No dia seguinte

(Quarto da Riley)

R: - Smackle, o que está fazendo aqui?

S: - Obrigada por me acolher. 

R: - Desculpa. - Ela a abraça. 

S: - Mas eu meio que precisava de um favor seu.

R: - Qualquer coisa por você. 

S: - Eu preciso de um emprego.

R: - O que aconteceu?

S: - Minha mãe acha que o melhor jeito de ter mais responsabilidade é trabalhando. 

R: - Sua mãe? Achei que você só fosse para casa dela no final de semana.

S: - É, mas eu briguei feio com o meu pai. Ele até mandou eu terminar meu namoro com o Farkle.

R: - E você vai terminar?

S: - Claro que não, se todo erro que eu cometer ele tomar essas medidas extremas, como a minha vida vai ficar? Às vezes, é necessário estabelecer limites. 

R: - Verdade. Então, onde você está pensando em trabalhar. E por que você quer trabalhar?

S: - Para me redimir, eu acho que deveria pagar pelo que fiz, eu sabia das consequências e mesmo assim eu fiz. Acho que, não sei, sua mãe tem uma padaria, padaria precisa de pessoas para cuidar. 

R: - Eu vou falar com ela.

S: - Nossa, muito obrigada por me ajudar. - Topanga entra no quarto de Riley.

T: - Oi, Smackle. 

R: - Mãe?

T: - Sim, filhinha linda.

R: - Você está precisando de ajuda na padaria?

T: - Não, pode ter o dia de folga.

R: - Não é por isso, é porque a Smackle queria um emprego. 

T: - Nossas vagas estão completas, mas eu tenho alguns lugares que com certeza gostariam de ter você trabalhando lá. 

S: - Obrigada. Será que podemos ir hoje?

T: - Para que toda essa pressa? Mas, claro. 

S: - É que quanto mais rápido melhor. - Elas olham todas as opções, até que chegam na última, um orfanato. 

(Orfanato) 

S: - Não pode ser tão ruim. 

R: - De verdade, eu sou uma pessoa otimista, porém esse lugar me assusta. 

T: - Eu perguntei se vocês tinham certeza que queriam olhar aqui. 

S: - É perfeito. 

R: - O que?

S: - Sim, perdoar a minha criança, cuidando de outras crianças.

R: - Se você acha. 

S: - Vamos entrar.

R: - Nem se o Lucas estivesse em fogo lá dentro. 

S: - Pode ser. Mas e se seu celular estivesse lá? - Começa a correr.

R: - Smackle! Me devolve! 

S: - Só quando você entrar. - Ela aceita, e todas entram. 

Diretora: - Então, quem veio fazer o teste para o emprego. - As duas empurram a Smackle. 

S: - Sou eu. Muito prazer em conhece-la, diretora...

Diretora: - Mush. É árabe. 

S: - Certo. Diretora Mush. 

D.M: - Quais são suas intenções?

S: - Bom, cuidar das crianças, dar a elas uma melhor condição de vida. 

D.M: - Está contratada. 

S: - Que?

D.M: - O orfanato precisa de gente, desde o acidente de 2000, tudo mudou. 

R: - O que aconteceu em 2000?

T: - Riley!

D.M: - Tudo bem... - Ela é interrompida por um barulho muito forte. - Provavelmente não é ninguém. 

Shul: - Engano seu.

D.M: - O que está fazendo aqui? Nós tínhamos um contrato. 

Sh: - É, todavia, eu não ligo para isso. 

D.M: - Você não vai encostar um dedo nos meus meninos, está ouvindo?

Sh: - Bom, eu vou te dar essa vantagem e não causar estrago hoje, mas vai ter volta. Vejo que está com visitas, vai contar para elas do monstro que você é? - Ela sai.

S: - O que ela quer dizer com monstro?

D.M: - Desculpa, acho que não estou pronto para contar. Mas envolve as crianças, eu me arrependo muito do que eu fiz. 

R: - Por favor, nós não vamos te julgar. 

D.M: - Quando o acidente aconteceu, milhares de crianças foram mortas eu sinto que poderia ter feito alguma coisa, entretanto eu fiz nada. Apenas pensei em mim mesma e em me salvar, eu nem pensei nas crianças.

R: - Está tudo bem. Você não conseguiria salvar todas, de qualquer jeito. E qual é a dessa doida?

D.M: - Shul? Ela é minha irmã, ela acha que eu não tenho responsabilidade suficiente para coordenar um orfanato, logo ela quer pegar todas as crianças para ela. Mas eu sei que ela não cuidaria delas, um dia eu cheguei a usar o computador dela e estava aberto em um site que vendia crianças. Por isso, eu não quero que ela chegue perto daqui ou de mim. Estamos brigadas desde o acidente, 16 anos, antes costumávamos ser melhores amigas, porém acho que isso não é para sempre, não é mesmo?