Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 34
Atendimento #034: Comissão


Notas iniciais do capítulo

Ezequiel, Ezequiel...se a empresa te pega dando entrevista é demissão na cara... e agora?
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #034: Comissão

Atender é um porre, prestar suporte é mais depressivo que musica melódica para solteiro. Agora vender...a isso é outra coisa, chego a ficar animado só de pensar. Ezequiel como já vimos é um faz tudo, um trabalhador exemplar, ou simplesmente um lascado que têm uma pancada de tarefas acumuladas em seu cargo. Se fossemos somar tudo acho que ele receberia o mesmo que um médio recém formado.

— Olá poderia falar com o doutor Fábio? — Com a lista de cliente aberta Ezequiel efetuava a chamada.  

— Ele se encontra em reunião no momento e portanto não pode atender senhor.

A secretária falava baixo, provavelmente estava na mesma sala que seu chefe.

— Diga a ele que é o atendente Ezequiel, garanto que ele vai me receber. —  Nosso herói tinha dois assuntos a tratar com o homem, uma era vendas o outro era mais pessoal.

Quando se trata de vendas é bem mais difícil de se lidar com o cliente, por que é o atendente que está indo em busca de alguém e não o contrário. É que nem ser homem na balada, você têm se esforçar para não sair zerado, enquanto que a mulher só sai zerada se quiser.

— Fábio Tadeu gestor do Jornal…

— Ezequiel, o atendente que seu jornalista “entrevistou” — interrompeu. As aspas Soaram nítidas em sua voz. Parecia uma coincidência incrível que justamente ele tivesse conseguido o contado do superior do jornalista. Mas o crédito disso era todo de Igor. — Eu quero tratar dois assuntos com o senhor.

Do outro lado da linha o executivo parava sua reunião para resolver aquele assunto.

— O que você quer? Eu já apliquei uma consequência no meu funcionário, espero que esteja satisfeito com uma suspensão de um mês.

Era reconfortante saber que a justiça já tinha começado a ser feita. Porém ainda não era o suficiente. Ele e Amanda perderam algumas horas de sono analisando formas de devolver a situação a altura. Além é claro se pensar em um plano B caso fosse demitido.

— Parabéns pela iniciativa Fábio, eu já estava esperando para passar o cerol na minha linha e ir na sua central para cortar todos os dedos do seu pé. — O tom sombrio de Ezequiel fez Igor, que acompanhava a chamada ao seu lado, arregalar os olhos. — Já que é assim vamos só tratar de vendas.

O supervisor estranhou a atitude e colocou a chamada no mudo.

— Tá fazendo mermão? Te dei a chance de arrumar a cagada e tu quer é vender?

Ezequiel abriu um sorriso maléfico no rosto.

— Presta atenção nisso aqui. — Apertou o mute voltando a chamada. — Vi nos registros do senhor, que sua empresa precisa de alguns painéis solares é isso mesmo?

— Eu...err acho que sim, mas eu preciso conferir isso só um momento.

Painéis solares, quando eu disse que vendiam de tudo um pouco na empresa de Ezequiel era de tudo um pouco MESMO!

O cliente permaneceu mudo durante alguns minutos, talvez conferindo se a solicitação era verdadeira. Por ser o chefe, coisas mais estruturais lhe passavam despercebido.

— Sim meu amigo fizemos uma solicitação para adquirir alguns painéis, mas eu acho melhor tratarmos disso uma outra hora. O que acha de conversarmos sobre um acordo?

— Está querendo comprar minha compreensão senhor? — Ezequiel sacou logo que o homem o temia. — Está querendo dizer que não quer os painéis senhor?

— Não! não é isso! — O cliente do outro lado da linha se assustou com o tom ameaçador de Ezequiel. — Eu quero os painéis, mas só quero acertar as coisas com você primeiro.

Uma lâmpada piscou sobre a cabeça de Igor, mas não por que ele teve uma ideia ou uma iluminação foi só uma oscilação de energia mesmo. O supervisor recostou-se a cadeira e passou a analisar a estratégia do subordinado.

— Então vamos primeiramente acertar essa venda dos painéis está certo? — Ezequiel estava irredutível queria a todo custo completar a venda.

O que poucos sabem é que os atendentes vendedores não recebem um salario consideravelmente bom, porém, em algumas empresas como a que Ezequiel trabalha, os atendentes recebem comissões por vendas. Aquela ligação seria o primeiro passo da vingança do atendente com o jornal.

— Certo então ficamos acertados a quantidade de cento e cinco painéis solares é isso mesmo senhor?

O cliente não fez a conta, tentava não calcular o nível de prejuízo que a compra lhe traria, porém aquilo era melhor que um processo.

— Sim, já está certo vamos finalizar a compra.

Com um sorriso no rosto Ezequiel começou a finalizar os dados em seu sistema.

— Você é burro, não vai ter outra chance de falar com esse cara. — Igor não acreditava na atitude de Ezequiel. — Porque você vendeu tantos...— Parou por um momento. A luz piscou de novo. Olhou para cima. — Lâmpada de bosta. — Começou a calcular. — Se para cada painel você consegue uma comissão de cinco porcento e foram um total de cento e dois painéis.

— Cento e cinco — Corrigiu o atendente sem nem colocar a chamada no mudo.

— Seu filho da…

Ezequiel virou-se para ele sorridente fazendo parar a frase na metade.

Cada painel custava onze mil reais, a venda totalizou mais de um milhão de lucro para a empresa. E o atendente sabia que sua comissão seria cinco porcento de todo aquele valor.

— Foi um prazer atendê-lo senhor Fábio. Aguarde por mais informações minhas em breve.




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Notas finais do capítulo

Ezequiel, o vingador :D

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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