Saving people, hunting things, the family business escrita por Rose Winchester


Capítulo 5
Família é mais do que apenas sangue


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!! Tudo bem?? Como foi o final de semana?? Espero que bom. Eu queria me desculpar por não ter postado esses últimos dias. O meu laptop quebrou e eu tive que refazer um capítulo. Mas, em compensação, hoje o capítulo está bem maior. Eu acrescentei uma personagem nova, além da Rose e do Reed, que irão aparecer bastante ao longo do tempo.
Espero que gostem ;):)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678691/chapter/5

*Sam*

O lugar era devastador. Literalmente. Havia armas nas paredes, dispostas em grande quantidade. As únicas mesas que tinham estavam em um canto, numa área pequena. O lugar, em sua maior parte, era composto por áreas de treinamento, com um estoque enorme de equipamentos de combate físico, armas, estacas...

Uma garota de vinte e poucos anos se levantou de uma das mesas, onde estava lendo um livro, e correu em nossa direção quando chegamos.

— Rose! – Ela deu um abraço enorme em Rose, que foi retribuído sem hesitação. – Rose, eu estava muito preocupada. Olha pra você! Tem que tomar mais cuidado!

— Clarisse, não é hora de se preocupar comigo, está bem? Eu só preciso de um banho. – Clarisse olhou desconfiada para Rose, mas mesmo assim seu olhar exalava preocupação.

Era impressionante como as duas se davam bem. Elas eram totalmente opostas: Clarisse era alta e magra, como uma supermodelo. As roupas que usava eram bem trabalhadas e coloridas, com saltos altos e joias. Seus cabelos loiros cacheados eram perfeitamente arrumados, batiam na altura do ombro e faziam uma bela dupla com seus olhos verdes. Além disso, sua voz e jeito eram delicados e gentis. Enquanto isso, Rose era mais baixa que Clarisse, com músculos. Suas roupas eram pretas e simples, com botas de couro e a única “joia” que usava era um colar com cordão preto com pingente bronze em formato de asa de anjo. Seus cabelos eram marrons e lisos e os olhos eram castanhos. Ela era forte e brava, sem indícios de delicadeza.

Reed guiou-nos através da área de treinamento, chegando a um longo corredor com portas de madeira. Antes, ele havia nos mostrado o andar de baixo, que consistia na cozinha, lavanderia, sala de reunião, quarto do pânico e uma enorme mesa de refeição.

— Cada um pode pegar um quarto para essa noite. Todos os quartos são iguais, então não há motivos para haver brigas. Em cada quarto há um banheiro. Na lavanderia tem roupas novas e máquinas de lavar. Daqui quarenta minutos tem jantar. – E desse jeito, ele entrou em seu quarto.

— Dean – eu chamei meu irmão – eu pensei em nós pegarmos um quarto perto da saída do corredor.

— Você tem razão, Sammy. Agora, vai tomar banho, que você tá uma fedentina. – Ele fez uma careta e então nós rimos.

Descemos para pegar nossas roupas na lavanderia. Elas estavam em pilhas em cima de um balcão. Eles estavam nos fornecendo calças jeans, camisetas e jaquetas. Eu resolvi pegar uma calça escura, uma camiseta vermelha e uma jaqueta bege. Pude ver que Dean havia pegado calças mais claras, camiseta cinza e jaqueta verde escuro.

Estávamos subindo para os nossos quartos, quando ouvimos vozes na sala de reunião. Sem permitir fazer som, eu fiz um gesto para Dean se aproximar comigo, ele assentiu entendendo, e nos aproximamos da porta.

—... E você queria que eu fizesse o que?! – Aquela voz firme era de Rose – Que eu saísse correndo como você fez?

— Você poderia ter morrido! – Essa era a voz de Reed. – E eu não saí correndo!

— Ah, não? Tem certeza? Por que eu acho que deixar os outros na mão e sair fora é exatamente o que você fez. Você só ajudou o outro Winchester a sair e depois não quis mais nem saber de nada.

— Eu fui te procurar! E você? Onde estava? Ah, é! Pegando gasolina num porão que nem sabíamos que existia! Ah, e não posso me esquecer de que você arriscou sua vida para pegar um cara que estava quase morto! – Ele acrescentou em tom sarcástico.

— Cresswell não estava morto! E eu destruí aqueles vampiros, não destruí? Agora, não precisamos mais voltar lá por conta de ameaças! E você... Você só foi atrás de mim por causa dela! Você está pouco se lixando se eu vivo ou morro. Mas quer saber de um segredo? Você nunca vai chegar perto dela. Ficou claro?

Percebemos que a discussão estava encerrada, e subimos as escadas. Logo que chegamos ao andar de cima, uma Rose furiosa passou por nós.

— Rose, espere, por favor. – Ela se virou imediatamente ao ouvir seu nome.

— Diga, Winchester. – Ela disse friamente. É. Ela estava realmente furiosa.

— Eu só queria dizer que você está certa. – Ela franziu as sobrancelhas. – Sobre os vampiros. Foi realmente corajoso de sua parte ter feito tudo o que você fez.

— E... – Acrescentou Dean – Obrigado por ter tirado meu irmão daquele lugar.

— Você é Dean, certo? – Ela perguntou. Dean assentiu.

— E sobre isso. – Eu fui dizendo. – Eu também queria me desculpar. – Ela franziu as sobrancelhas novamente. – O estado em que você está, bem, você ficou assim porque deixou que eu escapasse e lutou com aqueles vampiros.

— Eu nem estou tão ruim assim. – Isso definitivamente era uma mentira. Ela tinha hematomas e cortes em vários lugares, o que agora era perceptível já que ela tinha tirado a jaqueta de couro. – E do mesmo jeito. Aqueles vampiros foram moleza. E... Vocês andaram espionando minha conversa com Reed?!

— Bem... – Começou Dean – Eu não chamaria aquilo de conversa. Vocês estavam berrando um com o outro. – O olhar dela dessa vez foi um pouco mais surpreso. -  Mas mesmo assim... Eu concordo com Sam. Foi corajoso e esperto de sua parte o que fez. Aqueles vampiros se foram, e o crédito é seu, em grande parte. Mas mesmo assim, eu gostaria de saber o que eles estavam fazendo.

— Com o sangue, você quer dizer? – Dean assentiu. – Eles estavam fazendo uma experiência, de acordo com nossas pesquisas. Não sabemos exatamente o que é, mas com certeza era uma experiência.

— Vocês são uma comunidade de caçadores? – Eu perguntei. – Vocês moram aqui?

— Não. – Ela respondeu. – Nós somos caçadores que tem uma espécie de código entre si. De vez em quando, quando têm caçadas grandes, nós nos comunicamos com caçadores na área e pedimos ajuda. Existem vários outros lugares como esse espalhados por aí. Depende da localização onde estamos. Mas nós não temos nenhum tipo de relação entre nós. – Isso era interessante. Bem interessante. Caçadores por perto para ajudar. Isso é bem útil.

— E como vocês conseguem manter contato com caçadores que vocês nem conhecem? – Eu perguntei.

— Cada um de nós recebe um aparelho comunicativo. Como um celular ou um walkie talkie. E esse aparelho capta os sinais dos outros mais próximos e assim, se comunica com eles. Se vocês quiserem, bem, eu consigo arranjar dois. É muito eficiente. E ninguém pede ajuda se não for extremo.

Eu e Dean nos entreolhamos. Através do nosso olhar, passaram diversos tipos de mensagem. Por fim, Dean falou:

— Nós vamos querer.

*Dean*

Depois de nossa conversa com Rose, Sam e eu fomos tomar banho.           O quarto era espaçoso, com uma cama de casal, uma mesa com um abajur, duas poltronas e um banheiro. Depois de tomar banho, vesti minha roupa e saí para esperar Sam. Quando eu saí da porta, trombei e derrubei alguém.

— Me desculpe. Deixe eu te ajudar. – Eu ajudei a bonita garota loira a se levantar. Ela deu um sorriso.

— Não foi nada, não se preocupe. – Ela estendeu a mão. – Eu sou Clarisse.

— Dean Winchester. – Eu apertei a mão dela.

— Dean? Rose me contou sobre você e seu irmão, Sam, certo? – Eu assenti.

— Você conhece Rose? -  Eu perguntei. Na verdade, parece que todo mundo aqui sabe quem Rose é e a respeita, mas não sei se alguém realmente a conhece.

— Rose é minha irmã. – Whoa. Isso me surpreendeu. Rose e Clarisse não eram parecidas em nenhum aspecto. Eu e Sammy somos diferentes, mas não tanto.

— Irmã? Como? Vocês não tem nada parecido. – Ela riu.

— Rose e eu não temos os mesmos pais. Ela veio para nossa família quando ainda éramos bebê. Nós crescemos como irmãs. Família é mais do que sangue, sabe?

— É claro. Mas mesmo assim, Rose é assustadora. Parece que a qualquer momento ela pode saltar e arrancar sua cabeça sem derramar uma gota de suor. – Clarisse riu do meu comentário.

— Rose é a melhor pessoa que eu conheço. Ela não é tão assustadora assim, se você a conhece. Mas isso não quer dizer que você pode mexer com ela. Você tem que ver quando ela fica brava. Você pensa que ela vai destruir o universo. – Dessa vez foi minha vez de rir. Rose já é assustadora agora, imagina quando ela estiver brava.

— Sabe, eu sou muito grato à sua irmã por ela ter salvado meu irmão. Eu confio nela. Mesmo achando ela muito assustadora. – Ela riu novamente, exibindo seus dentes brilhantes. – Quando vocês entraram nessa vida? Sabe, de caçador.

— Rose e eu caçamos juntas há quase dez anos. Nossos pais foram devorados por um monstro. Eu vi tudo. Quando o monstro ia vir para mim, Rose me salvou. Ela quase morreu decapitando aquele negócio, mas nós saímos bem. Então começamos a caçar. Na verdade, Rose faz a parte mais difícil, que é aniquilar essas criaturas. E eu apenas faço as pesquisas e investigações. Eu gosto mais dessa parte.

— Não é pouca coisa. Clarisse, quando vocês tem que ir embora? – Eu perguntei.

— Amanhã. Todos tem que ir amanhã. – Ela me respondeu.

— Vocês tem algum lugar para ir? Uma casa ou outro Abrigo? – Eu indaguei.

— Nós vamos ficar em algum hotel por aí, procurando por mais monstros e demônios. Por quê?

— Eu tenho uma proposta. Um convite, na verdade. É o seguinte: eu confio muito na sua irmã, ela salvou a vida do Sam e destruiu uma casa lotada de vampiros. Eu e Sam somos legados dos Homens de Letras, e temos um bunker que herdamos deles, que é onde ficamos. Se vocês quiserem, podem ir pra lá conosco. Você vai gostar, tem vários livros e registros. Além disso, é bem protegido, seguro e é enorme. Vocês querem vir?

— Seria ótimo. – Ela disse com mais um sorriso no rosto. – Nós vamos, sim. Tenho certeza que Rose também vai gostar. Por mais que ela seja meio durona e orgulhosa, ela sabe reconhecer uma boa oportunidade de segurança e companhia. Você e seu irmão também são confiáveis, ela reconhece isso.

— Bem, então... – Nesse momento, a porta do quarto de Sam abriu e ele saiu.

— Hey, Dean. – Ele olhou para Clarisse. – Sam Winchester, prazer. – Ele estendeu a mão, e Clarisse retribuiu o aperto.

— Prazer. Eu sou Clarisse. – Ela sorriu para ele. – Rose me contou sobre você.

— De onde você conhece Rose? – Ele perguntou.

— Ela é minha irmã. – E assim, Clarisse e eu contamos ao Sam o que havíamos conversado. Ele ficou surpreso em várias partes, principalmente na que Rose era adotada. Também aceitou abertamente a ida de Clarisse e Rose para o bunker.

Nós descemos para a mesa de jantar. Perpendicular à extensa mesa onde comeríamos, estava uma mesa um pouco menor, com as comidas. Tinha muitas coisas, não dava pra passar fome.

Sam sentou-se ao meu lado, e Clarisse em minha frente. Comemos e conversamos sobre caçadas por uns quinze minutos, então, alguém se sentou ao lado de Clarisse.

— Winchesters. Vejo que já conhecem Lis. – Disse Rose.

— Meu Deus, Rose! Você não poderia ter tomado mais cuidado? Olhe para esses hematomas! E esses cortes estão muito fundos e abertos, vai infeccionar se você deixar assim! – Clarisse olhava preocupada para sua irmã, que não parecia sentir nada.

— Não se preocupe, Lis, eu estou bem. Isso não é nada. – Clarisse lançou um olhar de desaprovação para Rose, que parecia indiferente ao seu estado.

— Eu acho, Rose, que numa dessas de você não tomar o mínimo de cuidado, vai acabar acontecendo algo pior. – Pude perceber que ela fez questões de não mencionar a palavra morte, parecia que ela tinha medo disso. Rose revirou os olhos.

— De onde você conheceu os Winchesters? – Ela perguntou.

— Eu encontrei com Dean no corredor, e então ele me apresentou ao Sam. – Então ela contou nossas conversas a Rose. Quando chegou a parte do nosso convite ao bunker, ela virou-se para eu e Sam.

— Isso é sério? Homens de Letras? Bunker? – Sam e eu assentimos com a cabeça, e contamos mais detalhes sobre o lugar e a origem. Rose prestou atenção em cada detalhe, e por fim, quando retomamos o convite e expomos nossa gratidão e confiança a ela, ela disse:

— Vocês tem certeza? Aceitariam nós duas numa boa?

— Mas é claro! – Disse Sam. – Rose, se não fosse por você hoje, eu poderia não estar aqui. E teriam mais um monte de vampiros vivos soltos por aí.

— Por quanto tempo nós poderíamos ficar? – Ela perguntou.

— O tempo que quiserem. – Eu disse. – Também poderão caçar com a gente se quiserem, e conhecer outros amigos nesse ramo.

Ela pensou por alguns segundos, com todos aguardando a resposta. Tudo o que eu disse era verdade, sem dúvidas seria ótimo ter parceiras tão boas. Eu já vi o que Rose podia fazer. E não era pouco.

— Quando partimos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?? Gostaram?? Odiaram?? Me contem!! O que acharam da Clarisse? Ela é melhor ou pior do que a Rose?? Quero saber a opinião de vocês! O que acharam da família delas? Bonito? Ridículo? O que? Vocês shippam alguém? Quem? Quero saber de tudo isso!!
Espero que tenham gostado!
Bjs:);)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Saving people, hunting things, the family business" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.