Project Magic. escrita por Catarinarrr


Capítulo 1
Capítulo 1 – O primeiro dia.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Essa é minha primeira fanfic, graças a livros e filmes que assisti acabei tendo uma ideia e espero que agrade a vocês assim como eu gostei, apesar de não ser perfeita.

Queria deixar claro que me baseei em livros como "A Hospedeira" e "A quinta onda" em algumas coisas.
Boa leitura.



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O primeiro dia de aula é sempre o mais interessante, no primeiro dia de aula nós revemos nossos amigos, fazemos novas amizades e mil e outras coisas que eu não faço no primeiro dia de aula. Não tenho amigos pra rever e muito menos faço novas amizades, eu apenas sento em qualquer carteira e fico sozinha com a mão no queijo e olhando para o nada. Eu nunca fui de ter muitos amigos, talvez eu seja estranha e afaste as pessoas de mim ou até mesmo posso ser confundida com uma bomba que pode explodir a qualquer momento e é por isso que as pessoas não falam comigo, mas qualquer que seja a razão eu me sinto melhor assim; sozinha. Sem complicações. Sem brigas. Sem ninguém. Ouço meu nome.

 

 

 

— Senhorita Collins? Você está me ouvindo? – Thompson é a professora mais assustadora que já tive aula, cabelos oleosos e castanhos, de tão sebosos são retos e parece até que ela passou gel, ela é magra que nem um palito e tem uma monocelha, é assustador. Depois de alguns segundos, ou minutos, eu respondo:

 

 

 

— Não senhora Thompson, eu não estava te ouvindo, tenho coisas mais legais dentro da minha cabeça. – péssima ideia dizer isso Mag. Péssima ideia.

 

 

 

— Coisas mais legais? Então nos diga Collins, o que seriam essas coisas?

 

 

 

Eu não estou pensando em nada legal, na verdade tudo que eu penso não é legal, eu não consigo pensar coisas legais. O que seria pensar em alguma coisa legal? Quem pensa em coisas legais no meio de um apocalipse alienígena, ou seja lá como chamam isso. Eu não sei o que responder, mas eu respondo:

 

 

 

— Em nada professora. – Simples assim. Não estou pensando em nada, e o "nada" tem sido muito legal desde que os problemas e os invasores chegaram, mas eu raramente consigo pensar em nadas, já que acima de nossas cabeças tem uma nave enorme redonda e várias outras menores rodeando o céu. Eu estava preparada para ouvir a senhora Thompson me mandando para a diretoria, mas ai invés disso ouvi s voz do diretor no auto falante.

 

 

 

Senhorita Collins venha até a diretoria imediatamente

 

 

 

Eu estou acostumada a ir para diretoria, não apronto, mas falo demais quando não é pra falar, tenho uma boca muito grande e um pouco suja, e que eu me lembre não falei nada demais a uns três dias. Mesmo assim estou em pé andando até a porta e sinto vários olhos em cima de mim e risadinhas, até mesmo da bruxa Thompson, eu não tenho nada a perder, estou com um bando de alienígenas em cima de mim e tudo pode acontecer, não vou ficar calada.

 

 

 

— Quando os invasores pegarem vocês serei eu que vou rir! – eu sei que posso me defender, não sou uma simples humana, eu nunca serei apenas humana. Humana com poderes, forças. Uma bruxa. – Otários!

 

 

 

A sala do diretor Lewis é duas salas após a que estou, em menos de um minuto já estou com a mão na maçaneta da porta de cor verde desbotado. Passou-se exatamente três segundos e as todas as luzes se apagaram, a minha sensação é que o mundo apagou. Eles desceram pra valer agora, as chuvas pararam a cinco dias e ninguém morreu nesse tempo, os invasores estavam se preparando e agora estão prontos. Antes mesmo de eu abrir a porta alguém abre para mim e me puxa para dentro, quatro pessoas na sala, sentado na cadeira fofa atrás da mesa cheia de papelada está o Senhor Lewis, com seus cabelos e barba brancos, deve ter mais de cinquenta anos. Sentada na cadeira uma garota que deve ter doze anos está me olhando com uma cara triste, como se pedisse socorro, seus cabelos cacheados e ruivos estão presos em um rabo de cavalo, talvez esteja preso forte demais e ela está com essa cara, ou muito provavelmente não. Olho pra pessoa ao meu lado e é um garoto, ele está segurando minha mão, em um piscar de olhos eu puxo ela e me afasto.

 

 

 

— Por que acabou a força? Por que eu estou aqui? Por que vocês estão aqui? E... porque estava segurando minha mão? – respiro fundo e troco olhares com os três, ainda não terminei – Eu não fiz nada Senhor Lewis, não falei nada demais durante essa semana, não me venha dar bronca enquanto temos alienígenas e pessoas morrendo por ai.

 

 

 

Ele me olhou, sorriu e depois disse:

 

 

 

— Você sabe a resposta para todas as perguntas Collins, ou pelo menos espero que seus pais tenham te contado.

 

 

 

— A guerra começou, certo? Eles desceram e agora eu e mais um bando de bruxos vão ter que deter-los?

 

 

 

— Não se trata de guerra querida, se trata de sobrevivência. Somos nós ou eles. – Sobrevivência. Lutar para sobreviver contra invasores anos luz mais avançados que nós. Claro Senhor Lewis, nós iremos sobreviver, mas continue a falar. — Os invasores não desceram, ou pelo menos não ainda, eles apenas apagaram o mundo, estamos sem eletricidade, sem carros, estamos sem tudo que funcione a base de energia e eletricidade. Assim como ficamos por dois longos anos inteiro com chuvas, como enchentes e tsunamis.

 

 

 

Então é isso? Primeiro eles comandam a chuva que não se cessou durante dois anos, assim como os tsunamis que mataram milhares de pessoas e destruiram construções e países? E agora a força? O que esses invasores são? Eu digo o que eles são: Idiotas. Porque não acabam com tudo isso de uma vez? O que eles estão esperando? Eu sei que eles podem aperta um botão e BOOOM!

 

 

 

Silêncio foi o que se estendeu por longos minutos, a menininha ruiva olhava para o diretor apavorada, o garoto ao meu lado se constou na parede, o diretor com as mãos no queixo olhava para nós três. E eu acabei com o silêncio:

 

 

 

— Mas afinal, porque ainda estamos aqui?

 

 

 

— Esperando alguém do exército. – o garoto que até agora não sei o nome diz calmamente, como se fosse algo normal de acontecer.

 

 

 

— Exército? Dessa parte eu não sabia Senhor Diretor, minha mãe não me contou sobre isso. Pra onde vão nos levar?

 

 

 

— Seus pais não foram autorizados a dizer nada sobre essa parte para seus filhos, vocês provavelmente iriam fugir. E vocês estão sendo levados para serem treinados.

 

 

 

Grande merda! O que o exército sabe a mais sobre magia do que os próprios bruxos? Continuo sem entender, eles vão fazer algum tipo de palestra motivacional? Olho confusa para ele e a porta se abre. Todos olhamos para ela e lá estava alguém do exército, e em seu crachá estava escrito "Maicon".

 

 

 

— Vejo que os três bruxinhos estão me aguardando. Espero que não tentem fugir, e já vou logo avisando; não ha tempo para se despedir. Então por favor me sigam. – ele olhou para Lewis e para nós três, girou nos pés e saiu da sala. A ruiva e o garoto-que-não-sei-o-nome foram atrás dele, a menina disse:

 

 

 

— Senhor Maicon, para onde exatamente estão nos levando e o que vamos fazer? Estou com medo deles Senhor. Com medo de morrer. – vejo ela puxando a camisa dele e a olhando com uma cara triste, ele se abaixa para falar com ela e como se fosse o pai dela tenta acalma-la.

 

 

 

— Estamos indo para um lugar onde vocês vão treinar como soldados, força e magia vão se unir e ninguém vai precisar ter medo. Você será sua própria salvação.

 

 

 

— Nós temos o exército para ser a força, porque vocês mesmos não fazem isso? E nos deixe apenas com a magia? – pergunto um tanto quanto irritada.

 

 

 

— Somos apenas mil soldados em todo o Estados Unidos, e em alguns países muito menos, em outros não existe quase nenhum ser humano.

 

 

 

O que diabos aconteceu para tantos soldados morrerem? Foram lutar contra o tsunami? Mas eu não preciso perguntar o que aconteceu, ele mesmo continuou:

 

 

 

— Morreram com um tipo de infecção no coração e no sangue. Não sabemos o que é, estamos esperando Dona Ginger chegar e ver o que pode fazer.

 

 

 

Ginger a "presidente" dos bruxos, a mais velha e mais sábia. A bruxa que escolheu não envelhecer. A bruxa que se rendeu as autoridades para salvar a vida dos outros bruxos. Mas talvez ela não saiba que ao se render, nós nos rendemos também.

 

 

 

Depois de dar a volta inteira na escola chegamos ao gramado de trás, mais três soldado nos aguardavam com uma mochila cada, eles nos entregam as mochilas e Maicon fala:

 

 

 

— Não podemos usar helicópteros por causa das naves, e nem os carros, então vamos ter que ir andando. É um dia até chegarmos na base, espero que estejam preparados. – começou a andar na frente e os soldados vieram em nossa direção com uma injeção – As injeções vão impossibilitar vocês de usarem magia, apenas por precação.

 

 

 

Eu sinto que a dor da picada da agulha vai ser a menor de todas que ainda irei sentir. Começando pela parte que não me despedi da minha mãe e da minha irmã, e não vai ser tão cedo que vou reencontra-las. Começo a andar e já estou cansada, queria que tudo fosse um sonho, queria poder acordar e dizer "Ainda bem que era só um sonho", mas tudo isso se torna cada vez mais real e irreal ao mesmo tempo.

 

 

 

O primeiro dia é sempre interessante.


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Notas finais do capítulo

Deixo claro novamente me baseei em livros como "A Hospedeira" e "A quinta onda" em algumas coisas, em aspectos alienígenas.

O próximo capítulo deve sair em torno de quatro ou cinco dias, mas não é uma promessa. Críticas são bem vindas.

Até o próximo.
XOXO CA.



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