1 semana depois...

Pov Bonnie

Os enjôos e as tonturas só pioraram, será que eu estava muito doente? Eu não paro de vomitar e quase desmaiar. Eu estava em casa sozinha, estava esperando Caroline e Elena virem para uma tarde das garotas. Ouço a campainha e vou atender.

Caroline: oie!

Elena: você não foi hoje, nem o Kai, ficamos preocupados- elas falaram entrando.

Bonnie: desculpem, eu estou um pouco mal.

Caroline: vomitou mais?

Bonnie: desde a semana passada- falei suspirando- o que trouxeram?

Elena: cheetos. O seu preferido- ri.

Bonnie: comi ontem, vomitei.

Caroline: aff amiga! O que você não vomita?

Bonnie: bom, tomei café com torradas hoje, não vomitei. Depois almocei e também não vomitei.

Caroline: será que é alergia a cheetos?

Bonnie: tudo, menos isso por favor- elas gargalharam.

Elena: vamos logo começar essa tarde.

Colocamos o filme e ficamos comendo, comi muito cheetos com nutela e refrigerante. O filme terminou.

Caroline: o que vamos fazer agora? Podemos dormir aqui?

Bonnie: claro- falei pondo um cheetos na boca.

Elena: amanhã é sábado mesmo- rimos- vamos dar uma volta?

Bonnie: desse jeito não vou a lugar nenhum.

Caroline: e que tal chamarmos os meninos e fazermos um jogo?

Elena: a tarde é das meninas.

Caroline: verdade, aff, não tem nada pra fazer.

Senti uma ardência na garganta, eu sabia bem o que era, corri escada acima e quando chegou no banheiro coloquei tudo pra fora.

Elena: amiga?- ela falou entrando.

Bonnie: não entra, é nojento- falei dando descarga.

Caroline: quer ir ao hospital?

Bonnie: não.

Elena: mas vai- ela me pegou pela mão.

Bonnie: não! Eles vão fazer exame de sangue, eu odeio agulhas.

Caroline: pra você ficar boa, nem que seja uma retroescavadeira- gargalhamos- vou ligar pro Kai.

Bonnie: pra quê?

Caroline: para ele ir nos encontrar no hospital.

Bonnie: mas...

Elena: sem mas.

Caroline ligou para Kai, então fomos até o hospital. Chegando lá, fui logo para a sala do doutor, então ele coletou meu sangue e mandou esperar o resultado.

Elena: e aí?

Bonnie: esperar- falei e sentei ao seu lado.

Kai: olá!- ele falou e cumprimentou as meninas, sentou ao meu lado e beijou minha testa- fez o exame?

Bonnie: sim- fiz carinha triste, as meninas riram e ele me beijou.

Ficamos lá esperando o resultado, depois de um tempo o doutor me chamou até sua sala. Entrei junto com Kai e as meninas.

Doutor: bom, não é nada grave- suspiros na sala- mas...

Kai: mas?

Doutor: bom, acho que a senhorita, por ser tão jovem, não vai gostar do resultado.

Bonnie: por que?

Doutor: por que você está grávida Bonnie!

Bonnie: o quê?

Caroline: como?

Doutor: isso mesmo, vem vindo uma criancinha por aí.

Bonnie: mas... mas como?

Doutor: acho que você sabe como- ele olhou para Kai.

Elena: mas... o quê?

Doutor: isso mesmo, bom, converse com seus pais e...

Bonnie: não tenho pais, nem ninguém- levantei da cadeira- obrigada por me informar!- saí da sala.

Eu não estava com raiva, eu só estava confusa e um pouco triste. Meus pais nunca me explicaram, mas eu sabia bem como se nascia um bebê e como se fazia. Minha avó não me explicou também. Eu cheguei lá fora e respirei fundo.

Kai: Bonnie, o que aconteceu?

Bonnie: como assim?

Kai: você saiu da sala em um segundo, o que houve?

Bonnie: eu não queria um bebê.

Kai: eu também não, mas são consequências.

Bonnie: diz pra mim que não vai embora- abracei ele- que vai ficar e me ajudar com o bebê, por favor Kai!- o silencio reinou por um minuto.

Kai: prometo- ele falou e me abraçou.

Me senti mais confortada com seu abraço e sua promessa de que não iria partir. Caroline me deixou em casa, Kai ficou comigo lá.

Eu estava no meu quarto, deitada na cama e pensando em como seria minha vida a partir de agora. Mãe? Eu seria mãe? Eu ainda não posso acreditar.

Pov Kai

Fui até o quarto de Bonnie e ela havia adormecido. Eu não estava pronto para ser pai, eu não queria ser pai agora. Sim, eu queria ser pai, mas só quando tivesse minha casa, casado e com meu trabalho. Agora? Tenho dezessete, não posso agora.

Deitei ao lado de Bonnie e ela não acordou. O dia amanheceu e eu deixei um bilhete para Bonnie dizendo que ia para casa. Chegando em casa fiquei pensando em tudo que estava acontecendo, eu seria pai? Mas... mas como... não! Na verdade eu sei como, mas eu não podia, não agora.

Peguei uma mala, pus tudo que iria precisar agora. Peguei meu passaporte e um dinheiro. Peguei a chave do carro e dirigi até o aero porto, eu sabia bem para onde ir. No csminho fiquei pensando em como Bonnie reagiria ao saber que eu tinha fugido da responsabilidade, eu prometi que ficaria... mas agora é tarde!

Chegando ao aero porto, peguei o primeiro voo para Portland, Oregon. Eu ia fazer uma visita a família que deixei para trás um dia. Eu não podia ser pai agora... desculpe Bonnie!