Meu namorado pop star. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Os amigos da Davina




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P.O.V. Kol.

Eu gosto de sair á noite e L.A. tem muito o que fazer. Então, eu vi um bando de garotos pichando a parede.

—Vocês não deviam estar fazendo isso. É contra a lei.

—Se liga cara, a gente não é criminoso não. Somos artistas, temos autorização do dono do muro e alvará da prefeitura. Não tamo fazendo nada contra a lei.

—Não?

Ela veio desfilando graciosamente e disse:

—Não. Isso não é pichação, é grafite.

—Deixa pra lá Rod, vamos continuar.

—Seu nome é Rod?

—Não. Meu nome é Rodnei e esse é o Niltinho.

—Rodnei?

—E o seu nome qual é?

—Kol.

O moleque deu risada.

—Tá falando sério? O que a sua mãe tinha na cabeça pra te colocar esse nome?

—Pô Rod, tu odeia quando zoam o seu nome. Deixa o cara ai.

Aquele monte de moleques com tinta spray na mão pichando o muro. O guarda veio e eles mostraram uns papéis e pronto ele foi embora.

—Viu? Não somos bandidos. Somos artistas.

—Vocês ganham pra fazer isso?

—É. É o nosso serviço cara, e é um serviço tão digno quanto qualquer outro.

—Sei.

Eles continuaram pintando a parede.

—Porque trabalhar a noite se é tudo legalizado?

—Porque á noite tem mais movimento, dá pra divulgar melhor o trabalho da Crew.

—Crew?

—Borralho Crew. Borralho é o bairro onde o Rodnei e o Niltinho nasceram, fica no Rio de Janeiro. Eles moraram lá até os quatro anos e logo vieram pra cá e fundaram a Crew para honrarem o bairro onde nasceram e continuar disseminando sua arte.

—E os pais desses meninos?

—Os pais deles foram embora quando descobriram que as mães estavam grávidas e como elas eram amigas uma ajudou a outra. Elas conheceram os maridos, eles se apaixonaram e trouxeram eles pra cá.

—E você?

—O que tem eu?

—Como os conheceu?

—Somos vizinhos. Nós crescemos juntos, foram eles que me ensinaram a falar português, as mães deles insistiram em ensinar português pra eles. Eles vão sempre de viagem pra lá visitar os parentes.

—Você conhece esse cara ai Dada?

—Não me chamem de Dada. Eu odeio!

—Tá bem Davina.

—Obrigado.

—De nada.

Ela me apresentou para o grupo de garotos e garotas.

—Eu sou Zara. E ai?

—Olá.

—E de onde foi que saiu essa figura Davina? Olá? Ninguém mais fala olá dez de o século quatorze.

—Na verdade no século quatorze o cumprimento era Bons Dias, boas tardes e boas noites.

—Sei. Cada maluco.

—Como você lava esse seu cabelo?

—Não lavo. Não com tanta frequência. Se não os Dreds se desfazem sacou?

—Parece que estamos de volta a idade média. A como eu odiava á idade média quase tanto quanto os anos sessenta.

—Você viveu na Idade Média? Então, eu tava certa e você é mais velho que o tio da Sarah.

—Amor, eu sou um Original.

—E eu vou querer saber o que é isso?

—Meus irmãos e eu somos os primeiros vampiros do mundo.

—Uau! E vocês nasceram assim?

—Não. Eu já fui tão humano quanto você, mas graças á minha mãe eu não sou mais.

—A quanto tempo você... é assim?

—Eu tenho mil anos amor.

—Porque tá me chamando de amor? Eu não tenho nada com você. Kol, eu ouvi as histórias... quando você era vampiro você era...

—Um maníaco psicótico. Mas, eu não tinha você.

—Eu. Porque eu?

—Porque você é especial. Você é alguém por quem vale a pena ser bom?

—Você tem que ser bom não por minha causa, mas por sua causa.

Eu vi o medo nos olhos dela.

—Eu prometo que pode confiar em mim.

—Isso é tão errado de tantas formas.

—E porque?

—Porque eu tenho plena certeza de que alguma parte sua por mais mínima que seja me quer morta.

—Eu não te quero morta.

Ela se aproximou devagar e quando estávamos á centímetros de distância perguntou:

—Tem certeza?

—Tenho.

Eu a beijei e ela correspondeu.

—Eu já vi dar certo uma vez. E eu quero. 

—O que quer dizer?

—Uma bruxa e um vampiro. Ele é diferente de você, muito diferente. Fisicamente, ele é muito mais bonito parece feito de porcelana, os olhos são amarelos ou dourados, a pele é gelada. Mas, ele é um cara legal.

—E quem é ele?

—Um amigo. No fim eu descobri que os vampiros não eram essa coca cola toda que falavam.

—Como assim?

—A maioria nem mata mais. Vive de sangue doado ou de sangue animal.

—Sério?

—Sério.

—Eu queria te dar isso.

—Que lindo.

—É pra te proteger. Tem verbena dentro.

—Eu sei pra serve a verbena. Protege os humanos do controle mental e intoxica os vampiros.

—Como sabe disso?

—Hello! Bruxa.

—Claro. Que tal um encontro? Um de verdade?

—Vai ser demais. Quando e onde?

—Amanhã. Te pego ás sete e vou te levar ao Cherrie's Buffett.

—Opa, esse é restaurante mais caro de Los Angeles. Eu não dinheiro para pagar aquilo.

—Um verdadeiro cavalheiro nunca deixa a dama pagar a conta.

—Não precisa fazer isso. Pode me levar pra comer pizza. Só eu vou comer mesmo.

—Porque?

—Você é um vampiro. Vampiros completos não comem comida de gente.

—E quem te disse isso?

—Você come comida normal?! To chocada.

—Te pego ás sete.

—Ta. E com que roupa eu vou?

—Não sei.

—Olha, eu nem sei como me vestir pra ir num lugar desse.

—Deixe isso comigo.


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