Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 85
Atendimento #085: Jegue


Notas iniciais do capítulo

Você acha mesmo que a estupidez possui limites? Você precisa urgentemente rever seus conceitos.

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679050/chapter/85

Atendimento #085: Jegue

Ser burro é algo normal, sério aceite que você é burro em alguma coisa nessa vida. Porém ser burro em alguma coisa não é justificativa para você ser burro em tudo! Ezequiel louva as pessoas desprovidas de massa cinzenta, curioso não? Mas pense comigo se todos fosse espertos ninguém ligaria para uma central de suporte para pedir ajuda, o que acarretaria na demissão de nosso herói e inexistência desse tomo.

— Com quem eu falo? — Amanda questionou o cliente sem nem mesmo tirar o chiclete da boca.

— Tá.

— Tá o que? Tá da hora, ta feliz? — A garota revirou os olhos fez um movimento de hang loose e o passou pelos braços em pequenos espaços.  — Tá tranquilo?

— To sim e você ?  — A garota já notava que o cliente era um homem e que provavelmente possuía algum lag mental.

— Eu particularmente ficaria melhor se o senhor me dissesse o quer, ou então se deligasse por que ai me faria um imenso favor. — Estourou uma bolha da goma. Ezequiel a olhou como que pergunta “Por que se tá tão estressada vey? ”—  Que foi eu to errada?

O cliente ouvira a pergunta, sua mente se confundiu com as  falas da atendente, não sabia se respondia alguma coisa séria ou não, devido a isso o mesmo permaneceu em silêncio.

— Senhor? — A garota chamava pelo infeliz. — Senhor está me ouvindo. — Mais uma vez, se ele não respondesse ela poderia encerrar a chamada. — O senhor está aí?

— Oi eu to aqui sim, meu nome é Wendel filha. —  O cliente finalmente parecia ter ligado a chave de ignição do cérebro, entretanto ele o fez cedo demais impedindo amanda de desligar. —  Eu quero que você verifique um protocolo que eu comecei ontem por gentileza.

— Eita. —  Pensou a garota surpreendendo-se com a habilidade do cliente de falar. —  Claro senhor eu posso verificar, vou apenas precisar do numero do protocolo da chamada anterior.

O cliente parou, pensou até enfim perceber que tinha algo errado.

— A, mas eu não tenho esse numero. Precisa mesmo?

— Como o senhor quer que eu continue a porcaria da chamada anterior sem um numero de protocolo? Tá achando que eu sou a mãe diná que só precisa fechar os olhos e pá. — Estalou os dedos. — Tá tudo na minha frente? Quando o atendente pé pra anotar a porcaria do número não é de sacanagem não pô, nós aqui não ficamos zuando o cliente tipo “Olha lá vou fazer esse trouxa anotar olha só” — Bufou estressada. — Que saco.

— Desculpa por isso, eu deveria ter anotado mesmo. — Era bizarro ver ele reagir de maneira tão dócil. — Têm alguma forma de continuar o atendimento?

Amanda queria virar um dragão e arrancar a cabeça do cliente como se fosse um marshmallow em um espeto, mas ao contrário do que queria…

— Têm sim senhor passa o CPF que eu vejo. — Anunciou ela tentando ser cordial.

O cliente passou os dados para a garota, enquanto isso Ezequiel finalizava um protocolo anterior. O cliente atendido por nosso heroi fora justamente o senhor Wendel, entretanto este se recusou a anotar o protocolo.

Ao acessar o sistema com os dados do cliente ela notou que não podia realizar alterações, pois seu colega e marido ainda estava usando o registro. Colocou a chamada no mute.

— Era você que tava falando com ele? — indagou ela deslizando a cadeira para junto de sua mesa.

— Foi sim. — Respondeu meneando a cabeça. — Ele é burro que nem uma porta quebrada, mas como ele não gostou de mim disse que ia ligar de novo, acho que você foi a premiada.

— Afê que inferno. — Deslizou de volta para seu posto, retirou do mudo. — Se o senhor não gostar de mim desligue e faça isso sem pensar.

— A não se preocupe com isso, eu adorei você. — Wendel falava com um sorriso na voz. — Mas me diz, você achou o meu registro?

— Achei… — A voz de Amanda sai anasalada devido a careta de peixe que fazia. — Afinal qual é o problema que fez você ligar aqui.

— Queria cancelar o pagamento de uma conta.

— Oi? Cancelar o pagamento de uma conta? Tipo uma conta já paga?

— Exatamente isso. — Com o silêncio da atendente que não entendia como alguém poderia querer alguma coisa deles ele emendou. — É que eu paguei uma conta que não deveria.

Amanda cuspiu o chiclete e o grudou sobre outra goma que repousava já algumas semanas em seu monitor.

— Explica como é possível alguém pagar uma conta que não deveria? Aliás qual conta não deve ser paga?

— A do seu vizinho, por exemplo.

A chamada ficou em silencio, a garota encarou o colega que ria pelo canto da boca. Tirou o head e o colocou na mesa.

— Você sabia…

— Sabia do que? —  Rebateu quase soluçando. —  Que o jegue pagou a conta do vizinho e agora quer que cancelemos o valor? Sabia sim.

Amanda partiu para cima dele tentando esfolá-lo por não ter dito antes o quão jegue o cliente era.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Existem pessoas burras e existem aqueles que só querem ver o circo pegar fogo...
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do outro lado da linha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.