Descendants - In Reverse escrita por Meewy Wu


Capítulo 11
X - Estamos Vendo Alguma Coisa Acontecer...




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—Eu não quero ser chata... – Falou Dany, sentando-se em frente a Ethan em uma mesa de piquenique nos jardins – Mas eu avisei!

—Está sendo bem chata – ele murmurou, sem encara-la. – Eu não entendo o que aconteceu...

—Cindy é uma princesa, Ethan, e na cabeça dela, princesas e príncipes são a única coisa boa o suficiente para se cercar! – Dany deu os ombros – Ela não se importa com ninguém...

—Mas eu me importava com ela, isso não vale de nada? – perguntou ele – Eu fiz o dever de casa dela!

—Nossa, isso sim é um relacionamento baseado em amor e confiança – ela revirou os olhos.

—Não quero amor e confiança, quero um castelo! – ele exclamou.

—Construa um – ela deu os ombros – Tem uma aula na escola, muito interessante... Chama-se arquitetura real!

—Não só um castelo! Quero ouro, uma coroa, um título – ele arfou – Você não entenderia...

—Não entendo mesmo – ela deu os ombros – Por que precisa de tudo isso?

—Eu não sei – ele respondeu – Eu simplesmente sei que preciso, está no meu sangue.

—Nossa... – ela suspirou, se levantando – Bem, boa sorte com seu drama interno. E sobre a Cindy, prepare-se, isso ainda está longe de acabar!

—O que quer dizer? – perguntou ele.

—Você não faz ideia de como a Princesa Charming é boa em arruinar aqueles que não precisa mais  - ela deus os ombros – Boa noite...

—Espera – ele gritou – Como está Boa?

—Dormindo, mas vai ficar bem – ela sorriu – Graças a Maison, não ouve nenhum dano grave.

—Ainda bem – ele sorriu.

...

Jullie sentou na ponta da mesa, apoiando a cabeça na mão, os meninos riam engolindo pedaços inteiros de pizza, e brindando com latas de refrigerante, mas algo dentro dela se contorcia. Ela viu Andrew e Cindy entrarem abraçados pela porta da pizzaria e seu estomago retorceu.

Ela não sabia exatamente o por que daquela sensação estranha, talvez fosse a insensibilidade de Cindy de vir até aqui com eles quando todas as outras líderes de torcida estavam na escola preocupadas com Boa, mas desde quando ela se importava com esse tipo de coisa?

—Hein, baixinha, qual o problema? – perguntou Laurent, se sentando ao lado dela.

—Nada, só não costumo sair muito... – ela deu os ombros – Estou com dor de cabeça!

—É, eu entendo, isso não é muito a minha praia também – ele sorriu – Eu soube que você arrumou uma boa confusão no vestiário hoje, hein?

—É... – ela assentiu, seu olhar vagando para o casal do outro lado da mesa – Andrew ficou bem irritado comigo.

—Bem, ainda bem que vocês não levaram isso para o campo, vocês formam uma ótima dupla – ele sorriu, dando um gole no refrigerante.

—Só no campo mesmo – as palavras lhe escaparam antes mesmo que ela pudesse conte-las. Ele pareceu entender. – Eu vou embora...

—Eu vou com você! – ele falou, se levantando.

—Não...

—Eu insisto – ele sorriu, passando o braço pelos ombros dela, enquanto saiam da pizzaria. Já longe as portas do lugar, eles se afastaram.

—Obrigada – ela sorriu – Não sei o que está acontecendo comigo.

—Esse tipo de coisa é confusa mesmo – ele sorriu, enquanto andavam pela rua a caminho da escola – Será que você poderia... Fazer uma coisa para mim?

—Claro, o que? – perguntou ela, sorrindo.

—Diga para Carly que ela estava incrível hoje – ele sorriu, enquanto chegavam a frente a escola.

—Por que você mesmo não diz? – perguntou ela.

—Não sou tão corajoso assim – ele deu os ombros.

—Tudo bem – Jullie sorriu, enquanto entravam na escola – Eu falo... Boa noite. E mais uma vez, obrigada.

—Eu é que agradeço – ele sorriu, enquanto ela subia correndo as escadas.

...

Dois dias depois, na aula de biologia, Ethan revirava a mochila.

—Procurando alguma coisa? – perguntou o professor, o encarando e em seguida erguendo o espelho dele. – Obrigada Cindy. É gratificante ver alguém que ainda respeita o código de honra.

Cindy deu um sorrisinho orgulhoso para Ethan, enquanto Dany parecia murmurar algo sobre o que ela poderia fazer com seu código de honra.

—Vou recomendar sua expulsão hoje mesmo – ele falou.

—Sr. Deley, eu...

—Sr. Deley, não seja tão severo – Dany falou, calmamente, o cortando – Não pode expulsar Ethan se não viu de fato colando, e como ele não estava com... Seja lá o que for isso!

—É um espelho mágico – ele murmurou, e Dany lhe chutou por baixo da mesa.

—Ele provavelmente precisava de outro lápis, ou algo do tipo – Dany continuou – E se o senhor, digamos, der outra chance a ele?

—O que a senhorita sugere, Danielly? – perguntou o professor, curioso.

—Bem, claramente não dá tempo de fazer uma nova prova agora, já é quase hora do almoço – ela continuou – Mas digamos, hoje a tarde? Tem algum período livre?

—Bem, tenho o terceiro período da tarde livre – ele assentiu – Mas não acho que dê para fazer uma nova prova até lá!

—E as provas que fizemos no mês passado? Foi antes dos alunos da Ilha terem chegado aqui – ela sorriu confiante.

—Humm, certo... – ele sorriu – Gosto da maneira como pensa, Danielly. Tudo bem Ethan, se passar na prova de hoje a tarde, devolvo seu espelho, você continua na classe, e fingimos que nada disso aconteceu... Se não, será expulso! Boa sorte. – o sinal bateu – Muito bem turma, podem deixar suas provas sobre minha mesa e ir para o almoço... Ethan, já que está prova não será mais válida, sugiro que use-a para estudar até hoje a tarde.

—Vamos – Dany segurou o pulso dele, o puxando para fora da sala – Rápido.

—A onde? – perguntou ele.

—Um lugar mágico, chamado biblioteca – ela sorriu – Fazer uma coisa mágica, chamada estudar!

—Nunca vou aprender isso em três horas – ele falou, a encarando – Sou um caso perdido.

Ela o puxou para dentro de uma grande sala, cheia de prateleiras e livros.

—Sozinho? É, você nunca aprenderia... Mas para sua sorte, eu não só já fiz essa prova como eu mesma a montei – ela sorriu .

—Então, vai me dar as respostas? – ele perguntou, esperançoso.

—Claro que não – ela revirou os olhos – Vou tentar te ensinar algo nesse meio tempo. Acho que não se importa em matar algumas aulas, não é?

—Por que quer tanto me ajudar? – perguntou ele, confuso.

—Por que essa provavelmente vai ser a minha única chance de mostrar a Cindy que ela não pode manipular a todos o tempo inteiro – ela deu os ombros – e você não vai tirar isso de mim!

Ele sorriu – Gosto da maneira como você pensa!

...

—E então, como foi? – perguntou Dany, parada do lado de fora da sala enquanto Ethan saia, com uma cara triste – Não, nem fala, me deixa ver.

—Toma – ele entregou para ela a prova.

—Você conseguiu – ela sorriu, o abraçando  e se afastando em seguida – Desculpe! Mas enfim... B+, isso é incrível! Parabéns!

—Então... Acho que no fim magia não é a única solução para mim – ele sorriu, vitorioso.

—E o crédito é todo seu – ela sorriu – Sei que isso vai parecer muito nerd, mas não é bom saber que você conseguiu por si mesmo?

—Eu tive uma boa professora – ele sorriu – Não teria conseguido sem você!

—É, você tem razão – ela assentiu, rindo.

—Obrigada por acreditar em mim – ele sorriu – Acho que está na hora de eu retribuir!

—O que quer dizer? – ela ergueu uma sobrancelha.

—Bem, você já deixou bem claro que eu não sou seu tipo... – ele balançou a cabeça – Mas alguém por ai deve ser... E não vai conseguir impressionar ninguém com sua aparência!

—Não quero impressionar ninguém – ela deu os ombros. – Se alguém for gostar de mim, não quero que seja pela minha aparência.

—Tudo bem, então não vamos tratar dos outros – ele deu os ombros – Vamos falar de você. De você gostar de si mesma quando se olhar no espelho!

—Mas eu gosto da minha aparência – ela gemeu – É legal que queira fazer algo por mim, mas de verdade, só a chance de ver a cara da Cindy com raiva em toda a aula de biologia já me satisfaz!

—Por que odeia tanto ela? – perguntou ele – Cindy, quero dizer...

—Isso não importa – ela deu os ombros – É algo que aconteceu a muito tempo.

—ETHAN! – gritou Maison, marchando até eles – Procurei você em toda a parte...

—O que é? – perguntou ele, confuso.

—Boa foi liberada da enfermaria, e ela quer sair para... Um encontro! – ele exclamou.

—Nossa, assustador – Riu Dany – Cuidado pra não aborrecer ela, ou ela se transforma em fera!

—Muito engraçada – Maison franziu a testa, e se virou para Ethan – Vai me ajudar ou não?

—Certo, certo – ele falou, e se virou para Dany – Essa conversa ainda não acabou!

—ETHAN! – gritou Maison, enquanto seguia para longe.

—Estou indo – gritou ele, correndo atrás do amigo. – Você precisa trocar de roupa, passar um pouco de gel no cabelo, e... Que cheiro é esse? Você ao menos escovou os dentes hoje?

...

—Ah, que coisa mais adorável... – falou Cindy, andando ao lado de Dany.

—O que você quer? – perguntou a outra, respirando fundo.

—Te parabenizar pelo ótimo trabalho que fez com Ethan – sorriu Cindy – O professor me contou que ele se saiu muito bem na prova, e, sabe como é, eu não podia ficar andando por ai com alguém burro.

—Boa sorte com isso, acho que pela primeira vez na vida alguém te odeia quase tanto quanto eu – ela falou, estreitando os olhos.

—Acha mesmo isso? – riu Cindy – Você não entende mesmo os homens, Dany... Acha que ele vai te beijar e vocês vão ser felizes para sempre? Acha que ele vai se contentar com você? Uma menininha boba e magrela, que não sabe se vestir ou pentear o cabelo?  Se eu estalar os dedos, ele volta para mim.

—Você é tão ridícula Cindy... – Suspirou ela, e a loira agarrou com força seu braço, cravando as unhas com força na sua pele. – Me larga.

—Escuta bem, coisinha – Cindy falou devagar – Você pode ter vencido dessa vez, mas Ethan é meu. Andrew é meu! Laurent é meu! Qualquer menino dessa escola, se arrastaria aos meus pés se eu quisesse, sabe por que? Por que eu sou bonita, e rica, e uma princesa! Então saia do meu caminho se não quiser acabar com os seus pais!

—Cindy? O que está acontecendo? – Perguntou Andrew, aparecendo atrás delas no corredor.

—Nada não, eu estava pedindo para a Dany me ajudar no dever – ela sorriu gentilmente – Você já está indo para o seu jogo? Eu posso assistir?

—É claro – ele sorriu afetuosamente, passando o braço pelos ombros dela.

—Até mais, Dany – Cindy sorriu docemente, abanando para ela.

...

—Certo, não se empolga muito – Falou Maison, enquanto Ethan começava a puxar o cabelo dele e cortar com a tesoura.

—Não se preocupe, eu corto o cabelo da minha mãe desde os cinco anos – ele riu.

—Ah, então é por isso que ela usa aquele negócio tapando a cabeça? – debochou Maison.

—Muito engraçado – o outro contra-atacou. – Então, muito nervoso com seu primeiro encontro?

—Bem, eu nunca conheci meu pai, então... – ele deu os ombros – Não sei direito como essas coisas funcionam.

—Bem, eu queria poder ajudar, mas minhas experiências foram na melhor das hipóteses medíocres – suspirou Ethan. – Mas estou surpreso por querer minha ajuda, você sempre é tão independente!

—Olha, se não quiser me ajudar não precisa – Maison começou a se levantar, mas ele lhe empurrou para baixo de novo.

—Fica sentado, se não quiser que eu corte sua orelha – avisou Ethan – Mas, sério cara, estou feliz que tenha pedido a minha ajuda... Sei que você não confia tanto assim em nenhum de nós, mas vamos precisar ficar unidos se isso não der certo. Minha mãe não fica feliz quando não consegue o que quer. Branca de Neve que o diga...

—Você tem medo dela? – perguntou Maison, confuso. Ethan falava de um jeito tão suave de sua mãe.

—Sei lá, não exatamente... Ela é meio louca, e dá uns chiliques, mas... Na maior parte do tempo, ela é uma boa mãe – ele deu os ombros – Você tem medo da sua mãe?

—Só queria que ela sentisse orgulho de mim – ele respondeu – Ela parece sempre tão irritada comigo, como se eu sempre fizesse a coisa errada. Acho que esse é o único jeito que ela conhece, para demonstrar que me ama... Sendo severa até eu ser mal o suficiente!

—Bem, o que é um bom vilão sem um bom corte de cabelo? – riu Ethan – Quer dar uma olhada?

—Já acabou? – perguntou ele surpreso.

—Já – o outro sorriu – E então?

—Ficou bom – ele pareceu surpreso – Bom mesmo!

—Você duvidou de mim? – perguntou Ethan, erguendo uma sobrancelha.

—Nem por um minuto – garantiu Maison, enquanto alguém batia na porta.

—Nossa! – Boa arfou, assim que ele abriu a porta – Você cortou o cabelo!

—É... Eu... – ele se perdeu, olhando para ela por um minuto. Boa estava diferente, trocará os vestidos rodados por jeans, de repente parecendo não uma futura rainha mas apenas uma garota normal  – Eu... Eu cortei, cortei sim.

—Ficou bom – ela sorriu, colocando algo grande e pesado e suas mãos – Ah, toma... Vai precisar disso!

—Um capacete? – ele ergueu uma sobrancelha – A onde você está me levando?

—Vai ter que confiar em mim – ela deu os ombros – Vamos?

—Vamos – ele assentiu, ainda um pouco zonzo. Maison não podia negar que no mínimo aquela tarde seria... Interessante.

Ethan revirou os olhos, olhando para os dois seguirem corredor afora, e em seguida Dany vir daquela direção.

—Estamos vendo alguma coisa acontecer... – ela cantarolou, parando ao lado dele.

—O que é isso? – ele perguntou, olhando de canto de olho para o braço dela.

—Pergunte pra sua namorada – ela deu os ombros.

—Eu não tenho namorada – ele a encarou, confuso.

—Alguém deveria avisar Cindy disso, por que na cabeça dela ela é a namorada de todos os garotos da escola – ela deu os ombros.

—Isso é ridículo – ele arfou – Você não pode recusar minha oferta depois disso...

—Por que você acha que eu estou aqui? – ela o encarou – Eu aceito. Façamos do seu jeito. Eu não aguento mais lutar sem armas!


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Notas finais do capítulo

Tudo bem, muito drama hoje... AMO!
Espero que tenham gostado, não esqueçam de comentar!
Bjs, Meewy!