De volta! escrita por Izabel Nascimento


Capítulo 50
Capitulo 50


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples!



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Pov Kai

Eu estava enfim dentro de uma ambulância. Os médicos começavam a cuidar de minha perna, que doía muito, muito mesmo. A ambulância já estava começando a andar quando escutei um disparo. Eu fiquei desesperado e queria me levantar. Os médicos me seguravam, mas eu lutava com todas as minhas forças. De repente senti uma picada e acabei apagando.

**

Acordei e vi uma luz branca. Pisquei algumas vezes e minha visão passou de turva para normal. Olhei ao meu redor e era um quarto de hospital. Quanto tempo apaguei? Olhei para minha perna e ela estava enfaixada, mas ainda doía um pouco.

A porta do quarto se abriu e por ela entrou uma loira que eu sabia muito bem quem era.

Kai: Caroline?- falei com minha voz um pouco rouca.

Caroline: Kai? Está acordado?

Kai: cadê a Bonnie?

Caroline: espere- ela saiu do quarto.

Por que ela não me respondeu? Será que Bonnie estava bem? E se estivesse ferida? Ai meu Deus! E se aquele disparo que ouvi foi...

Josette: Kai?- meus pensamentos foram interrompidos quando ela entrou no quarto.

Kai: Jo, cadê a Bonnie?

Josette: acalme-se irmão.

Kai: cadê a Bonnie?- repeti já sem paciência. Por que ninguém respondia a droga da minha pergunta?

Josette: Kai, preciso que se acalme.

Kai: CADÊ ELA?- gritei e ela me olhou assustada.

Josette: é... bom, é que...

Joshua: filho?- falou entrando no quarto- está acordado.

Kai: pai, pelo amor de Deus, me responda onde está a Bonnie.

Joshua: Josette?- ela me olhou triste.

Kai: não estou gostando disso.

Josette: bom... é que... a Bonnie ela...

Kai: ela o quê?- meu pai respirou fundo.

Joshua: ela sofreu um tiro- meu coração se acelerou.

Kai: mas... mas ela está bem, não é? Por favor diz que ela está bem.

Josette: ela... ela perdeu muito sangue e...

Kai: ela não...

Joshua: não- ele me interrompeu e eu me tranquilizei mais. Mas, ainda continuava preocupado.

Josette: eu preciso que me escute, certo?- hesitei um pouco mas acabei assentindo- nós conseguimos tirar o bebê antes que ele morresse. Mas o bebê é prematuro Kai, tinha apenas sete meses. Ele está na incubadora e não sabemos se ele... se ele pode sobreviver. Bonnie ainda está desacordada, mas viva.

Kai: ela... ela vai viver, certo?

Josette: temos que colocar esperança que sim.

Kai: onde ela foi atingida?

Josette: na barriga. Perfurou o estomago.

Kai: e o Enzo?

Joshua: quando ele atirou na Bonnie, a xerife atirou nele e ele morreu.

Kai: prefiro assim- falei menos nervoso- cadê meu filho?

Josette: achei melhor que Peter fosse para casa com Elena. Ele está muito abalado.

Kai: eu preciso ver a Bonnie- fiz menção de levantar, mas meu pai me colocou na cama novamente.

Joshua: melhor não, Kai.

Josette: papai está certo. Sua perna ainda não está nada boa.

Kai: mas...

Josette: sem mais, você vai ficar nessa cama e não vai sair tão cedo. Quero que repouse e obedeça, por sua esposa- eu respirei fundo e assenti- ótimo. E eu só não te dou um tapa agora por que está ferido.

Kai: e por que um tapa?

Josette: por ter me feito de idiota indo buscar água pra você e descobrir que era só uma distração para ir até onde Bonnie estava.

Kai: desculpe, mas eu precisava fazer isso.

Josette: e olha só no que deu Kai. Você não pensa? E se Enzo não tivesse só acertado na sua perna? E se resolvesse te matar? E se os policiais não tivessem chegado na hora? Mas que droga!

Joshua: Josette!

Josette: desculpe- respirou fundo- por favor, nunca mais desobedeça.

Kai: desculpe.

Joshua: acho melhor deixarmos ele descansar.

Kai: já descansei muito.

Josette: descanse mais. Mais tarde pedirei para Elena vir com Peter.

Joshua: está com fome?

Kai: a única coisa que eu quero é ver a Bonnie.

Josette: nem tente isso. Liz deixou dois policiais na porta, caso tente me enganar novamente- ela saiu e meu pai logo em seguida.

Meu coração estava apertado só de pensar que Bonnie estava desacordada e não sabiam se ela ia acordar. Ela tinha que acordar. Ela precisava ver nossa filha, precisava cuidar dela e de nosso filho, eu precisava dela! Quando dei por mim meu rosto estava encharcado de lágrimas. Só de pensar na hipótese de perder Bonnie, eu ficava desesperado. Eu precisava da minha razão de viver aqui comigo!

2 meses depois...

Pov Kai

Eu me encontrava no hospital. Não no meu leito, minha perna já estava melhor e eu me locomovia com ajuda de uma muleta. Eu estava agora ao lado de Bonnie! Ela estava tão linda. Seus cabelos estavam agora um pouco abaixo de seus ombros. Suas unhas, pintadas por Caroline, estavam de um lilás que combinava perfeitamente com sua pele. Sua expressão era serena. Seu peito subia e descia a cada respiração, dizendo assim que estava ainda viva.

Peter: pai?- falou entrando no quarto e me tirando de meus pensamentos.

Kai: oi filho.

Peter: tia Jo pediu para que eu desse isso para o senhor- me estendeu um copo de café.

Kai: obrigada- peguei-o.

Peter: e como está a mamãe?

Kai: ainda viva- falei olhando para ela.

Peter: não diga ainda, diga que ela está viva e que continuará viva- sorri e olhei pra ele.

Kai: eu adoro seu otimismo, garotão!

Peter: obrigada- rimos.

Kai: viu sua irmã?

Peter: tia Jo me levou para vê-la. Ela é um pouco estranha- ri.

Kai: todos os bebês são um pouco estranhos.

Peter: ela tem os olhos da cor do da mamãe.

Kai: é, ela tem mesmo.

Peter: espero tê-las em casa logo.

Kai: eu também, filhão- passei a mão em seu cabelo.

Peter saiu e eu voltei a admirar Bonnie. Nossa filha estava cada vez mais forte, pelo jeito seria uma guerreira como a Bonnie. Ela já tinha ganhado peso e estava ficando maior. De acordo com Jo, ela logo estaria normal para um bebê. Eu a tinha visto e ela parecia muito com Bonnie. Os olhos verdes, a pele ainda não tinha ganhado muita cor, os cabelos eram negros, e ela nasceu com muito cabelo. A mesma fisionomia de Bonnie.

Voltei a mim e eu continuava olhando para minha esposa. Instintivamente peguei sua mão e beijei-a.

Kai: eu te amo, minha rainha!- sussurrei- eu te amo muito!

Continuei segurando sua mão e alisando-a. Sua mão estava quente ainda. Sorri alisando sua mão e depositei outro beijo.

Passou-se um bom tempo e a porta do quarto se abriu. Olhei para a porta e Elena sorriu um pouco.

Elena: minha vez.

Kai: se eu pudesse ficaria aqui pra sempre.

Elena: precisa descansar, tomar um banho e comer. Não se preocupe, eu não vou matar ela.

Kai: do jeito que você é doida, duvido?- ela revirou os olhos e eu ri.

Elena: sai logo, antes que eu mate você.

Kai: nossa- me levantei- tchau meu amor! Eu prometo que volto!- beijei sua mão novamente.

Saí do quarto e fui até a sala de Josette. Peter estava lá sentado e desenhando algo.

Josette: oi! Já vai?

Kai: sim, Elena vai ficar com ela.

Josette: tudo bem.

Kai: vamos garotão?

Peter: aham.

Saímos do hospital e pegamos um taxi. Eu ainda não conseguia dirigir, então ia um taxi mesmo. Chegamos em frente a nossa casa e eu paguei ao taxista. Entramos e minha casa estava em perfeito estado.

Peter: tia Care arruma todo dia- Peter falou e eu assenti.

Kai: está com fome?

Peter: um pouco.

Kai: então vai tomar banho que eu vou ligar pra pizzaria, ok?

Peter: ta bom.

Ele subiu as escadas e eu fui até a cozinha. Olhei na geladeira e tinha suco lá, então eu não pediria refrigerante. Liguei para a pizzaria e pedi duas pizzas. Enquanto isso fui até a sala e liguei a TV, pus em um filme de ação e fiquei assistindo. Logo a campainha tocou e eu fui abrir. Peguei a pizza e paguei ao cara. Não demorou para que Peter descesse as escadas e se juntasse a mim na sala.

Ficamos assistindo e comendo. No final do filme olhei para Peter e ele dormia no meu colo. Como eu faria para coloca-lo na cama? Me doeu muito ter que acorda-lo.

Kai: filho?- ele abriu os olhos- vamos para a cama?

Peter: uhum- falou esfregando os olhos.

Ele levantou e eu o segui até seu quarto. Ele deitou na cama e eu sentei em sua cama.

Peter: boa noite papai!

Kai: boa noite, filhão!- beijei sua testa.

Levantei e saí de seu quarto, apagando a luz logo em seguida. Desci e pus os copos sujos na pia. Fui até o quarto e me deparei com a cama de casal vazia. Eu sentia tanta falta da minha esposa. Eu sei que se passaram quatro meses sem ela ao meu lado na cama, mas mesmo que fosse um ano eu jamais me acostumaria.

Fui até o banheiro e deixei as muletas no quarto. Me despi e tomei um banho. Saí, me enxuguei e vesti somente uma calça de moletom preta. Deitei na cama e liguei a TV para passar o tempo. Não demorou para que eu adormecesse.

Sonho on

Eu estava em um jardim muito bonito. A grama era de um verde bonito, as flores estavam desabrochadas e suas cores eram magnificas. Tudo era muito bonito ali. Olhei para um lugar e vi Bonnie sentada perto de algumas flores.

Kai: Bon?- ela me olhou e sorriu.

Bonnie: oi Kai!

Fui até ela rapidamente e sentei ao seu lado. Ela trajava um vestido branco com mangas fininhas e que iam até dois dedos acima de seu joelho. Ela tinha uma flor vermelha em seu cabelo.

Kai: meu amor!- sorri e ela sorriu novamente.

Bonnie: como vão Peter e Valentina?

Kai: co-como?- perguntei confuso.

Peter: pai?- Peter veio até nós com um carrinho de bebê- a Valentina estava chorando, resolvi traze-la até você.

Kai: ah, tudo bem- olhei dentro do carro e Valentina chorava- o que faço com ela?- falei pegando-a nos braços e olhando para a Bonnie.

Peter: com quem está falando?

Kai: com sua...- olhei novamente e ela tinha saído- cadê ela?

Peter: quem, pai?

Kai: a Bonnie- Peter travou o maxilar.

Peter: pai, a mamãe... ela...

Kai: o quê?

Bonnie: cuida deles pra mim, amor! E nunca esqueça! Eu te amo mais do que tudo!- ela falou atrás de Peter.

Kai: não!

De repente ela sumiu e eu fiquei desperado. O que tinha contecido com minha esposa?

Sonho off

Kai: BONNIE!- acordei gritando seu nome.

Olhei ao redor e estava no nosso quarto novamente. Olhei para o relógio e marcavam 02:30. Deitei minha cabeça novamente no travesseiro e respirei fundo.

Tinha que ser só um sonho! Precisava ser somente um sonho! Ela não pode me deixar... ela não pode me deixar!


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Notas finais do capítulo

Own...

Espero que tenham gostado, beijos!



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