Viver a vida escrita por Deh


Capítulo 21
Emily


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se *-*



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Adeus

“Quando um homem bom é ferido, todos os considerados bons devem sofrer com ele.” Eurípedes.

Sou tirada do meu sono, ao ouvir um celular tocar, sonolenta murmuro “Aaron atende...” Sinto ele se mover, para pegar o telefone “Não é o meu Em” após ele dizer, abro os olhos quase que instantaneamente e pego meu telefone no criado, olho o identificador e estranho ao ver o nome de Carter “Prentiss” eu digo “Agente Prentiss, não sei como dizer isso, mas você descobrirá de qualquer jeito: Collins está morto” “Morto? Como? Quando?” ao fazer essa pergunta, atrai a atenção de Aaron “Há duas horas. Aparentemente o carro dele explodiu, por falhar mecânicas, se é que você me entende” “Precisam de ajuda?” “Não, Strauss nos tirou do caso. Só liguei porque acho que você merece saber a verdadeira história, me desculpe pelo horário” “Tudo bem Carter, se precisar de qualquer coisa não excite em chamar.” “Okay, obrigado Prentiss.” “Disponha”. Quando finalizei a chamada, mesmo no escuro eu sabia que Aaron me encarava, me aproximei dele e coloquei a cabeça em seu peito, ele enrolou uma mecha do meu cabelo em seu dedo “O que aconteceu?” respirei fundo, pensando no que dizer “O carro de Collins explodiu” “Sinto muito Em” “Eu sei”.

Dois dias após o ocorrido, estava sentada na cama calçando meus sapatos pretos. Quando Aaron chegou “Já está pronta?” eu o observei, ele usava um terno como sempre, me levantei e fui me olhar no espelho, o vestido negro não muito revelador, me caiu bem, optei por fazer um rabo baixo, com uma maquiagem bem discreta, cheguei à conclusão que estava pronta. Aaron apareceu, me dando um abraço por trás, “Estarei lá embaixo, quando você quiser ir” e se afastou, não fiquei ali por muito tempo, logo desci para que pudéssemos ir para o funeral.

O caminho até o cemitério foi silencioso, encarava a paisagem que passava pela janela. Pensando nos últimos dois dias, lembrei-me de Strauss me chamando em seu escritório na primeira manhã para me dar a notícia e dizer que eu estava sendo remanejada para a UAT, questionei sua decisão, mas ela disse que seria temporariamente, apenas até o momento em que ela encontrasse um novo líder, questionei ela se Carter não poderia ficar na liderança, afinal ele trabalha lá há quase quatro anos, mas ela alegou que Carter não estava pronto e muito menos seria o mais apropriado, questionei ainda o fato de não ser um membro efetivo da UAT, mas ela disse que eu estava por dentro do que estava acontecendo e era mais do que capaz de gerir a equipe, até ela achar alguém capaz. Então sendo assim, sai do escritório de Strauss como a nova chefe temporária da UAT. Logo que sai do escritório de Strauss, fui direto para Aaron lhe contar o que aconteceu, claro ele manteve a opinião de que eu deveria ter extremo cuidado, dado as circunstancias da morte de Collins, ainda me perguntou se eu realmente queria isso e claro se seria mesmo temporário.

“Chegamos” ele anunciou. O funeral estava cheio de pessoas influentes: alguns políticos, promotores, o vice diretor do FBI, fuzileiros aposentados que serviram com ele, o que inclui meu pai, entre outros. Não pude deixar de pensar no que ele me disse certa vez: Quando eu morrer, toda essa gente que faz de tudo para que me aposente, irá dizer que eu era um bom homem e foi uma honra trabalhar comigo. Fomos até Sônia, esposa de Collins, prestar nosso respeito, ela me reconheceu e me deu um pequeno sorriso.  

Após o enterro, meus pais se aproximaram de nós dois, papai em um terno elegante e mamãe em um de seus vestidos de negócios, negro. Saimos nós quatro e papai comentando “Ele sempre disse que morreria em serviço. Espero que vocês peguem os culpados” Ele disse olhando para mim e levando uma cotovelada da minha mãe. Somos convidados para almoçar na casa deles, mas Aaron diz que precisa ir para a UAC e eu digo que preciso ir pra casa, fazer algum trabalho.

Duas horas depois que cheguei em casa, ainda estava mexida com essa coisa terrorista/perda de alguém e decidi fazer uma visita a alguém da família, corri no cofre e peguei minha ID e arma, não que estou pensando que essa pequena visita de família será um caos, mas quero apenas garantir que entrarei. Peguei meu SUV e dirigi em direção a casa em que Elijah está escondido, claro, dei algumas voltas, para evitar de ser seguida e finalmente cheguei ao meu destino. Como temia não ser reconhecida, logo mostrei minha ID, a moça logo que leu o sobrenome, me deixou entrar e me guiou até o escritório onde Elijah tanto ficava. Encontrei ele lendo um livro, que acredito estar em russo “Boa tarde irmãozinho” ele sorri ao me ver, me aproximo dele e o abraço “Ei, o que houve com você petit¹?” “Um colega foi morto” disse ainda agarrada a ele, quando nos afastamos, ele me analisou e disse “Por favor não diga que veio me ver, porque acredita que eu não irei sair dessa” rolei os olhos e um pequeno sorriso me escapou “Você é um Prentiss frérot²” ele riu “Você está parecendo mamãe Em” eu sorri e ele se levantou, caminhando na direção de seu mini bar “Seu amigo merece um brinde?” ele perguntou com dois copos em mãos “Sim” ele serviu uma dose de whisky para cada um de nós, “Aos amigos” ele brindou, “Aos amigos” eu repeti. “Foi Collins, não sei se você lembra, ele serviu com papai” “Não foi ele seu mentor?” Fiz que sim com a cabeça “Ele sempre dizia: Não me importo com seu sobrenome menina, prometi há um amigo que você ficaria viva, então não reclame do treinamento.” Sorri fracamente, me lembrando que ele realmente não facilitou as coisas para mim “Ele era um tanto cruel, mas ele me ajudou a me tornar uma boa agente”.

 

 


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Notas finais do capítulo

Traduções:
¹ Pequena (francês)
² Irmãozinho (francês)

Então????
Bjss e até logo :*



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