1 semana depois...

Pov Bonnie

Eu acabara de sair do banheiro, depois de um bom banho. Eu iria me consultar com Josette, já que esses enjoos e tonturas aumentaram um pouco mais. Na verdade eu suspeitava um pouco do que poderia ser... mas era melhor ter certeza.

Me enxuguei e pus uma calça jeans azul escura, uma blusa cinza com mangas até o cotovelo e uma sapatilha azul escura também. Penteei meus cabelos e fiz um rabo de cavalo. Estava pronta quando sinto braços envolvendo minha cintura.

Kai: pronta pra ir?

Bonnie: estou sim- sorri.

Kai: vamos lá- falou sorrindo.

Bonnie: vamos- sorri.

Descemos as escadas e Peter já nos esperava na sala. Saímos e logo entramos no carro de Kai e fomos até o hospital. Chegando lá, logo nos encaminhamos até onde Jo atendia. Não demorou para que me chamassem. Entramos e Jo estava sentada atrás de sua mesa.

Josette: ora, ora, ora se não é meu irmão, minha cunhada e meu sobrinho favorito- rimos.

Josette decidiu mudar-se para cá, e logo arranjou um emprego como médica, e tenho que frisar que foi nomeada a melhor doutora de toda a Mystic Falls.

Kai: bom, e como vai o trabalho aqui?

Josette: está tudo bem- falou sorrindo- mas o que os traz até aqui?

Bonnie: bom... tenho que dizer que ando sentindo enjoos e tonturas- olhei para ela com um olhar que dizia “mande-os sair”.

Josette: bom... iremos fazer os exames para... constatar o que é. Mas, Peter e Kai terão que sair.

Kai: o quê? Mas... por que?

Josette: é... particular- ela olhou para mim e eu assenti sem que eles percebessem.

Kai: bom... ok então. Tudo bem, amor?

Bonnie: sim- sorri.

Kai: estarei esperando lá fora- beijou minha testa- vamos filho- estendeu a mão e Peter foi com ele.

Josette: sabe bem o que é, não é?- perguntou assim que eles saíram.

Bonnie: sim eu sei.

Josette: ah meu Deus- pôs a mão na boca contendo a alegria- vou ser tia de novo- rimos.

Bonnie: eu... suspeitava. Na verdade, estou aqui para tirar de vez essa dúvida.

Josette: certo, então vamos começar.

Pov Kai

Não entendo bem o porquê de eu ter que sair da sala. Peter estava desenhando enquanto esperávamos. Olhei para ele e não consegui tirar os olhos dele.

Kai: o que está desenhando, garotão?

Peter: eu, você e a mamãe.

Kai: é mesmo?- me aproximei dele- bonito.

Peter: obrigada- sorri- pai?

Kai: oi.

Peter: e se você e a mamãe... tiverem mais um bebê... vão me esquecer?

Kai: o quê? De onde tirou isso, filho?- perguntei preocupado.

Peter: sabe aquele meu amigo do colégio, Caio?

Kai: sim.

Peter: ele acabou de ganhar uma irmãzinha, e ele disse que seus pais estão se esquecendo dele.

Kai: ah...- pensei em uma resposta para aquela pergunta absurda- escuta filho, mesmo que tenhamos um novo bebê, nunca pensaríamos em abandonar você. Você é nosso filho, jamais iriamos abandona-lo. Te amamos- ele me abraçou e eu retribui seu abraço.

Peter: promete?

Kai: prometo sim- sorri.

Logo ele voltou a desenhar e eu voltei minha atenção para meu celular, comecei a jogar nele para ver se o tempo passava mais rápido. Depois de um tempo Bonnie sai da sala de Jo.

Kai: e então?- Peter também olhou para ela.

Josette: você conta ou eu conto?- falou olhando para Bonnie.

Kai: estão me deixando preocupado.

Bonnie: bom... parece que nossa família vai aumentar- levei um tempo para assimilar, e quando Bonnie pôs as mãos na barriga deu um pequeno “click” em minha mente.

Kai: UM BEBÊ!- gritei e elas começaram a rir- ai meu Deus... um bebê!- fui em direção a Bonnie e peguei-a nos braços.

Josette: Kai! Vai com calma- falou rindo.

Kai: eu estou tão feliz meu amor- coloquei-a no chão e me abaixei para beijar sua barriga.

Bonnie: Peter- falou para nosso filho- vem cá, meu amor- ele hesitou mas logo veio.

Peter: oi mamãe.

Bonnie: você vai ter um irmãozinho, meu amor!- falou sorrindo.

Peter: legal- olhei para Peter e seu semblante era triste. Então lembrei de nossa conversa.

Kai: bom... acho melhor irmos para casa e conversar um pouco- lancei um olhar para Bonnie e ela entendeu que se tratava de Peter.

Josette: parabéns! Ah... e vamos comemorar.

Bonnie: verdade- sorriu para minha irmã.

Nos despedimos de Jo e saímos do hospital. A viagem toda foi em silencio. Peter parecia perdido em seus pensamentos e nós resolvemos não incomoda-lo. Chegamos em casa, eu estacionei o carro e entramos.

Bonnie: bom, o que acham de pedirmos uma pizza?

Kai: legal. Tudo bem, filhão?

Peter: aham- falou subindo as escadas.

Bonnie: Peter, para onde vai?

Peter: só... ao meu quarto, mamãe.

Kai: eu vou te chamar para o jantar, ok?

Peter: aham- subiu.

Bonnie: está me preocupando- falou com o semblante realmente preocupado.

Kai: ele... ele acha que vamos abandona-lo.

Bonnie: o quê? De onde ele tirou isso?

Contei a ela sobre nossa conversa enquanto ela fazia o exame e ela ficou realmente preocupada. Também não posso negar que fico preocupado com meu filho.

Bonnie: precisamos conversar com ele.

Kai: precisamos sim.

Bonnie: bom, eu peço a pizza?

Kai: sim, enquanto isso eu vou lá em cima.

Bonnie: ok- beijei sua testa e subi as escadas.

Cheguei a porta do quarto de Peter e bati algumas vezes. Logo pude ouvir um “entra”. Entrei e fui até a cama, onde Peter estava deitado virado para o outro lado.

Kai: quer conversar?- falei puxando a cadeira para sentar ao lado da cama.

Peter: vocês... vão ter um bebê.

Kai: filho, já conversamos sobre isso...

Peter: e por que eu ainda acho que vocês vão me deixar de lado?

Kai: Peter, não vamos te deixar de lado.

Peter: os pais do Caio diziam a mesma coisa- senti um aperto em meu coração.

Eu ia falar algo, mas senti uma mão em meu ombro. Olhei para ela e ela assentiu sentando-se na cama dele.

Bonnie: filho, preciso que escute o que vou falar agora, ok?- ele apenas assentiu- nós nunca vamos te abandonar, sabe por quê?- ele negou- por que nós te amamos muito meu bebê. Não seriamos capazes, em hipótese alguma, de deixa-lo de lado. Você tem grande parte nos nossos corações e não é por causa de um bebê que vamos desocupar essa parte. Você entende o quanto é especial para nós?- falou alisando seu cabelo.

Peter: eu... só... não... quero... ficar... sozinho- falou soluçando e lágrimas brotaram em meus olhos.

Bonnie: e não vai- notei que ela também chorava- eu te amo tanto, meu príncipe!- se debruçou sobre ele o abraçando.

Fui até eles e também fiz o mesmo, segurando o peso de meu corpo para não machuca-los. Depois de um longo tempo eu me levantei, Bonnie também e Peter nos olhou com aqueles olhinhos azuis-acinzentados brilhantes.

Peter: eu amo vocês!- sorrimos e o abraçamos novamente.

Bonnie: agora enxuga essas lágrimas- falou passando a mão em seu rosto- e vamos comer?

Peter: uhum- ouvimos a campainha.

Kai: eu atendo- me levantei.

Fui até a porta e a abri, peguei a pizza e dei o dinheiro ao rapaz. Fui até a cozinha e pus a pizza em cima da mesa. Logo Bonnie e Peter vieram.

Kai: não vamos comer na sala?

Bonnie: ah não, vamos comer na mesa, não é filho?

Peter: aham- sentou-se.

Peguei três pratos e pus nossos pedaços. Fui até a geladeira e pus suco para nós três. Comemos, conversamos e rimos bastante. Depois que acabamos tudo eu lavei a louça, sequei e guardei. Fui até a sala e não tinha ninguém, então subi. Na porta do quarto de Peter, vi Bonnie sentada na cama e alisando seu cabelo.

Bonnie: boa noite, meu amor- falou por fim.

Peter: boa noite, mamãe- fui até ele.

Kai: boa noite, filhão- ele riu um pouco.

Peter: boa noite, papai!

Depositamos beijos em sua cabeça e saímos apagando a luz. Fomos para nosso quarto e assim que chegamos eu abracei a cintura de Bonnie pondo meu queixo em seu ombro.

Bonnie: dá pra acreditar que vamos ser pais, mais uma vez?

Kai: pois é, e dessa vez vou poder acompanhar a sua gestação.

Bonnie: verdade- virou-se para mim e enlaçou seus braços em meu pescoço- eu te amo tanto!

Kai: eu te amo bem mais- ela sorriu e eu beijei seus lábios.

Fomos andando para trás até que eu deitei Bonnie na cama com cuidado. Fui descendo meus beijos por seu pescoço e tirei sua blusa logo em seguida, deixando-a apenas com o sutiã e a calça jeans. Desci meus beijos até sua barriga e deitei a cabeça lá, de leve.

Kai: eu te amo também, meu pequeno- Bonnie riu e começou a alisar meus cabelos.

Bonnie: o que acha que é, menino ou menina?

Kai: não sei e também não vou pedir nada, só quero que venha com saúde e com a beleza da mãe- levantei e encarei seus lindos olhos verdes.

Bonnie: eu te amo, meu amor!

Kai: eu também te amo!

Beijei-a com cautela, deitei minha cabeça em seu colo e comecei a fazer desenhos invisíveis em sua barriga. Eu não pude acompanhar a primeira gestação de Bonnie por causa de minha ignorância, mas agora eu faria de tudo para estar ao seu lado o máximo de tempo possível. Eu amo a Bonnie, amo o Peter e agora amo nosso pequeno!