Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 151
Atendimento #151: Olho no olho


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaa aquele desavença... sabe quando você têm vontade de ficar olho no olho com seu pior inimigo?
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #151: Olho no olho

Quando se pensa em suporte imagina-se logo de cara uma imensa central com um bando de pessoas de headset vestidas de jalecos e com diversos produtos ao seu alcance para lhes auxiliar da maneira correta. Sinto dizer que não é assim que funciona.

Uma central parece mais um zoológico de pessoas, não que os atendentes trabalhem nús, o que não seria ruim na realidade. O que acontece é que, todos com seus headsets e mesas separadas parecem animais em gaiolas; alguns eram mais semelhantes as primatas, comiam cascas de bananas e ficavam se pendurando nas cadeiras e divisórias; Outros eram mais propensos a repteis. Amanda era mais próxima ao joão de barro que constrói sua casa apartir de barro, só que no seu caso era chiclete grudado no monitor.

— Mas ele já está saindo da empresa, quem foi o retardado que decidiu isso?

Kauã perguntava isso pois Igor fora selecionado para fazer uma visita à uma autorizada da empresa.

— A "retardada" — Ezequiel enfatizou as aspas.— disse que queria ir com ele justamente por isso.— Passou dando de ombros para o rival e retornando para sua mesa.— Mas pode deixar que eu falo para a Dona Catherine sua opinião.

Igor, Catherine e um gestor foram até uma autorizada verificar como estavam os procedimentos internos. Alastor tinha outro objetivo além de vistoriar, uma missão que ele mantivera na cabeça desde quando ficou sabendo do incidente. Parecia o capitão que caçava a mobidick, mas o animal era outro.

— Sério mesmo? — Amanda não engolia a ideia de seu encarregado. — Por que você não fez isso daqui?

— Fia, o que é mais seguro e divertido? Mandar os caras conferir registros ou ficar olho no olho com o culpado e dizer: ARRÁ!? Diz pro pai. — Alastor ligara para a central apartir da autorizada. — Agora vê ai quem foi o técnico responsável pelo reparo dos mp3 e do tablet dos clientes. Bora ver como esse pacote de sal chegou aqui.

— Vou conferir, mas ainda acho que é uma imbecilidade grande.

Enquanto Amanda procurava os registros da ordem de serviços dos clientes, uma voz conhecida soou pelo telefone.

— Eu já disse que esse troço veio assim, não têm como ter sido um erro nosso.

— Oi? Andressa? O que você faz aí? — Indagou a esposa de Ezequiel.

— Eu to gerenciando essa autorizada menina, esqueceu disso? — Respondeu a prima de Ezequiel se debruçando sobre o ombro de Igor, este se por sua vez a desgrudou como se esta fosse uma catota de nariz. Amanda, bem como todos os demais operadores, não sabia para qual autorizada Igor e Catherine haviam ido, curiosamente era a mesma que Andressa tomava conta.— E o bebe? Foi fazer a ultrasom? Ai eu quero muito ir na casa de vocês mas eu tô tão a atarefada que.

Catherine segurava a fofoqueira pela cintura a arrastando para longe de Igor, ao fazer a voz de andressa ficava mais baixa aos ouvidos de Amanda. Enquanto isso a Ex major retomara o foco e terminava a verificação.

— Eu to vendo aqui que foi a Priscila...

Fêz-se silêncio na autorizada. Amanda não via mas todos procuravam ao redor pela mulher. A mulher responsável pelos produtos era a mesma que ficara grávida sem nem conhecer o parceiro, isso mesmo aquela do atendimento #127.

Como se fosse uma deixa a porta da autorizada se abriu e por ela passou Priscila. Cabisbaixa ela segurava uma garrafa de alumínio com a tampa pressa entre os dedos na mão esquerda, já na direita levava o que parecia uma sacola de feira cheia de legumes.

— Igor? — Amanda estranhou a falta de ruídos na ligação.

A técnica de Andressa caminhou quieta para dentro da loja, todos a seguiram com os olhos em silêncio. Lá dentro viram que ela começava a embalar algumas coisas em uma caixa enquanto murmurava algo.

— Sem pai, vai crescer sem pai...

Ela não notava ninguém, só fazia o que tinha de fazer mecanicamente. Parecia um zumbi, uma zumbi grávida por sinal.

Tirava um item da sacola, embalava, lacrava e colocava no canto. Rabanetes, cenouras, tomates. Todos embalados dentro de caixas de produtos diversos e enviados para os clientes.

— Hey chefia, acho que achamos o problema por aqui. — Anunciou Igor pelo telefone. Trotando ele se aproximou da técnica e apontou-lhe o dedo indicador na cara. — ARRÁ! — Após um minuto de puro orgulho próprio Igor se recompôs.— Tô voltando para a central. Falou macacada.

 


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Notas finais do capítulo

Aliviante descobrir quem é o culpado de uma cagada não??
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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