Eu estava andando pelo pátio para ir pra casa, quando ouço uma gritaria, era a voz de Castiel chamando por… Mello?

Eu sigo a voz, então vejo Castiel “correndo” atrás de Mello, então eu só vou seguindo, até que eles chegam no ginásio, eu me escondi atrás de uma árvore que tinha por lá, eles estavam conversando, Castiel ficou gritando com ele, então vejo Mello segurar a gola de Castiel… o puxar para perto… e… o… bei…jar… haha… como é?

Eles se separaram, então logo Castiel o puxa para um beijo mais aprofundado…

—…- Eu saio correndo de lá na hora.

Vou correndo pra casa, ao chegar, certifico-me de estar sozinha, começo a gritar…

*piti de Regina George*

—COMO PODE?! PORQUE?! AAAAAAAAAAAAAH!!!!! BASTARDO!!! VIADO DE MERDA!!!!!!!!!! AAAAAAAAAH!!!!!!- Eu subo ainda gritando, vou até o meu quarto, abro meu guarda-roupa, retiro meu vestido de lá, me troco, um vestido bem “Pity Party – Melanie Martinez”, prendo meu cabelo bem mal, vou até o quarto do Mello com um batom vermelho em mãos.

Sigo até o espelho de seu guarda-roupa e escrevo com o batom “I'm laughing, I'm crying, it feels like YOU dying” em volta faço uns balões de festa, ISSO MELLO FESTEJE SEU AMOR!!!!!!!! ENQUANTO PODE, PUTO!!!!!!

Vou correndo para o meu quarto, pego meu bichinho de pelúcia no qual o Mello me deu…

—Seu traíra!!! COMO PODE?!- Eu corto o bichinho inteiro e jogo tudo pela janela.- EU VOU TE MATAR!!!!!!!! ELE É MEU NAMORADO! NÃO SEU!!! AAAAAAAAAAH!!!!!!!!!!!!- Grito o mais alto que posso.

Me jogo na cama de cara no travesseiro…

—Leny! Cheguei!- Ouço a voz da traição.

—Hahaha… hahahahahaha…- Começo a rir sozinha.

—Leny?- Ele abre a porta do meu quarto, eu paro de rir e o olho com um sorriso.

—Bem-vindo de volta, irmãozinho.- Sorrio.

—Está tudo… bem?- Ele pergunta.

—Está tudo PERFEITAMENTE bem.- Sorrio mais ainda.

—… eu estou no meu quarto se precisar de algo.

—Bem… eu vou sair, então não me importa.- Digo me levantando e descendo as escadas.

—Vai sair assim?

—Algum problema?

—Nenhum… só que… seu cabelo está bagunçado e… você está descalça.

—Hahaha… é verdade… não é?- Digo.- Por acaso não roubou meu sapato?- Pergunto, vejo-o engolir o seco.

—O que quer dizer?

—… nada.- Sorrio.- Ah…

—Está de bom humor hoje, huh?

—Estou é? Hahahaha… me pergunto o porque, não é? Mello.- Sorrio.

—V-Vou pro meu quarto, okay?

—Fique bem, Mello.

Vou até a porta, ali tinha um sapato meu, eu coloquei-o e arrumei meu cabelo e saí para sei lá onde.

Vou andando por aí sem prestar muita atenção onde ia. Acabo chegando na cafeteria de Viktor, entro na mesma…

—Bem-vind… ah! Leny!- Viktor sorri para mim, eu sigo até uma mesa e me sento num canto e cruzo os braços.- Ãhn… tá tudo bem?

—Me trás um chá de camomila, tipo agora.- Digo puta da vida.

—Okay… com leite?

—Foda-se!! Só traz!!- Brigo, ele vai e logo volta, eu bebo a xícara inteira.

—Vai se queimar!

—To nem aí!

—… o que houve? Tá muito brava, cadê aquela calma que você sempre tem?

—FOI EMBORA!

—… quer conversar?

—… quero.- Digo-lhe.

—Okay, pode esperar um pouco? Vou me trocar, daí podemos dar uma volta, que tal?

—Sim…

Eu o espero, então, depois de um tempo, ele volta, nós saímos da cafeteria e fomos andar pelo parque…

—O que houve?

—Bem… meu namorado e meu irmão estão se pegando.- Digo-lhe, ele fica surpreso.

—Como é?! Porque?

—EU SEI LÁ! AQUELE VIADO RECALCADO!- Fico furiosa só de lembrar.

—Calma, okay? Já tentou falar com ele?

—Não vou falar com ele, se for pra fazer isso, será pra matar.- Digo-lhe.

—Ou! Ou! Ou! Calma lá estressadinha.

—… porque ele não pode apenas deixar meu namorado COMIGO? Sem ele para roubá-lo de mim… porque ele não arranja o dele?- Pergunto, Viktor dá os ombros.

—Não sei…

—Viktor… eu não sei o que faço.- Digo-lhe.

—… nem eu.

—… deveria conversar com ele?

—Não.- Viktor diz, suspiro.

—Obrigada.

Eu e ele fomos para a pista de skate na qual eu fui outro dia com Castiel, nós ficamos conversando lá naquele lugar vazio, onde só se ouvia nossa conversa que, no momento, não havia risos.

O ar estava gélido e o vento soprava levemente, a única coisa que aquecia e dava um cheiro ao ar naquele momento era o cigarro de Viktor…

—Você poderia não fumar essa coisa ao meu lado?- Pergunto não com o meu melhor humor.

—Poderia, mas sabe como é, né?

—… pois é.- Suspiro.- Castiel tem a mesma mania, sabe?

—Tem é?

—Tem… e eu também não gosto dele fazendo isso… mas, ao mesmo tempo, eu não me importo.

—Porque não se importa?

—Não sei… deve ser porque gosto de seu jeito… de como ele é… eu gosto dele de todas as formas… incluindo suas manias… s-sabe…?- Digo, então sinto a primeira lágrima do dia cair… deslizar sobre minha face e, por fim… cair no tecido rosado do vestido.

—Leny…- Viktor diz me olhando surpreso.

—Ora, ora… quem não chora acabou chorando, haha… que ridículo.- Digo olhando o céu, então deito-me no chão.- Cansei.

—…

—Acho que vou pra casa.- Digo-lhe.

—Certeza?

—Sim…

—Quer que eu te leve?

—Se puder… agradeceria…- Digo-lhe com um pequeno sorriso.

Então ele me leva até em casa, estávamos a pé, então fomos na calma, sem pressa e conversando, ao chegar em minha casa, ele me leva até a porta…

—Entregue.

—Quer entrar? Assim, quem sabe, eu tenha minha calma comigo.

—… acho que Mello não gostaria de minha presença.

—Num momento não estou querendo fazer nada do agrado de Mello.- Digo brava.

—…

—Ah, foi mal, se não quer ficar tudo bem.- Digo-lhe.

—Naah, talvez eu possa entrar e ficar uns minutos.- Ele sorri.

—Obrigada…

Então eu abro a porta de casa e entramos…

—Leny! Já chegou?!- Mello pergunta, eu não respondo.

—Calminha Leny… calminha…- Respiro fundo.

—Leny?- Mello aparece ao pé da escada, nem o olho direito.- V-Viktor…?

—Olá Mello.

—Tsc, Leny! O que ele tá fazendo aqui?!

—Ele tá me fazendo companhia.- Digo sem encará-lo.

—Leny! Eu não gosto dele!

—Problema seu… não quero saber o que acha.- Murmuro.

—O que?- Ele pergunta.

—Nada!- Sorrio.- Bem, Viktor, quer alguma coisa?

—Ah, não precisa…- Ele diz.

—… vou pro meu quarto!

—Faz bem fazendo isso.- Digo-lhe, ele me olha de relance e sobe.

Vou até o sofá e me jogo lá, Viktor se senta ao meu lado, deito minha cabeça em seu colo…

—Você me dá medo quando é gentil demais.- Viktor ri levemente.

—Acho que assim assusto qualquer um.- Fecho os olhos, ele começa a mexer no meu cabelo.- Relaxante…

—Eu sei.- Ele ri.- Te conheço o suficiente para saber que gosta disso.

—Você é tipo o ponto alto do meu dia…- Digo-lhe relaxada, ele sabe como me acalmar.

—Que bom saber disso.

—… Viktor…

—Hm?

—Obrigada…

X-x-x-X

Acordo mais tarde, estava no sofá, Viktor não estava mais lá, olho no relógio… era 20:30, levanto e vou pra cozinha, pego um copo de suco de laranja e bebo…

—…- Fecho os olhos e aproveito o silêncio que logo é quebrado.

—Leny? Acordou?

—…- Respiro fundo, não to suportando ouvir essa voz ultimamente.- Com licença.

—Leny?

—…- Passo reto por ele e vou para as escadas.

—Leny!

—…- E ele vem me seguindo até a porta do meu quarto.

—Lenyy!!

—Sai daqui, Mello!!!- Grito brava.- Que merda!!!! Vai embora! Me deixa em paz!!! Vai roubar minha paz?!

—… foi mal…- Ele diz e vai pro quarto dele.

—Tsc.

X-x-x-X

No dia seguinte fui pra escola como sempre, um humor ÓTIMO.

Ao chegar lá vou direto para a sala, sento-me em meu lugar e fico lá no silêncio, quando vejo duas mãos pousarem na minha mesa, olho pra cima, era Castiel…

—Bom dia.- Ele sorri gentil.

—…- Abaixo a cabeça.

—… está tudo bem?

—Tá tudo ótimo.- Sorrio.- E com você?

—Bem…

—Isso é bom… andou falando com Mello ultimamente?- Pergunto, vejo-o engolir o seco.

—C-Como assim?

—Não sei… só me parecem meio… íntimos ultimamente.- Digo.

—Somos só amigos, okay?

—Amizade… haha… colorida? Claramente… não?- Sorrio, ele me olha surpreso.

—O q…?- Ele ia perguntando, mas o povo começou a chegar.

—Estou de olho, amore.

X-x-x-X

No intervalo, eu estava andando pela escola sozinha quando vejo, novamente, Mello com Castiel no ginásio… eu me escondo atrás de uma árvore.

Não conseguia ouvi-los conversando, mas eu vi… eu vi novamente… a mesma coisa de antes… um beijo…

—Dessa vez não…- Digo brava, vou até eles, os dois nem notaram minha presença, então eu apenas cruzo os braços e fico os olhando.- Se divertindo? Espero que sim.

—L-Leny?!- Os dois me olham surpresos.

—Mello… seu… traíra…- Balanço a cabeça negativamente.

—L-Leny, eu posso explicar.

—NÃO ME CHAMA DE LENY!- Grito brava.

—Amor… olha…

—AMOR O CARALHO, CASTIEL!- Dou um tapa na cara dele.- EU QUERO MAIS É QUE VOCÊ SE FODA, EU CONFIEI EM VOCÊS!!

—Leny!- Mello chama, pois eu bati na cara do ruivo.

—NÃO ME CHAMA ASSIM! VOCÊ PERDEU ESSE DIREITO!- Digo negando com a cabeça.

—… me perdoe…- Castiel diz.

—Não vou fazer isso, nunca.- Digo baixo, mas alto o suficiente para eles ouvirem.- Mas, ambos, saibam de uma coisa… eu vou atrás de vocês, não perdem NEM UM POUCO por esperar…- Aponto o dedo para os dois.

—Leny! Espera!- Castiel segura em meu pulso.

—Me larga!!- Puxo meu pulso de volta, ia bater em Castiel, mas Mello segurou-me para não fazer isso.

—Se acalma Leny!- Mello manda.

—Me acalmar?- Rio.- ME ACALMAR?! NÃO TEM COMO FAZER ISSO!!- Mello me solta, eu os olho com ódio.- Vocês dois são tão… desprezíveis.

—Com qual direito você fala isso?!- Mello me pergunta.

—COM TODO!- Grito brava.- Vocês dois! Me traíram!

—… não é culpa dele…- Mello diz se referindo ao Castiel.

—Tem razão, a culpa não é dele.- Digo.- O único desprezível aqui é você! VOCÊ ROUBOU-O DE MIM! PORQUE?! PORQUE VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE TER INVEJA DO QUE EU TENHO?!- Pergunto.

—…

—SE VOCÊ NÃO EXISTISSE…

—NÃO! SE VOCÊ NÃO EXISTISSE! EU SERIA MAIS FELIZ!!

—FILHO DA PUTA VIADINHO, MOSTROU AS CARAS FOI?!- Pergunto.- MAS VOCÊ VAI VER!!!!- Parto pra cima.

—Celleny!- Castiel chama, mas não dou importância, começo a bater em Mello, o mesmo tentava se proteger, mas sem muito sucesso, ele não revidava.

Logo sinto mãos me segurarem e me afastarem de Mello…

—ME LARGA!!

—Se acalma Celleny!!- Rosa diz.

—ME LARGA ROSA! ELE ACABOU COMIGO! VOU ACABAR COM ELE!!- Digo tentando me soltar, mas sem sucesso.- LADRÃO DE NAMORADOS! VOCÊ SEMPRE TEVE INVEJA DE MIM!!!

—Nunca tive!!! Só que…

—QUE O QUE?!

—Que eu me apaixonei por ele!!

—FODA-SE!! EU NÃO LIGO!

—MAS EU GOSTO DELE!

—Não interessa!!! Só por isso vai tirá-lo de mim?!

—CONSIDERE MEUS SENTIMENTOS!

—E COMO OS MEUS FICAM?! VOCÊ VAI PASSAR POR CIMA DELES E ACHA QUE VAI FICAR TUDO BEM?!- Digo com lágrimas nos olhos.- Eu o amo…

—…

—… pode me largar…?- Pergunto, Rosa me larga.- Obrigada…

—…

—Achei que você era meu irmãozinho… achei que podia confiar em você… mas acho que eu estava errada…