Um amor adolescente! escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 9
Flash Back


Notas iniciais do capítulo

Esse Flash Back começa a 5 anos atrás e vem até o atual momento, na época os nosso jovens tinham entre seus 15 e 16 anos e agora estão com seus 20 a 21, desfrutem dessa obra prima porque amei escrever esse cap. coloquei toda a emoção dentro de mim nele ( muito profundo neh) Dedico esse cap a uma amiga em especial que me deu o maior apoio desde o primeiro momento desde o primeiro cap. da outra ficc e esta ate agora me incentivando Belle Cipher esse e todo para você =D



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Flash Back 5 anos atrás

O primeiro ano do ensino médio começa igual para todos, seja você o cara popular seja você o nerd com poucos amigos, no primeiro dia de aula é dia de colocar todas as histórias das férias em dia, de contar o que se ganhou no natal ou no aniversario que foi no fim ou começo do ano, uma correria para ver qual sua turma e ver quem são os seus colegas de sala, ver quem são os novatos e se os professores ainda são ou mesmo e se não quem são.

Eu sempre fui um garoto tímido e me tornei um adolescente quieto, com poucos amigos, logo que me mudei meus vizinhos de condômino eram primos inseparáveis e acabei me tornando melhor amigo deles, nossas mãe viviam juntas em lojas e clubes e sempre estávamos correndo e brincando para lá e para cá, acabou que ao longo dos anos eu fui desenvolvendo um carinho especial pelos meninos, e sempre achei normal, afinal era filho único. Agora com meus 15 para 16 já tenho um pouco mais de noção das coisa e nessa idade que o primeiro amor acontece, os pelos e a puberdade vem com tudo, os hormônios estão a flor da pele.

Eu levei um tempo para entender que gostava de garotos e isso afetou muito meu relacionamento com as pessoas, eu me sentia sujo e me sentia como um erro na humanidade. Até aprender a lidar com isso, demorou um pouco e eu aguentei tudo calado, não queria ser motivo de desgosto para meus pais Super rígidos e que viviam se gabando que eu me casaria com uma bela moça de família e tudo o mais, então sempre tive uma namora como trunfo e quando me adaptei a meu corpo e suas necessidades evitei qualquer contato com meninos, com exceção dos meus amigos, com o tempo descobri que todo o carinho que eu sentia por um dos meninos era mais que simples carinho, era o começo de um amor.

Não sabia se ele dividia os mesmo interesses, e não queria correr o risco de estragar nossa amizade de anos. Então eu mantive em segredo todos os sentimentos que tinha por ele, um dia já com alguns meses de aula estava olhando ele jogar bola com os outros garotos ele já tinha um corpo atlético e era muito bonito, tive que me conter para não ficar olhando ele fixamente, na época eu gostava muito de escrever então tive uma ideia, escrevi uma cartinha de amor para ele, coisa boba de colegial mesmo e coloquei no meio de suas coisas, sem assinar meu nome.

Depois de ver a reação dele e como ele ficou empolgado em ter uma admiradora secreta me entristeci, depois disso pensei em parar, porém aquilo me aliviava um pouco então continuei a cada dia um poema, uma carta ou um simples bilhete, fiquei assim por semanas, até que ele começou a namorar então parei com as mensagens secretas, mais ainda mantive os sentimentos. Um dia seu primo ficou doente e fomos para o clube com nossas mães como só estávamos eu e ele fiquei muito encabulado, eu já via ele com outros olhos, já não erramos mais crianças.

Como disse antes seu corpo já era bem atlético, já havia músculos e sua barriga era bem definida para a idade, seus cabelos escuros e olhos cor de mel chamavam muito a atenção e eu suspirava cada vez que o via, estávamos nas piscinas e estávamos brincando com uma bola de praia, a piscina era grande com a borda leste mais rasa que a oeste, estávamos no meio onde ainda dava pé para nossa idade e a bola foi muito para frente, no intuito de busca-la dei umas braçadas para a direção, porem a agitação da piscina e a falta de um adulto quase resultaram em uma fatalidade, a bola continuava indo e eu atrás, porem tive uma câimbra repentina em um dos braços tudo foi repentino de mais.

Eu comecei a engolir agua e me debater na piscina meu braço não tinha mais força e a dor era insuportável, senti a agua suprimir meu oxigênio e meus peito arder meu pulmão estava forçando a entrada do ar e não dava certo, eu só sentia dor, estava perdendo a consciência quando senti alguém me abraçando, ouvia ele mandando eu me acalmar e não conseguia já estava tomado pelo pânico, então apaguei.

Era isso eu morri sentia meu pulmão cheio e não era de ar, havia uma luz no fim do túnel, ao longe muito longe ouvia uma voz chamando meu nome, em imagens borradas eu via ele sorrido, correndo atrás da bola e nadando, eu queria gritar que o amava antes de eu morrer, queria abraça-lo uma última vez, queria beija-lo mais já era tarde.

Senti o toque de algo tocando em meus lábios, eu ainda tinha consciência, por um momento senti o ar entrar, abri os olhos e senti o toque dos lábios dele junto ao meu, então virei o rosto e comecei pôr para fora toda a agua que eu tinha ingerido, e tossir, o ar ainda entrava com dificuldades, em minutos estava respirando normal, a sombra do meu salvador tampava o sol, e quando pude ver novamente olhava o sorriso cativante dele “você está bem?” apenas fiz que sim com a cabeça e fiquei pensando no ocorrido.

Ouvi gritos e adultos chegando aos berros apreçados, ainda via tudo meio turvo, lembro de ouvir minha mãe gritando com o instrutor que deveria estar nos observando e perguntando repetidas vezes se eu estava bem, eu apenas assentia com a cabeça, fomos enrolados em toalhas e nos levaram para dentro, a última coisa que vi foi a bola flutuando levemente na parte mais funda da piscina.

Ele havia me salvo com uma respiração boca a boca e mesmo sabendo que não e preciso encostar os lábios ele o havia feito assim, isso não saiu de minha cabeça, por semanas depois de minha mãe processar o clube, permaneci apenas indo para as aulas e ficando em casa no período da tarde, criei uma fobia por piscinas e clubes aquáticos.

Um dia quando abri meu livro de química, havia um bilhete bem dobrado e em uma caligrafia perfeita.

“Sempre soube que era você, esse tempo todo, você nunca disfarçou sua letra.

Não quero te alimenta esperanças, mais não podemos namorar, isso destruiria nossas famílias.

Nunca tive tanto medo de perder alguém quanto aquele dia na piscina, fico feliz que esteja bem.

PS: Te amo”

Chorei muito depois de ler aquele simples bilhete, e depois disso me afastei e me tornei amargo e aquela dor nunca cicatrizava, eu me tornei rude e os anos vieram e me mudaram, mais não mudaram meus sentimentos, ele se tornou um homem lindo com um corpo bem definido por academias e exercícios, no ano em que nos formaríamos durante uma festa onde todos estavam embriagados ele me puxou para um quarto e pediu para ficar com ele ali, que ele não estava bem, depois de comentar que no ano seguinte estaríamos no exército e que depois não nos veríamos mais ele me puxou para próximo e me beijou, eu não o empurrei ou  impedi, apenas retribui.

Ficamos ali por muito tempo nos beijando e sentindo os corpos um do outro, ele percorria meu corpo com sua mão quente e sua boca ia para meu pescoço e mordiscava minha orelha, depois nos perdíamos em beijos demorados, sua língua explorava minha boca e a minha a dele, ele me tocava e sentíamos o corpo desejando mais. Então ele parou e me abraçou e começou a chorar e dizer como aquilo era errado e como aquilo um dia iria acabar com nossas famílias e como eu tinha mudado e me tornado um valentão e quanto ele sentia minha falta.

Depois de se recuperar ele me beijou de novo e se foi me deixando ali, no quarto escuro com meu coração partido e uma dor ainda maior.

Depois que fui para o quartel me tornei forte física e emocionalmente, comecei a frequentar casas noturnas no ano seguinte a dispensa militar obrigatória de um ano e me deparei com ele várias e várias vezes com outros garotos e aquilo só alimentou mais meu ódio, eu poderia ficar com mais de um em uma única noite e nenhum se equipararia a ele e eu decidi que faria ele sofrer que faria o mesmo com ele, então um dia liguei para seu pai e em anonimato contei tudo o que sabia, seu pai como eu sabia que era autoritário juntou provas e o pois pra fora de casa, fui imprudente achei que tinha me vingado mais a dor só aumentou.

Como punição ele tentou se matar e se tivesse conseguido teria eu feito o mesmo, tive medo de ir ao hospital vê-lo, mais fui todos os dias depois que seu novos amigos o visitavam eu entrava e ficava de longe olhando e entrava no quarto enquanto ele dormia, decidi que ele ainda tinha que sofrer o que eu sofria, me sujeitei a sair com o motorista do pai dele para juntar provas e quando descobri que ele teria alta o desafiei, disse que tiraria o garoto novo dele, mais a verdade é que eu queria ele só para mim, não queria vê-lo feliz nos braços de outro, ele seria meu ou não seria de ninguém mais.

Hoje eu acordei depois de sonhar com o dia da piscina e a dor veio maior, vou até o armário onde tenho uma caixa e reviro todas as coisa nela, acho o que procuro e ligo o som bem alto para que ninguém ouça as lagrimas e depois de ler repetidas vezes um bilhete já amarelado pelo tempo o deixo na cama, onde qualquer um pode ler a confissão de um amor adolescente.


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Notas finais do capítulo

Vocês ainda me amam? deixe aqui criticas e sugestões serão bem vindas!



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