Viver a vida escrita por Deh


Capítulo 45
Emily


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pessoal, eu achei que tinha agendado o capitulo, mas esqueci.
Divirtam-se



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A vida não para

"Para ser forte, tive que beber muitos goles de tempestades. Tive que aprender a fazer muralhas (e às vezes, ser a própria); Andar de salto alto entre as pedras do caminho; Ter ouvidos atentos, saber escolher os momentos do silêncio; Ir contra o vento... E depois de tudo ser capaz de desmoronar doce e calmamente nos braços do homem que eu amo." Autor Desconhecido.

Ano novo, vida nova, dilemas antigos.

Aqui estou eu deitada no sofá da minha casa, enquanto minha mãe me observa da poltrona. “Você já pensou em desistir da sua carreira mãe?” “Quando seu irmão e você nasceram, quando você tinha onze meses e a embaixada sofreu um atentado, quando seu pai se aposentou na marinha, quando fiquei sem atribuições, quando as crianças nasceram, foram as vezes que me vieram a cabeça. E você?” Uau, Elizabeth Prentiss tinha considerado desistir da carreira pela qual sempre lutou? “Espera um minuto atentado?” “Apenas um segurança foi morto e três feridos, mas isso faz muito tempo querida. Agora não fuja do que eu te perguntei” “Bem, talvez quando Anne nasceu ou os gêmeos, depois de Doyle, após recuperar minha memória”.

“Ser mulher no FBI não é fácil, desde o momento em que entrei na academia até mesmo nos dias de hoje eu ainda tenho que provar e fazer mais empenho do que muitos homens em minha posição” Sem falar no trabalho disfarçado o quanto fui subestimada. “E você acha que ser mulher na política é fácil? Na minha época ainda por cima? Meus pais duvidaram que eu conseguiria, a maioria dos homens não me levavam a sério e quando eu fiquei grávida então, com um marido servindo no exterior não foi fácil Emily, mas pelo menos as cantadas pararam por alguns meses” Ela disse essa última parte rindo no final “Mas eu provei a todos aqueles que duvidavam de mim que eu poderia fazer meu trabalho tão bem quanto um homem, se não melhor”. “Você teria escolhido outra carreira?” Eu perguntei curiosa. “Você teria? Não somos tão diferentes afinal Emily” E com isso eu tinha minha resposta.

“Você se arrepende de ter se casado com o papai?” Ela fez que não com a cabeça “Não nego que quando o conheci na faculdade, a primeira coisa que me chamou a atenção foi o sobrenome dele, você sabe os Prentiss estão na política há gerações, então eu posso ter me empenhado para fazer com que ele me notasse” eu ri “Elizabeth Prentiss se empenhando para ser notada?” Ela riu também “Naquela época era Elizabeth Scott e eu não tinha toda essa aura de poder sobre mim” “Então você se casou com papai por interesse?” ela rapidamente negou com a cabeça “Até eu conseguir sair com ele pela primeira vez sim, mas depois do nosso primeiro encontro, eu percebi que ele era um homem gentil, educado, idealista” Ela estava sorrindo no final “Você se apaixonou por ele” Eu disse e ela assentiu “Até hoje”. “Quando papai veio para os Estados Unidos com o Elijah eu pensei que vocês iriam se divorciar” Seu rosto adquiriu uma expressão mais séria. “Seu pai e eu tivemos, bom ainda temos, uma relação diferente. Ficávamos separados por meses até ele poder vir para casa, mas quando ele aceitou aquele emprego aqui, ele disse que tinha interesse e eu disse que ele deveria ir, mas eu não poderia, minha carreira estava onde eu sempre quis, então tínhamos feito um acordo: Nos os visitaríamos em minhas férias” “Aquele ano foi um pouco turbulento” eu disse e ela assentiu.

“Mas por que pergunta sobre o meu casamento?” Seu tom era um pouco preocupado. “A toa, é que bem, eu e Aaron nos conhecemos por muito tempo, antes que começássemos a sair. Às vezes eu fico pensando que se coisas não tivessem acontecido no nosso passado, nós não iriamos nos encontrar em um bom momento para um relacionamento” “Confesso que cheguei a pensar que você não se casaria” Ela disse e eu ri “Acho que eu só precisava encontrar a pessoa certa” Ela assentiu. “Com seu trabalho você nunca teve que manter muitos segredos do papai?” Ela me olhou atentamente “Ambos tivemos querida, e alguns irão nos acompanhar para nosso túmulo” Isso me fez engolir em seco. “Você nunca quis contar a ele?” Ela me lançou um olhar maternal “Seu pai sempre foi meu confidente querida, mas em nossa linha de trabalho simplesmente não podemos” Ela deu uma pausa para observar minha reação “Mas em meus momentos de dúvida, eu sempre disse a ele como me sentia”.

“A maternidade nunca te atrapalhou?” Eu perguntei curiosa, esse talvez tenha sido o papo mais aberto que já tivemos em toda a minha vida. “Elijah e você não me atrapalharam Em, me fez questionar o que eu queria e até hoje me faz questionar minha sanidade, mas vocês dois são o que eu tenho de mais importante em minha vida e eu não trocaria vocês dois por nada e muito menos mudaria algo em vocês” Eu sorri para ela, “Você é mãe Emily, você conhece o sentimento de amor incondicional e o desejo de proteger a qualquer custo”. “Eu sei, tenho quatro crianças e eu faria qualquer coisa para mantê-los bem e protegidos” Ela assentiu.

“Emily? Você está realmente bem? Dado ao que você sofreu há um mês, devo ficar em alerta para depressão?” eu ri e rolei os olhos enquanto me sentava “Estou ok mãe, é só esse clima de ano novo, estou avaliando minha vida” “E qual a sua conclusão?” “Que eu tive os melhores pais que poderia ter tido, o irmão protetor e chato que eu preciso, alguém que me ama da mesma forma que eu o amo, quatro pessoinhas que eu faria de tudo por eles. Um trabalho que eu gosto, enfim tenho uma boa vida e eu sou grata e feliz por isso”.

Foi então que o meu celular tocou. Franzi o cenho ao ver o visor, eu não reconhecia esse número. “Alô” eu disse “Emily Hotchner?” a voz do outro lado da linha peguntou “Sim sou eu” “Senhora Hotchner não há maneira fácil de dizer isso, mas sinto muito em lhe informar que Sarah Hotchner faleceu há meia hora” De repente eu estava muda “Meu marido e o irmão já sabem?” Minha mãe me olhava tentando não mostrar curiosidade “Não senhora, o contato de emergência dela era você”.

Após a ligação, eu ainda olhava perplexa para o meu telefone, isso não poderia estar acontecendo, no Natal estávamos tendo uma conversa onde eu tentava que ela contasse a Aaron e Sean, mas ela se recusou, ela disse que estava bem. “Emily o que aconteceu? Você está pálida” Eu olhei para minha mãe “Sarah morreu” Ela se aproximou de mim e me abraçou “Sinto muito” Ela disse. “Aaron já sabe?” “Nem ele, nem Sean”.

Eu disse a minha mãe que teria que falar com os dois, assim me tranquei no escritório que eu divido com Aaron. Aaron estava em um caso e foi com essa desculpa, que optei por ligar para Sean primeiro, eu ainda não queria enfrentar Aaron, pois então ele iria saber que eu estava mentindo para ele todo esse tempo. “Hotchner” Ouço a voz do meu cunhado dizer do outro lado da linha “Você está ocupado Sean?” “Estou em um caso Emily, mas me dê um minuto” “Pronto” ele disse e eu engoli em seco “Sean... Eu não sei o que dizer, não deveria ser eu ao lhe contar isso” “Emily, você está me assustando” Ele disse. “Sean, sua mãe... Sarah, ela morreu” Eu não obtive resposta, “Sean? Você ainda está aí? Sean?” Foi então que a voz de quem eu temia me perguntou “Emily? É você?” Era Aaron, ele estava em Nova York? “Aaron...” Eu disse, “Emily o que está acontecendo, Sean está pálido, por que você ligou para ele?” “Aaron, sua mãe... ela morreu” E mais uma vez a linha ficou muda, até ele perguntar “Como você soube antes de nós?” Ele mantinha seu tom usual “Eu era seu contato de emergência" Confessei a ele. “Você? Desde quando?” “Alguns meses” Eu deduzi, pois na verdade nem eu sabia quando ela havia me colocado como seu contato de emergência. Ouvi ele suspirar “Em algumas horas eu chego em casa” “Me desculpe Aaron” Mas não obtive resposta, ele havia desligado. Agora tudo o que eu posso fazer é esperar ele chegar.  


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Notas finais do capítulo

Então????
Bjss e até breve :*



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