Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 224
Atendimento #224: Cachoeira marrom


Notas iniciais do capítulo

Quando os irresponsáveis fazem bosta...ela sempre desce para o andar de baixo.
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Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #224: Cachoeira marrom

 

Uma coisa que ninguém nota enquanto está sendo atendido é os ruídos que a operação faz, não estou me referindo a outras chamadas, estou me referindo a pronunciamentos de supervisores, pessoas sendo perseguidas, outras pessoas morrendo de susto ou mesmo uma obra acontecendo no andar de cima.

— Qual é o problema dessa galera? — Ezequiel ouvia os barulhos de marretas acertando concreto no andar de cima. — Os caras não sabem que aqui têm uma empresa de suporte?

— Só um momento senhora. — Amanda colocou no mute. — Sei lá, esses asnos querem construir um metrô no terceiro andar e esquecem de nós aqui.

As marretadas pararam durante alguns minutos. Aquilo já se seguia durante todo o dia, uma série de pancadas, depois uma tempo de pausa, ao que tudo indicava os trabalhadores estavam trabalhando e relaxando durante o expediente.

— Senhora,— O ruído que pareceu de uma britadeira começou a incomodar a cliente e a atendente.

— Que que está acontecendo por ai minha fia? Seis tão na rodoviária por acaso?

— Nada senhora, a rodoviária ainda parece um estúdio de gravação comparado a isso daqui.— Amanda leu o protocolo da cliente que retornara após alguns minutos. — A sua impressora fica fazendo barulhos estranhos e soltando pelos? É isso mesmo?

— Sim ela fica, Isso começou quando minha filha disse que tinha trocado uma das peças da impressora.

Novamente os barulhos começaram, algumas pessoas pararam o atendimento para ficar a observar uma das lâmpadas tremendo e piscando.

— Eu realmente estou começando a imaginar que estão fazendo uma linha de trê ali em cima. — Ezequiel foi até em baixo da luz que tremelicava.

— Filha você não quer que eu ligue novamente?

— Não precisa senhora, eu quero mais que  empresa saiba que os vizinhos dela são uns elefantes malucos que não sabem fazer obra fora do horário comercial. — Pigarreou. — Vamos lá vou pedir que a senhora abra a sua impressora para verificarmos se a peça que a sua filha comprou estava certa.

— Ah moça eu não entendo disso não. — A cliente era humilde e admitia que era leiga no assunto, uma atitude nobre que pouquíssimas pessoas realizam. — Eu posso até chamar minha filha para falar com você mas eu não vou abrir isso não.

— Vai moça é só levantar a tampa e me contar o que têm dentro dela, nãoo precisa saber física quântica para cuidar do próprio produto...— A garota colocou no mute. — Nem para trabalhar aqui inclusive.

— AI moça, tá se eu fizer alguma besteira a culpa é sua.

— Não esquenta senhora vamos lá, coloca a mão por baixo da bandexa digitalizadora e levanta.

Sim mas tarefa dessa simplicidade torna-se quase que um transplante cardíaco para uma pessoa leia. Para se ter ideia a cliente não conseguia imaginar nem o que era bandeja e muito menos o que “digitalizadora”, dali até finalmente a abertura da impressora foram-se sete minutos de muito sufoco e suor, além é claro de muita barulheira.

— Garota, eu não sei, eu posso até ser leiga no assunto mas eu tenho certeza que isso aqui é muito anormal de acontecer.

— O que foi dona? O que têm dentro da impressora?

Ezequiel já havia perdido a paciência dos barulhos e pegou uma vassoura para bater no teto de forma a avisar os colegas de edifício do ruído mais ensurdecedor que turbina de avião.

— Aqui dentro da minha impressora têm um gato dormindo.

— Um gato? — Amanda quase que deu um salto sobre a cadeira. — Como assim? Ele tá vivo ?

— Acho que sim deixa eu ver. —  A mulher encostou no bichano que acordou e saiu de dentro do produto em um salto. — Meu deus, que susto. E agora? Como eu resolvo isso?

— Ezequiel. — Amanda chamou o marido no mute.

Uma, duas, cinco pancadas.

— Ezequiel tinha um gato na impressora da mulher. — Ela gritava pois os barulhos estavam altos demais para se ouvir.

— É o que? —

Emputecido com o furdúncio ele bateu no teto com toda a força. A manobra foi suficientemente forte para criar uma rachadura, esta que se abriu após uma martelada de alguém no andar superior. Por alguma razão que nem Ezequiel nem o pedreiro souberam dizer, ali passava um cano...de esgoto do banheiro, o que gerou uma cachoeira marrom.

Amanda encarou o supervisor e marido todo sujo.

— Pode ficar ai, eu me viro.

 


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Notas finais do capítulo

Que cheiro horrivel deve ter ficado..
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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