Whole Lotta Love 3 - Especial 3: A Babá Perfeita escrita por mlleariane


Capítulo 1
Férias!


Notas iniciais do capítulo

Heyy people!

Que saudade de vocês!

Cá estou eu mais uma vez com um especial de nossos amores. Vocês sabem que eu não resisto, né? *-*
Espero que curtam mais essa história, vai ser pequena mas já sabem, com muito amor envolvido (e um pouquinho de sacanagem também rs).

Tenho dois recadinhos importantes para dar. O primeiro é que excluí o twitter e acabei fazendo outro depois, então muitos que eu seguia não tenho mais. Se esse é o caso, me segue lá para eu poder seguir de volta ;) @butIwantmore (link no final do capítulo).
O segundo recado é que essa semana fizemos um grupo no whatsapp para falar de WLL e também da série. Se você quiser participar, me mande mensagem privada com o número, ou uma DM no twitter ;)

Por hora é só isso. Nos vemos nos comentários ;)

Beijo, Ari ;)



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Castle: Não atenda!!!

Martha, que acabara de entrar e passava ao lado do telefone, recuou e olhou para o filho. O aparelho tocava estridentemente.

Martha: O que aconteceu?? – a avó passou pelas crianças, depositando um beijo em cada um.

Castle: Engano...

Alex: O papai está fugindo da tia Gina – Alexander desmentiu o pai quase ao mesmo tempo.

Martha: Fugindo da Gina? Há anos não te vejo fazendo isso... – Martha se aproximou com olhar inquisidor.

Castle: Você sabe como ela fica quando estou prestes a lançar um livro...

DING DONG

Os dois olharam para a porta. Johanna, que estava mais próxima, correu e abriu.

Jo: Oi tia Gina!

Gina: Oi coisa fofa! Posso falar com o seu papai?

Alex: O papai está meio que fugindo de você... – Alexander pôs a cara na porta.

Gina: Não me diga!

Castle: Que absurdo! – Castle caminhou sem graça – Crianças...!

Gina: Sempre tão sinceras, não é mesmo?

Castle: Entre – havia contrariedade da voz do escritor.

Gina: Claro – a loira passou por ele – Olá Martha.

Martha: Gina. Nós vamos deixar vocês conversarem.

Gina: Não se preocupem, a conversa será rápida – a editora olhou séria para o escritor.

Castle assentiu, e os dois caminharam até o escritório.

Martha: Venham cá, contem para a vovó, que história é essa do papai estar fugindo da tia Gina?

Alex: Ele disse que não era para atendermos o telefone porque seria ela.

Jo: Vai ver eles estão de mal.

Martha: De mal... Sei...

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Gina: Três semanas, Rick. Três semanas!

Castle: Eu vou entregá-los. O capítulo quatro está quase finalizado.

Gina: Quatro?? Você deveria estar no dez! No mínimo!

Castle: Eu tive alguns imprevistos.

Gina: Como um bloqueio?

Castle: Não diga essa palavra!

Gina: Por que é tão difícil admitir, Rick?

Castle: Não há nada para admitir!

Gina: Você se esquece que eu te conheço bem.

Castle: Mais uma semana...

Gina: Você não vai conseguir escrever seis capítulos em uma semana!

Castle: Não me diga o que eu consigo ou não!

Gina: Você tem até o fim do mês para me entregar os seis capítulos. Pelo menos! – a editora pegou a bolsa e passou pelo escritor – Se não cumprir o prazo, lanço outro livro no lugar.

Castle: Eu sou a maior fonte de renda daquela editora.

Gina: Mas não é a única. Quinze dias, Rick. Quinze dias. – a editora deixou o escritório.

Castle respirou fundo. Sentado na cadeira, ficou olhando fixamente para o computador.

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Martha: Richard? – Martha empurrou a porta lentamente. Havia pelo menos 20 minutos que Castle estava dentro do escritório.

Castle: Oi...

Martha: O que está acontecendo?

Castle: Nada... não se preocupe.

Martha: Richard, eu te conheço. E conheço Gina também. Ela saiu mais nervosa do que entrou.

Castle fitou a mãe. Ele sabia que não conseguiria mentir para ela.

Castle: É o meu novo livro. Deveria estar quase pronto, mas eu não escrevi nem metade. E não, não é um bloqueio.

Martha: O que está acontecendo, então?

Castle: Eu me comprometi a entregar o livro até o meio do mês que vem. Tudo estava indo bem, até que as férias chegaram e... – Castle relutou, e Martha entendeu.

Martha: Eles te deixam um segundo em paz, não é?

Castle: Obrigado. Eu não consigo dizer isso.

Martha: Oh Richard...

Castle: Na atual situação Kate não conseguiria deixar a delegacia, então decidimos não viajar. Eu pensei que ficando em casa com os dois teria tempo para me dedicar ao livro, por isso prometi entregar nesse prazo. Mas eles me chamam a cada 5 minutos, e eu simplesmente não consigo dizer “não”.  

Martha: O que Kate diz sobre isso?

Castle: Nada, ela não sabe. Pensa que eu entreguei todos os capítulos já.

Martha: Richard! Desde quando você mente para ela?

Castle: Eu não tenho coragem de dizer que nossos filhos não me deixam escrever! Você tem noção do quanto ela ficaria chateada?

Martha: Ela também vai ficar chateada quando souber que você vem escondendo isso dela.

Castle: Por favor mãe, não diga nada. Eu vou dar um jeito.

Martha: Que jeito?

Castle: Eu tenho duas semanas, se passar as noites escrevendo, consigo entregar os capítulos restantes.

Martha: Eu queria poder ajudar... se você tivesse me dito antes eu teria cancelado a viagem.

Castle: Não, claro que não. Eles são meus filhos, eu tenho que dar conta disso, não é?

Martha: Só não se esqueça que eles são filhos de Kate também.

Castle: Ah isso eles não me deixam esquecer nunca! Aquelas pesti...

Martha olhou para o filho.

Castle: Pode viajar tranquila mãe, tudo se resolverá.

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Jo: Mamãe!!

Kate: Oi minha princesa! – Kate fechou a porta, ganhando um abraço apertado. Olhou ao redor e viu tudo silencioso e arrumado demais – O que está acontecendo por aqui? Onde estão Alex e o papai?

Jo: Aconteceu uma coisa... – a expressão da garotinha era séria.

Kate: O que?

Jo: Nós fomos atacados hoje, mamãe.

Kate: Atacados?? Como assim? – Kate passou a mão na arma instintivamente, sentindo-a ali junto a seu corpo.

Jo: Foram os zumbis. Eles levaram o papai e o Alex.

Kate respirou fundo.

Kate: Zumbis?

Jo: Cuidado mamãe, fale baixo. Eles ainda estão por aí...

Kate: Querida, eu não sei qual o tipo de brincadeira seu pai inventou, mas certamente AAAAAAA – Kate gritou ao sentir Alexander grudando as pernas em seu pescoço.

Alex: Renda-se, humana!

Kate olhou para cima. Castle e Alex desciam dependurados em cabos, os mesmos utilizados para as brincadeiras de laser tag.

Jo: Caiu feito um patinho!

Alex: A mamãe sempre foi boba! – as crianças riram.

Kate: Como é que é?? – Kate esticou os braços, puxando o filho para frente, agarrando as pernas do garoto à sua cintura – Quem é a boba aqui?

Alex: Você!

Kate: Seu garotinho ousado!

Jo: Capitã Beckett é a nova zumbi escrava.

Kate: Escrava? E o que terei que fazer? – Kate colocou o filho no chão.

Jo: Tirar todas as verduras e legumes da comida.

Castle: A minha parte eu quero em beijo mesmo – Castle se aproximou, soltando-se do cabo e beijando a esposa.

Alex: Você é o zumbi chefe, não pode namorar a escrava!

Castle: Se eu sou o chefe posso decidir, não?

Os dois riram. Castle soltou os fios de Alexander, que reclamou.

Alex: Eii! A brincadeira ainda não acabou!

Jo: Eu quero ir de novo, papai, você disse que sim!

Castle: Eu disse até a mamãe chegar. E ela chegou.

Jo: Papaizinho, só mais uma vez, por favor – a garotinha de olhos azuis grudou no pai – Por favorzinho...

Castle: Ta bom, só mais uma vez!

Johanna comemorou, já pegando os fios.

Kate: Você não tem moral nenhuma com eles.

Castle: Claramente não – os dois se beijaram novamente, e Kate deixou suas crianças brincarem mais um pouco, enquanto preparava o jantar.

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Banho tomado, a família estava reunida em torno da mesa quando o assunto surgiu.

Jo: Mamãe, você deveria passar as férias aqui com a gente, tem sido tão divertido!

Kate: Tenho certeza que sim, meu amor. Mas nós não viajamos justamente porque a mamãe tem muito trabalho a fazer.

Alex: Por que os adultos precisam trabalhar? É tão chato!

Castle: Nem sempre.

Kate: Eu gosto do meu trabalho. A única parte ruim é ficar sem vocês dois.

Castle encarou Kate.

Kate: O que? Você passa grande parte comigo lá – a capitão sorriu.

Castle: Tenho sentido falta...

Kate: Eu também.

As crianças levantaram correndo em direção à sala. A abertura de Glee era sempre chamativa. Os adultos se levantaram também, e Castle se aproximou como quem não queria nada.

Castle: Eu estive pensando... talvez seja hora de termos uma babá.

Kate: O que?? – Kate ficou visivelmente surpresa – Por que?

Castle: Você não gosta da ideia, deixa pra lá...

Kate: Não, Rick, se você pensou nisso eu quero saber por que.

Castle: É só que... se tivéssemos uma babá eu poderia estar mais com você na delegacia e tal... – Castle a abraçou pela cintura.

Kate: Bem, isso é só enquanto eles estiverem de férias, logo as aulas voltam e nossa rotina também. E além do mais, você pode me ter à noite toda... – Kate mordeu a pontinha da orelha dele, que sentiu um forte arrepio.

Castle: Você tem razão. Você sempre tem razão... – Castle puxou os lábios de Kate suavemente para os seus.

Kate:  Isso me dá tão boas ideias... – Kate sussurrou sexy.

Castle: É... para mim também... – ele sussurrou de volta, e falou rapidamente, saindo da cozinha – Tão boas que preciso escrever.

Kate: Eu estava me referindo a ideias na cama... – Kate falou, mas já estava sozinha – Isso foi estranho. Muuito estranho...

Kate começou a retirar os pratos da mesa, e enquanto os colocava na pia, sentiu Castle a agarrando por trás.  

Castle: Espere por mim – um outro beijo estalado foi dado, antes do escritor correr de novo.

Kate: Pode apostar! – a capitã sorriu satisfeita.

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E Kate esperou. E esperou. E esperou.

Todos os dias, após o jantar, Castle corria para o escritório, da onde não saía antes de Kate dormir. Aquilo intrigou a capitã. As crianças já haviam se acostumado a serem colocadas na cama por apenas um dos pais, e por passarem o dia com Castle, não sentiam tanta falta do pai na hora do “boa noite”. Mas Kate sim. Kate queria seu homem ali, mas há cinco dias Castle parecia ter entrado num transe inspiratório em que escrever era mais importante que tudo. Deveria ela questionar? Poderia fazer isso?

Em todos aqueles anos de relacionamento, Kate nunca havia questionado os métodos de Castle. Era bem certo que lia seus textos sempre em primeira mão, mas nunca, em nenhum momento havia presenciado Castle escrever. Isso era algo que ele fazia sozinho, fechado em seu mundo, e ela respeitava.

Mas na sétima noite, Kate não aguentou. Acordando às 3h da manhã, caminhou a passos leves até o escritório, onde Castle estava desde às 20h. Bateu levemente, e, não obtendo resposta, empurrou a porta devagar. Avistou um Castle adormecido com a cabeça encostada no teclado do computador.

Kate: Rick...? – ela sussurrou, fazendo-o acordar assustado – Vamos para a cama...

Castle: Eu... – Castle olhou para o computador, com tão poucos escritos. O texto não estava maior? Teria ele mesmo apagado, ou estava apenas sonhando?

Kate: Rick?

Castle: Eu preciso escrever, estava no meio de um capítulo.

Kate: Você está cansado. Vamos, não precisa escrever agora – Kate segurou sua mão, mas ele soltou.

Castle: Não, eu preciso.

A capitã fitou os olhos do escritor. Era o suficiente para perceber que algo estava errado.

Kate: O que está acontecendo?

Castle se deu por vencido. Até quando esconderia?

Castle: Você se lembra aqueles capítulos que eu entreguei semana passada?

Kate: Sim. Você está reescrevendo?

Castle: Não, eu ainda estou tentando escrevê-los...

Kate: Você mentiu para mim... – Kate se sentou na ponta da mesa. Aquilo ia longe.

Castle: Sim.

Kate: Por que? Desde quando você mente para mim?

Castle: Desde nunca. Eu só não queria te preocupar.

Kate: É algum tipo de...?

Castle: Não.

Kate: Então o que é?

Os dois se olharam, e a percepção aguçada da capitã não precisou da explicação do marido.

Kate: Eles não estão te deixando escrever.

Castle: Não é culpa deles. É férias, e eles só querem se divertir.

Kate: Por isso você veio com aquela história de babá... – Kate falava pensativa.

Castle: Olha, nós não precisamos de uma babá. Se eu escrever todas as noites pelas próximas semanas, consigo entregar os capítulos no prazo. E como você disse, logo nossa rotina volta e tudo se ajeita.

Kate: Faz sentido.

Castle: Viu?

Kate: Nós só temos que resolver uma outra questão. Pequena. Bem pequena.

Castle: Qual?

Kate: Quem vai dormir comigo enquanto você escreve?

Castle: Isso não é engraçado.

Kate: Eu estou falando sério. Digo, eu estou me sentindo realmente sozinha.

Castle: Eu sou o único homem nesse mundo que chega perto de uma cama junto com você, ouviu?

Kate: Então vem pra cama comigo, bonitão... – Kate o pegou pela mão, e os dois fizeram algo que desejavam há dias: dormiram abraçados.

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Castle: Você não foi trabalhar? – Castle bocejou, enquanto olhava para o relógio na cozinha. Eram 9h, e as crianças ainda dormiam.

Kate: Não, nós temos um compromisso essa manhã.

Castle: Se temos eu certamente esqueci... – Castle a beijou, aquele beijo sabor de café que ele tanto amava.

Kate: Não teria como você lembrar, eu acabei de marcar – Kate arrastou um papel em cima do balcão, com nome e número de telefone.

Castle: Agência de babás?  - Castle leu contrariado.

Kate: A melhor de NY.

Castle: Eu pensei termos decido que não.

Kate: Rick, olhe para mim – os dois pararam frente a frente – Se você tem um problema, eu tenho um problema, lembra?

Castle: E se nós temos gêmeos, nós temos dois... – Kate o encarou – Filhos. Dois filhos.

Kate: Eu sei o quanto eles podem ser cansativos. E também sei que você não consegue dizer não.

Castle: Não, não consigo. Vocês três me têm.

Kate: Mas isso é errado. Parcialmente errado. Nós te amamos e sempre iremos preferir você. Mas você não é só nosso Rick. Você não é só esposo e pai. Você é Richard Castle, o escritor. Eu não quero que você sacrifique sua carreira por nós. Não é a primeira vez que você rearranja seus horários para cumprir com nossos compromissos.

Castle: Kate, isso não é um sacrifício. Eles são meus filhos!

Kate: Eu sei, babe. E um dia eles terão muito orgulho de lerem seus livros.

Castle: Você acha?

Kate: Eu tenho certeza!

Castle: Então nós vamos mesmo procurar uma babá? – Castle puxou o papel com o nome da agência.

Kate: Talvez seja algo temporário, talvez gostemos tanto que ela permaneça. Não custa tentar.

Castle: Ok, você me convenceu.

Kate: Espera, não era eu a relutante em ter babá?

Castle: Às vezes somos tão parecidos que nos confundimos.

Os dois sorriram e trocaram um beijo.

Castle: Obrigado por se preocupar tanto comigo.

Kate: Eu sempre irei.

Castle: Eu sei que tenho sido ausente e... – Castle parou de falar e a encarou – É por isso que você tem estado tão preocupada. Você tem sentido falta!

Kate: Culpada.

Castle: Katherine Beckett sua sem vergonha...

Kate: O que? Não posso querer fazer sexo com meu marido?

Castle: Deve!

Kate riu sem vergonha.

Castle: Não pense que eu não senti sua falta também...

Kate: Ah é melhor ter sentido mesmo!

Castle: Pois pode se preparar, capitã, que hoje te recompensarei todas as noites perdidas...

Kate: Bom saber... já vou escolhendo algumas posições... – ela mordeu os lábios e ele adorou. Puxou-a pela cintura e...

Alex: Seu traidor!!! – o grito de Alexander fez o casal se afastar.

Jo: Você estava combinando posições de ataque com o inimigo? – Johanna encarou o pai.

Castle: É... – Castle se enrolou.

Alex: Você não é mais o zumbi chefe! E quem decide as posições agora sou eu!

Jo: Nunca pensei isso de você, papai. Nunca!

As crianças se sentaram na mesa do café bravas.

Castle: Quando eles vão parar de aparecer sorrateiramente?

Kate: Aparentemente nunca... - Kate observou os filhos de soslaio. Agora ela tinha duas ferinhas para amansar.

 

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