Quando tudo mudou escrita por Miss Blanco Stoessel
Então o médico chegou. Disse que tínhamos que sair. Fomos para a sala de espera.
T: - Como ela está?
R: - Talvez, não viva.
K: - Ainda tem esperança.
R: - Ela não terminou de falar a frase.
T: - Eu conheço a Maya, ela sempre foi uma guerreira, e não é agora que vai deixar de ser. Seja o que acontecer, nós saberemos que ela morreu lutando. E Riley, eu preciso falar com você.
K: - Eu vou dar espaço à vocês. - Ela sai.
T: - Talvez agora não seja o melhor momento, mas eu visitei seu pai hoje.
R: - Ele está melhor?
T: - Sim, em parte. Já se recuperou bem do acidente, porém não vai poder dar aulas por 3 meses.
R: - O que? Nós precisamos dele lá. Precisamos de alguém que nos ajude com nossas vidas pessoais, onde vamos encontrar isso?
T: - Não vão. Você precisa se acostumar, nem sempre ele vai poder ser seu professor.
(Na manhã seguinte)
Ela não apareceu na escola, não foi na casa de Riley buscá-la, a vida tinha voltado a estaca zero. Quem via por fora iria dizer que era uma garota normal, indo de metrô sozinha para a escola, desde que Maya não estava mais lá, o seu coração era puro gelo, nada a fazia rir mais, quando atravessava as faixas não olhava mais se o carro estava vindo, porque já não importava se ela vivesse ou não.
(Na escola)
L: - Oi, Riles. Tudo bem?
R: - Oi. - Diz seca.
L: - Por que está agindo assim?
R: - Assim como? Estou normal. Será que poderíamos focar no conteúdo para variar?
Ml (Marly): - Obrigada. Como eu estava dizendo, sentimentos nunca são fáceis de serem controlados, isso é normal. Mas vocês deveriam tentar ser civilizados e conversar antes de botar todos os seus sentimentos para fora.
L: - Podemos conversar?
R: - Estamos conversando.
L: - Encontre-me no Topanga's depois da escola.
R: - Não estarei lá. - Ele não falou nada, pois sabia que ela iria.
(Topanga's)
L: - Riley!
R: - Oi, o que você quer? Só vim aqui para tomar conta da loja enquanto minha mãe vai fazer compras.
L: - Está proibida de falar comigo nesse tempo?
R: - Se você não consumir nada, sim.
L: - Então, dois sucos de laranja.
R: - Tudo bem, sedento. Já trago. - Ela volta com as duas bebidas e sentam no sofá. - O que é tão importante que a gente não poderia falar na sala de aula?
L: - Você.
R: - Eu? Não tem nada de errado comigo.
L: - Você realmente achou que conseguiria me impedir de te ajudar?
R: - Eu não preciso de ajuda!
L: - Eu notei que a Maya não veio hoje, que em cada 5 minutos você ficava vendo suas conversas com ela e esperava por uma mensagem.
R: - É difícil. - Diz ela com uma lágrima escorrendo.
L: - Eu sei. Por isso eu quero que você saiba que qualquer coisa que acontecer, eu estou aqui.
R: - As coisas não são mais a mesma sem ela.
L: - Eu nunca vou poder substituí-la, ela é única, principalmente para você. Se ela morreu ou não, não importa, o que importa é que você sempre vai a ter por perto.
R: - Como você sabe disso?
L: - Vocês são melhoras amigas, pessoas morrem, mas as histórias ficam com o resto de quem sobrou.
R: - O que eu faria sem você?
L: - Você faria bem, antes de te conhecer de verdade, eu sempre soube que você era especial de alguma forma. Como está seu pai?
R: - Muito machucado, ele não vai poder dar aula por pelo menos 3 meses.
L: - Vamos ver pelo lado bom, outros professores são um jeito de a gente se situar melhor quando formos para a Universidade e ninguém ensinar sobre nossas vidas.
R: - Está certo. Vamos focar nas coisas boas, existem 7 bilhões de pessoas no mundo. Por que se preocupar com uma?
L: - E que tal você se preocupar com alguém que está aqui do seu lado?
R: - Qual é o seu problema, amor?
L: - Bom, é que eu tenho uma namorada, só que nunca mais nos beijamos. O que eu faço para ela perceber que isso é o que eu quero? Demonstrar todo meu amor na forma de beijo.
R: - Eu vou avisá-la. - Eles começam a se pegar, ou melhor, se engolir, era tanta intensidade, emoções misturadas, e quando juntas formavam uma explosão linda, como uma Supernova. Então, Topanga chega.
T: - Lucas, o que você está fazendo com minha filha.
R: - Não briga com ele, ele só está me ajudando.
T: - À te engolir?
L: - Acho que deveria ir, até logo, Topanga, Riley.
T: - Ainda gosta dele?
R: - Ele me faz bem.
T: - E a Maya?
R: - Ela não está mais aqui.
T: - Você sente muita falta dela, não é?
R: - Vamos não falar dela por um tempo, eu só preciso me recuperar um pouco.
T: - Leve o tempo que quiser, mas saiba que o amor verdadeiro não pode ser apagado nem pelo tempo, nem pela morte, e eu sei que você realmente a amou.
R: - Como você acha que eu gostava dela?
T: - Como sua melhor amiga, que sempre esteve ao seu lado, que merecia seu amor tanto quanto você o dela.
R: - Então você acha que eu não gostava dela como algo a mais?
T: - Eu não posso te dizer isso, só você sabe seus sentimentos.
R: - Só me diga.
T: - Eu só via um amor incondicional de melhores amigas.
R: - Obrigada.
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