta dele.

Loki não se dava o trabalho de ver o que ela estava fazendo, não queria desviar seu foco da leitura. Porém era difícil com Mégara se aproximando para ver por cima do ombro dele o quê o deus lia, não só porque era algo bem importunante, mas porque às vezes ela ficava tão próxima que Loki podia sentir o perfume dela, um aroma inebriante diferente de tudo que havia sentido, não se parecia com nenhuma das fragrâncias de Asgard . Ele ainda não sabia se o agradava ou o perturbava.

— Por que eu deveria contar para você?  Queremos a mesma coisa, lhe dizer o que eu descobri é como mostrar as minhas cartas ao adversário. - Ele respondeu com indiferença.

— Sim, você está certo - Mégara respondeu pensativa ao seu lado, enquanto ele procurava algo nas prateleiras, movendo livros mais distantes com magia.

Loki estranhou a atitude. Não a conhecia há muito tempo, mas analisando a personalidade dela, soube que aceitar não era algo que ela fazia facilmente.

— Dificilmente estou errado. - Comentou gabando-se.

— No entanto, você ainda não sabe se está certo de quem possa ter o roubado o Núcleo.- Mégara disse com o caderno de anotações pessoais dele em mãos e com um sorriso travesso. - Há vários suspeitos aqui, vamos ver... elfos negros, alguns feiticeiros de Vanaheim... - Ela disse enquanto tentava decifrar as confusas notas.

Loki retirou as anotações abruptamente das mãos da garota.

Ele se surpreendeu, tinha certeza que as anotações estavam em sua posse. Estava subestimando a garota, iria lembrar-se de não baixar a guarda perto dela da próxima vez, estava tão concentrado na pesquisa que não percebera. Mégara podia ser bem sorrateira quando queria.

— Ladra fantasiada de princesa, lembra? Você mesmo disse.  - Ela disse ainda com o sorriso provocativo. Os olhos meio azuis e meio âmbares o encaravam, esperando uma reação.

— Parece que certos hábitos não mudam... -  Enfim conseguindo, tirar seus olhos dela.

— Realmente, os elfos negros seriam capazes de entrar aqui e fazer isso. Mas eles têm motivos para querer o Núcleo? - Ela disse entretida com os próprios pensamentos e avaliando a principal hipótese dele.

Mégara não sabia porque estava dividindo suas conclusões com ele, talvez por falta de opção, não havia ninguém mais tão interessado no assunto quanto ele. Só não podia esquecer, que como ele disse, eram inimigos, concorriam pelo mesmo objetivo.

— Motivos? - Loki riu sarcástico - Poder não é motivo suficiente para você?

— É, pode ser. - Mégara não entendia muito dessa sede de poder, ela mesma fugiu por um bom tempo do poder que lhe cabia.

—Não é de hoje que esses elfos causam problemas, sem contar que eles não são os maiores fãs de Odin. Seu querido pai já sabe do que desconfia? – Ela disse se lembrando que eles não se davam bem.

Loki fez uma expressão de desgosto ao ouvir a forma como ela se referiu.

— Não. Ainda não é uma certeza, eu desconfiei que eram os elfos negros por causa dos vestígios de magia encontrada no cofre, mas pode ser outra criatura . De qualquer forma, enquanto isso, Odin procura em círculos um culpado. -

Ele sorriu satisfeito . A ideia de estar um passo a frente dos outros sempre o agradava.

Mégara suspirou.

— Enquanto isso, todos me observam e Odin me vigia como se fosse eu a culpada.

—Você consegue imaginar eu, como ladra? - Perguntou divertida, se fazendo de ofendida.

—Quem imaginaria isso de você, Mégara? Um absurdo. – Loki respondeu no mesmo tom.

— Acostume-se com a desconfiança por aqui. Odin tende a cercar seus possíveis inimigos. Só continue com essa sua máscara de boa princesa. - Ele aconselhou.

— Eu não aguento mais todos aqueles olhares acusadores dos guardas. Acredita que um deles passou a noite na porta do meu quarto?! Preciso sair daqui logo! - Mégara disse indignada, andando de um lado para o outro.

Loki riu.

— Bem vinda ao meu mundo, todos sempre me olham como se eu fosse um possível causador de qualquer desgraça em Asgard.

Mégara arqueou uma sobrancelha, ele não parecia muito incomodado em ser conhecido como grande causador do caos.

— E vai dizer que grande parte do que acontece por aqui não é culpa sua?

—Bem, talvez. Mas não há provas quanto a isso.

— Os melhores crimes não deixam suspeitos. - Ela sorriu em cumplicidade.

Mégara e Loki eram ao mesmo tempo opostos e semelhantes. Mégara era inquieta, inconsequente e impulsiva, se pudesse já teria chutado o traseiro de Odin e saído de Asgard. Loki, por outro lado, era observador, cauteloso e todas as suas ações eram calculadas. Contudo, ambos tinham uma incrível facilidade de manipular, dissimular e conseguir o que queriam independente dos meios.

Uma criada abriu a porta vagarosamente

— Com licença. Eu sei que Príncipe Loki não gostaria de ser interrompido, mas o rei espera a Princesa Mégara. -

A garota de pequeno porte e cabelos loiros presos no alto da cabeça, falava um pouco relutante e praticamente se escondendo de trás da porta. Assim que eles assentiram, entendendo o recado, ela se retirou rapidamente.

Mégara riu da atitude da criada, ela parecia ter medo de Loki.

— Perturbar a sua paz é um crime tão grave assim?

— Pode- se dizer que sim, a maioria das pessoas aqui não sai simplesmente pegando os livros dos outros sem autorização.

—Mas eu sim- Mégara respondeu antes de ir ao encontro de Odin.

Loki esboçou um sorriso de canto com a ousadia dela.

(...)

Odin estava sentado em seu trono, uma longa escadaria o distanciava do piso da sala, ele olhava Mégara de cima com superioridade. A arquitetura da sala do trono era feita de maneira que ninguém pudesse esquecer o quanto ele era poderoso.

“Agora já sabemos onde o Loki aprendeu a ser tão egocêntrico" Ela pensou.

Em pouco tempo, Mégara já explicava para Odin suas ideias para reconstruir seu reino. O rei não imaginou que a garota tinha tanta habilidade política e conseguia se expressar tão bem. Sua desconfiança sobre ela até diminuiu um pouco ao ver a confiança com que ela falava, mas só um pouco mesmo, Odin não era ingênuo de achar que ela não queria vingança depois de tudo.

Se Odin não esperava que ela pudesse ser tão convincente, Mégara esperava menos ainda. Talvez tenha conseguido mentir tão bem, porque uma parte era verdade. Ela realmente queria reerguer seu reino, tinha projetos em mente e o assunto a deixava empolgada, só precisou fingir que gostaria de ter Odin como apoiador e com um pouco de esforço conseguiu parecer verdadeira.

— Apesar de minhas diferenças com os seus pais, preciso admitir que eles fizeram um bom trabalho com você. A senhorita age como uma verdadeira rainha. -

 O rei disse assim que terminaram o assunto anterior. Após ouvir todas as considerações dela, o rei prometeu que ajudaria no que fosse preciso em Wissenheim. Ele não tinha dúvidas que ela era uma boa estrategista. Um motivo a mais para estar atento        a princesa. Mesmo que estivesse tentando enganá-lo, Mégara fazia isso muito bem e Odin decidiu elogiá-la por isso.

— Bem, obrigada. Meus pais tentaram fazer o melhor por mim e minha irmã.

Era difícil para Mégara ouvir um elogio aos seus pais do homem que causou a morte deles.

Ela só respirou fundo e repetiu para si mesma.

"Autocontrole"

— Sabe Mégara, imagino que não deve ser fácil para você tomar um passo grande como esse. Sempre haverá desconfiança entre nós, eu sei que não espera que tenhamos um ótimo relacionamento. -

Odin disse sincero e a garota ficou tensa acreditando que seu discurso não fora tão bom assim.

— Então, mesmo se nossos reinos não puderem ser aliados, acho que seria prudente não sermos inimigos. A senhorita não irá querer outra guerra.

Mégara engoliu seco. Odin havia aceitado o jogo dela, ouviu todas as suas propostas e a recebeu em seu palácio, porém se ela achava que chegaria a Asgard e conseguiria algum tipo de vingança isso estava fora de cogitação. Ele achou melhor lembrá-la disso.

Mégara sorriu docemente diante da ameaça.

— Não acho que Asgard precisa se preocupar com uma guerra com um reino como Wissenheim, não estamos interessados em conflitos, bem, por enquanto.

Ela teria sua vingança, mas agora precisava se calar, se conter. Quando enfim obtivesse o poder para Wissenheim, não precisaria temer as ameaças daquele velho.

Odin somente assentiu. Mégara lembrava muito os pais, como eles, ela não se dobrava facilmente.

Meg estava se despedindo e agradecendo a estadia, para enfim se retirar, quando Odin a interrompeu.

— Sei que está com pressa e deseja voltar para sua casa, no entanto importa-se de ficar mais algum tempo em Asgard? Já deve saber que houve um roubo em nosso cofre noite passada.

Ele comentou o tema com naturalidade para saber como ela reagiria.

— Não vejo necessidade de prolongar a minha estadia. Espero que recuperem o que foi roubado, mas eu preciso ir. - Mégara disse impaciente.

— Não queremos mantê-la presa aqui, princesa. Contudo, devido a uma medida de segurança nada saí ou entra de Asgard até o problema ser solucionado- Odin deu a última palavra firmemente.

Mégara ficou em choque não aguentava mais ficar um segundo em Asgard, não aguentava mais aquelas pessoas e sentir-se aprisionada. Quanto tempo suportaria ficar sorrindo e fingindo o tempo todo?

(...)

Enfim só, como deveria estar e como sempre foi. Assim que Mégara atravessou aquela porta todos os seus pensamentos se reorganizaram e conseguiu concentrar em sua pesquisa novamente.

Loki já começava a se arrepender de ter deixado a princesa saber tanto, ele sabia que não poderia falhar outra vez, estava arriscando muito alto. Ele tinha um trato com Surtur, o senhor dos demônios de fogo, e precisava cumpri-lo, entregaria o Núcleo e em troca teria seu exército.

Bem, "cumprir". A palavra de Loki não deve ser levada a sério, os seus acordos só duravam até aonde lhe fosse conveniente.  Para outros podia parecer loucura querer enganar o gigante governante de Muspelheim, mas Loki se considerava esperto o suficiente para conseguir ludibriar Surtur.

Conseguiria seu exército, seu reino e ser poderoso, ele não via outra perspectiva onde isso não era verdade. Provaria de uma vez por todas a Odin que ele nascera para ser bem mais do que uma sombra de Thor.

A sua raiva o movia, era o combustível para que continuasse queimando ardentemente o desejo de poder. Loki faria de tudo para dessa vez ser vitorioso não mediria esforços e passaria por cima do fosse que preciso.

Pensou em como o destino de Mégara acidentalmente cruzava com o seu. Ela desejava o Núcleo tanto quanto ele, porém tinha objetivos diferentes, um pouco mais nobres que os dele. Era um infeliz acaso que só um deles pudesse conseguir o que queria, Loki não chegou a sentir pena ou remorso, talvez apenas se identificasse com a petulância da garota e a vontade de matar Odin. No fim das contas não fazia diferença, Loki realmente acreditava que não havia uma realidade onde ele não seria poderoso.


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Notas finais do capítulo

>>>>>>


Já vou colocar o próximo.



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