Saving people, hunting things, the family business escrita por Rose Winchester


Capítulo 29
Beyond feelings


Notas iniciais do capítulo

Oláááááá!! Tudo bem com vocês?? Espero que simm!!
Tá tarde, eu sei, mas o Carnaval ainda tá aí, né??
Espero que curtam a leitura
:)



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*Clarisse*

Eu vi os olhos de Morte pela primeira vez. Eram tenebrosos. Ele parecia capaz de fazer tudo o que fosse possível e impossível, o que me deixava severamente amedrontada.

Naquele momento, eu estava morrendo de medo e pavor por dentro. Eu não queria que fizessem alguma coisa com Lúcifer. No fundo, eu não queria que o machucassem. Apesar de tudo o que ele fez no passado, ele merece recomeçar. Ele foi tão amável comigo, fez tudo o que poderia ser feito naquela situação para que eu pudesse estar ao mínimo, confortável. Ele tentava fazer de tudo pra me agradar, para que eu não me sentisse uma prisioneira. E ele sabia que era assim que eu me sentia, pois eu pensava que ele estava fazendo aquilo para matar minha irmã e Sam. Mas agora eu vejo que esse nunca foi o objetivo dele. A única pessoa que ele quer morta é Miguel, que é realmente quem nos quer ver mortos.

E apesar de ele saber o quanto eu estava com medo que fizessem alguma coisa à Rose, ele manteve essa história para que eu pudesse sair viva dali de dentro. Ou ao menos com minha alma. A verdade é que eu nunca fui sua prisioneira. Ele estava me mantendo viva todo aquele tempo.

E naquele momento eu olhava todos a minha volta. Sam parecia bem confuso, assim como todos os outros, mas eu o via segurando Rose, para que ela não fizesse nenhuma besteira por impulso. Ela tinha fogo saindo de seus olhos, e parecia capaz de aniquilar o mundo com aquele olhar, mas era bem perceptível que ela também estava bem confusa. Dean estava estupefato. Ele estava paralisado diante de Lúcifer, digerindo todas as informações. E Morte estava lá, parado, com um olhar sereno no rosto, esperando algum movimento para poder dar seu golpe.

— Como você vai tirar esse feitiço? – Perguntou Sam, provavelmente cansado daquela situação.

— Eu mostrarei.

Ele nos guiou até um lugar totalmente devastado pelo que havia acontecido alguns minutos atrás. Rose e Sam tiveram que passar pela barreira, e foi quando eu tive vontade de abraçar minha irmã, mas não pude fazê-lo agora. Uma mesa circular de pedra estava bem no meio da sala, como se fosse o único vestígio que restara. Ela possuía uma cavidade côncava, onde alguns símbolos haviam sido gravados.

— Dean. Sam. Clarisse. – Ele olhou para nós. – Aproximem-se. – Relutantemente, nos posicionamos ao redor da mesa. – Estendam suas mãos. – Assim que o fizemos, Lúcifer pegou uma faca.

— O que você vai fazer? – Rose se aproximou furiosamente, mas Lúcifer estendeu uma mão, que a fez voar para trás. Sam correu rapidamente em direção à Rose, e a ajudou a se levantar. Eu vi ela o agradecendo silenciosamente.

— Eu vou quebrar o feitiço, Rosemarie. Não se esqueça que isso fará com que seus amigos saiam daqui. Volte aqui, Winchester. – Ele rosnou para Sam, que foi de volta ao seu lugar na mesa.

Lúcifer estendeu, primeiramente, a faca para Dean. Ele envolveu sua mão na lâmina, e com um rápido movimento, Lúcifer tirou a faca, cortando a mão de Dean. A mesma coisa com Sam. Na minha vez, quando envolvi minha mão na faca, Lúcifer a abriu, e fez um leve corte, fazendo com que jorrasse muito menos sangue do que com Sam e Dean. Pude ver em seus olhos que ele não queria que eu me macucasse.

— Deixem cair sangue na mesa. – Ficamos alguns segundos deixando que nosso sangue caísse junto. – Agora deem as mãos. – E assim o fizemos, logo em seguida, palavras que eu desconhecia começaram a ser faladas por Lúcifer. Um feitiço. Melhor, um contrafeitiço. – Estão livres.

Assim que essas palavras foram ditas, corri em direção à Rose, e a envolvi em um abraço. Dean havia feito a mesma coisa com Sam. Foi o melhor abraço que eu já dei em minha irmã, e eu desejei que este nunca acabasse.

— Fiquei com tanto medo de te perder. – Ela sussurrou em meu ouvido. Naquele momento, me afastei, e olhei em seus olhos.

— Você... Você ficou com medo de me perder? – Eu não estava acreditando. Rose nunca havia dito que estava com medo.

— Mais do que tudo. Clarisse, você é minha irmã. Não importa o que aconteça, eu sempre vou ter medo de perder você. Sempre tive.

— Quem é você e o que fez com a minha irmã? – Nós rimos. Era praticamente irreconhecível. Rose nunca teria dito algo assim há um tempo. Ela havia mudado. Mudado de verdade. Parecia mais humana. E apesar de sempre eu ter querido fazer com que ela mudasse, eu sabia que esse mérito não era meu. Tudo isso havia acontecido por causa de um cara chamado Sam Winchester.

— Agora você morre. – Eu ouvi a voz de Morte retumbar, e me virei rapidamente. Ele estava olhando para Lúcifer. Ninguém mexeu um dedo.

Eu nunca pensei que faria uma coisa do tipo, mas no mesmo momento, corri em direção à Lúcifer, e me coloquei na frente dele.

— Por favor, não o machuque. – Eu sentia lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Não poderia deixar que fizessem alguma coisa com Lúcifer. Ele havia mudado, também. Ou se não havia mudado, pelo menos tinha bondade no coração, nem que seja pouca, mas ainda tinha. Ele poderia se tornar alguém tão bom, mas ninguém parecia se importar com isso, todos o estavam julgando por quem ele foi no passado. – Por favor, não o machuque. – Eu suspirava.

— O que está fazendo, Clarisse? – Perguntou Lúcifer atrás de mim, e eu me virei para olhá-lo.

— Salvando sua vida. – Ele me olhou profundamente, e eu vi que havia esperança em seus olhos.

— Eu não tenho uma vida. – Ele fechou os olhos, e reabriu-os. – Não mais. Mas você tem, e precisa sair daqui. Quando a Morte te alcança, não tem como escapar. Ele me alcançou. Fiz minha parte, mantive vocês a salvo. Agora só peço que destruam Miguel por mim.

— Você não vai morrer agora. – Eu chorava rios de lágrimas. – Não enquanto eu puder evitar. Você merece uma segunda chance, Lúcifer. Eu vi isso enquanto você cuidou de mim. Eu só sobrevivi durante esse tempo por sua causa, e não vou deixar que te tirem essa chance de provar que você é bom. – Eu vi uma lágrima escorrendo no canto do olho dele.

— Se não sair daí em dez segundos, eu mato você junto com ele, Clarisse. – Ameaçou Morte.

— Mate, então. – Eu me virei de volta para encará-lo. Foi quando vi Rose se aproximando, e se colocando entre Morte e Lúcifer, ao meu lado.

— Se Clarisse acredita que ele pode ser bom, eu acredito nisso também. – Ela me deu a mão. – Então também vai ter que me matar. E boa sorte resolvendo isso com Crowley.

— Que atitude insensata, Rosemarie. Não esperava isso de você. – Rosnou Morte para Rose. Logo em seguida, Sam e Dean se aproximaram.

— Apesar de tudo, Lúcifer merece uma segunda chance. – Disse Sam, segurando a mão de Rose. – Sei que ele pode mudar.

— Foi difícil, mas eu vou nessa também. – Dean me deu a mão. Eu o olhei, e sorri. - Por você, Liss. – Ele sussurrou, e sorriu também.

— Acho que você não vai matar ninguém hoje, Morte. – Sorri.

*Sam*

Enquanto Morte levava Lúcifer até o Inferno, nós fomos para o hotel. Eles tinham que decidir o destino de Lúcifer, pois ele precisava ser julgado de alguma maneira.

— Você foi muito corajosa. – Disse Dean à Clarisse, no elevador.

— Tive muito orgulho. – Rose sorriu para a irmã.

Clarisse parecia radiante. Ela realmente salvou Lúcifer. Sem ela, ele estaria morto agora. Se isso tivesse acontecido há um ano atrás, eu deixaria que ele morresse sem dó alguma. Mas ele realmente se mostrou bom, pelo que Clarisse disse que ele fez.

Porém, o comportamento de Dean foi diferente. Obviamente, Rose e Clarisse nem notaram, mas eu convivo com meu irmão há tanto tempo que eu logo percebi o quão incomodado ele estava com o assunto.

— Dean. – Eu o chamei assim que saímos do elevador, enquanto Rose e Clarisse iam para um quarto. Ele me olhou como se não soubesse a razão pela qual eu o chamei. – O que aconteceu ali? Por que ficou daquele jeito?

— Olha, cara, eu realmente não sei. – Ele bufou. – Ela é tão... diferente. Ela não é só mais um caso, ou mais uma noite. E esse ataque de Síndrome de Estocolmo fez minha cabeça girar, e eu não consigo parar de imaginar mil e uma possibilidades para o que possa estar acontecendo.

— Dean. – Eu o fitei, com um olhar de que entendia o que ele estava passando.  – Você acha que pode estar apaixonado por ela?

— Não, cara. – Ele abaixou o olhar, e em seguida me encarou de volta. – Eu tenho certeza.


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Notas finais do capítulo

E então?? O que acharam? Me contem!!! Ah, obrigada por comentar, sou muito grata aos comentários, vocês não tem noção!!
Bjuss :);)



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