Evil Spell escrita por Ann
Notas iniciais do capítulo
Essa história é uma fanfiction original, de minha autoria. Votem, comentem e compartilhem com amigos ♥
Ela abriu a porta e o sol a fez estreitar os olhos para tentar enxergar.
Um sorriso estava em seus lábios ao sair e sentir a leve brisa balançar seus cabelos. Desceu os três degraus que tinham frente a entrada e escutou um barulho de algo pesado sendo partido. Procurou o som e achou 'ele' cortando lenha, seu sorriso se alargou. Foi até lá a passos rápidos e encarou o moreno que fazia seu coração disparar
— Kai... - Sussurrou com carinho
Ele a encarou e sorriu, ela fitou os olhos azuis cinzentos dele. Se aproximou mais e deu um beijo na bochecha dele
— Bom dia - Saudou com animação
— Bom dia, amor - Ele sorriu e a surpreendeu com um selinho demorado. Quando se separaram, ela lambeu os lábios; o beijo dele era viciante e delicioso.
— Acordou faz muito tempo? - Ela perguntou o fitando
— Uma hora mais ou menos, vim cortar lenha para a lareira.
— E por que não me chamou?
— Você estava tão linda dormindo que não quis atrapalhar - Ele sorriu e ela enrubesceu
— Bobo - Sorriu, dando um tapa leve no peito dele
— Seu bobo
— Meu... - Repetiu e deu um selinho nele
Ela olhou a paisagem em volta e respirou fundo sentindo o cheiro das árvores e do ar puro, ouviu Kai continuar a cortar a lenha e relaxou. Era bom se desconectar do mundo um pouco para variar.
— Bon... - Ela ouviu Kai a chamar e se virou
— Sim - O fitou e estranhoU o tom negro do azul de seus olhos
Ele sorriu, mas era um sorriso diabólico, cruel. E o coração dela acelerou de medo. Viu ele se aproximar com um predador espreitando a presa.
E uma dor no abdômen a atingiu, era uma dor lancinante e ela se arqueou. Tentou respirar, mas se afogou com o sangue que acumulou em sua boca e depois transbordou. Ela olhou para baixo e viu o machado ensanguentado em sua barriga.
— Arda no fogo do inferno - Ele sussurrou friamente no ouvido dela.
E de repente tudo se apagou
Ela acordou suada e ofegante. Olhou ao redor espantada e se abraçou por causa do frio.
Pena que o pesadelo continua depois de eu ter acordado - Bonnie pensou com desgosto percebendo a modesta pensão em que estava hospedada e a cama desconfortável que a deu um dor nas costas - E parece que está na hora de partir. - Completou olhando o relógio que havia no criado mudo ao lado da cama que indicava que dali a mais ou menos meia hora o Sol estaria nascendo
Ela iria pegar um ônibus para um lugar qualquer
Família? Nenhuma. Não que se lembrasse.
Ela havia perdido inexplicavelmente a memória e as únicas coisas que sabia era seu nome e a data de nascimento. O resto simplesmente sumiu de sua mente.
Disseram-na que a encontraram no meio da estrada toda suja e a única coisa que restou a ela foi uma filmadora que continha vídeos no mínimo estranhos e uma caixinha com um vidrinho minúsculo que continha algum líquido estranho que ela não sabia para que servia.
Se levantou com muito penar e arrumou as poucas coisas que tinha. Bonnie tinha dado um jeito de ter documentos para que não fosse uma indigente. Saiu da pensão com a mochila nas costas e encerrou a estadia lá.
Era uma noite fria e alguns pingos de chuva caiam, ela apertou mais o casaco para conseguir se aquecer um pouco. O ponto de ônibus não estava longe, mas a rua escura a fazia ter calafrios.
Uma nova vida, Bonnie. Foque nisso.
Ela estava imersa em pensamentos e foi surpreendida por um puxão que a fez quase cair para trás, mas antes que isso acontecesse, ela se chocou com algo sólido.
— Quietinha— Uma voz asquerosa sussurrou em seu ouvido e ela sentiu uma mão passear pelo corpo dela enquanto a outra tampava sua boca.
Ela tentou gritar, mas o som saiu abafado.
— Ninguém vai te escutar agora - Ela começou a chorar, desesperada.
Fechou os olhos e desejou sumir dali, desejou ter nunca aparecido naquela rua, naquela pensão. Desejou nunca ter aparecido naquela estrada...
Incendia - As palavras vieram à sua mente e as mãos do cara a soltaram repentinamente e um grito rompeu a quietude da estrada.
Ela se virou para ver o que aconteceu e viu o homem pegando fogo e gritando.
— Shuta incendia! - Gritou e o fogo imediatamente se apagou. O homem caiu no chão ensanguentado e suas roupas estavam chamuscadas. Bonnie não foi até lá para ver se ele estava vivo e correu como nunca antes e quando avistou o ponto de ônibus quase gritou de felicidade, pois ele já se encontrava parado no ponto, ela acelerou e chegou lá antes que as portas se fechassem e entrou ofegante.
Pagou sua passagem e sentou-se na penúltima fileira; assim que se sentou e colocou o cinto e olhou a paisagem passando; as lágrimas ainda estavam caindo pelas suas bochechas. As imagens do cara pegando fogo surgiram em sua mente
Será que fui eu que fiz aquilo? - Pensou arregalando os olhos - Como fiz aquilo?! Como é possível?!
Ela se forçou a parar de chorar e se concentrou na paisagem que passava rapidamente do lado de fora e os olhos azuis cinzentos do cara de seu pesadelo flutuaram em sua mente. Ele era inegavelmente bonito, mas aqueles olhos podiam muito bem representar perigo e terror. Afastou o moreno dos pensamentos e apreciou o céu ser pintado de várias cores, equiparando-se a uma linda aquarela e assim adormeceu.
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