Do outro lado da linha escrita por LcsMestre
Notas iniciais do capítulo
Sabe aquele tipo de amigo que só faz bosta? Pois é, na operação sempre têm desses..
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)
Atendimento #188: Visita técnica
Culpar os outros pelos seus problemas é a coisa mais normal que todo o ser humano, estando bêbado ou mesmo sóbrio faz. O atendentes em sua maioria tem um problema sério de culpa, tudo é culpa deles; se o cliente derramou água no ventilador dele a culpa é do atendente, se o produto não chegou por que o entregador foi abduzido a culpa é do atendente, se o cliente pegou a mulher com outro cara na cama dele a culpa é do atendente.
— “Como assim eu peguei uma cliente que me deu mole e o marido dela pode ligar aqui para reclamar?” — Nosso herói parou o relatório que estava escrevendo no mesmo instante.
— Pois é cara, ela me deu mole fui lá e peguei. — Cássio falava com Ezequiel como se fosse a coisa mais normal do mundo. Tá...realmente é normal um cliente dar em cima do atendente, mas geralmente estes são do mesmo sexo do operador e mais geralmente ainda o atendente RECUSA o assédio.
— Cara você realmente tá falando sério? como isso aconteceu?
— Ah! aconteceu entre os atendimentos #135 e #140 eu atendi ela, fui na casa dela, coloquei ela de quatro e…
— Não! Chega! — Meneou a cabeça em negativa. — Cara se fosse na mesma quebrada os caras iriam te passar rapidinho. Um amigo meu perdeu o pai nessa graça sabia?
— Entendi, só tô avisando pra que se alguém ligar procurando por mim você fala que eu não trabalho aqui beleza? — O atendente suava como se estivesse em uma saúna, seus olhos estavam atentos a todas as entradas, ele parecia um viciado que deve para os caras da favela.
Como se fosse uma espécie de deixa a voz de Amanda reverberou pelo corredor da operação fazendo com que as calças do atendente ficassem mais pesadas.
— Cássio? Ah sim senhor ele trabalha aqui sim, só um momento que eu vou chamar.
Com a mão na cara Ezequiel sentia o cheiro fétido subindo, ou nesse caso descendo, das calças do subordinado.
— Vai lá se limpar que eu dou um jeito.
Amanda se aproximou da mesa do marido e sentiu o cheiro incômodo.
— Suas pregas já estão falhando mocinha? — Meneou a cabeça em negativa. — Eu pensei que iria durar mais, que pena. Enfim eu to com um cliente.
— Eu já sei, vamos lá.
Nosso herói foi até a mesa de Amanda, sentou-se e colocou o headphone na cabeça. Procurando por um apoio nosso heroi encontrou um apoio para os pés, entretanto ao se posicionar sentiu que a base se movia.
— Que que…
— Ô rapá bora sair de cima? — De baixo da mesa o anão bombado reclamava do encarregado. — Pode mais arrumar as P.A’s em paz não? — Lindomar saiu indignado murmurando insultos enquanto ia buscar um novo filtro de linha.
— Enfim, — Pressionou o botão do mute. — Ezequiel supervisor da operação com quem eu falo?
— Eu não quero falar com o supervisor, quero falar com o covarde que pegou a minha mulher.
— Calma ai, vamos por partes vamos voltar o assunto antes da introdução.
— Introdução? — O cliente não entendeu.
— É ué, você não tá falando que um atendente corneou você? Entao… vamos voltar o assunto antes da introdução dele nela.— Amanda segurou a risada dentro das bochechas. Nosso heroi continuou. — Primeiro vamos entender por que a sua esposa ligou aqui, está bem?
— Eu pedi pra ela ligar e mandar um técnico vir aqui em casa para prestar uma assistência.
— Mas senhor, — O supervisor tinha o olhar de quem vê a piada pronta se aproximando e faz um sinal para ela parar ali. — o técnico prestou assistência não foi?
— Como é? Você percebe o que você está falando? O técnico deveria arrumar a televisão!
— Claro que eu percebo, aqui tá escrito que foi solicitado uma “assistência residencial” Não foi especificado em nenhum momento o que era para ser feito, sendo assim eu não tenho como punir o técnico por dar uma mão, ou nesse caso o corpo todo, para sua esposa.
— Mas como assim? Tá dizendo que a culpa é minha?
— Não senhor, de forma nenhuma. O que eu estou dizendo é que o técnico foi a residência, concluiu o serviço e retornou para a operação.
— O Serviço que você tá falando é pegar a minha mulher, seu lixo! O que você faria se visse sua mulher com outro macho na sua cama?
Ezequiel olhou naquele instante para sua esposa que devolveu o olhar com um sorriso.
— Eu sentiria muita pena dos orifícios dessa pobre alma.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Acho que ninguém aguentaria as tortura sádicas da Amanda...
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D