Red Lips escrita por Mrs Days


Capítulo 1
Stalker


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu estava louca para fazer uma fic baseada nessa foto e consegui finalmente. Obrigada Desafics.

Espero que curtam a história.



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Tinha algo simplesmente sedutor no jeito como ele tirava a roupa ao chegar à casa do trabalho. Primeiro, afrouxava a gravata com uma careta, demonstrando o quanto aquela peça o incomodava. Em seguida, desabotoava sua camisa e sentava na ponta da cama, tirando os sapatos e as meias. Eu ficava parada, observando com luxúria e passando os dedos com meus lábios famintos.

            Ele desceu, vestindo apenas as calças, deixando o restante do corpo à mostra. Se ele me perguntasse, eu diria que era a coisa mais sexy que já havia visto. Sua pele marfim e seus olhos verdes, em contraste com os cabelos negros, faziam-me suspirar. Queria tocá-lo, mas ele nunca me pedia isso. E isso me frustrava.

Queria tocar em seus ombros largos, massageando-os depois de um dia difícil de trabalho, inclinar-me e sussurrar promessas pecaminosas ao pé de seu ouvido. Ele me jogaria em sua cama e me faria sua até o momento em que seu despertador tocasse, avisando que estava na hora de voltar à rotina.

Porém, ele nunca me pedia isso. Pediu a ela.

Minhas mãos se fecharam em punhos, recordando o jeito como ele a segurou e beijou, como se todo o seu corpo necessitasse dela. Como ele acariciou sua pele, fazendo-a ser sua e ela se contorcia de prazer. Bati as mãos contra as persianas da minha janela, raivosa. Deveria ser eu me contorcendo. Entretanto, ele veria o erro que tinha cometido em breve.

                                                           ******

Entrar em sua casa foi a coisa mais excitante que fiz desde que me mudei para o quarteirão. Tudo cheirava a ele a cada virada, era como estar em seu palácio. Subi as escadas e fui em direção ao seu quarto, um cômodo que só conhecia através da minha fria janela de vidro. Olhei cada detalhe, querendo memorizar cada centímetro, e me aproximei de seu armário, puxando uma de suas camisas. Tirei meu vestido vermelho, ficando apenas de lingerie e a coloquei. Seu cheiro invadiu minha narina e eu sorri.

Deitei-me em sua cama, passando os dedos pelos lençóis, e fechei os olhos com a maciez contra minha pele. Imaginei sua pele roçando na minha, enquanto passava minha mão por meu pescoço até alcançar meus cabelos loiros. Um meio sorriso preencheu meu rosto, assim que escutei a porta da frente se abrindo, e seus passos pelo corredor.

Virei de barriga para cima, os olhos fixos na porta, esperando o momento em que ele me veria. Sua camisa deixava minha bunda exposta, revelando a pequena calcinha vermelha que tinha escolhido especialmente para aquele momento. O dia em que finalmente nos falaríamos pela primeira vez.

— Olá, Tate — cumprimentei-o alegre.

Ele parou na porta com os belos olhos verdes arregalados. Não que eu esperasse outra reação dele. Levantei, indo na sua direção e percebi que me observava com prazer contido. Toquei em sua gravata, afrouxando-a e me aproveitando de seu choque inicial com a minha presença. Era como o mais perigoso sonho se tornando uma doce realidade. Foi apenas quando estava abrindo os três primeiros botões de sua camisa que ele me segurou pelos pulsos, e me encarou firmemente.

— Quem é você? — questionou com a voz trêmula. Passou a língua pelos lábios secos, e preferiu desviar o olhar do meu, dando um passo para trás. — Essa casa é minha.

— Sou Alyssia. Sua vizinha. — estendi a minha mão. — Prazer em conhecê-lo.

Ele engoliu a seco. Deveria estar lisonjeado em me conhecer finalmente.

— Prazer, Alyssia. — ele tocou minha mão e eu sorri. — Desculpe, só me assustei. Não vejo muitas mulheres em minha cama quando chego do trabalho.

Meu sorriso se dissolveu automaticamente ao recordar do motivo inicial de estar ali. Passei as mãos por meus cabelos, frustrada e sentei-me na beirada da cama. Tate optou por continuar me pé e o chamei, batendo no espaço ao lado. Hesitante, ele veio. Segurei suas mãos e olhei no fundo de seus olhos.

— O que você acha de mim, Tate?

Ele piscou confuso.

— Eu acabei de te conhecer, mas acho que é uma mulher bastante bonita.

Sorri com suas palavras honestas.

— Então por que fica trazendo um bando de vagabundas para a sua casa? — indaguei, irritada. Ele soltou as minhas mãos, erguendo-se. Imitei-o, mantendo o rosto bem próximo do seu. — Eu moro ao seu lado por quase seis meses e fico olhando por aquela janela — apontei — todo dia, esperando que você venha me visitar. Porém, você nunca o fez. Eu sei tudo sobre você, Tate. Sua cor favorita, sua comida favorita, quando está irritado ou quando está feliz. Sei que acorda dez minutos antes do despertador acordar. Até sei qual é o seu filme pornô favorito. — ele corou com a última declaração. — A única coisa que esperava em troca era um pouco de consideração, e você traz uma vadia para a nossa cama?

Ele levantou as mãos em sinal de rendição.

— Alyssia, eu...

Botei um dedo em seus lábios, incapaz de escutar qualquer explicação.

— Você é meu, Tate. — sussurrei, tirando o dedo e cheirando o ar ao seu redor. — Só meu. E, na próxima vez que ousar chamar uma vagabunda para a sua casa, juro que não terá amor que irá te salvar. — fechei a sua camisa ao meu redor. — Quando estiver pronto para aceitar o seu destino e ficar comigo, estarei na casa ao lado, de olho em você.

Inclinei-me e beijei seu rosto. Ele deu um salto assustado.

— Sei que você me quer tanto quanto eu te quero. — acariciei sua calça, e sorri com o que encontrei. — Então não seja burro de me denunciar. Porque sou esperta o suficiente para me safar. — toquei na ponta de seus cabelos escuros. — Não pense que foi meu primeiro amor, Tate. Espero apenas que seja o último, e aproveite a chance que estou te dando. — sorri docemente. — garanto que seremos muito felizes se você me aceitar. Ou você vai ter um grande trabalho explicando como o corpo da última mulher que transou estava no seu armário. — nossas bocas praticamente se roçavam com nossa aproximação. — Compreendeu tudo o que eu disse?

Ele assentiu, ainda com os olhos arregalados. Beijei sua bochecha novamente, dessa vez me garantindo que a marca de meu batom permaneceria e peguei meu vestido no chão, indo embora de volta para a minha casa.

Vi a marca de meu batom vermelho em sua bochecha como uma garantia de que ele seria meu. Porque, toda vez em que ele olhasse no espelho e visse, não se esqueceria de mim.


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Notas finais do capítulo

Sei que foi curtinho, mas espero que tenham gostado



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